Misguided Angel escrita por Katsumi Liqueur


Capítulo 18
Capítulo 17


Notas iniciais do capítulo

Melimë.O começo.



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Um toque suave em seu ombro, seguido por uma voz preocupada. Não, não preocupada, alarmada.

 

- James?! O que aconteceu? – Era Anna ali, como ela poderia imaginar que ele tinha sentido a presença daquele ser? Mas, então, uma voz que não era de nenhum dos dois, que era, para ele, de um ser que não deveria estar lá, foi ouvida.

 

- Creio que ele foi capaz de sentir o meu cheiro. Lamento, pequeno lobo.

 

O ruivo virou a cabeça na direção daquela voz, enquanto endireitava seu corpo. Podia vê-la agora, aquela mulher tão parecida com a menina ao seu lado.

 

- Quem é você?

 

- Alguém velho demais. – Os olhos vermelhos foram em direção a Anna e com ternura ela falou. – Minha criança, que erro enorme você está cometendo. E por quê? Pelo ódio que sente de mim, pelo que eu fiz a você?

 

James olhou de uma para outra, confuso. O lobo tinha perguntas e exigira resposta, mas essa não era a hora. A expressão da garota era de choque. Não era por odiar aquela mulher parada em sua frente que... Sim, Anna sabia que tinha sido um erro com Eric, sequer gostava dele, mas havia momentos que parecia impossível resistir. Talvez porque ela tentasse tanto resistir aquele ódio não natural que sentia dele, quando eles se beijaram, aquilo pareceu se tornar puro prazer. Mas como explicar isso? Ainda mais na frente de James.

 

- Você não tem o direito de me julgar. – Fria, cortante. – Mas admito que foi um erro. Não acontecerá novamente. – Voltando-se para o ruivo, seu tom e olhar se abrandaram. – Eu sinto muito... Eric me beijou e acabei retribuindo por um tempo, até me dar conta do que estava acontecendo.

 

Será que ele poderia ficar mais estupefato?

 

- O que está acontecendo aqui? Quero explicações e quero agora. – Não havia nenhum traço de meiguice em sua voz, só um tom objetivo e autoritário. James era um alpha, estava na hora de exigir respostas como tal.

 

- Ela é... – Mas como Anna poderia explicá-la? Nem mesmo ela sabia toda a história, nem mesmo ela entendia realmente o passado.

 

- Se eu falar meu nome, certamente você o reconhecerá. A questão é, pequeno alpha, você acreditará em mim? Acreditará em minha história?

 

James permaneceu calado, esperando que ela continuasse. Por fim a Albina deu um sorriso triste.

 

- Pois bem, se deseja respostas, eu farei meu possível para dá-las. Mas vamos sair daqui, é uma história longa e esse não é o lugar.

 

 

 

A mulher albina sumira após falar o que falara, mas assim que o casal chegou ao apartamento de James, após uma longa viagem silenciosa, ela reapareceu, sentada em uma das cadeiras. Parecia desconfortável, mas quem poderia afirmar se era verdade.

 

- Melimë. – Foi tudo o que ela disse. O suficiente para James semi-cerrar seus olhos, demonstrando desconfiança e desprezo. Anna apenas olhava para ambos, intrigada.

 

- Uhn, mas esse é o nome dela, James... A não ser que ela tenha sempre mentido pra mim.

 

- Ok, pode até ser seu nome, mas você não é ela.

 

- Pequeno alpha, como pode afirmar isso? Por que ela morreu há muito tempo? Por que ela simplesmente sumiu? Bem, não estou morta? Não fui em vida, claramente, um lobisomem?  Você pode detectar isso em meu cheiro, não negue.

 

- Você é...

 

- Albina, lógico! Não deixo de me surpreender como os fatos são alterados com o passar dos tempos.

 

- James. – Anna tocou de leve em seu braço, e deixou sua mão permanecer ali. – Quem seria Melimë pra você?

 

- A alpha de uma das maiores alcatéias da Idade Média. Lendas dizem que existiam até humanos em seu grupo. Mas essa alcatéia simplesmente desapareceu, quase que completamente. Numa noite fatídica, todos os lobos e humanos foram chacinados... E o corpo da alpha nunca foi encontrado.

 

As mãos dela estavam cerradas, embora nenhuma outra parte de seu corpo tenha se movido.  Ele.  Uma única palavra que carregava coisas demais. Um ódio desesperado, um ódio cego. Mas James também podia sentir medo ali. Anna, ao seu lado, estremeceu. Dessa parte, se é que era verdade, ela não sabia. Como aquela mulher, que a tinha abandonado, ainda era capaz de decepcioná-la tanto?

 

- Por que nunca me contou?

 

Melimë, como resposta, balançou a cabeça para os lados lentamente.

 

- Não era hora. Mas... Acho que, agora, é tarde demais...


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