Persecutor escrita por Emi AK


Capítulo 18
Ambre


Notas iniciais do capítulo

Como uma fênix eu ressurgi das cinzas e vim postar mais um capítulo para vocês, antes mesmo do ano acabar! Não sei se até o dia 1 de janeiro vou atualizar a fanfic novamente, por isso desejo a todos os meus leitores lindos, um:
Feliz Natal, feliz Ano Novo e boas festas! Que 2015 seja um ano tão bom quanto os outros!



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● Nathaniel Lambert ●

Cheguei em casa com o corpo pesado, a cada degrau que eu subia, meus pés pareciam afundar na madeira que compunha a escada. Depois novamente me afundei, mas dessa vez foi na minha cama, enquanto meus olhos se fechavam e minha visão embaçava. Um turbilhão de sentimentos viajavam entre minha mente e coração, alguns faziam sentido, outros desafiavam a razão - que eu tentava seguir ao máximo - mas há certas coisas que não são feitas para seguir um padrão racional.

Respirei fundo novamente, fechei os olhos e me teleportei para o tempo em que éramos crianças inocentes, onde a dor parecia não nos aflingir e os sentimentos não eram confusos como são agora.

E no fim, eu sorrateiramente adormeci.

• ● •

Acordei com pássaros cantando e raios de sol entrando pela janela do meu quarto. Respirei fundo, não queria sair da cama, queria ficar lá o dia todo, mas não era isso que eu iria fazer é sábado, então pelo menos hoje eu tenho um descanso dos meus afazeres.

Descanso, é tudo que eu preciso, as coisas foram complicadas ontem a noite. eu nunca iria imaginar que faria algo desse tipo, ou iria a uma festa dessas. Tudo o que estava fazendo, pensando, agindo tinha um motivo: Lis. Lis Fontaine. Um fantasma do passado, uma garota que eu queria arrancar dos meus pensamentos, memórias e sentimentos.

Começo o dia tomando um xícara de café, mas acrescento um pouco de leite. Não estou muito bom pra tomar café forte. Tomo uma ducha, coloco roupas leves e meu tênis de caminhada. Gosto de praticar esportes, saio para caminhar sábado sim, sábado não e mesmo que hoje seja “sábado não” eu vou sair pra caminhar, além de manter o corpo em forma, também mantém minha mente, e isso é algo bom, muito bom.

Não há ninguém nas ruas, o ar está fresco e um pouco gelado, talvez a tarde chuvisque. Vou até um parque próximo onde costumo sempre caminhar ou praticar exercícios. Os pássaros cantam animados, estamos no verão, daqui a alguns dias virá o outono, algumas árvores estão iniciando o processo de perder as folhas, vê-se no topo de algumas as folhagem tomando tons alaranjados e marrons. O outono na França é simplesmente um espetáculo!

Estou terminando minha caminha e decido voltar para casa, assim completo exatamente 1 hora de percurso. Quando chego subo direito para o banheiro, tomo banho e visto uma roupa casual, pego meu livro e desço para a sala da lareira, chegando lá encontro Ambre. Ela está lixando as unhas, me lança um olhar estreito e diz:

– Eu vi tudo ontem a noite.

● Lis Fontaine ●

As meninas ouviam tudo o que eu dizia, elas pareciam compreender perfeitamente minha dor. Apenas pareciam, as pessoas só conseguem entender qual é o peso desse sentimento quando o sentem. Por fim Rosalya cruzou os braços:

– Você parece lidar com tudo isso muito bem…

– As vezes eu me pego tendo pensamentos ruins. Ontem foi terrível, tinha muita coisa na minha cabeça e eu acabei fazendo coisas que não devia.

Elas me lançaram um olhar de “sinto muito”.

– Juro que nunca mais vou fazer isso!

As lágrimas vieram até meus olhos, eu não quero esse tipo de vida, estou sendo infeliz até mesmo aqui. Fazendo coisas que eu não quero fazer, sendo algo que não sou. Não era esse tipo de vida que eu procurava, não era essa a mudança que eu queria. Quando dei por conta, eu estava chorando.

As meninas se prontificaram em me abraçar e acolher. A dor que eu sentia era imensa. Parecia que nada dava certo para mim, afinal.

• ● •

No fim das contas a sra. Bourbon, mãe de Iris, insistiu para que almoçássemos na casa dela. Eu disse que não precisava, mas do mesmo jeito ela insistiu e pediu para que eu provasse o molho de tomate caseiro.

– Não costumo preparar molho caseiro, mas sabe, quando eu preparo eu gosto de caprichar. - ela me lançou um olhar convidativo, fiquei sem maneiras de recusar o almoço.

Sorri em resposta - Se é assim, eu adoraria ficar para o almoço.

Devo admitir, estou devendo muito a Iris e Rosalya, elas me salvaram! Me sinto até mal vestindo uma camiseta e short de Iris. Ela disse que havia colocado minha blusa e calça para lavar, já que um pouco de bebida tinha respingado nas minhas roupas. É nessas horas que percebo como sou ingênua, como pude aceitar bebida de um cara praticamente desconhecido?

Quando terminamos de almoçar, fiz questão de lavar os pratos e ajudar a tirar a mesa.

Mais tarde, quando estávamos no quarto de Iris, perguntei a ela sobre as minhas roupas:

– Já estão secas, não se preocupe com isso.

– Eu devo muito a vocês duas! Sério. Como eu posso retribuir?

– Conte para a gente qual é o seu lance com o Castiel e por que vocês brigaram antes da festa. - disse Rosalya.

– Nem eu sei. Ele ficou estranho comigo, talvez por que Dake também havia me convidado.

As meninas soltaram pequenos risos.

– Só o Castiel mesmo - Iris sacudiu a cabeça - Ciúmes do Dake?

– Ah… - Rosa parou de rir por um momento - Nós quem devemos pedir desculpas, não avisamos sobre Dake. - Iris olhou para baixo - Ele é um estudante transferido, é sobrinho do Boris, o inspetor do colégio, mas isso não signifique que ele é um bom rapaz. Mulherengo e babaca, isso é suficiente para definir o que ele é.

– Eu deveria ter notado, nenhum garoto é tão gentil assim.

As meninas trocaram um olhar cúmplice.

– Sabe, você e Castiel, se fossem um casal…

– Eu aprovaria - completou Rosalya, com um gigantesco sorriso no rosto.

Minhas bochechas com certeza ficaram vermelhas e eu comecei a rir - Meninas, acho que não.

– É, ele te deve desculpas depois de ontem - Iris disse enquanto revirava os olhos.

Eu abri a boca para falar, exitei um pouco mas continuei: - Sabe, acho que não, a culpa é minha, fui eu quem me irritei por pouca coisa, eu estou errada. Primeiro que eu não deveria ter implicado com ele por causa das roupas dele e segundo por que ele me deu carona.

Elas riram mais ainda.

– Você criticou a roupa dele? - Rosa questinou entre sorrisos.

– Sim! Eu definitivamente não gostei do que ele vestiu ontem a noite.

Rosalya continuou rindo, um clima estranho pairava sobre o quarto.

– Rosa, você tá bem? - nem mesmo Iris estava entendendo.

– Bom, é que Castiel havia pedido minha ajuda para decidir a roupa que ele iria a festa. Eu respondi: “Desculpa Castiel eu não posso te ajudar nesse momento, mas vista o que você gostar, o que te deixe na zona de conforto”. Acho que ele não gostou muito da minha dica, por que respondeu um “Ok” e depois desligou.

– E?

– Talvez ele estivesse querendo impressionar uma garota aí…

Elas olharam para mim.

– Não! - respondi no mesmo instante.




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Notas finais do capítulo

Obrigada pela leitura!