Misguided Angel escrita por Katsumi Liqueur


Capítulo 8
Capítulo 7


Notas iniciais do capítulo

Onde ocorre o encontro...

É o Eric na nova capa, oook? -Descrição do Eric mudada. "Só para começar, o cabelo dele era perfeito. Castanho claro, liso e curto era a descrição básica. Mas ele tinha algumas mexas de um castanho ainda mais claro. Sua pele era bastante branca, mas não tinha aquela palidez característica que deveria ter. Seus lábios um pouco mais escuros, bem delineados, belos e desejáveis. E seus olhos eram azuis demais! De um azul claro que parecia atingir até suas pupilas. Sua roupa era inteiramente branca. Um terno, sem a camisa por baixo, com um decote enorme. Todo seu tórax escultural revelado. Em seu pescoço, uma espécie de cordão que parecia uma corrente o “pingente” comprido destacando-se de sua pele. Sua calça social caia perfeitamente bem."



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James havia desmarcado em cima da hora, Anna já estava praticamente arrumada e prestes a sair quando recebeu uma ligação dele. Ela se irritou um pouco, mas aceitou. Só que com certeza não ficaria em casa. Estava bem vestida demais para isso. Até que achou agradável a idéia de sair sozinha.

- Clara! Como estou? - Anna só tinha ido passar alguma maquilagem no rosto, fez a pergunta ao sair do banheiro. A loira observou a amiga. Uma saia justa preta, com várias camadas que balançavam suavemente conforme ela andava ou loucamente se ela dançasse. A saia marcava seu quadril desenvolvido e evidenciava sua cintura fina. A blusa preta com um decote discreto, até porque não tinha muito que mostrar, e costas praticamente nuas. O ponto forte dela na parte de cima era a clavícula, o osso era acentuado de uma forma até que sexy. Para completar, a maquiagem suave, embora escura, realçando os olhos e deixando a boca levemente mais “carnuda”.

- Garota, você está começando a aprender a se arrumar. E, pode admitir, adorou minhas dicas de como se maquilar! - Clara deu um largo sorriso e Anna concordou.

- Sim, sim. Vai sair como seu namorado hoje, não é?

- Vamos ver uma peça. – A loira suspirou e admitiu para amiga com uma voz baixa. – Eu realmente o amo, sabia? Quer dizer, ele não é a pessoa mais agradável do mundo, já te disse isso. Mesmo assim, eu sempre fico ansiosa para encontrá-lo!

Anna só suspirou, não gosta dele, mas se sua amiga estava feliz. Deu de ombros para a situação toda. Despediram-se e só quando Anna chegou ao táxi percebeu que tinha esquecido seu celular, deixou isso de lado e seguiu para onde queria.

Nunca tinha ido nessa boate específica e gostou do ambiente. Ainda mais por ela ser subterrânea. O nome até que condizia com o local, Dungeon, mas era um tanto quanto RPGístico demais. Ela desceu as escadas sem pressa, observando o local. Era mais escuro do que os lugares que ela freqüentava costumavam ser, a iluminação era feita por uma luz avermelhada e do chão saia aquela fumaça típica de boate, saindo continuamente, parecia uma espécie de névoa. Era um lugar estranho, mas Anna gostou. O problema foi com o que viu a seguir, seu ex-namorado vindo em sua direção. Ele tinha dado a distância que ela queria, sem procurá-la, mas sempre que se esbarravam ele teimava em perturbá-la.

- Oi. – Ele abriu um sorriso amistoso.

- Olá, Thiago. – A resposta foi a contragosto, a garota não parou de andar, caminhando até o balcão e sentando-se num dos bancos. Ele a seguiu.

- Veio sozinha?

- E pretendo continuar assim. – Ele suspirou com a resposta.

- Um dia fomos amigos, parece que nem isso você quer voltar a ser agora. – Thiago saiu irritado dali, ela o observou se afastando, em dar a mínima.

Pediu uma bebida extremamente doce, que misturava vários licores, vodka e chocolate em pó. Não queria dançar, não ainda. Estava mais é interessada em ficar olhando as pessoas que freqüentavam aquele lugar. Seu olhar estava pousado na escada que dava acesso a boate quando eles entraram. Claro que não foi só ela que os notou, eles eram bonitos demais para passarem impunes.

A mulher era linda, mas se vestia de modo muito vulgar na concepção de Anna. “É assim que as ciganas reais deveriam ser.” Pensou, divertida. Seu olhar logo pulou para o rapaz que caminhava atrás dela e algo a incomodou. Não entendeu o porque, afinal, ele era tão belo e sua expressão suave, mas havia algo de anormal ali. Bem, sua pele era cor de caramelo e seus olhos esverdeados, seu cabelo caía em cachos castanho dourados. Ele caminhava com um sorriso estampado no rosto, falando algo com o rapaz de trás. Vestia roupas comuns, jeans e camiseta preta. O de trás, e Anna também não se sentiu muito a vontade com ele, era ainda mais bonito. Loiro de olhos azuis, ascendências alemãs? Sua expressão era firme, a curva de seu maxilar marcada demonstrando força. Vestia uma camisa branca de mangas compridas e gola roule, a roupa era justa também, marcando seu corpo belo, também estava de jeans. Seu olhar encaminhou-se para o terceiro homem, meio receosa, mas nada havia a preparado para o que viria.

Anna sentiu sua boca abrir-se um pouco de surpresa, enquanto prendia sua respiração. Não era só porque ele era a coisa mais bela que já tinha visto. Mas porque a sensação que tinha a olhar os outros dois nem se comparava a olhar para ele. Ela não conseguia desviar os olhos dele, mas Anna não queria mais observá-lo. Então, deu-se conta o que era aquela sensação. Era uma espécie de certeza. “Aqueles que odiamos”, seus pais haviam dito. Só podiam ser eles, os tal vampiros, alias, só podia ser ele. Mas como assim odiar? Ela nunca havia entendido esse ódio mútuo. Seus pais haviam contado que vampiros como ele já tinham matado várias pessoas da família, mas Anna não acreditava nisso. Só que agora um deles estava ali, tão perto dela, e seu corpo reagia a ele. Não era medo, era realmente acho que era no inicio. Mas era uma raiva cega. Um desejo de vingança, seu sangue pedia o sangue dele. Por isso o observava boquiaberta e sem respirar, era a surpresa de um caçador ao deparar com sua presa num lugar que nunca havia pensado que seria possível. Entretanto, ela também era a presa ali. Na verdade, a única presa na verdade deveria ser ela.

O olhar deles se encontrou por acaso. Ou melhor, porque ele sentia alguém o olhando fixamente. Quando viu quem o estava observando, seu olhar tornou-se mais cruel que de costume e um sorriso surgiu em sua face. Anna estremeceu e não desviou o olhar. Como queria sentir medo ao invés de sentir aquela raiva queimando em seu peito! Ela sempre tinha dito não a qualquer fato relacionado a sua família, menos a algumas coisas essenciais que tinha sido obrigada a aprender. E agora, parecia que por mais que tivesse evitado, era obrigada a sentir aquela raiva.

Não desviavam o olho um do outro. Eric não sabia muito bem o que faria, mas divertiu-se ao encontrá-la lá e sem o tal lobo que Amy disse que não a largava. Os outros dois vampiros haviam notado o olhar fixo de Eric e quando viram que era a tal garota, sentiram-se desanimados. Tinham ido para se divertir e não para isso, mas, pelo menos, ele poderia capturá-la logo.

Ela o viu se afastando dos outros e virando em sua direção. Foi quando decidiu fechar a boca e avaliá-lo mais fisicamente, até porque só agora conseguia notar detalhes que antes eram impossíveis, agradeceu sua ótima visão noturna nesse instante. Só para começar, o cabelo dele era perfeito. Castanho claro, liso e curto era a descrição básica. Mas ele tinha algumas mexas de um castanho ainda mais claro. Sua pele era bastante branca, mas não tinha aquela palidez característica que deveria ter. Seus lábios um pouco mais escuros, bem delineados, belos e desejáveis. E seus olhos eram azuis demais! De um azul claro que parecia atingir até suas pupilas. Sua roupa era inteiramente branca. Um terno, sem a camisa por baixo, com um decote enorme. Todo seu tórax escultural revelado. Em seu pescoço, uma espécie de cordão que parecia uma corrente o “pingente” comprido destacando-se de sua pele. Sua calça social caia perfeitamente bem. Anna sentiu seu rosto ficando vermelho ao observá-lo, ele era belo demais. Queria tocá-lo, essa era a verdade, sentir se era real. Pelo menos, observando-o, conseguia aplacar um pouco da raiva irracional que sentia.

Ele sentou-se ao seu lado e, com isso, todo o encanto se quebrou. Anna era forte o suficiente para se controlar, mas era complexo dominar dois desejos distintos, bater e tocar. Mas a proximidade dele teve o efeito inverso, anulando de certa forma seus anseios. Ela o via agora como um humano lindo, apenas isso.

Eric sorriu para ela, revelando intencionalmente suas presas. Seus olhos frios não haviam se desviado do dela nem por um segundo.

- Anna, que surpresa agradável vê-la por aqui.

- Só para você, eu diria. – Ela franziu a testa. – Você deveria se apresentar, sabe? Não é muito educado de sua parte saber meu nome e não revelar o seu.

- Eu não sou educado com pessoas que eu odeio. – Ele deu uma leve risada. – Mas o nome é Eric, já que quer saber o nome de seu algoz.

- Você poderia ser menos clichê, Eric. – Testou o nome dele e, sinceramente, não gostou. – Essas ameaças são tão filme B. Eu esperava um pouco mais de estilo. Decepcionante.

- Agora você não está sendo educada. – Ele sorriu. – E eu não desperdiço meu estilo com presas.

- Eu não sou educada com pessoas que querem me matar, não deve ser difícil entender isso. – Deu de ombros. – Ah, você gasta seu estilo com vadias como aquela?

Ela viu os olhos dele se estreitarem e divertiu-se com isso, o vampiro irritou-se mais ainda com o sorriso dela frente sua reação. Decidiu mudar o rumo da conversa.

- Você sabe o que eu sou e não fede a medo. Vai ser divertido.

- Você não me intimida, queria que o fizesse. – A sinceridade da resposta dela o pegou de surpresa. Eric deu uma gargalhada e levou a mão até o rosto dela, para segurar seu queixo. Ela recuou para evitá-la, mas ele era rápido demais. Conseguiu que seu queixo não ficasse preso, por outro lado, ele havia a arranhado sem intenção. Encaram-se num silêncio deslumbrado. Nunca ninguém havia conseguido alcançá-la quando ela se desviava. Nunca ninguém havia se desviado quando ele tentava alcançar. Aquele momento se quebrou com um simples movimento das narinas nele, enquanto ele absorvia o cheiro do sangue dela.

- Gosto dele. – Comentou para si mesmo. – Não se mexa, Anna. – Ela obedeceu, fuzilando-o com o olhar, mas ele não conseguia decifrá-lo. O polegar de Eric foi até o pequeno corte e o esfregou, depois o levou ao lábio e lambeu o sangue que sujara seu dedo. A garota estremeceu com a expressão de prazer que ele fez ao sentir o gosto de seu sangue. Mas ainda não era de medo. Anna se levantou e começou a andar, balançando a cabeça para os lados tentando evitar qualquer pensamento. – Onde está indo? – Raiva em sua voz, ninguém simplesmente se levantava e saia andando assim na frente dele!

- Dançar. – Virou-se para ele, um sorriso divertido nos lábios e os olhos brilhando com a idéia que tivera. – Você vem? - Ela era mesmo inconseqüente. Esse foi o pensamento de quase todos que observavam a cena, até o dela mesmo. Menos o da loba, que via tudo com um ciúme que não queria admitir. Ela era uma humana, afinal!

Eric sorriu e acabou por seguí-la, a noite seria divertida, ele podia apostar sua não-vida nisso.


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Notas finais do capítulo

Para tirar as dúvidas, na descrição: Martin - Peter - Eric.

Gente, ok, eu AMO "The first cut is the deepest"! E essa música é mt boa para o pseudo triângulo "amoroso" James - Anna - Eric.

Anna cantando a música.

Eric sendo responsável pelo primeiro "corte". E pela parte mais down. "But when it comes to being lucky he's cursed / When it comes to loving me he's worst."

E o caloroso James é o amigo fiel sempre ao lado. "I still want you by my side / Just to help me dry the tears that I've cried"

Mas isso são divagações minhaaaas.



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