Luna Confessions escrita por Mrs Horan


Capítulo 19
You broke my heart.


Notas iniciais do capítulo

Oi, pessoal. Tudo bom com vocês? Eu sei que eu sou a pessoa mais bosta do mundo por todo esse atraso, mas as coisas não estão fáceis para mim, é mil trabalhos e mil provas por dia na escola ;-; Quero minha aposentadoria logo. Faltam alguns dias para as minhas férias e eu vou tentar postar o mais rápido possível, enfim, aproveitem o capítulo.



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Sinto alguém me sacudir e acordo com uma terrível dor de cabeça.

– Vamos, acorde! - Pede. - Precisamos ir pra escola. Estamos atrasados.

– O que eu estou fazendo aqui? - Me levanto em um pulo.

– Você bebeu demais ontem. - Ele revira os olhos.

– Me perdoe por esse transtorno. - Enrubesço. - Não olhe para mim, por favor. Me empresta uma calça.

– Pegue. - Ele joga uma calça de moletom em minha direção e eu a visto com rapidez. - Fique aqui. Vou buscar roupas para você no quarto da minha mãe.

– S-sua mãe?

– É. Minha prima deixou umas roupas aqui e pediu pra minha mãe doar.

Depois de um tempo, Kentin volta com um simples, porém belo vestido. Vou para o banheiro e me troco. Saio do quarto e me deparo com Kentin.

– Como estou? - Pergunto.

– Caiu bem em você. - Ele diz. - Vamos logo.

Descemos a escada apressadamente e fomos direto pra porta de entrada.

– Nossa, eu estou morta de fome. - Digo, passando a mão na barriga.

– Não temos tempo pra comer, criança. - Ele diz, irritado.

– Preciso passar em casa, primeiro. - Digo. - Pode ir direto pra escola.

– Luna, eu passo pela tua casa pra ir pra escola. - Ele diz. - Eu te espero.

Saímos com rapidez da casa e andamos com pressa até minha casa. Ao chegar em casa, jogo a roupa que eu usei na noite anterior no sofá e pego minha bolsa e um pacote de biscoito de chocolate.

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Eu e Kentin chegamos na escola, atrasados. Corremos até nossa sala e quando chegamos lá, batemos na porta.

– Podemos entrar? - Pergunta Kentin, ofegante.

– Só dessa vez. - O professor diz, indignado. - É a milésima vez que a senhorita se atrasa. A próxima não deixarei entrar.

– Desculpe-me, professor. - Peço. - A culpa foi toda minha.

Me dirijo a um assento vago e ouço meu nome e o de Kentin serem chamados. De repente, uma diretora irritada entra na sala e pede pra eu e Kentin irmos até a frente. O encaro, pasma.

– Porque vocês se atrasaram? - Percebo que a diretora está tentando se controlar ao máximo. - E você, senhorita Fontaine? É a décima vez que se atrasa! A próxima, ligarei pros seus pais.

– B-bem, diretora... - Gaguejo. Meus colegas de classe me encaravam com olhares curiosos, em busca de uma explicação.

Eu não sabia o que falar, eu não podia dizer que eu passei a noite em uma balada e ainda por cima, bêbada.

– O Kentin deve saber. - Todos os olhares se voltaram para a voz, inclusive o meu. - Afinal, hoje de manhã, eles saíram às pressas da casa dele. Se bombear, eles passaram a noite juntos.

Eu queria matar Bia por ter dito aquilo na frente da classe, do professor e da diretora. Eu podia sentir meu rosto queimando de vergonha, Kentin devia se sentir do mesmo jeito. Envergonhados e mal-vistos, teremos que suportar os olhares das pessoas da escola.

De repente, meu olhar se cruza com o de Lysandre e pela primeira vez, vi um olhar de desapontamento. Eu queria muito poder dizer que aquilo era mentira, mas não era e fiquei calada, olhando pro chão. Olho pra Kentin e ele também me olhou, então ele levantou o olhar e encarou Bia, enraivecido. Ele queria encontrar uma desculpa, mas sabia que não havia o que falar.

– Como você sabe disso, senhorita? - Perguntou a diretora.

– Eu passo por lá todo dia. - Responde Bia. - Eu os vi.

– Me acompanhem, senhores. - Disse a diretora.

Saímos da sala e só paramos de andar quando chegamos na sala da diretora que parecia manter a calma.

– Olha, eu não me intrometo na vida pessoal dos alunos. - Começou a diretora. - Então, não importa se vocês dormiram juntos ou não, o que importa é que vocês chegaram atrasados e eu não posso mais tolerar isso. Dessa vez, eu vou deixar passar mas a próxima vez, irei comunicar os seus pais.

– Desculpa, diretora. - Peço. - Eu perdi a hora novamente.

– Eu também. - Diz Kentin. - Isso não irá mais se repetir.

– Eu espero. Agora, voltem pra sala e se desculpem com a turma e o professor.

Saímos da sala, cabisbaixos. Entramos na sala e pedimos desculpas a todos e nos sentamos.

Quando o recreio chegou, eu saí da sala com meu celular e meu fone de ouvido em mãos. Caminho pelo jardim vazio e não muito grande e ouço uma voz me chamar. Me viro e vejo Ana com a respiração ofegante e com as bochechas vermelhas.

– Oi, Ana. - Digo fingindo animação.

– Você não parece muito bem. Foi o que Bia disse? - Pergunta.

– Talvez. - respondo. - Bem, é verdade que eu dormi na mesma cama que o Kentin, mas eu estava bêbada!

– E ele também estava? - Ela arqueia a sobrancelha.

– Não sei, eu não me lembro de muita coisa. - Falo. - Lembro que fomos em uma balada com uns amigos e eu não sei como eu fiquei bêbada. Lembro de ter pedido um refrigerante.

– Então, como tu ficaste bêbada?

– Eu não sei. - Digo. - Não consigo nem olhar na cara do Kentin. Preciso pedir desculpas a ele, afinal a irresponsável foi eu.

– Vai ficar tudo bem. - Ela me abraça.

– Esqueça isso. - Falo. - E você? Alguma coisa aconteceu?

– Sim. - Ela diz, empolgada. - Eu e Castiel estamos namorando!

– Felicidades ao casal! - Abro um sorriso.

– Obrigada. - Ela abre um sorriso radiante. - Preciso ir.

Ela se afastou rapidamente e eu fiquei sozinha novamente naquele jardim.

P.O.V Lysandre.

Eu sentei debaixo de uma árvore para compor, porém Luna me vinha a mente toda hora. Seu olhar de preocupação quando se cruzou com o meu de desapontamento, a tristeza que transbordava dela quando entrou na sala depois de ter ido falar com a diretora, sua respiração ofegante quando chegou atrasada com Kentin. Tudo dela me vinha à mente.

Era inevitável.

Porém, eu não conseguia aceitar que ela ficou com outro cara. Certo, nós não tínhamos nada sério, éramos apenas amigos. Mas, mesmo assim, eu sentia algo por ela. Era um misto de raiva e ciúmes, eu não sei explicar.

– Oi, Lysandre. - Luna se agachou na minha frente, mas não levantei a cabeça para encará-lá, não conseguia.

– Oi. - Falo, nervoso.

– Minha presença te incomoda?

– Desculpa, estou ocupado. - Digo e a encaro. Eu estava evitando-a.

Ela levantou e sussurrou algo como "tudo bem" e se distanciou de mim, antes que ela fugisse completamente do meu alcance de visão, ela voltou seu rosto pra mim e me olhou com aquele semblante triste, algumas mechas ruivas voavam em seu rosto e com um gesto delicado, ela colocou-as atrás da orelha e foi embora.

P.O.V Luna ON.

Depois de chegar na sala de aula que ainda tava vazia, quis chorar. Abri e fechei meus punhos várias vezes para controlar as lágrimas que ameaçavam cair.
Os alunos começaram a entrar na sala e depois de um tempo, a diretora chega.

– Só um aviso. - Ela diz. - Se essa história se espalhar, os responsáveis prestarão contas comigo.

Encaro a diretora e fico feliz por ela ter feito isso, eu não queria que meu nome fosse assunto em toda a escola. Ao sair, ela olhou pra mim e deu uma piscada e um pequeno sorriso que só eu percebi.

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As aulas passaram rapidamente e o sinal tocou. Saio da sala junto com os demais alunos e sigo Kentin para que eu possa falar com ele calmamente e sem olhares curiosos pregados em nós.

Agora é o momento! Ele está sozinho e não há ninguém por perto.

– Kentin. - Chamo-o.

– Oi. - Ele abre aquele sorriso terno que tanto me acalma. Me sinto até culpada por ter evitado ele.

– Você não se sente abalado com o que aconteceu hoje? - Pergunto.

– Não. - O encaro, estupefata. - Porque essa cara? Não devemos satisfações a ninguém, Luna.

– E-eu sei disso. - Digo, enrubescida. - Mas, Bia contou para toda a turma além do professor e a diretora! O que ela vai pensar de mim?

– Não é certo julgar as pessoas desse jeito. Além do mais, não fizemos nada de errado.

– Você tem razão. - Minha face relaxa com as palavras de Kentin não sei bem o porquê. - Me desculpa por ter metido você nessa encrenca.

– Não se preocupe. - Ele sorri. - Isso são coisas da amizade, um ajuda o outro.

– Obrigada, Kentin. - Sinto um ímpeto forte de me jogar nos braços de Kentin e o abraçá-lo com muita força, porém me contenho.

Ele sentiu o mesmo, mas diferentemente de mim, ele não se conteu e me puxou para seus fortes e acolhedores braços em um aconchegante abraço de urso.

– Não ligue para essas pessoas bobas. - Ele diz, ainda com o corpo colado ao meu.

Assinto com a cabeça.

– Preciso ir agora. - Ele se afasta. - Venha comigo para que possamos almoçar com os meninos. Eles vão embora hoje à tarde.

– Já. - Pergunto, incrédula. - Nossa, passou rápido.

– Pois é, vamos lá. - Ele diz, sorrindo.

Saímos da escola e caminhamos pelos quarteirões até chegar na casa de Kentin, mas antes paramos na minha casa para que eu colocasse a ração da Laika e da Snow e tomar um banho rápido. Então, chegamos a casa de Kentin.

Almoçamos com Bryan, Park e Alex e depois passamos um tempo juntos já que no final da tarde, eles partiriam. No fim, eles me levaram até minha casa e ficamos conversando até o táxi chegar e quando chegou, eu fiquei triste. Odeio despedidas. Você nunca sabe quando vai ver a pessoa de novo.

– Venham nos visitar. - Park disse, colocando sua mão em minha cabeça e fazendo um leve carinho.

– Esses dias com vocês foram muito especiais. - Digo, deixando algumas lágrimas rolarem pelo rosto.

– Não chore, pequena. - Diz Alex, sorrindo. - Ainda vamos nos encontrar muitas vezes.

O táxi chega e damos um abraço em grupo rápido já que o taxista parecia impaciente. Não desgrudo o olhar do carro até ele dobrar a esquina.

– Já vou indo, então. - Kentin me tira dos meus pensamentos. - Preciso arrumar minha mala.

– Você também vai viajar? - Pergunto em um tom desanimado.

– Esqueceu da viagem escolar amanhã, boba? - Pergunta.

– Completamente. - Dou um tapa de leve em minha testa.

– Você é muito esquecida. - Ele diz, soltando uma risada.

– Eu não tenho culpa. - Sorrio.

Ele me dá um abraço apertado e parte em direção a sua casa.

Já sozinha, subo para meu quarto, tomo um banho demorado, visto uma camisola e começo a arrumar minha mala enquanto cantarolo uma música. De repente e sem querer, Lysandre me vem a mente e meu astral vai lá pra baixo, porém as palavras de Kentin falam mais alto. ''Porque essa cara? Não devemos satisfações a ninguém, Luna.'' Realmente. Eu não fiz nada de errado. Lysandre poderia ter me perguntado diretamente o que aconteceu já que ele confiava em mim, não é?

Ele confiava...?

Essa pergunta fica se repetindo na minha cabeça até eu acabar de arrumar minha mala. Depois de deixar tudo pronto, pego meu notebook e assisto um dos animes que eu estava a fim de ver como distração. Assisto até enjoar e como minha barriga estava roncando, desço para comer algo que me satisfaça e fico assistindo TV até a hora que o sono bate e subo para meu quarto.

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Acordo com meu despertador tocando e imediatamente o desligo, caminho até o banheiro e tomo um banho rápido e morno. Visto uma blusa preta que vai até os cotovelos e uma calça jeans e calço uma sapatilha.

Desço já com a mala na mão e minha bolsa com alguns pertences importantes dentro dela. Como algo rápido e enfio um pacote de biscoito dentro da bolsa e saiu ao mesmo tempo que Ana o que é bom, eu não quero cruzar com o Lysandre. Seria desconfortável.

– Bom dia. - Ela diz, passando para o meu lado da calçada.

– Bom dia, Ana. - Sorrio.

– Você poderia me esperar? - Ela pede.

– Você vai demorar muito? - Pergunto. - Eu não quero me atrasar.

– Não sou eu. - Ela diz e eu fico com uma cara de dúvida. - Eu vou esperar o Castiel.

– Apaixonados. - Bufo.

– Só porque você e o Lysandre não estão juntos, você fica assim. - Ela ri e eu coro, mas fico calada.

A porta se abrindo nos chama a atenção e Castiel e Lysandre saem e vem ao nosso encontro. Lysandre cumprimenta-nos e age como se estivesse me evitando todo o percurso até a escola. Castiel e Ana iam na frente, conversando e rindo.

O platinado não puxou assunto, ainda bem. Eu não queria conversar com ninguém, apenas queria ouvir minha música em paz.

Ao chegar na escola, a diretora fala algumas coisas sobre o lugar onde nós ficaríamos e o que deveríamos e o que não deveríamos fazer. Ela nos deu passagem para que entrássemos no ônibus em uma fila indiana, me sento em um dos assentos do fundo e Armin se senta ao meu lado sem que eu pedisse pra ele.

Ele me lança um sorriso e sorrio de volta por educação.

– Não tente me enganar com esse sorriso. - Ele diz. - Eu sei que o Lysandre desconfiou de você e agora você está pra baixo.

– Como? - Pergunto. - Eu sou muito boa em esconder as coisas.

– E eu sou muito bom em descobri-las. - Ele sorri.

– Eu vou melhorar. - Encaro-o. - As fontes vão me tranquilizar. Desculpe, Armin, eu não quero falar sobre isso.

– Tudo bem. - Ele pega seu PSP e começa a jogar. - Mas, você sabe que eu sempre estarei aqui para te ajudar, qualquer coisa pode contar comigo.

– Obrigada, Armin. - Solto um sorriso. Verdadeiro dessa vez.

Acabo adormecendo, pois sinto uma mão sacolejar meu ombro e desperto lentamente. Armin diz que já chegamos e saímos do ônibus.

– Eu preciso falar algumas coisas com o Alexy. - Ele diz, se afastando. - Até mais tarde.

– Até. - Digo.

Vejo Armin se afastar e eu já estava pronta para entrar no hotel quando tomo uma decisão. Eu não quero ficar nessa situação com o Lysandre, quero perguntar o que está acontecendo com ele. E por falar em Lysandre, ele está saindo do ônibus agora mesmo, com aquela expressão calma e elegante de sempre.

– Lysandre. - Chamo-o. - Podemos conversar?

Ele hesitou, mas aceitou e caminhou até minha direção.

– Porque você está agindo dessa maneira comigo? - Pergunto. - Foi por eu ter dormido com o Kentin? Me desculpe se eu fiz algo.

– Não tem problema. - Ele diz, frio. - Não temos nada sério mesmo. Você é livre para fazer o que bem quiser... Assim como eu.


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Notas finais do capítulo

ENTÃO, ENTÃO? O QUE ACHARAM DESSE LADO DO LYS? Eu disse que ia ser má e faria rolar umas tretas loucas, agora esperem até o próximo capítulo. MUAUAAUSHU Fiquem no suspense, unicórnios lindos da minha vida.
Até o próximo capítulo.