Wounded hearts escrita por Rafa


Capítulo 18
Capítulo 18 - Colorindo


Notas iniciais do capítulo

Oi, gente ^^
Ainda tem alguém ai?
Diz que sim, vai...
Assim vou saber que não estou falando sozinha e a atualização vem mais rápido
uahsuahushasu
Sei que não estou em posição de pedir nada, mas voltei e isso é que importa.
Não vou mais demorar para atualizar minhas fics e essa não vai ser uma exceção.
Desculpem pela demora e boa leitura ♥



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Capítulo 18 - Colorindo

— Rukia —

  Um novo começo!

  Era somente isso o que se passa por minha mente durante as duas últimas semanas, que haviam se passado desde a mudança repentina de Byakuya. Ele, enfim, havia aceitado o divórcio e assim eu acabei por deixar sua casa logo no dia seguinte.

  Meus pais ainda não entendiam muito bem o que estava acontecendo e as consequências daquela situação. Porém, tudo já começava a caminhar no rumo certo, a única errada com ali era eu.

  Finalmente, havia alcançado minha liberdade; conseguido um emprego de meio período em uma lanchonete, o que me rendia dinheiro suficiente para pagar pela pequena kitnet que alugara, porém, além disso, o que me restara?

  Nada!

  Não sabia como seguir agora que meu maior objetivo já havia sido alcançado. Algo um tanto quanto contraditório, mas bem plausível na realidade.

— Rukia-sama — chamou Hanatarou parado na porta, com algumas sacolas nas mãos. — Chegaram mais algumas caixas para a senhora na portaria — completou ele ao adentrar a casa, caminhando junto a mim em direção a pequena cozinha improvisada, onde deixou as sacolas sobre o balcão.

— Obrigada — peguei as sacolas com o almoço. — Você está sendo um ótimo amigo e vizinho. Não sei o que faria sem você — sorri, empurrando um embrulho de comida para o jovem, que corou ao se sentar em frente a mim.

— Não precisa agradecer, Rukia-sama. Faço com o maior gosto — sua voz amigável soou pelo lugar e não pude tirar o sorriso de minha face.

— Já falei para me chamar só de Rukia.

— C-Certo — engasgou.

  Durante todo o tempo em que eu estava ali, Hanatarou não saiu do meu lado desde que nos conhecemos no hall de entrada do prédio, me ajudando e encorajando; coisa que nem minha própria mãe havia feito e, muito menos, minha irmã, que não dera as caras depois de seu episódio confuso do jardim.

  Ainda não conseguia entender o que ela quis com tudo aquilo e isso me magoava. Ainda mais por pensar que, por culpa dela, Ichigo havia sido demitido.

  Ichigo...

  Há dias não havia sequer ouvido o nome do ruivo e isso me preocupava. Queria saber onde ele estava, se estava bem; mas não conseguia pensar em uma maneira de achá-lo, a não ser por Masaki. Tinha certeza de que ela tinha alguma pista da localização do filho. No entanto, ainda não me sentia preparada para procurar pela mulher.

— Rukia-sama, vou dar um pouco de ração para o Chappy e vou para casa — avisou Hanatarou após terminar sua comida, levantando-se. — Preciso ir para o hospital, daqui a pouco começa meu turno.

— Sem problemas. Pode deixar que eu dou comida para ele, você já me ajudou demais — falei, acompanhando-o até a porta. — Até mais tarde.

— Até — sorriu, adentrando o apartamento em frente ao meu.  

  Fechei a porta, caminhando até a gaiola, onde meu pequeno coelho dormia. Não conseguia olhar para ele sem me lembrar do dia em que Ichigo o havia encontrado para mim.

  Aquilo era frustrante!

  Meus dias nessas duas últimas semanas se resumiram a pensar no ruivo e a trabalhar, excluindo as horas em que Hanatarou me fazia companhia, o restou era somente solidão.

  Porém, não conseguia sentir falta da mansão, pois agora, eu era dona de minha vida e ninguém me dizia o que fazer, nem Byakuya, que também não dera as caras durante todo esse tempo.

  Tudo o que fosse relacionado com o divórcio, era tratado direto com Kouga, advogado designado pelo Kuchiki a terminar nosso casamento sem escândalo e eu me sentia grata por não ter que lidar com aquilo.

  Alisando a pelagem branca do coelho, depositei um pouco de ração para ele quando ouvi batidas tímidas na porta.

  Hanatarou deveria ter esquecido algo.

  Apressada, corri até a porta, abrindo-a instantaneamente, para dar de cara com olhos castanhos a me encararem.

— Masaki!

— Olá, Rukia — saudou sem jeito.

  Meu coração batia acelerado e eu não sabia o que falar.

— Posso entrar? Preciso conversar com você, mas creio que aqui no corredor não seja o local mais apropriado....

— Ah, claro! Claro.... — murmurei toda atrapalhada, abrindo espaço para ela passar.

  Masaki passou pela porta e um estranho silêncio caiu entre nós. Muitas coisas passaram por minha cabeça, mas não pude começar nenhum dialogo, no entanto, ela se apressou em faze-lo:

— Acho que já tem uma certa noção do porquê de eu estar aqui...

  Meu coração batia acelerado e minha boca estava seca.

— Veio falar sobre o Ichigo? — arrisquei.

— Sim. E preciso de sua ajuda.

— Minha ajuda? O que eu posso fazer? Não sei nem onde ele está no momento...

— Isshin o encontrou. Ichigo está com o pai e eu não sei o que pode acontecer quando ele descobrir toda a verdade — declaro, interrompendo-me e foi só naquele momento que soube, que minha solidão não duraria muito tempo.

  Encontrar Ichigo seria minha prioridade e, assim, as páginas em branco de minha vida começaria a adquirir cor.

— Ichigo —

— Terminei todas as minhas tarefas, senhor — avisei ao adentrar o escritório de Isshin em meu novo trabalho. 

— Tenho mais alguns relatórios para você organizar — declarou, entendendo mais algumas pastas em minha direção, sem tirar os olhos dos papeis que analisava.

— Certo. — Peguei as pastas, sentando-me a sua frente.

  Faziam duas semanas desde que Shiba Isshin me acolhera como seu assistente e me dera um teto. No entanto, eu sentia algo estranho se remoer dentro de mim.

— Me diga, Ichigo, o que sabe sobre seus pais? — disparou de repente, com os olhos grudados em mim.

  Não soube o que responder de imediato, afinal, há anos ninguém me fazia aquela pergunta, tanto que nem mesmo eu parecia lembrar da resposta.

— Quase nada, senhor — respondi, me esforçando ao máximo para manter a calma.

— Ukitake nunca lhe disse nada sobre eles?

— Não, senhor.

  Um silêncio tenso se estendia pouco a pouco no ar. Shiba Isshin era um homem cheio de mistérios e adorava fazer perguntas sobre meu passado e era isso que me incomodava.

  Não que sua bondade para comigo fosse ensaiada, mas eu sabia que havia alguma coisa por trás de tudo aquilo e suas constantes sessões de interrogatório me faziam ter certeza disso.    

— Você nunca se interessou em saber deles? — insistiu.

— Sim, senhor, mas Ukitake não conseguiu muita coisa. Fui transferido muito novo a seus cuidados.

— Transferido? Como assim? — Seus olhos castanhos não se desviaram em nenhum instante.

— Fui deixado em um outro orfanato quando tinha apenas algumas semanas de vida e, esse mesmo orfanato pegou fogo. Poucas crianças sobreviveram e eu fui um deles. Assim, todas as crianças foram mandadas para orfanatos diferentes — contei tudo o que o próprio Ukitake havia dito a mim. Queria acabar logo com aquilo.

— Entendo. E suponho que todos os seus documentos e arquivos foram perdido no incêndio?

— Sim, senhor.

— Que conveniente — sussurrou para si e eu tive que me conter para não perguntar o que ele queria dizer com aquilo.

  Isshin parecia muito interessado em saber sobre meus pais e aquilo me tirava o sono.

  O que ele queria com tudo aquilo?

— Terminei, senhor — declarei, após minutos de silêncio.

— Certo. Você trabalha bem — elogiou, guardando as pastas junto as que eu tinha terminado mais cedo. — Nunca teve vontade de continuar estudando?

— Sim, mas não tive muitas oportunidades — confessei.

  Lembranças do dia em que Rukia me fez uma pergunta parecida povoaram minha mente. Há dias não conseguia saber sobre, mas em nenhum momento ela saíra de meus pensamentos.

— O que você queria estudar? — suas palavras cortaram meus pensamentos, chamando minha atenção.

— Medicina. É uma vontade de anos atrás, senhor.

— Verdade? — a alegria era evidente em sua face. — Eu posso te ajudar com isso.

  Estremeci.

  As coisas estavam se ajeitando em minha vida e eu nem conseguia acompanhar o ritmo das mudanças que aconteciam.

— Não sei se posso aceitar...

— É claro que sabe que deve aceitar — me interrompeu, destacando bem cada palavra. — Pode ser estranho, mas, apesar do pouco tempo que nos conhecemos, você já é como um filho para mim, Ichigo.

  A seriedade em seus olhos me deixou sem palavras e por isso não pude responder.

— Posso te indicar várias universidades e você pode estudar trabalhando aqui ao mesmo tempo.

— Eu... eu nem sei o que dizer, Senhor — gaguejei.

— Pode começar me chamando apenas de Isshin. Pode fazer isso?

— Sim, Isshin — concordei, sentindo que as chances de mudar o meu futuro estavam realmente a meu favor.

  Agora sim eu via esperança de ter Rukia ao meu lado. Com isso, as páginas em branco de minha vida estavam se colorindo aos poucos e as cores eram alegres,

— Byakuya —

  Tudo estava cinzento e triste ao meu redor.

  Não conseguia pensar em nada a não ser na burrada que eu havia feito por cair nos jogos de palavras de Yoruichi.

  Há duas semanas havia assinado a carta para a liberdade de Rukia e com isso, aceitara a amargura que aquela decisão me trouxera, pensando que a morena não me deixaria tão facilmente.

  Tolo.

  Aquele ato havia sido um tiro no escuro e quem saíra mais ferido, fora a mim mesmo.

— Kuchiki-sama — chamou Ayame, parada a porta de meu escritório. Fazia mais de uma semana que eu não saía de casa, nem para trabalhar. — Visita para o senhor.  

— Mande embora. Não estou recebendo visitas — minha voz saiu mais áspera do que eu me lembrava.

— É a Hisana-san, senhor — suas palavras fizeram meu corpo estremecer.

  O que Hisana queria ali?

  Será que ela trazia notícias da irmã?

— Diga que já estou descendo — falei respirando fundo.

  Precisava manter a fachada séria para não mostrar o quando aquele divórcio estava me afetando, afinal, Hisana poderia contar tudo a Rukia e meus planos futuros poderiam ser frustrado por aquilo de alguma força.

  Sem me demorar muito, segui até a sala de estar, onde Hisana tomava um chá, que provavelmente Ayame havia oferecido.

— O que faz aqui? — perguntei deixando a cordialidade de lado, afinal, aquela mulher tivera parcela de culpa pela partida da irmã.

— Quanta alegria em me ver, Byakuya-sama — rebateu ela com o sarcasmo a banhar sua voz. — Nem parece que fora meu noivo por uma semana.

  Suas palavras fizeram uma raiva gigantesca crescer dentro de mim.

— Veio até aqui para me insultar?

— Não, senhor. Eu nunca faria algo assim como você, Byakuya. Vim aqui para fazermos um trato.

— Um trato? — incredulidade estava explicita em minhas palavras.

— Sim. Um trato. Sei que você deseja minha irmãzinha de volta. Isso está claro em seus belos olhos e eu posso te ajudar com uma condição — declarou, pousando a xícara sobre a mesa de centro.

  Minha mente dava voltas. O que Hisana poderia querer de mim? Dinheiro?

— E qual seria essa sua condição?

  Ela sorriu ao ouvir minha pergunta e pude ver pela primeira vez uma malicia pecaminosa se desenhar em seus olhos.

— Segurança...

  Sentindo que minha vida mudaria para sempre com aquela aliança, lhe estendi a mão, dizendo:

— Trato feito.

  Nunca uma aliança me pareceu tão favorável como naquele momento, mesmo que todas as palavras da morena não me passassem tanta confiança, eu sabia que Rukia seria minha de um jeito ou de outro e ter Hisana ao meu lado me deixava mais confiante. 

  Meu mundo se coloria aos poucos naquele momento.


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Notas finais do capítulo

E então? O que a Hisana bitch quer com tudo isso? Byakuya fez certo em aceitar a ajuda da morena? E Ichigo? Qual será o destino do ruivo? Rukia irá vê-lo em breve? Só nos próximos capítulos....
Apareçam leitores, assim vou saber que compensa continuar a fic...
Beijos e até o próximo



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