Naïve escrita por Charlie


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Bom, acho que devo uma explicação àqueles que acompanhavam Oblivion. Tive alguns problemas na edição do roteiro. Problemas tanto quanto complicados com o enredo, então para não alimentar esperanças demais, até para mim, resolvi excluir temporariamente até que eu consiga edita-la da maneira necessária e posta-la novamente.Mas para compensar a super mancada que dei, resolvi fazer algo fora dos costumes. Sou completamente devota a fics estrangeiras, quase não leio brasileiras, e nesses últimos meses notei que muita gente também aposta em história de línguas estranheiras, porém não é todo mundo que possui acesso. Então, pensando nisso, resolvi apresentar a vocês a primeira fic que li em inglês e que de tão surpreendentemente boa, atiçou meu apetite em busca de outras. Segue aqui então, um roteiro adaptado e inspirado em uma das obras da escritora norte americana mais fantástica que já encontrei até agora, Nicole. Espero verdadeiramente que sintam o mesmo prazer em lê-la como senti quando li pela primeira vez, agora escrevo. O enredo é inspirado nos acontecimentos do episódio I do( 4x14) da série Glee.Xo



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Quinn's POV
Quando despertei, encontrei meu corpo casado a lençóis brancos sobre uma cama vazia.
Em um reflexo quase automático, usei uma das mãos para proteger meus olhos da claridade que usurpava o vidro da vidraça da sacada de um quarto que meu consciente ainda não possuía exata consciência para reconhecê-lo. Rocei os dedos nos olhos para afastar a brisa do amanhecer presente em meu cérebro que rodava em círculos e quando eles os deixaram, olhei para o ponto avassalador que fazia companhia a meu corpo.
Noite passada desordenou sentimentos que nem eu sabia existir, transformando tudo em uma grande bagunça. Exatamente tudo que necessitávamos. Forcei-me a acreditar que não seríamos uma “coisa” séria a partir de agora, mal sabendo a razão de tais esforços. Só não contava com sua presença ainda junto de mim ao amanhecer, então talvez seja por isso o latejar dentro de minha cabeça, espero.
Após nos termos por uma segunda vez, ela adormeceu. Porém, não havia nada que me fizesse fechar os olhos e simplesmente dormir também. Travei em distúrbios sobre o que viria a acontecer na manhã seguinte.
Se for que o bem dizem um-romance-de-uma-noite, então que tiremos vantagens disso, oras.
O peso de seu corpo deitava nas costas, um dos braços descansava sobre seu abdômen quando o outro pendia para fora da cama. O lençol estava somente a centímetros acima de seu peito, e quando impulsionei meu corpo para seu lado, pressionando minha lateral esquerda contra o colchão pra ter um melhor ângulo de sua silhueta, o desci com calmaria para não a despertar antecipadamente. Em incrível sorte, a temperatura do quarto não marcava tanta presença, assim passando despercebidas as trocas de calores.
Minha mão buscou sua pele sob o pano branco que agora batia um pouco abaixo de seu umbigo. Quando a tateou, deslizei meus dedos para entre suas pernas. Permaneci em contato de maneira cuidadosa quando notei que seu peito subia e descia com mais precisão, os olhos ainda fechados. Meus lábios esboçaram um sorriso preguiçoso quando minha linha de visão esbarrou em sua face. Encontrei-me embriagada em suas feições. Ela era verdadeiramente linda, e em todos esses anos, não acho que prestei muito atenção nisso.
Minha mão traçou caminhos não tão precisos abaixo à sua cintura, até que um de meus dedos exerceu contato com seu ponto mais sensível. Nosso respirar se fundiu ao notar que seus campos ainda estavam molhados em consequência da segunda seguida vez que ela me tocou, aconteceu poucos horas atrás. Senti uma confiança maior àquela quando começamos nessa noite embriagada. A respeito disso, agora, estávamos completamente sóbrias e algo dentro de mim apostava na possibilidade de ela afastar minha mão para longe, mas existia outro encorajando o prosseguir. Escorreguei meu dedo ao redor de sua região quando seu corpo mostrou reação, meus olhos capturando o arfar do peito. Igualei meus movimentos, aumentei os impulsos quando a toquei com um segundo dedo. Colei o médio junto do indicador, proferindo círculos nem tão ágeis quanto sua respiração entregava ansiar.
Por um breve momento, forcei-me a resistir à tentação que suas estruturas possuíam sob mim. Paralisei, à procura de uma reação que revertesse os lábios selados e os olhos ainda fechados. A respiração reclamou e as impecáveis tiras negras sobre os olhos tremularam, ameaçando juntaram-se em um sinônimo de desaprovação. As pontas de minha boca se elevaram acanhados. Seu lábio superior cedeu à pressão dos dentes, avermelhando-se. Não resistiu à natureza do chorar do corpo quando meu médio a penetrou sem avisos prévios. Ela havia despertado. Os olhos ainda fechados com força, mas estremecia. Seus músculos tremiam sob meu toque, as bochechas formavam o traçado rosa do corar e a respiração perdera o compassar do estável.
Com movimentos proveitosos, rodei o dedo em contato com seu interior até que a palma de minha mão estivesse voltada para cima. Suas paredes latejaram contra mim, implorando assim, que eu a violasse com mais intensidade. Invadi-a com outro dedo, ela contraiu, meus músculos gemeram a imagem de seu implorar.
Balanceei meu peso às outras partes do corpo em busca de ter um melhor ângulo para começar a proferir movimentos contra ela.

Antes de ainda não me satisfazer com a posição tomada, impulsionei meu corpo em sua direção e encostei os lábios em seu ombro mais próximo, caminhando até o lóbulo da orelha. Pressionei o antebraço livre contra o colchão para circundar cada uma de minhas pernas em cada um dos lados da linha abaixo aos ossos de sua cintura enquanto meus lábios frios roçavam em contato com a pele quente de seu pescoço e do vão entre seus mamilos, o choque de temperaturas a fez arrepiar. Meu corpo chorou. Encontrei-me implorando para que, com somente os lábios, pudesse gastar mais tempo conhecendo cada parte de seu corpo, mas o latejar entre minhas pernas unindo-se com o espasmo que seu quadril, protagonizando um circular flexível contra meus dedos, enviava a meu corpo, me forçou a agir rápido ao nível mais elevado, onde meu corpo desde o início quisera estar. Busquei sua face uma ultima vez, os olhos ainda fechados, o peito subindo e descendo atrapalhado. Em uma precisa sincronia, seus dedos encontraram o início de minha cabeça quando minha língua encontrou seu clitóris, exercendo movimentos vagarosos.
Fuck!– Seus lábios cederam, permitindo que as cordas mostrassem as pessoas alheias que dividiam paredes com o nosso quarto, o quão refém ela estava sendo do prazer. – Deus, você é boa nisso.
Deixei que minha língua explorasse seu lado esquerdo, seguido do direito, enquanto meus dedos ainda buscavam atingir um ritmo favorecedor. Estava disposta a intoxica-la já que as chances diziam-me essa ser nossa ultima vez.
– Venha aqui para cima – Seus dedos entrelaçaram em meu cabelo. Em um tentar cauteloso, registrei-a querendo erguer-me usando o impulsar da mão, sem me causar qualquer tipo de desconforto. Intervalei os esforços em minha boca, privando os dedos das pausas.
– Estou meio que... ocupada agora – Minha língua falou por si, se movendo para cima em severas pausas, depois para baixo. Ela reagiu com um gemido abafado.
– Eu...fuck...eu a quero aqui em cima – Os olhos reclamavam o que a voz, entre suspiros e respirações profundas, tentava proclamar.
– Você não quer que eu continue? – Certificando-me de usar a agilidade, suguei seu clitóris entre meus lábios e pressionei minha língua na mesma região. O músculo interior de uma de suas pernas respondeu. Senti suas paredes fecharem-se em torno de meus dedos. Ela não estava tão longe do orgasmo.
– Quero tocar você
Meus músculos se enrijeceram quando os ouvidos captaram o tom sussurro reclamado. Os olhos meus foram de encontro com os seus agora abertos.
– Então talvez devesse considerar ter despertado antes de mim, assim funcionaria – Uma vez que eu a permitisse prosseguir com palavras resmungadas, minha guarda não duraria muito tempo. O quase falar ríspido então foi necessário.
O impulso mais fundo de meus dedos contra seu sexo a trouxe de volta a mim. Quebrei o contato de meus lábios para liberar um suspiro ao sentir sua mão apostar em uma força maior em meu cabelo. A região central da vertebral pairou sobre o colchão em um arquear repentino das costas, revertendo qualquer pensamento de pausas ou intervalos. Em um quase imperceptível levantar, seu quadril avisou-me querer proferir uma futura elevação quando ela já não possuía controle de seu corpo. Não mais. Meus lábios encontraram a região pouco acima de onde meus dedos trabalhavam com velocidade. Ajudei-a fazer com que a sensação permanecesse por mais tempo que de costume. Em meio aos movimentos de possuí-la, retirei meus dedos de seu interior e colidi com pensamentos engarrafados alertando-me que esta seria a ultima vez que eu a teria. Em partes, me centralizei no que a pressão dos dentes contra o lábio, a respiração fora de ritmo e os gemidos choramingados tentavam transmitir a mim. Registrei o prazer asfixiante de ver seu abdômen rígido, os músculos se contorcendo em busca de controle. Mas não tive a chance de reconhecer o que ocorria antes de eu, perdida no nada, ceder à força de seus dedos no topo de minha cabeça.Em linha precisamente exata abaixo de meus olhos, estavam os dela. A íris de coloração negra noite de verão fitou ambas as minhas por alguns instantes. Dei-me conta que nos beijávamos somente quando senti sua respiração quente bater no vão entre meu lábio inferior e o final do meu nariz.
– O que há de errado? – Seus lábios não receberem reação, desgrudaram-se dos meus intactos. A íris se converteu a uma vista quase assustada.
– Nada, eu só... – Minha voz fora engolida pelas palavras não ditas.
Nossas silhuetas conversaram. A minha abriu espaço para que a dela, apoiada nos cotovelos, se semi reerguesse.
– Fiz alguma coisa de errado? – As sobrancelhas em expressão da preocupação que a dominara, apareceram franzidas.
– Não – Remexi a cabeça com incerteza – Você não fez nada.
– Você quer não que eu... – A sonoridade da voz marcou a presença do desconforto nas palavras que breve viriam à tona. – Porque antes pensei... você parecia gostar disso.
– Oh, e gostei. Ambas as vezes – Desta vez, me privei de quaisquer movimentos entregadores. Meu corpo se ausentou em contato quando deixei o seu e posicionei-me ao seu lado, levando o lençol para junto do seio. Ela respondeu endireitando sua coluna por completo, colando seus olhos aos meus em uma tentativa de ler a expressão esboçada em minha face. Levando aos sinceros, nem mesmo eu sabia o que ela encontraria lá. Eu tinha que continuar, eu verdadeiramente queria. Ansiava em ter suas mãos tocando cada parte de meu corpo, mas sentia que precisava me afastar dela por alguma razão.
– Diga-me o que há de errado – Os olhos confortaram – Você me acordou para fazer o que fizemos e quando começo a lhe tocar, preocupantemente se afasta de mim.
– Não é isso – A contrariei – Preocupantemente é demais.
– Então o que é?
– Nada, eu só queria lhe sentir antes que toda essa noite insana acabasse – Eu quase não acreditava em minhas próprias palavras, mas dizia a verdade. – Não fiz da ultima vez, então desejei fazer agora. – Seus lábios mostraram-me um sorriso.
– E? – O sorriso misturou-se a coloração do lençol que uma das mãos pressionava sobre os mamilos.
– E estou feliz que fiz – Escapei de quaisquer outros questionamentos colidindo nossos lábios gentilmente.
Movimentei meu quadril sobre o colchão até que por fim conseguisse senti-lo pressionar contra minhas costas novamente. Sucessor a um silêncio perturbador, ela repetiu meus movimentos. Só que agora, ganhei sua lateral. Involuntariamente, meus olhos se fecharam quando as pontas de dois de seus dedos tocaram o início de minha testa com delicadeza. A mão qual não usufruía encontrou seu caminho em meu estômago e um único dedo marcou um traçado entre o vão de meus seios, até sentir a parede superior de meu umbigo.
– Ficaremos bem? – Quando seus olhos encontraram os meus em um de novo.
No de novo, meus olhos encontraram seus dedos sobre meu abdômen e depois voltaram de encontra a seus olhos, me forçando a notar a emoção por trás de tudo e engaveta-la em meu cérebro. Mas nós todos sabemos a razão de eu ralar tanto à procura de ter recordações dessas ocasiões. Vê-la dessa maneira, nesse envolvimento é o diabo de raro. Nós costumávamos manter esses sentimentos em épocas que dizíamos ser amigas, mas sempre acabávamos brigando na maioria esmagadora das vezes, nos perdendo no vazio. Viemos de topa com bilhares de coisas com o correr dos anos, mas silhares delas, acabamos compartilhando com outras pessoas e não com entre nós. Somos tão semelhantes às vezes que enxergamos os defeitos umas nas outras e optamos afastá-los para evitar ter que confrontar com o que menos gostamos a respeito de nós mesmas. É complicado ao extremo ter uma melhor amiga que é tão semelhante a você e ao mesmo tempo tão distinta.
Agora, seu rosto estava repleto de tenuidade. Não ironia ou sarcasmo.
– Ficaremos bem – Quando encontrei meus dedos com os seus ainda sobre meu estomago, assegurei-a. Nosso contato se intensificou em uma entrelaçada. Seus olhos continuavam a me observar com preocupação.
– Está certa disso, porque nós nem ao menos pensamos sobre isso ainda e eu sei que vai acabar sendo uma-coisa-de-uma-noite, mas estamos e uma situação muito aproveitável agora, acredito – Pronunciou a incerteza com os olhos – Só estou preocupada que talvez...
– Você se arrependa? – A cortei.
– O que? Não – Buscou meus olhos para certificar se os ouvidos não a haviam deixado na corda bamba. - Não, Não me arrependo de nada que aconteceu essa noite – Palavras cheias de certezas, porém balbuciadas. - Na verdade, estou feliz que aconteceu. Digo, sei que estávamos bêbadas em primeira mão, mas não acredito que esse foi o motivo pelo qual acontecesse.
– Também acredito que não – Um riso deixou meus lábios, a fazendo sorrir.
– Então por qual razão acredita que nós acabamos juntas em um dia dos namorados fracassado, na cama de um dos hotéis da cidade cuja dissemos estocar no passado? – No tempo da pronuncia das palavras agora bem articuladas, movimentou o corpo em intervalos contados para mais perto de mim. Estava provocando, eu sentia. Mas em fato, era uma pergunta carregada, e que de tão pesada, hesitei em responder.
Meus lábios tocaram sua testa antes de lançar meu corpo com agilidade para fora da cama, deixando a proteção dos panos brancos envoltos em nossas silhuetas.
– Vou tomar um banho – Senti seus olhos me seguirem até o caminho ao banheiro.
– O que? Devem faltar uns dez minutos para a seis da manhã
– Há alguma regra qual diz não poder tomar banho às dez para seis da manhã? – A retruquei, meus dedos já em contato com o metal preto fino que dava acesso a cabine embutida no canto direito da parede frontal a cama.
– Não, mas há uma regra qual diz que você é estúpida o suficiente por negar sexo a mim.
As palavras lacearam a atenção que eu mantinha em abrir a porta, sem hesitar. Simples. Sua voz me fez ceder novamente, me virei para encara-la. Ainda estava lá, envolta aos lençóis brancos que davam destaque a seu corpo. O cabelo negro delicadamente posto para trás, tendo a maior parte escondida atrás dos ombros, as pontas só se mostrando presentes a largos centímetros abaixo dos seios. O rosto levemente corado, os lábios desunidos por um risco quase perfeito. Os olhos não desperdiçaram a oportunidade de passear por minhas curvas quando as viu exposta de frente, despidas. Tardou para coloca-los nos meus esmeralda e quando fez, meus dedos buscaram em desespero pela maçaneta logo atrás de minhas costas. Meus lábios secaram, ela pode ver que secaram.
– Não neguei sexo a você de maneira alguma, assim com também não neguei dizendo querer tomar banho sozinha.
Quando sorriu malicioso, correu de encontro a mim.
As palmas das mãos pressionaram os ossos de minha cintura, levando o corpo a colisão com a força da porta. Quando obteve a posição que acreditava ser a necessária, um dos braços tomou posse da região em torno de meu quadril. Imperceptivelmente flexionou os joelhos para que, em um único movimento de subir, conseguisse prender meu lábio inferior entre os seus. Meus músculos estremeceram. Firmei os dedos no ferro e em um único impulso, o puxei para baixo, nos arrastando para dentro do cômodo.


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Notas finais do capítulo

O enredo é inspirado nos acontecimentos do episódio I do( 4x14) da série Glee.



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