Misguided Angel escrita por Katsumi Liqueur


Capítulo 6
Capítulo 5


Notas iniciais do capítulo

Onde a pantera mostra as garras...



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O relacionamento da mulher-pantera com os dois vampiros era muito melhor do que o que Mariana tinha com eles. Se a loba os tratava mal e os ignorava, Amy parecia apreciar a presença deles. Estivera fora por tanto tempo, que havia muito que conversar com Peter. E até com Martin, mas este não a conhecia tão bem. Talvez tivesse sido por isso que falara tão abertamente da “descoberta” deles. A humanazinha. Amy podia imaginar como Eric havia se deleitado com isso, planejando destruí-la. Simplesmente não concordava com a maneira que ele lidava com aquela situação específica. Bem, obviamente não concordava, não era uma vampira. O que mais a irritava nisso tudo era o comportamento da loba, provavelmente iria se divertir vendo Eric massacrar a humana.

 Amy estava incomodada, sabia que não deveria conversar sobre esse assunto com ele, mas seu lado humano não a deixava ficar calada. Sabia que essa conversa tomaria um rumo indesejado e que ouviria o que não queria, mesmo assim, não podia omitir sua opinião.

A pantera esperava por Eric na sacada de sua janela, fumando algum estranho tipo de cigarro que emitia uma fumaça inodora e azul. Embora fosse o quarto dele, Amy teve que esperar bastante até ele surgir em silêncio ao seu lado. A expressão dele era fria, nada de anormal até aí, mas fazia tempo desde que ele a encarava daquele jeito. Provavelmente ele já sabia sobre o que ela queria falar, isso dificultaria mais ainda as coisas.

Ficaram em silêncio ate que ele se tornou incomodo demais para ela. A mulher asiática soprou três anéis de fumaça azulada, os três círculos colidiram e ficaram um tempo pairando no ar até sumirem. Ela soprou novamente dessa vez criando um longo anel. Suspirou e desviou os olhos dele.

- A vida é um ciclo, você sabe. O que acontece é que antigos personagens são substituídos por novos. E os mesmos erros são cometidos, com raríssimas exceções. Porque apesar de serem erros iguais, as pessoas que os cometem são diferentes. E esses erros são quase a essência do que nós somos. Mas eu acho muito patético personagens, que permanecem e não são trocados por novos, insistirem indefinidamente nos mesmos erros.

Eric nada disse, seu olhar voltado para ela era quase sólido.  

- Deixe a garota em paz. Para o bem de todos nós.

- Para o nosso bem, eu irei matá-la. – Respondeu, sem emoção.

- Você faz crianças inocentes pagarem. Por algo que nem mesmo você tem certeza que os pais delas foram culpados. – Ele fechou a mão e a observou incrédulo.

- Amy, você não fala sério. Eles abusaram de minha gente e agora pagam o preço. E se eu posso me divertir os torturando, por que não?

  - Não é certo. Você já matou pessoas demais por causa disso e não lhe trouxe nenhum bem. Eu já vi como você fica após matar um deles. Eu já senti, tenho as cicatrizes para provar, lembra? – Arrependeu-se do que tinha dito, pois pode sentir o clima tornando-se mais pesado.

- Aquilo não deveria ter acontecido. – Eric respondeu secamente, sua voz tornando-se mais rouca que de costume. - E não acontecerá novamente. Além do mais, é só uma garota, como você mesma disse. E uma das últimas. – Seus olhos brilharam selvagens. – Uma das últimas e filha de primos. Ah, se você tivesse sentido o cheiro do sangue dela. Tão forte, eu vou adorar sorvê-lo até a última gota, depois de ter tirado bastante ao torturá-la.  

Amy estremeceu e o encarou desgostosa. – Quando eu disse para deixá-la em paz para o nosso bem eu falava sério. O Oráculo prenuncia tragédia. Por isso eu voltei, mas não sabia do que se tratava. Agora, eu vejo claramente.

- Você tem que ser menos crente. – Ele sorriu e exibiu suas presas para ela. – Vamos matá-la. Depois, vamos ter um festim. Ou talvez eu a deixe viva e ela seja o festim. Sabe o que é o melhor da família dela? Eles são fortes, agüentam bastante antes de serem despedaçados.

- Oh, Eric, pare com isso. Você não entende. Está preso nesse maldito ciclo vingativo e irracional. Você é um peão e não parece se importar!

A cena seguinte foi rápida demais, Eric emitiu um rosnado gutural e avançou sobre Amy, para segurara-la e fazer com que ela o encarasse. Mas a pantera foi mais rápida, na verdade, Amy era muito mais lenta que Eric, porém ele não previra que ela reagiria “contra” ele. A asiática havia pulado para um dos cantos da sacada e se transformava rapidamente num animal, sua voz saia entrecortada durante a transformação.

- Não concordo com isso. Se tiver que te confrontar, por mais que isso me destrua, eu o farei. – Assim que a última palavra saiu de seus lábios, ela pulou da sacada para o jardim. Já como pantera, voltou seus grande olhos amarelos para trás e encarou Eric. O vampiro observava o animal negro como a noite afastando-se com o olhar fixo no seu. Com um enorme grau de irritação socou a parede, um grande erro. Observou a parte onde socara destruída e sua mão suja de pó branco. Emitiu outro rosnado. Odiava a tal de Anna cada vez mais e olha que ainda nem tinham se conhecido.   


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Notas finais do capítulo

Nhaaaa, os capitulos dessa história son tão curtinhos, xD



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