Um Bruxo de Sorte escrita por Kelly Medeiros


Capítulo 35
Capítulo 35


Notas iniciais do capítulo

20 de janeiro de 2015

Ai gente, estou muuuito triste ):
Chegamos no último capítulo... estou ansiosa para vocês verem como ficou esse último, ele foi o maiooor capítulo da fic!
Bom, leiam as notas finais.
Boa leitura!



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Os dias corriam normalmente, Draco e Gina mais juntos do que nunca. Draco ia com Gina algumas vezes para à Toca, mas ainda se sentia desconfortável no meio de tantos Weasleys. O único que nunca parecia muito satisfeito com a presença dele, era sempre Rony. Mas o resto, sempre o tratava com muito respeito. Ele acabou se afeiçoando com aquela família, a Sra. Weasley o tratava como um filho, sempre que chagava lhe dava um abraço apertado. Draco não podia negar que gostava daquilo.

Cada vez mais ele se sentia melhor ali. Um dia, Molly lhe disse para trazer sua mãe para almoçar com eles, Draco respondeu que sua mãe não gostava de sair muito de casa, mas que iria tentar. No final das costas, Narcisa até apareceu. De vez em quando Harry aparecia na Toca, mas não falava com Draco. Ele tinha virado auror, como sempre quis. Mas parece que nunca superou a perda de Gina para ele.

E o tempo passava cada vez mais. Gina brilhava em sua carreira como nunca, ela estava em uma montanha russa que só subia. Já fazia mais de um ano que ela e Draco namoravam. Certo domingo, num almoço em família na Mansão Malfoy – a qual Rony não fora – Narcisa fez um comentário que fez a mesa se calar.

– E esse namoro vai dar casamento ou é só enrolação? – perguntou Narcisa levando sua taça de hidromel à boca. Todos presentes na mesa encararam a cena. O silêncio era absoluto.

– Boa pergunta, Narcisa – concordou Molly. – Olha aqui, Draco, não quero você enrolando minha filhinha em...

– Mamãe! – repreendeu-a Gina. Molly a encarou com uma cara do tipo: “Que foi? É verdade”

– Não estou enrolando ninguém não, Sra. Weasley e mãe – disse rindo. – É só que somos novos ainda, temos que aproveitar. Casamento é uma grande responsabilidade.

– Eu concordo com o Draco – defendeu-se Gina.

– Embora não seja uma ideia ruim – falou ele olhando carinhoso para a ruiva. Gina baixou o rosto corada e Draco sussurrou em seu ouvido: “Você fica linda corada”. Ela sorriu. – Mas, minhas caras senhoras, por enquanto não falaremos nesse assunto. E tenho certeza que as duas estão envolvidas no comentário, não é?

As duas se entreolharam e riam, entregando-se. Arthur que estava até agora calado, só observando disse:

– Aprenda uma coisa, Draco: as mulheres fazem de tudo para conseguirem o que querem, ainda mais quando se trata de um filho – todos riram.

~*~*~

Draco estava no apartamento de Gina, ela estava tomando banho. Draco pegou uma foto da família dela que ficava em seu criado mudo. Draco se sentiu envergonhado por tudo que tinha feito por eles antes, porque mesmo ele tendo sido horrível como foi, eles o perdoaram. Draco era grato por isso. Olhou para o retrato, eles pareciam tão felizes ali. E ele tinha certeza que eram. Sentia falta de seu pai, apesar de tudo. Mas ele ainda tinha mais um tempo para pagar em Azkaban. Mas ele não podia reclamar, estava sendo feliz como nunca havia sido antes.

– Gina, se você demorar mais um pouco, vamos chegar só amanhã lá e daí já não vai mais ser aniversário do seu irmão – gritou Draco para que Gina ouvisse do banheiro.

– Calma Draco – disse ela. – Estou pronta. Vamos?

– Eu não sei porque estou indo – respondeu ele. – Rony me odeia. Você sabe disso, e hoje é aniversário dele. Não é qualquer data.

– Eu sei, mas isso é só mais uma criancice dele, Draco – disse Gina, arrumando o cabelo dele. – Ele tem ciúmes de você, só isso. Querendo ou não, ele terá que aceitar que estamos juntos. Agora, pare de se preocupar com isso.

Draco à enlaçou e a beijou. Um beijo apaixonado que só existia com ela.

– OK, Draco – parou Gina gentilmente. – Não queremos chegar amassados para a janta, certo?

Draco riu. A caminho da Toca teve uma ideia, agora era rezar para funcionar. Era uma janta só para os familiares e amigos mais íntimos, mas mesmo assim não couberam todos dentro de casa, então foi armada uma tenda do lado de fora de casa. Rony não queria muita coisa. Na hora do jantar, todos sentaram na mesma mesa. A Sra. Weasley perguntou se alguém, antes de Rony não queria falar alguma coisa. Harry se pronunciou.

– Eu só queria agradecer à você Rony, que foi meu amigo durante todos esses anos. Passamos por tantas coisas juntos, sorrimos, choramos, gritamos, comemoramos e hoje estamos aqui, em mais um aniversário seu! – Harry ergueu sua taça. – Um brinde à você, feliz aniversário!

– Obrigada cara – disse ele. – Mas ainda bem que nos aposentamos das aventuras, não é?

Todos riram. Molly perguntou se mais alguém queria falar algo, e Draco se pronunciou. Todos ficaram surpresos na mesa, principalmente Gina. Parecia que ninguém mais respirava. Rony o encarava sem nenhuma expressão.

– Sabe, Rony, há 10 anos que nós conhecemos. E nesse meio tempo nunca chegamos a ser amigos, muito pelo contrário um menosprezava o outro – Draco parou para respirar. Segurava a mão de Gina. – E durante todo o tempo que estudamos eu fui cruel e dizia coisas horríveis, eu sei. Mas foi tudo o que eu aprendi com o meu pai. Ele me ensinou a ser desprezível. Me dizia que apenas aqueles que tinham poder tinham tudo na vida. Hoje eu sei que isso não é verdade.

“Eu olhava vocês três e pensava ‘que ridículos: um órfão, um pobretão e uma sangue-ruim, sem ofensas Hermione”, disse ele. “Mas no fundo, eu sentia inveja, porque eu sabia, que vocês eram amigos verdadeiros. E era tudo o que eu sempre quis. Quando eu conheci Harry e ele preferiu ser seu amigo ao invés de ser meu, eu o invejei também” disse dando de ombros. “Basicamente passei minha infância e adolescência inteira tendo inveja dos outros, porém isso nunca me levou a nada. De certa forma, isso era uma carência que eu tinha, meus pais sempre me deram tudo o que eu quis, podia ser a coisa mais absurda mas eu ganhava, mas o principal eu nunca recebi do jeito que precisava: o amor e o tempo deles. Então eu julgava não ser importante... até Gina aparecer na minha vida e mudar completamente minha forma de agir e pensar.”

A Sra. Weasley estava chorando silenciosamente, Gina o encarava com orgulho e Rony não sabia o que fazer.

– Então, é isso. Eu só gostaria de pedir perdão, por todo mal e humilhação que fiz você passar. Não só você, mas sua família, assim como Harry e Hermione. Eu precisava dizer isso de alguma forma. Eu entendo se você quiser continuar me ignorando, mas eu queria fazer isso. Eu sabia que no fundo magoava a Gina e se seremos da mesma família, não é bom ter clima ruim, não é?

Rony o encarou por alguns segundos. Levantou da mesa. Por um momento todos pensaram que ele iria se levantar e sair dali, mas ele fez o contrário, foi até onde Draco estava, ninguém mais respirava, e ele fez o inesperado: estendeu a mão para Draco.

Ele sorriu e então levantou da mesa e apertou a mão dele, todos na mesa aplaudiram. A Sra. Weasley chorava alto, “esses meninos” deixou escapar entre soluços. Depois disso o clima foi muito agradável, todos pareciam ter bebido demais. Gina e Draco foram embora muito tarde de noite, levemente alterados e rindo à toa.

– Draco, você foi incrível! – disse Gina tirando os sapatos. – Fiquei muito orgulhosa de você.

– Obrigada – disse sorrindo desabotoando a camisa.

– Agora o que acha de irmos dormir? – falou ela se espreguiçando.

– Eu tenho uma ideia melhor – respondeu ele, pegando-a no colo e indo em direção ao quarto.

~*~*~

Alguns dias se passaram e o fim da pena de Lucio Malfoy se aproximava. Narcisa já havia contado para o marido sobre a relação do filho com Gina. No começo ele não havia aceitado, disse que se ele saísse de lá e Draco estivesse com ela, ele não teria mais filho.

– Você não tem esse direito – gritou Narcisa. – Draco está feliz! Feliz de verdade como nunca foi antes graças à você, Lucio!

– Como ele pode sujar o nome da família com uma qualquer? – cuspiu as palavras.

– Você ao menos à conhece, Lucio – disse revirando os olhos. – Pra que essa arrogância toda? Olha onde você está! Acha que tem o direito de se meter na vida dele? Quer que ele se case com uma mulher de fama no mundo bruxo só para repassar o nome da família e ser prestigiado?

– É ISSO QUE TODO MALFOY FEZ ATÉ HOJE – gritou ele.

– Então está na hora de alguém quebrar essa lei – falou ela indiferente. - Não vou fazer meu filho se casar com qualquer uma que ele ao menos se importa para ser infeliz a vida toda. Ele ama essa garota! Isso é o que importa – disse saindo da cela. – Se você fizer alguma coisa para estragar a felicidade dele, sou eu quem irá parar nesse lugar depois de acabar com você.

~*~*~

E tudo se revolveu da melhor maneira possível. Draco e Gina se casaram na primavera, foi um casamento lindo e cheio de amor e alegria. Rony se relacionava quase perfeitamente com Draco, mas quando Harry estava junto, dava preferência para o amigo, para não chateá-lo. Harry estava namorando uma aurora, faziam um belo casal. Os dois também haviam sido convidados para o casamento.

Apesar de ter superado o passado, Harry ainda não se sentia muito confortável com toda essa situação. Draco queria continuar morando na Mansão, a princípio Gina não queria aceitar, mas acabou cedendo. Não queria deixar Narcisa sozinha, ela gostava muito da sogra.

Gina ainda jogava no Harpias, mas Draco pediu à ela, que se engravidasse, iria parar com os jogos. Ela concordou, afinal, pensava no mesmo. Os anos iam passando e cada dia os dois estavam mais unidos. Às vezes, eles brigavam, mas logo que acertavam. Estavam com vontade, ansiosos e com medo ao mesmo tempo, de ter um filho. Mas a criança era muito desejada, principalmente pelos pais de Draco. Rony e Hermione também haviam se casado, porém uns dois anos antes. Eles também já tinham uma filha: Rose e Hermione esperava pelo segundo filho, Hugo. Fred e Angelina tinham uma filha, Victoria. Ted, filho de Tonks e Lupin e afilhado de Harry, era criado como se fosse da família. Porém o filho de Draco e Gina chegou logo no quarto ano do casamento.

Draco havia saído para resolver algumas coisas, Gina levantou pela manhã se sentindo um pouco indisposta. Desceu para tomar café, ao chegar na mesa, sentiu um grande enjoo e saiu correndo para o banheiro.

– Gina, você está bem? – perguntou Narcisa preocupada.

– Eu acho que não – disse ela saindo do banheiro. – Estou com enjoo e um pouco de tontura.

Narcisa sorriu como se isso fosse a melhor coisa do mundo.

– Isso só pode ser uma coisa: você está grávida!

– S-será? – perguntou Gina confusa.

– Tenho quase certeza! – respondeu confirmando. – Mas vamos ao St. Mungus para ter certeza!

– Será que a gente poderia chamar a minha mãe? – perguntou Gina. – Acho que ela iria gostar da notícia e, afinal sou a única filha...

– Claro Gina! – respondeu. – Passamos na Toca primeiro.

Uma hora depois, Gina saiu do consultório médico com um enorme sorriso no rosto.

– Estou grávida! – exclamou ela. – De um mês!

– Ah, meu bebê! – disse Molly abraçando a filha. – Que notícia maravilhosa!

– Meu primeiro neto – disse Narcisa sorrindo radiante. – Obrigada, Gina!

– Vocês poderiam guardar segredo por enquanto? – perguntou ela. – Amanhã é aniversário de Draco e quero fazer surpresa!

– Claro, Gina – disse Narcisa. – Estou tão feliz.

– Eu também, muito! – disse Molly.

As três foram embora juntas, Narcisa havia convidado Molly para ir tomar um chá com elas, e ela aceitou. Quando chegaram em casa, deram de cara com Draco.

– Onde estavam as senhoras? – disse ele. – As três juntas?

– Da onde tirou isso filho? – disse Narcisa. – Fomos dar uma volta...

– Sei... – sorriu. – Oi – disse dando um beijo em Gina.

– Vem, Molly. Acho que sobramos – falou ela rindo.

– Por quê estão tão felizes? – perguntou Draco curioso.

– Nada Draco – respondeu. – Amanhã é seu aniversário. Eu tenho umas surpresas.

– Surpresas é? – disse ele. – Que tipos?

– Do tipo que você terá que esperar até amanhã para saber!

– Chantagista – sorriu ele.

O dia seguinte passou voando. Draco e Gina iam a um restaurante muito bom, prestigiar seu aniversário. Ele não entendeu porque seus pais não quiseram ir. Disseram para comemorar com Gina, porque depois eles comemorariam juntos. Chegaram ao restaurante e fizeram o pedido, quando chegou a mesa, o garçom colocou a bandeja tampada na frente de Draco, o que o fez estranhar.

– O que você está aprontando, Sra. Malfoy? – disse ele. – Que estranho, geralmente eles... abrem...

Draco abriu a bandeja e dentro dela não havia seu jantar, mas sim, um par de sapatinhos de bebê, brancos. Junto estava um papel escrito: “Parabéns ao novo papai”. Ele olhou confuso para o papel e depois olhou para Gina, com uma cara de bobo.

– Gina... você está... grávida? – perguntou Draco.

Gina balançou a cabeça positivamente, com os olhos marejados de lágrimas. Draco levantou de sua cadeira e abraçou Gina. Não se importava que todos estivessem olhando, aquele momento era só deles.

– Que dia é hoje? – perguntou ele.

– Humm... sábado – respondeu ela, estranhando a pergunta.

– Vamos – disse Draco, chamando ela. Jogou um dinheiro em cima da mesa, mesmo não comendo nada.

Draco aparatou em casa, chamou seus pais.

– Mãe? Pai? – chamou ele. Entrou na sala e os encontrou ali.

– Já chegaram, filho? – perguntou Narcisa.

– Nem ficamos lá – disse ele. – Vamos pra casa da Gina agora, mãe. Eu sei que você já está sabendo que ela está grávida. Só confia em mim.

Draco pegou algumas garrafas de champanhe e disse: aparatem na Toca. Pegou na mão de Gina e aparatou. Os dois fizeram o mesmo. Não era tarde, no sábado os Weasleys geralmente estavam em casa. Quando entraram dentro de casa, todos estranharam.

– Gina, Draco? – perguntou Molly. – Vocês não saíram para jantar?

– Eu acho que sim – disse Hermione. - Olha a roupa deles.

– Calma gente, eu vou explicar – disse ele. – Saímos para jantar. Mas eu resolvi fazer isso, nem Gina sabe o que eu estou fazendo – ele riu.

Todo mundo olhava confuso para Draco e ele riu.

– Por que está com quatro garrafas de champanhe, Draco? – perguntou Rony.

– Porque estamos comemorando! – disse Draco alegre.

– Mas comemorando o que exatamente? – perguntou Jorge.

– O aniversário dele, idiota! – disse Rony. Todos riram, mas estavam confusos. Gina começou a entender o que Draco estava fazendo.

– Rony! – repreendeu Hermione. – Olha como fala na frente das crianças!

– Na verdade, Rony – disse Draco, sorrindo de lado. – Hoje eu recebi a melhor notícia e presente do mundo. E isso merece toda a comemoração do mundo!

– Tá, então para de enrolar e diz logo o que é! – disse Rony.

Draco abriu um grande sorriso e disse:

– Eu vou ser pai.

Todos ficaram eufóricos, congratulavam o casal. Realmente isso merecia uma comemoração. Todos pegaram uma taça e serviram champanhe.

– Eu quero agradecer, por ter ganhado o melhor presente de aniversário do mundo, por ter uma esposa maravilhosa e uma família incrível – disse Draco, seus olhos estavam marejados de lágrimas. – Você salvou a minha vida de muitas formas possíveis, me ensinou ser alguém melhor e sobretudo, me ensinou a amar. Eu serei eternamente grato por você, meu amor. Eu sou um bruxo de muita sorte, por ter você. Eu te amo!

Nesse momento Gina chorava, estava tão feliz. Esse momento era mais que perfeito.

– Eu também te amo, Draco!

E o final da noite foi só de comemorações, tudo era motivo de alegria. Agora uma nova etapa de suas vidas começava. Uma muito feliz, por sinal. Afinal, tudo estava bem.


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Notas finais do capítulo

Olha o que dizer desse capítulo... final bem típico de novela da globo né UHUEHUEH
Porém eu quis fazer um "final feliz" para eles, porque depois de tanta coisa ruim, eles mereciam. Esse momento do Draco se desculpando foi muito fofo também, eu gostei de fazer essa parte. Coloquei até um tudo estava bem, porque eu amo essa frase no final do livro.
Enfim gente, espero que vocês tenham gostado de acompanhar a fanfic, porque eu amei escreve-la. Agradeço a todos os comentários fofos, a recomendação e todo o resto. Comecei a escrever uma fanfic nova, ela já está com 5 capítulos, estava esperando a capa porém não tá rolando, mas em breve começarei a publicar ela, então não deixe de acompanhar meu perfil hehe (a fic é D/G também.)
Obrigada mais uma vez, galera. Sério, vocês são demais. Vou morrer de saudade da fic e de vocês. Espero que tenham gostado.
Mil beijos e abraços e até breve!!!
— Nox!