Naïve escrita por Charlie


Capítulo 10
Capítulo 10


Notas iniciais do capítulo

Fala, galera.
A respeito desse capítulo. Se não óbvio, Puck está se casando. Dois pontos de vistas em diferentes meios. Músicas, ligações e pensamentos em itálico, sempre.
Dúvidas, estarei sempre a dispor.
Xo.



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Santana's POV

– Uma empregada francesa? Mesmo? É tão exagerado!
– Hey, o perdoe – Puck resmungou do outro lado da linha, defendendo a mancada do irmão caçula – Ele ainda é um garoto.
– Obviamente – Impus, bufado – Sugeri que alugasse uma fantasia de empregada para Sheel a fim de tê-la fazendo uma pequena provocação privada a você – Trouxe as pernas vestidas em uma calça moletom folgada para junto de mim no sofá de três lugares, estacionado ao centro da área reservada a fins televisivos. Comprimi o celular entre o ombro e a orelha direita para que minhas mãos conseguissem decifrar os códigos dum painel de controle moldado em uma espécie de ipad, controlador de quase todos os eletrônicos da casa. Lembro-me de tê-lo sentado no colo pelos últimos vinte minutos passados e ainda não ter sucedido na procura da chave ativadora da televisão a metros em minha frente. Por que não simplesmente um controle?
Não acho que ela seja esse tipo de mulher – Puck, num riso gelado. Tê-lo balbuciando palavras fúteis, mesmo a quilômetros de distância, era evidentemente saudável. Não no quesito saudável porque nos conhecemos há anos e sem propósitos lutamos em manter presente o laço existente entre nós, mas saudável numa vida desentendida como a minha. Ou, não sei, como a dele, que em meio a afazeres que faz ou serviços que presta ou até mesmo a tensão casamentaria, ainda desencadeia tempo suficiente para se fazer presente. Esse tipo de saudável.
Agressivos, meus dedos martelavam contra a tela do painel quando um movimento de abrir depois fechar ecoou no piso inferior da casa vazia, em minhas costas. Casa, porque Quinn eu havíamos, por fim, nos entendido. Vazia, porque àquela altura eu desfrutava de minha própria presença como marido vagabundo num dia de folga. Marido enfurnado na casa de condômino privado em West End, há três dias.
Meus olhos assistiam os tópicos abrirem em apresentação na tela com precisão demais para que minha atenção focalizasse no sujeito que deu entrada no imóvel. Todavia, torci as costas para a porta a consideráveis metros de distância atrás da área. A visão tombada reconheceu uma Quinn revestida por um vestido negro de tecido fino, não exageradamente justo ao corpo e de uma abertura retangular na região de ambas as costelas, quase escondidas pelo sobretudo da mesma cor, se movimentar de um jeito preguiçoso, evitando esforços. Ainda na imensa porta de madeira clara, curvou a coluna a favor dos dedos alcançarem a borda do scarpin, assim o removendo após escorregar o sobretudo negro pelos ombros. A feição exausta, arrastou-se para o limite da cozinha. Antes, deixou que os olhos me vissem ali sentada. Se uma vez fossemos simplesmente o subgênero mais tedioso de amantes, eu certamente não diria que ela voltara do trabalho vestindo De La Renta. Presumi que agilizou as ações antecedentes de arremessar-se ao final do mesmo sofá, tocar os lábios na borda da taça bourgogne completada por uma substância amarelada e depois os encostar em minha bochecha. Os lábios, vinho branco. Driblei a mão ocupada, acima do colo, para alcançar o início de suas coxas, esticando minhas pernas por cima delas. Os olhos cumprimentaram acanhados, os dedos aconchegantes deslizaram pelo peito de meus pés, um impulso da mão ofereceu a taça a mim.
– Ainda está ai, Lopez? – A voz de Puck conversou, quase saltei de susto. Havia esquecido que eu ainda segurava o celular na orelha.
– Yeah, estou aqui – Avisei, a voz falhando – Quinn acabou de chegar.
– Começou a babar, não? – Quase pude ver o sorriso formar em seus lábios quando proferiu tais palavras.
– Cale-se, Puckerman – Amarguei em defesa.
– Bem, de qualquer forma, como eu estava dizendo, estive pensando em uma policial safada ao invés disso–Balbuciou, provocando-me um sorriso.
– Seria bastante excitante – Deixei que meus olhos caíssem em Quinn a alguns pés de distância. O painel de controle, agora sentado em minha canela sobre seu colo, domava sua atenção expondo grupos diferentes de janelas. – Ou professora sexy – Com o ouvir insano da conversa, desviou a atenção da tela e torceu o pescoço em minha direção. Um olhar questionador bordado nos esmeraldas. Correspondi com um balançar de cabeça. Conversa de homem, gesticulei.
Já tive uma professora sexy, lembra?
– Okay, essa relação incestuosa não conta – Reclamei.
– E minha princesa judia?
– Isso é estudante sexy. – Considerei, hesitando. – Sabe, acredito que estou longe o bastante da situação qual posso admitir que ela não era tão descuidada assim – Impus, tendo certeza que Quinn não mais prestava atenção no seja lá o que fazia com o aparelho.
– Que seja, você sabe que Berry era gostosa – Falou entre sorrisos.
– Oh, e se pegarmos uma princesa Árabe? – Ansiei – Sabe, como uma sósia da Jasmine?
– Sheel chutaria minha bunda – Rosnou – Você sabe que ela é sul europeia, não?
– Jasmine era sul europeia?– Perguntei, franzindo.
Está mesmo me perguntando a raça de uma princesa da Disney? – Questionou, incrédulo.
– O que diabos vocês dois estão conversando?– Quinn demandou, minha vista caindo sobre ela imediatamente.
– Qual stripper contratar para a despedida de solteiro de Puck – Direcionei a ela, cobrindo a área com microfone do celular.
– O que disse, Lopez? – Puck, embaraçado.
– Nada, Quinn me perguntou algo – Expliquei na linha.
– Você disse stripper? – As sobrancelhas já rígidas, a expressão facial já presa.
– É despedida de solteiro, Q. – Impus com eufemismo – Sabe, ultima noite de solteirice.
– Não acho que aprecio a ideia de ter uma mulher chacoalhando seus bens em cima de você – Franziu, falando leve.
– Bens, mesmo? – Um sorriso desbravador abriu em meus lábios – Quem fala bens? – Tirei sarro da expressão optada – Não vamos a um club de Strip, será um show particular e Puck é o ponto chave, então não é como se a moça fosse prestar atenção em mim de qualquer forma – Esclareci.
– O que, Lopez? – Chiou a linha em meu ouvido – Está abrindo mão de Lap Dance? Digo, você não teve uma despedida quando amarrou o laço com Quinn , então está em atraso. Poderíamos planejar alguma coisa.
– Calma, eu receberia uma também? – Minha intenção em relação a isso tudo era exclusivamente dele, sem sombras de dúvidas. Contudo, a ideia de receber uma atenção também não soava uma das piores.
– Nenhuma asquerosa fará Lap Dance em você – Quinn, grosso.
A risada de Puck ecoou pela extensão da linha.
– Ah, cala a boca, Puck!- Avancei.
– Hey, foi você quem mencionou que pegaríamos uma stripper na frente de sua esposa, que por acaso é Quinn Fabray – Expandiu, rindo.
– Lopez – Completei.
– Digo, mesmo não sendo tão estúpido assim. Ela está te encarando agora, não está? – E estava.
– É só uma dança, Quinn - Falei, em tentativa de explicar.
– No colo! Oh, então você não se importaria se eu fizesse um Strip Tease a Puck porque “só estaríamos dançando”, certo? –Impôs, ressaltando minha hipocrisia explícita.
– Quinn me fará um Strip Tease. – Festejou – Deus, sim!
– Nâo, não fará, Puck – Por um instante, senti como se estivesse sendo bombardeado por todos os lados – E, Q. , você está exagerando diante de algo que não requer exageros.
– Mesmo? –Exigiu – Então ficaria tudo bem se Sheel solicitasse um pedaço de carne masculina em sua festa e um dos homens simplesmente decidisse me dar uma carona? – Questionou, arqueando uma das sobrancelhas.
– Não, não seria legal, não mesmo – Diante do pensamento de algum homem se esfregando em Quinn, meu nariz se torceu.
– Mas seria legal na sua situação?
– Agora você está sendo confusa! – Exaltei, esfregando circulos em uma de minhas têmporas– Puck, espere um segundo. Quinn está agindo estranho – Com o dito, puxei o celular para em frente de meus olhos e mutei a ligação. – Se lembra de quando disse...do ménage? Não farei sexo com a garota, só vou...sabe, olhar.
– Então você está me dizendo que prefere olhar alguma garota assanhada que tira as roupas por dinheiro e se esfrega em você a assistir sua esposa fazer isso?- Protestou nervosa.
– Não, nunca disse isso. – A expressão caiu, ela escondia algo. – É uma desp- De repente, meu protesto foi interrompido quando Quinn, em um ligeiro impulso, removeu minhas pernas de seu colo, pulando com os joelhos pressionados contra o assento do sofá, a silhueta voltada em minha direção. Já havia sentado a bourgogne em algum lugar irrelevante quando ambas as mãos se perderam atrás do corpo. Os olhos ,sedutoramente fuzilantes, se fixaram nos meus que assistiram as duas alças grossas do vestido negro escorregarem lentamente pelos ombros até caírem sobre os antebraços, expondo seios cobertos por um sutiã de vermelho camurça. Minha boca foi seca, o maxilar rígido ao assisti-la deixar o móvel, estender-se de pé, deixando que o tecido escorregasse pela silhueta até tocar o chão. Depois, escalando-me, as pernas em cada uma de minhas laterais. – Você quer um corpo nojento, provavelmente doente, totalmente de forma distinta a esse, se esfregando sobre de você? – O tom era fraco, calmo, provocador.
Ansiei pelo celular, completamente depravada de noções.
– Puck, tenho que ir – Assim quando retirei o mute da chamada – Há um problema em minhas mãos – Quase não encontrei voz. Quando me prontifiquei de terminar a ligação, Quinn tomou o celular de minha mão e o arremessou contra uma poltrona também pertencente a área.
– É isso que você quer? – Gemeu, pude sentir sua respiração quente ir de encontro a meus lábios – Um outro corpo?
– N-Não – Voz fraca, gaguejei quando Quinn iniciou movimentos lentos contra a região de meu corpo onde as pernas e o sexo coberto pela outra peça parte da lingerie possuíam contato. Os dedos, presumi terem alcançado o fecho do sutiã quando caiu sobre meu abdômen. Descontente, o sentou em meu rosto
– Preferiria olhar sem poder tocar em uma garota provavelmente contaminada a estar com essa loira bem em sua frente? – Seus lábios a centímetros de distância dos meus, eu quase senti os sabor deles intoxicar minha língua. Um branco, vazio, preenchia minha cabeça àquela hora. Não pude me lembrar de como tudo isso havia começado. A menção de uma stripper, talvez.
Quinn arqueou as costas, tocando meu rosto no vão dos seios levemente, antes de rolar para fora do sofá. Para fora de mim. – Sinta-se à vontade – Buscou pelo vestido ao chão– Aproveite sua stripper .
– Quinn! – Gemi, vendo-a caminhar com passos precisos para até o outro cômodo – Droga!

x.

Quinn's POV
– Puck está se casando...oh...Puck está se casando, whoa oh, quem imaginaria que o homem com o pênis fosse na loja e uma aliança traria. Esqueça os ice bergs derretendo no norte, e a neve no sul, Puck está se casando e trazendo a casa para baixo...oh...Puck está se casando, whoa oh, Puck est-
– Santana! – Gritei, o peso de exaltação em minha voz ecoando pelas paredes do carro. Os lábios de Santana pararam semiabertos, como se eu tivesse cortado a cantarola que sairia deles. – Por favor – Supliquei, oscilando os olhos entre a estrada e sua silhueta aterrada no banco passageiro ao meu lado.- Cala a boca – Eu, por outro lado, certamente havia atingindo o auge de paciência. Por todo o caminho ainda não próximo de nosso destino, presenciei Santana cantarolar Another One Bites the Dust a o tema de Going to the Chapel, como também A Woman Needs a Maid, Run For your Life, It’s the End of the World as We Know It, e Home Boy’s Getting Hitched, canção de sua esplendida autoria, por duas vezes seguidas.
O que rastejou em sua vagina e morreu?– Murmurou rítmico, estendendo o braço para alcançar os botões do rádio. Assim ativado, misturou melodia e harmonia – Esposa é rabugenta e tal, deve ter posto um fio dental antes de sairmos. Ela está lançando olhares punhais a mim, eu finjo que não vejo seu maldoso, doloroso, olhar de morte. – Quicou no banco, simulando uma dança no espaço limitado.
Involuntariamente, minhas mãos firmaram o contato com o couro do volante, os músculos rígidos, concentrei-me em minha própria respiração. A situação, agora, requeria uma de minhas técnicas de gestão. Técnicas Santana Lopez de gestão. Naquele universo alternativo, eu aprendia em exageradas porções a respeito disso. Aparentemente, casar-se com a discagem rápida do seu aparelho celular possuía efeitos colaterais não intencionais e se uma vez eu não tingisse o cabelo de loiro, certamente seria explícito minha senilidade avançada.
– Não acha que é um pouco inapropriado cantar canções cujas letras abordam resenhas de anti-casamento quando senta ao lado de sua esposa?- Com tom não agressivo, perguntei.
– Por quê?- Pausou a cantarola de seja lá qual música tocava no rádio.
– Porque você está casada agora – Oscilei o ver, testemunhando suas sobrancelhas cresceram rígidas sobre os olhos, entregando defender a hipótese qual o que eu dizia era pura insanidade. Depois, relaxou-as, como se houvesse se dado conta.
–Oh, sempre me esqueço disso – Respondeu, retomando a cantoria a companhia do rádio.
Meus olhos, desajeitados, correram pelos espaços da divisória do cambio de seu carro até esbarrarem num ipod plugado. Deixei que meus dedos buscassem por ele, encaixando seus fones em ambos meus ouvidos a fim de bloquear a voz de Santana, embora seja a voz de Santana. Uma das canções do aparelho, a primeira, corria em velocidade quando ela novamente interferiu em minhas orelhas, embaralhando-se com as letras da original, um rebuliço de vozes. Mas que diabos. Com a paciência escassa, alcancei o rádio, assim o desligando. Pude ver o início de um protesto protagonizado por Santana, contudo, cortei-a de imediato.
O pai de meu bebê está se casando, mas estou desconfiando porque o nome de sua garota é Sheel quando o da mãe de sua filha e Shelby, e ela não é uma asiática titulada Woo. – Cantei, reutilizando a batida rockabilly.
Os olhares de canto e os sorrisos disfarçados que Santana deu, fez-me sentir como se a ideia de me juntar a ela em canções inventadas de casamentos ao invés de permanecer sentada, temperamental, no meu lado do carro, foi certamente a melhor a se adotar.
– Shelby Woo – Juntou as mãos, batendo palmas bem marcadas e num intervalo breve de pausas – Belíssima referência para a irrelevante televisão dos anos noventa, Q.
– Obrigada, achei mesmo que você iria gostar – Depois de aceitar seu aplauso com um simulação de reverência, focalizei a atenção no horizonte.
Por outra breve percorrida do caminho, continuei a provoca-la com letras que surgiam no topo de minha cabeça, só parando quando fui policiada.
Em movimentos ligeiros, Santana sentou uma mão sobre a minha no volante, brutalmente a impulsionando para uma determinada direção. Quando o carro tombou para uma das laterais da rodovia, liberei a pressão do pedal de aceleração, não sabendo dos códigos e truques que o veículo nos guardava. Não sabendo o que Santana guardava, o carro não sendo excluído da generalização Santana.
– Mas que di- Tentei protestar, afogada a adrenalina, até o cinto de segurança que prendia sua silhueta correu atirando em direção à porta.
– Deus, você é tão gostosa – Suspirou, antes de escalar a consola central para atingir a área do banco motorista, tentando se encaixar entre minhas pernas. O quadril golpeou o volante diversas vezes a fim de suceder em me atingir dentro do limitado espaço, gemeu em reclamação por algumas vezes. Seus lábios estavam por toda minha extensão. Na região de meu pescoço, maxilar, nos meus lábios com movimentos desesperados. Os dedos ansiaram por minha pele escondida por trás das roupas antes mesmo que eu pudesse processar o que realmente acontecia. Só senti minhas mãos buscarem, apressadas, pela fivela do cinto que me prendia ao banco, movimentando minhas pernas em aberturas o máximo que consegui ao mesmo intervalo de tempo.
– Não estamos um pouco ansiosas, não? – A respiração quente, ofegante contra minha pele.
– Apenas cale a boca e ande logo com isso – Na mesma situação, instrui.
Sim, tínhamos definitivamente feito a escolha certa.


x.


Três da tarde, lia o marcador digital do carro quando paramos no estacionamento do hotel. Nem havíamos nos fixado num mesmo lugar por ao menos dois minutos, Santana saltou no carro.
– Vamos, Quinn!– Parou à porta, suplicando minha saída.
– Lembre-me novamente, quantos anos você tem?- Bufei cansada, exausta com a preparação física e psicológica que viajar com Santana requeria.
– Vinte e seis- Disse, proferindo movimentos onde meus olhos não alcançavam – O que isso tem a ver com você ser tão lenta?- Rejeitando qualquer outro argumento vindo dela, sai do carro, contudo, não sai do lugar. – Está esperando o que, babe? – Um sorrir leve bordou os lábios avermelhados – Pegue suas malas, vamos!
– Você não vai pega-las? – Franzi a testa, batendo o pé no chão.
– Por que eu faria isso? – Estreitou os olhos, sorriu desbravado.
– Não é você quem diz, vangloriando-se ser a butch entre nós?- Questionei, fechando a porta e caminhando para o seu lado do carro.
– Já disse, não tenho que tentar ser, a saber, já possuo você – Eu só fiquei ali, parada em sua frente, vendo-a sorrir maroto diante das palavras intencionalmente doces. Mas quando diz respeito a Santana, doce demais é duvidoso, é desconfiante.
Seus olhos examinaram os meus e lá permaneceram por alguns segundos. Balançou a cabeça, rio abafado, impulsionou seu corpo ao meu, encostando seus lábios em minha bochecha esquerda num beijo breve. - Carregarei suas malas – Impôs, desvencilhando-se de mim para ter acesso a porta traseira destinada a esses fins – Mas só porque sei que me ver flexionando os músculos lhe deixa excitada.
Assim dito, tomei a bolsa de suas mãos e deixei que ela carregasse as outras três malas de médio porte até a recepção do hotel, onde as encaixou dentro de um carrinho suporte para transporta-las até o andar dos quartos.
– Empurre-o- Encaixou os pés na lateral do carro, esperando que eu a empurrasse junto com as malas.
– Santana, saia daí– Sussurrei forte, buscando ao nosso redor pessoas que estivessem presenciando o comportamento dela.
– Vai me fazer sair? – Arqueou uma das sobrancelhas, a malícia contaminando seu tom sussurrado.
– Juro que não posso te levar a qualquer lugar- Cobri minha face com as mãos.
– Estou sendo má, Quinn?- Voltou os pés ao chão, usou os antebraços para debruçar contra a borda do porta bagagens de pequeno porte. – Preciso ser punida?- Os lábios sorriam grudados, arqueou as costas para elevar o quadril. Eu, só correspondi com um olhar mordaz e um severo puxão em seus braços, empurrando as malas para o elevador. – Você não devia franzir tanto, acabará com rugas por toda a face – Quando chegamos ao andar do quarto reservado.
– Você percebe que é a causa exclusiva delas, não?- Falei, sentindo sua respiração colidir com a traseira de meu pescoço quando pressionei o cartão contra o identificador de acesso da porta.
– Mesmo?- Mesmo meus olhos não tendo acesso a seu rosto quando empurrei o carrinho para dentro do quarto, presumi um sorriso maroto. – Sabe o que é um bom apaziguador? – Não tive certeza se seus braço me tocaram, viraram e me atiram na cama ou se fiz isso tudo sozinha, inconscientemente. Mas quando me dei conta, eu já estava lá, os cotovelos pressionados contra o colchão fofo fornecendo base a minha silhueta.
– Você vive a base de sexo?- Reclamei, vendo-a posicionar-se entre minhas pernas pendentes na cama. Os dedos dançaram por entre os fechos, abotoaduras ou derivados que tinham de ser desabotoados de suas roupas. Impulsionou o corpo ao meu, pressionando, sobre a cama quando vestia nada além de uma lingerie de coloração similar à íris. Uma das mãos agarrou a bolsa antes sentada na parte superior do móvel, acima de mim.
– Quem está pensando em sexo agora, Fablo?- Sussurrou com os lábios próximos aos meus– Temos o jantar de ensaio, só estou me arrumando. – Após concluir, contornou a bolsa por trás para trazê-la a frente, certificando-se de não me atingir. Depois, desapareceu para dentro do banheiro.


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