Misguided Angel escrita por Katsumi Liqueur


Capítulo 10
Capítulo 9


Notas iniciais do capítulo

Onde as consequências do conflito não são as esperadas...

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Em primeiro lugar, eu queria pedir desculpas. Pela demora de novos capítulos nas minhas histórias, saca? Mas o maldito do meu irmão destruiu meu computador, depois meu padrasto ferrou com meu backup e, para completar, minha mão não foi buscar a cpu na data certa e o técnico viajou. Isso tudo foi extremamente estressante, pq ferrou alguns trabalhos na faculdade e cuminou com fds que eu não tinha grana para sair.

Mas, deixa pra lá. Outra questão importante é que tava tudo fresquinho na minha cabeça, pronto para ser escrito (ou já escrito)... E, bem, agora temos um delay que afeta a qualidade, por isso, lamento msm!

Enfim... Era o que eu queria avisar.

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Agora, para os comentários particulares: Sinceramente, eu não sei MSM para onde essa história está indo. Ela já mudou tantas vezes em minha cabeça que eu mesma me perdi, xD



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Ele a levou de volta para casa de moto. Foi o pior silêncio da vida dos dois, porque havia coisas demais para serem ditas e nenhuma coragem para transformar pensamentos em palavras. Anna queria se desculpar, não sabia exatamente pelo quê, mas achava que precisava. E, afinal, ela o havia envolvido naquele problema todo de sua família com vampiros. Ele queria chacoalhá-la e perguntar o que diabos ela estava fazendo e pensando! Nenhum dos dois colocou para fora o suas mentes remoíam, mas houve palavras, no final das contas. Quando ele a deixou na porta do prédio dela e ambos tiraram seus capacetes. Eles trocaram um olhar intenso, havia muito mais ali do que ambos podiam imaginar.

  

- Eu... – Ela começou, mas mordeu o lábio inferior e desistiu do que ia falar. – Obrigada. – Disse num sussurro, enquanto aproximava seu rosto do dele. As testas se tocaram e ambos sorriram. – Mesmo. – E, então, Anna roçou de leve seus lábios no dele, mas não planejava beijá-la.

  

James que tomou essa iniciativa, levando sua mão até a parte de trás do pescoço dela e a puxando para si. Trocaram um único beijo. Ele não foi intenso como Anna achava que seria, ao notar o que James fazia, mas foi algo simples, um rápido tocar de línguas até ele soltá-la.

  

- É uma pena. – James disse, mais para si mesmo que para ela.

  

- Sim, é. – Anna concordou, mas pelos motivos errados. Para ela, era uma pena que nunca fosse haver nada entre dois, porque nenhum dos dois sentia nada. Para James, era saber o que ela pensava que o afligia e o impedia de agir como realmente queria.

  

Despediram-se e ela subiu para seu apartamento. Ao chegar lá, sofreu ao colocar sua mão sob a água e tomar as devidas providências. Enfaixou sua mão de qualquer maneira e foi dormir.

  

  

Eric não voltou a entrar na boate, havia apenas se afastado dos dois e os observado partir. Não havia dúvidas para Eric, Anna deveria ser morta e apenas ele poderia ter o privilégio de fazê-la sofrer. Achou-a intrigante e, enquanto permanecesse assim, adiaria a morte dela. Mas, no final, só havia uma alternativa. Só que ele ainda estava irritada com o cão que atrapalhara sua diversão. Se não fosse a maldita trégua, já teria despachado seus companheiros para matá-lo. Eric não sujava a mão matando cachorros. Após uma pausa, um leve sorriso surgiu em seus lábios ao pensar nas duas metamorfas que o acompanhavam. Apenas se divertia na companhia dos que os gostava, para os outros, que lidassem com terceiros.

  

Deu um aviso mental para Peter, avisando que ia embora. Agora, que as coisas tinham passado, não estava irritado ou humilhado com o que tinha acontecido com a garota humana, no máximo se sentia intrigado. E sabia que se descesse novamente, nenhuma humanazinha seria capaz de diverti-lo. Decidiu ir encontrar Amy e deixar seus companheiros comentarem chocados os acontecimentos.

  

E era mais ou menos isso que acontecia. Se bem que apenas Martin estava chocado. Peter havia se divertido com a cena toda, aquela Anna era o ser mais inconseqüente que ele já vira. E Mariana estava tentando engolir seu ciúme. A loba saiu furiosa dali, ao saber pelo vampiro que Eric não voltaria. Os olhos verdes de Martin cravaram-se em Peter, um pedido silencioso. Porém não havia nada que o mais velho pudesse falar, ele também não entendera muito bem, só achara engraçado. A mão do loiro bagunçou os cachos do outro, um leve sorriso despreocupado nos lábios.

  

- Deixa isso pra lá. Enquanto não recebemos ordens, isso não é assunto nosso.

  

Martin concordou, mas ainda se encontrava curioso e confuso. Não esperava aquela reação de Eric, achava que ele seria muito mais beligerante com alguém daquela família que ele dizia odiar.

  

E, então, Anna estava novamente naquele corredor. Mas ela já não se movia mais tateando a parede, ela corria alucinadamente, como se sua vida dependesse disso e, quem sabe, dependesse. Seu corpo doía, Anna sabia que era hora de descansar um pouco, mas não podia parar. E cada passo que dava fazia seu corpo doía cada vez mais, mas a garota não parava, e foram muitos passos até ela chegar onde queria.

  

Quando o grito começou, ela estava bem mais na frente que da outra vez, isso a deu mais motivos para ignorar a dor e continuar. Dessa vez ela sentiu o cheiro de sangue antes de senti-lo escorrer de sua orelha e pingar em seu ombro. Todo seu corpo parecia latejar por causa daquele grito, ela sentia cada palpitação. Anna continuava a correr, o suor e o sangue misturavam-se em seu rosto e ela notou, quase por acaso, que estava enxergando melhor dessa vez.

  

Ao chegar próximo da câmara, seus passos se tornaram lentos e vacilantes, Anna não teve coragem de entrar correndo ali. Seu corpo se apoiou na parede e ela caminhou até a “entrada”, temendo o que veria. Se da vez anterior o que chamara a sua atenção fora o ser de olhos vermelhos gritando, agora seus olhos caíram no que estava nos braços dele. Era e não era James. Isso tirou qualquer precaução da garota e ela voltou a correr, precisava chegar perto. E chegou e, quando o fez, desabou de joelhos e começou a chorar. Era e não era James. E o ser de olhos vermelhos era e não era ela.

  

Era James porque era seu corpo ali, mas ele estava deformado, mutilado. Seu rosto parecia uma massa disforme de carne, ossos e sangue. Mas Anna o reconhecia, e ele estava ali, no colo de uma versão estranha de si mesma, morto. Então, aqueles olhos vermelhos se ergueram e olharam na direção da entrada da câmara, Anna seguiu o olhar. Eric estava parado ali, havia algo de diferente nele, mas não deu tempo de descobrir o que era. Ao seu lado, o grito de dor foi substituído por outro igualmente desesperado e poderoso.

  

- Saia daqui!

  

Dessa vez ela acordou gritando e chorando, sua amiga Clara a sacudia nervosa.

  

- Anna, Anna! Está tudo bem, foi só um pesadelo! – A loira a abraçou apertado, esperando a amiga parar de tremer, nunca a havia visto daquele jeito. Anna tentava controlar seu choro, seu corpo. Demorou longos instantes até que conseguisse. Clara a afastou o suficiente para poder olhar o rosto dela. A amiga balançava a cabeça para os lados sem parara. Não, não queria falar sobre isso. Passaram mais um tempo abraçadas, até Anna tentar se desvencilhar e clara soltá-la. A morena pegou seu celular e saiu do quarto, sentando no chão de seu corredor escuro.

  

A outra pessoa atendeu a chamada no quinto toque, a voz alarmada.

  

- Anna, você está bem? O que aconteceu?! – Era James do outro lado da linha.

  

- Eu só queria ouvir a sua voz. – Ela deixou a frase escapar de sua boca seca, a voz saíra rouca, nem parecia a dela. Anna voltou a chorar quase que imediatamente, mas conseguira desligar o telefone antes.


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Notas finais do capítulo

*Apontando o banner novo do Nyah!* Vocês non querem me ver morta, não é? *Pausa.* Pensando bem, não respondam, xD



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