Juste Attendre-II escrita por Melissa França


Capítulo 10
Excuses


Notas iniciais do capítulo

Hello! Demorou, certo? Perdão, amores. Acontece que teve tanta coisa ao mesmo tempo que eu fiquei meio biruta. Mas essa história irá até o fim, afinal, o epílogo já está sendo escrito.

Boa leitura!



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Os dois homens andavam de modo apressado pela mata, o pirata um pouco atrás do Senhor das Trevas estava tomando um maior cuidado com as plantas, ele lembrava e temia o veneno que matara seu irmão, não iria cometer o erro de morrer na frente de seu inimigo, não quando ainda precisava salvar Baelfire.

Rumpelstiltiskin não possuía uma ideia sequer de onde era o acampamento de Pan, ele precisava de uma ajuda, não de Gancho, ele ainda se perguntava porque aceitara a presença do pirata, afinal, de nada acrescentava a sua busca. Ambos queriam salvar Bae, entretanto as semelhanças acabavam neste fato. Há cada passo dado, ficava mais complicado suportar o capitão. Rumple esperava encontrar logo o filho e ir para casa o mais depressa possível, sem precisar enfrentar o pai, o que parecia ser um sonho demasiado bom.

Após um longo tempo de caminhada, os dois decidiram que precisavam descansar para que tivessem forças para derrotar Pan. Em frente a fogueira, o Senhor das Trevas pensava em Belle. Queria poder estar com ela, tocá-la, senti-la, beijá-la. Tudo que ela e Bae queriam, era que ele se tornasse um homem melhor, sendo que tudo o ele queria, era ser um homem digno do amor de ambos. Sua mulher sempre via o bem nas outras pessoas e ele se esforçava para fazer o mesmo, contudo isso não era algo fácil para o Senhor das Trevas.

– Eu te perdôo, pirata. - Rumple disse baixinho, um sussurro fraco e hesitante.

– Como é? Você está me perdoando? - Ele parecia realmente incrédulo.

– Você cuidou do meu filho por um longo tempo. Se você faz tanta questão de salvar Baelfire, acredito que seja melhor pararmos de brigar por qualquer coisa e nos concentrarmos somente nele.

– Não foi isto que eu quis dizer. - Gancho levantou-se e começou a aumentar o tom da voz. - Você realmente acha que eu lhe devo perdão? Quando tudo o que eu fiz foi apenas viver o meu amor?

Apenas?– Seguindo a mesma atitude do pirata, Rumpelstiltiskin ficou de pé e começou a falar mais alto.- Você fez com que o meu filho crescesse sem uma mãe, como um órfão.

– E você tranformou isso em verdade! Você o deixou órfão, você matou a mulher que eu amava, que eu ainda amo.

Então, os dois pararam. Ambos sentiram o peso que as palavras e os atos tomados anteriormente possuíam. Calados, voltaram-se para a fogueira novamente e ficaram em silêncio. Ponderando a situação que se encontravam e o significado da palavra "perdão", Killian tomou uma sábia decisão. Ele não precisava se tornar amigo deste homem, ele apenas precisava seguir a sua vida em frente e, para isso, um grande passo tinha que ser dado.

– Eu também te perdôo, crocodilo.

Gancho tomou um gole de rum e deitou-se. Esperava conseguir descansar ao menos algumas horas antes de elaborarem um plano. Alguns minutos depois, quando ele já dormia, Rumple teve a certeza de que ele não era livre de erros, mas que ao menos estava se esforçando para ser alguém melhor.

Antes de poder pegar no sono, entretanto, o Senhor das Trevas protegeu com magia o local onde estavam dormindo. Isolou-se de Killian, contudo o protegeu também. Ele tinha dois objetos preciosos consigo e não poderia correr o risco de alguém os roubar. O primeiro, era o feijão mágico, que iria tirá-los da Terra do Nunca e, o segundo, era a adaga, que o controlava. Dois importantes objetos que ele não podia correr o risco que saíssem do seu campo de visão.

Após algum tempo dormindo, feiticeiro e pirata encontravam-se elaborando uma espécie de plano. Gancho bebericava rum, enquanto Rumple esforçava-se para encontrar uma maneira de recuperar Bae sem morrer no meio do processo.

– Você sabe, eu sou melhor com improviso. Pare de queimar seus miolos pensando em um plano estúpido.

– E invadir o acampamento sem preparação? Desculpe-me decepcioná-lo, mas eu pretendo sair vivo da Terra do Nunca. Qualquer coisa que nós pensarmos fazer, Pan fará primeiro. Você não o conhece como eu. Nós precisamos pará-lo, dar um jeito dele ficar, ao menos, sem seus poderes.

– A questão toda é essa, então? - O homem levantou-se, olhou ao redor tentando se localizar e sorriu. - Vamos, em cinco minutos chegamos lá. A casa dela não é muito longe.

– A casa de quem? Do que você está falando?

– Oh, sim. Existe uma fada aqui.

– Existem muitas fadas aqui, pirata. - Gancho apenas revirou os olhos e continuou.

– Não como a Sininho. Ela perdeu as asas há muito tempo, tudo o que ela faz aqui é manter objetos mágicos ou qualquer coisa que pode lhe ser útil. Ela só quer ir embora da Terra do Nunca, talvez se nós...

– Entendi. Uma alma enfraquecida, podemos fazer um acordo com ela. - Eles pareciam estar perdendo muito tempo, sendo este o motivo das palavras ásperas de Rumple. - Por onde seguimos?

Killian seguiu um passo a frente e não demorou muito para que chegassem em uma árvore que, aparentemente, servia de casa para a fada. Rumple andou ao redor do lugar para observá-la, porém parecia não haver ninguém ali. Quando voltou para a frente do local, entretanto, avistou uma moça loira e de estrutura pequena, segurando Gancho com uma faca direcionada diretamente a jugular dele.

– Para trás, caso contrário eu mato o pirata. - Ela deixou a coluna ereta e tentou parecer o mais valente possível.

– Você faria um enorme favor a mim, acredite. - Rumpelstiltiskin disse se aproximando aos poucos, tentado invadir os pensamentos da ex fada. - Infelizmente, eu prometi ao meu filho que tiraria esse homem da Terra do Nunca e acredito que nas entrelinhas isso signifique que ele precisa estar vivo para isso. Entretanto, nós podemos chegar a um acordo.

– Um acordo? Eu não farei um acordo com o Capitão Gancho.

– Então, vocês já se conhecem? Ótimo! - Cada palavra precisava sair com cautela, um erro e o coração do pirata pararia de bater. Este era um dos muitos motivos pelos quais o Senhor das Trevas não gostava de companhia em suas missões, sempre tinha um modo de pará-lo. - Faça um acordo comigo, não com ele.

– Qual é a sua proposta?

– Eu quero apenas uma coisa, tudo bem? - Ele deu um passo a frente e gesticulou. - Me entregue o pirata e podemos conversar.

Sininho jogou Killian no chão e seguiu para dentro da árvore com Rumple. Ele observou o local, percebendo instantaneamente uma certa semelhança da casa da fada com o seu cofre. Havia uma quantidade considerável de relíquias ali, umas ele conheceu facilmente, outras, no entanto, eram diferentes de tudo já visto por ele. Após explicar tudo para a moça, ela concordou em ajudá-los.

Tudo era bem simples. Ela forneceria tudo o que os dois precisassem de objetos mágicos e em troca ela iria para Floresta Encantada junto deles. Sininho pegou um pequeno frasco e disse que a substância dentro dele era uma espécie de veneno. A tinta de lula paralisaria qualquer criatura durante alguns minutos, tempo que todos julgaram o suficiente para resgatar Baelfire.

– Bem, loirinha, você pode ir para o Jolly Roger e levar seus pertences para lá. Eu e o crocodilo estaremos de volta em breve. - Gancho disse enquanto guardava a bússola que os guiaria até o acampamento no bolso.

– Jolly Roger? - Rumple indagou com desprezo.

– Você achou que eu deixaria meu navio para trás? - Após receber um olhar repreendedor, o moreno explicou. - Não se preocupe, ele está há pouquíssimos metros daqui e, além do mais, quero chegar na Floresta Encantada com estilo.

– Agradeça se você chegar com vida, pirata. Mas podemos ver isso depois, o que importa é que será mais seguro para a dama ficar lá. Tudo bem para você, Sininho?

– Claro, eu terei que fazer algumas viagens para levar tudo, espero que seja tempo o suficiente para vocês salvarem o seu filho. - Ela sorriu e começou a arrumar os objetos mais preciosos.

Ambos partiram rumo ao acampamento, pirata e crocodilo com um único objetivo em comum, um objeto mais do que especial, eles precisavam salvar a vida do futuro pai da criança que teria o coração do verdadeiro crédulo. Eles precisavam se redimir com um pequeno garoto que os amava, um menino que apesar de todas as suas falhas, ainda confiava neles e os estava aguardando.

– Então, vamos repassar o plano mais uma vez.

– Não precisa, crocodilo. Já sei o que devo fazer, não se preocupe.

– É apenas precaussão, pirata.

– Por que não me chama pelo meu nome? É, eu tenho um, caso não saibas.

– Ah, claro. Acontece que eu não gosto muito de Gancho, soa ameaçador demais para você.

– Muito engraçado. - Ele fingiu uma risada. - Mas eu quis dizer o meu verdadeiro nome, Killian.

– Te chamar pelo seu nome não mudará quem você é, pirata. Não lhe deixa melhor do que ninguém. Agora, vamos repassar o plano.

Cada passo que dariam precisava ser memorizado, nada poderia dar errado. Baelfire não se decepcionaria com o pai desta vez. Neste momento, Rumple faria a coisa certa, ele seria corajoso e, talvez, ele seria um herói.

– Vamos salvar o meu filho!


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Notas finais do capítulo

Agora teremos mais um capítulo na Terra do Nunca e mais três na Floresta Encantada, quatro com o epílogo. Obrigada por quem está pensando em comentar e por quem já comenta sempre. Beijocas!



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