Wounded hearts escrita por Rafa


Capítulo 15
Capítulo 15 - Futuro Desconhecido


Notas iniciais do capítulo

Ohhhhh povo!!!!
Ressurgi das cinzas, eu sei que demorei, mas estou de bom humor
kkkk
Primeira atualização do ano o/
Vamos comemorar
Boa leitura



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— Rukia —

— Foi assim que eu perdi meu bebê e o homem da minha vida — disse ela por fim sem me encarrar.

Meu olhos já ardiam com o fim dela triste historia.

Talvez eu estivesse sendo ingenua de mais por acreditar tão facilmente nas palavras de uma mulher tão misteriosa quanto Aizen Masaki, ou antes conhecida por Kurosaki Masaki, mas havia algo em seu tom que me convencera.

Algo que nem eu mesma conseguia compreender, talvez fosse simplesmente compaixão.

Se tudo aquilo fosse realmente verdade, Ichigo logo teria uma família, alguém para amar e não precisaria trabalhar em meu jardim.

Queria me sentir feliz por ele, mas meu lado egoísta se negava e temia nunca mais vê-lo.

Era estranho sentir falta de algo que ainda nem partira.

— Não vai dizer nada? — perguntou ela quebrando o silencio tenso que havia se instalado entre nós.

— E-eu... — gaguejei perdida. Não sabia o que lhe dizer. — Não tenho o que lhe dizer, na verdade, nem sei o que pensar — confessei vendo-a suspirar cansada.

— Você tem o direito de não acreditar em mim. Essa historia é confusa de mais até mesmo para mim, mas queria lhe pedir um favor — declarou tomando gentilmente minhas mãos entre as suas.

— Pode falar — incentivei apertando suas mãos geladas.

— Não conte nada ao Ichigo, sei que são bem próximos, mas peço que espero eu confirmar tudo — pediu seria.

— Não sei se posso fazer isso, mas como você pretende ter certeza de tudo sem pedir um exame de DNA? — perguntei curiosa pelo fato de ela precisar do consentimento dele para realizar tal exame.

— Eu irei falar com ele, mas antes preciso confirmar algumas coisas no orfanato onde ele foi deixado — confessou. — Preciso ser rápida. Isshin está desconfiado e sei que ele não vai descansar enquanto não descobrir a verdade — acrescentou tristemente.

— Entendo — respondi baixo, de alguma maneira estranha, eu conseguia me ver no lugar dela e isso me fazia querer ajuda-la.

— Por favor, mantenha isso em segredo por enquanto — implorou ainda segurando minhas mãos.

— Certo. — Seus olhos brilhavam de esperança e aquilo me deixava feliz.

Tinha certeza de que Ichigo terá uma boa mãe.

— Você gosta dele, não é? — indagou ela de repente, assustando-me.

— O que? — rebati abalada.

— Eu pude ver o medo em seus olhos. Você não quer ficar longe dele — afirmou me deixando surpresa com sua constatação.

— Não... Eu não...

— Não precisa mentir para mim e muito mesmo para si mesma. Sabe, Rukia-chan, você lembra a mim quando tinha sua idade. Vivia confundindo admiração com paixão e isso é muito perigoso — avisou seriamente. — Não cometa os mesmo erros que eu, por favor — completou soltando minhas mão com um olhar enigmático em sua face.

— Não sei do que está falando — desconversei ouvindo a porta ser aberta lentamente.

Eu estava a salvo e não precisaria confrontar meus sentimentos ainda.

— Desculpa interromper, mas Shiba-san já assinou sua alta e você já pode ir para casa, Kuchiki-san. Tenha o cuidado apenas de tomar todos os remédios corretamente e tudo ficara bem — declarou a ruiva avantajada, que entrará sem bater. — Obrigada — agradeci sentindo-me animada e feliz por voltar para casa.

— A proposito, você e sua irmã são idênticas — disparou sorrindo amigavelmente enquanto retirava a agulha de meu braço.

— Minha irmã? Você conhece Hisana de onde? — perguntei curiosa.

— Daqui mesmo. Acabei de esbarrar com ela aqui na porta e pensei que fosse a senhorita fugindo — disse bem humorada, colocando todos seus utensílios médicos em uma bandeja de prata.

Minha cabeça girou em um mau pressentimento, que me pegou de repente.

Não conseguia raciocinar direito o motivo, mas sabia que o segredo de Masaki corria perigo.

Havia algo dentro de mim que me alertava, só não sabia se minha irmã realmente seria um problema.

— Boa noite para vocês. — Despediu-se a ruiva deixando-nos a sós mergulhadas em um silencio opressor.

Parece que Masaki tivera o mesmo pressentimento.

— Masaki-san...

— Não diga nada. Tudo vai dar certo — afirmou ela. — Tudo vai dar certo — repetiu tentando convencer a nós suas, mas eu podia ver em seus olhos o medo do futuro desconhecido que se abria a nossa frente.

— Ichigo —

Estava confuso. Confuso e exausto, mas ainda assim, o sono não vinha.

Tinha muitas coisas para pensar e aquela estranha ligação não me sai da cabeça.

O que aquele homem queria com todas aquelas perguntas? E por que ele não me dissera seu nome?

Sempre que pensava sobre aquilo um sentimento ruim assolava meu coração.

Era um tipo estranho de mal pressentimento, que parecia me dizer que nada amais seria o mesmo dali para frente.

Todos aqueles pensamentos e pressentimentos me irritavam e o sono parecia fugir para cada vez mais longe de mim.

Frustrado, vesti um casaco leve e deixei meu quarto a fim de sentir um pouco do ar fresco da noite, que era iluminada pela magnifica lua branca.

O jardim era uma das coias mais belas quando visto a noite.

Não que de dia ele não o fosse, mas banhado pela luz prateada da lua todo aquele ambiente ganhava uma atmosfera magico que renovava-me.

Suspirei alegremente.

Tudo ali me lembrava de Rukia e de meus momentos com ela.

Nossa primeira conversa, briga e até mesmo, nosso primeiro beijo havia sido ali.

Aquele jardim guardava todos os meus segredos e sentimentos.

Sabia que ela já estava fora de perigo e isso me dava paz.

Queria vê-la e foi com esse pensamento que corri de volta para meu quarto.

Iria tentar dormir.

Talvez assim o dia amanhecesse mais rápido.

Com as janelas aberta eu adormeci após varias horas pensando e pensando sobre a vida.

Os pálidos raios de sol penetravam pela janela aberta de meus aposentos.

Fazia mais de meia hora que estava ali esperando o astro rei iluminar o horizonte.

Não havia dormido mais que três horas e já estava de pé esperando sua hora de inciar o dia de trabalho.

Eu estava ansioso e essa ansiedade somente aumentava conforme a manhã corria com suas horas.

A baixinha ainda não havia dado as caras no jardim e eu ainda aguardava esperançoso.

Indagava-me o porquê de ela ainda não ter aparecido, pois sabia que ela estava bem. Ayame me deixava bem informado de tudo.

Ansiava por vê-la.

Queria lhe contar tudo o que me perturbava e ainda queria deixar todos os meus sentimentos as claras.

Já estava decidido a lutar por ela, mesmo que tivesse que lutar contra tudo e todos, mas aquela ausência estava me matando.

As horas passavam e com elas se ia toda a minha esperança de vê-la naquele dia.

— Esse jardim parece ficar mais belo a cada visita minha! — exclamou uma voz gentil a minhas costas. — Incrível... — completou em um sussurro quando seus olhos enfim encontraram os meus.

Meu peito doeu em uma batida rápida.

Se não fosse pelo olhar misterioso e os traços diferenciados, aquela mulher poderia se passar pela Rukia e ninguém notaria a diferença.

— Oh! Você deve estar me achando com cara de intrusa, certo? — indagou aproximando-se lentamente em minha direção. — Me chamo Hisana. Sou irmã de Rukia — declarou ela fazendo-me lembrar de quem havia enfiado a própria irmã caçula em um casamento de interesses.

— Ah claro — respondi o mais educadamente possível.

— Então você deve ser Kurosaki Ichigo, o jardineiro — afirmou tocando levemente em meu braço.

Não conseguia entender qual era a intenção dela com aquela aproximação.

— Rukia fala muito de você... — sussurrou fazendo meu coração disparar com aquela informação.

— Sobre o que? — perguntei incerto.

Eu tremia de ansiedade.

O que ela teria para falar de mim para a própria irmã?

Uma risada divertida ecoou pelo ambiente e eu não entendia do que ela ria.

— Ela me contou um segredo — confessou em tom baixo chamando-me para mais perto. — Você quer saber o que ela me disse? — perguntou me fazendo sentir um mal estar pela proximidade em que nos encontrávamos.

— Sim — falei simplesmente tentado a recuar, mas não o fiz. Queria ver aonde aquela mulher queria chegar com tudo aquilo.

— Eu queria....

Sua palavras se perderam no ar quando seus lábios se colaram aos meus em um ato inesperado.

Hisana havia me beijado no meio do jardim

Meu corpo inteiro estava paralisado.

Não conseguia capitar nada do que estava acontecendo ali.

Tudo girava a minha volta e eu só conseguia pensar na incerteza do futuro desconhecidoque se abria a minha frente.

O que o destino me reservava? Eu não sabia.

— Byakuya —

Os ponteiros do relógio corriam regularmente, me irritando.

Não havia ido para a empresa hoje e passei a maior parte do tempo em meu quarto.

Estava decidido a lutar por minha esposa, não importava o preço, mas sentia uma inquietação forte crescer dentro de mim.

Algo estava errado e eu só não sabia o que era.

Cansado de ficar parado olhando para as paredes, decidi caminhar um pouco.

Sabia que minha querida "cunhada" estava ali e não queria encontrar com ela no momento.

Caminhei lentamente pelo corredor escuro deparando-me com Rukia, que ainda parecia abatida pelo efeito dos medicamentos que a deixavam sonolenta.

Ela também não havia deixado o quarto até aquele momento e foi por isso que não fui para o trabalho, estava preocupado com ela.

— Boa tarde, Rukia — saudei vendo-a me olhar preguiçosamente.

— Boa tarde, Byakuya-sama — respondeu bocejando. — Ayame disse que Hisana esta aqui, mas ela não veio me ver — falou parecendo mais acordada a cada momento.

— Hm — resmunguei acompanhando-a. Não queria que ela se esforçasse com nada.

Delicadamente segurei suas mãos tremulas passando-as pelo meu braço, para apoia-la.

— Byakuya-sama?! — indagou surpresa, corando logo em seguida.

Um grande vontade de toma-la ali mesmo me assolava, mas Rukia ainda estava fraca e eu não queria assusta-la.

Sem me importar com sua indagação segui com ela ao meu lado parando para perguntar onde Hisana estava.

— Ela esta no jardim, Byakuya-sama — declarou Hisage, que ajudava Ayame a carregar as compras.

— Obrigada, Hisage-san — agradeceu ela mesmo sabendo que não devia fazer. Afinal, eles eram apensa criados que estavam ali para nos servir.

Guardando meus pensamentos e caminhei ao seu lado em direção ao belo jardim, onde o céu já brincava se misturando em vários tons quentes.

Já estávamos caminhando a alguns minutos quando sinto a pequena paralisar ao meu lado.

Seus grandes olhos violáceos tremiam olhando fixamente alem das grandes arvores floridas.

Uma alegria imensa me preenchia e tudo parecia criar mais cor do que realmente tinha.

A visão do maldito jardineiro com minha cunhada nos braços me aliviava.

Mesmo sem saber Hisana parecia tirar a maior pedra que existia em meu caminha, mas ainda assim meu peito doía pela dor expressa na face pálida da morena ao meu lado.

Nada ainda estava decidido.

Um futuro desconhecido ainda abria-se a minha frente, mostrando que nada era certo dali em diante, nem mesmo a minha vitoria.


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Notas finais do capítulo

Então? Comentem, PF e não em matem
Bjus



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