Dois Mundos, Duas Vidas escrita por Giis


Capítulo 54
Capítulo 54


Notas iniciais do capítulo

Boa noite ( bom dia) pessoas lindas,
antes de vcs me matarem quero pedir desculpas pela demora, e mais uma vez tentar me explicar. Gente foi o seguinte, eu perdi todo o manuscrito que continha os tres ultimos capitulos e tive que reescrever tdo de novo. Segundo eu nao tive tempo pq estava colocando algumas coisas em dia, pq tive q sair do trampo novo e tinha q deixar tdo no esquema para a nova funcionaria, alem de treina-la. Entao desculpa mesmo pessoas lindas, nao foi pq eu quis.
Agora vamos ao que interessa...
Vamos ter pontos de vistas da Britanny eusei que vcs nao gostam dela, mas vai ser por uma boa causa.
E para quem achou que no capitulo anterior a Britanny recebeu seu merecido castigo estavam muito enganados, ela ja começou a pagar nesse capitulo e ainda tem mais, é por isso que tem os pontos de vista dela para vcs verem ela sofrer.
Segundo a Volta da Putanya... a chata seboseira argh, argh
dei uma acelerada, se nao, nao vai caber em todos os capitulos e mais uma surpresinha no final, entao prepare o seu coraçao...
proximo capitulo, ja aviso para irem preparando os lencinhos e o coraçao, vai ter muita, muuuuiiiiiiiiiiiiiiiiiiiitaaaa, emoçao principalmente com o parto da Bella eu ia fazer surpresa, mas eu vo logo dizer que vai ser gêmeos um menino e uma menina...*_* desde do começo estive pensando nisso, só os nomes que vcs so vao saber no proximo...
Bom gente é isso reta final nao sei se comemoro, ou choro, pq depois de dois anos postando essa fic, ela é quase como se fosse uma filha para mim.
Espero de coraçao que vcs gostem, e desculpem os erros, mas é que vcs sabem que sou enrolada, estabanada e tdo mais nao é, mas vcs me amam q eu sei...
Comentei, se tiverem duvidas. é só perguntar por review ou por mensagem eu respondo tudo, sempre do um jeito de responder e vcs sabem
até o proximo
amos vcs de coraçao
Avisinhooo: para quem é de Sao Paulo ou do Rio, ou quem quiser http://amanheceroficial.com.br/ Fan Party Official Breakin Dawn, dia 29/10
Um evento para nós Fãs, quem é de SP e quiser ir, corre um grande risco de me encontrar por la, o que vai ser muito bacana. Se alguem daqui for por favor me avise, podemos montar uma super caravana
Abraços e
muitos ROBeijos



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Britanny

                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                      Eu estava furiosa. U Eu estava furiosa. Borbulhando de raiva desde o momento que sai da escola. Aquele diretorzinho burro era expulsar a sonsa nem precisava chamar meu tio e minha mãe. Mas o que mais me dava raiva era que ela havia conseguido de novo.

Deveria ter imaginado que meu tio e Sue fariam tudo para livrar a cara da sobrinha perfeita deles, e para isso ele jogou alto. Realmente foi uma jogada de mestre. Quem iria querer um processo contra os filhos? E claro aquele gordo maldito não podia ouvir a palavra processo sem se borrar todo.

E claro que eu não poderia deixar de esquecer a presença do meu pai. Tio Arthur deve ter percebido que eu sempre me esquivei de meu pai. Ele era observador de mais, assim como a horrorosa da esposa dele.

Talvez se eu tivesse sido mais esperta, teria agido como uma filha amável para ele. David não ficaria tão desconfiado sobre mim. E ele e aquela mulher horrorosa que ele chama de esposa não teriam saído por ai bisbilhotando minha vida.

Estávamos agora no aeroporto eu, ele, a mulher ridícula dele e mamãe, ninguém mais. Tio Arthur e Sue preferiram ficar curtindo e comemorando a gravidez da sonsa. Mas tenho para mim que eles comemoravam minha partida. Um dia todos eles iriam me pagar. Eu não ficaria muito tempo naquele colégio.

-- David, não quer pensar melhor? – Perguntou mamãe chorando. – Não vai ser fácil conseguir uma vaga agora e daqui há alguns meses será o natal...

-- Quanto a isso não precisa se preocupar Claire. – Disse a baranga que eu não fazia questão de saber o nome. – Eu conheço a diretora de lá, estudamos juntas na universidade então foi fácil.

-- Para falar a verdade Claire  - se intrometeu David. – Alexia e eu já havíamos reservado essa vaga para Britanny. Só estava esperando a oportunidade.

-- Você deve estar adorando isso, não é Alexia? – Acusou mamãe apontando para a coisinha horrorosa a sua frente.  – Não vai ter que se encontrar com a prova viva da traição de David.

-- Não é por isso Claire e você sabe muito bem. Eu a teria recebido de braços abertos quando David quis a guarda dela, ou até mesmo agora se ela realmente gostasse de nós. Até hoje não entendo porque David nunca levou adiante o processo pela tutela dela. Talvez se tivesse crescido em um lar solido, não teríamos chegado a  isso.

Dei uma gargalhada sarcástica pelas palavras dela. Imagine só, eu chamando aquela velha horrorosa de mamãe. Ainda não sei como David não a trocou por outra, sendo mais novo e claro bonito.

Queria mandá-la a merda, mas o avião já iria decolar. Abracei mamãe bem forte prometendo que escreveria e ligaria todos os dias, e que voltaria mais cedo do que ela pudesse imaginar.

Ela só me deixou ir porque tio Arthur e David a ameaçaram dizendo que me levaria para um hospício.

Passei por David e pela mocoronga sem nem ao menos olhá-los. Fui direto para o portão de embarque.

 Pelo menos eu iria viajar de primeira classe. Era o mínimo que o tonto do meu pai poderia ter feito por mim.

Enquanto guardando minha mochila do bagageiro um grupo com quatro pessoas entraram. Eles eram extremamente pálidos como a família Cullen e usavam óculos escuros. Eram três homens e uma mulher, que tinha os cabelos absurdamente vermelhos e revoltados. Fiquei me perguntando se ela nunca havia ouvido falar em alisamento definitivo ou em chapinha.

A ruiva percebeu que eu os observava e veio até mim, abrindo um sorriso ridiculamente encantador.

-- Então criança para onde está indo? – Perguntou com uma voz infantil. Fechei a cara, não gostava que me chamassem de criança. Resolvi não responder, afinal de contas mamãe me ensinou a não falar com estranhos. – Ah, vamos. Responda, não seja mimada. Só estou curiosa.

-- Estou indo para o Instituto Saint Hellen, é um colégio de freiras.

-- Saint Hellen? Colégio de freiras? Tem certeza. – Ela perguntou meio incrédula, meio divertida. E então abriu um sorriso genuíno. – Tudo bem então. Ouvi dizer que lá é muito monótono e tem uma disciplina rígida. Boa sorte.

A ruiva deu mais uma risadinha e foi para o lugar dela.

Até que a viagem não foi tão ruim, eu estava até curtindo. Mas mais cedo do que eu gostaria o avião pousou. Assim que sai do desembarque, pude ver um pedaço de papelão com meu nome escrito em tinta preta, segurado por uma mulher de meia idade mal encarada e mal vestida. O que era aquele macacão cinza? Parecia uma pedreira.

A mulher não disse nada além de “Siga-me”, nem mesmo fez questão de das apresentações ridículas. Ela me fez entrar em uma Kombi dos anos 1970, que eu fiquei com medo de tão suja e enferrujada que estava agradeci mentalmente por estar com todas as minhas vacinas em dia.

A viagem de carro foi longa e cansativa. E enquanto via a paisagem urbana se tornar cada vez mais rural, fui me desesperando. Se fosse muito no interior seria quase impossível fugir. Parecia que o lugar não chegava nunca e eu já começava a ter câimbra em minhas pernas e nádegas de tanto ficar sentada. Fora que havia chegado uma parte que não havia mais asfalto e o solo era completamente esburacado. Eu não poderia estar pior.

-- Já estamos chegando. – Disse a mulher com uma voz horrível, parecia aquelas vozes de bruxas em filmes de terror, e depois não disse mais nada. Nem mesmo quando ela estacionou a Kombi em frente a um portão alto de ferro, ladeado por muros mais altos ainda, parecia uma fortaleza.

Os portões se abriram e a mal encarada acelerou o  veiculo, e logo parou. Ela saiu do carro me olhando impaciente, o que me deu a entender que era para eu sair também. E assim que eu o fiz arfei.

Eu queria ir embora. Queria minha casa minha mãe, meu quarto. Qualquer lugar menos ficar ali. Eu queria fugir o mais rápido possível.

Edward

Estávamos deitados em minha cama esperando nossas respirações se acalmarem. Bella se aconchegou mais ao meu peito e segurou minha mão entrelaçando nossos dedos. Ela olhou para mim e deu um sorrisinho malicioso.

Ultimamente ela andava “meio” insaciável, por causa dos hormônios. Claro que perguntei a Carlisle se havia algum problema em transarmos, pelo fato da gravidez dela não ser como as outras, e para nossa completa felicidade tanto Carlisle quanto Aro, disseram que não haveria nenhum problema, faria até bem a ela, desde que eu fosse cuidadoso para não machucá-la, nem ao bebê, e que não extrapolasse. O que era muito difícil considerando que Bella andava muito fogosa, e eu idolatrávamos suas novas formas. Parecia que ela havia ficado mais linda e mais sexy grávida.

Bella se ergueu para beijar meus lábios. Enquanto nos beijávamos, eu fazia carinho em sua barriga, que já estava bem visível. Segundo as contas de Carlisle Bella estava com três meses e meio, mas parecia que já estava indo para o quinto. Porem não era de se desesperar, algumas mulheres têm a gravidez mais avançada do outras. E no ultimo ultrassom mesmo que não tivesse dado para ver muita coisa, mostrava que estava tudo normal tanto com Bella quanto com o bebê. Ainda estávamos longe da fase preocupante.

Nós só nos preocupávamos em como iríamos trazer Bella para morar conosco.

Carlisle havia recebido uma proposta para dirigir um hospital em Juneau, e isso era perfeito para a ocasião. Tanto Arthur quanto Claire queriam, a guarda de Bella até o bebê nascer, o que não seria possível porque não nasceria uma criança completamente humana. Sem contar outras questões como o cuidado especial que teríamos que ter e que claro, ela seria transformada em vampira assim que o bebê nascesse.

Se fosse por Arthur seria fácil tirar Bella de lá, apesar de amar muito a sobrinha, ele tem consciência de que a partir do momento que Bella ficara grávida, ela iria constituir uma nova família. Arthur já até havia providenciado os documentos para a emancipação de Bella, mas ele não queria fazer alarde, porque Claire em um acesso de loucura – eu acho por ter mandado a filha para um colégio de freiras do outro lado do continente – chamou o Dr. Mark, seu antigo advogado para brigar – novamente – pela guarda da sobrinha.

O que ela ainda não sabia era que nenhum juiz daria a guarda de Bella novamente para ela.

Pelo menos, em meio de toda essa confusão havia coisas boas acontecendo e uma delas era que Renée havia se internado em uma clinica de reabilitação. Nesse último mês ela tinha ligado e escrito bastante para Bella. Sempre dizendo que a amava muito e tinha muita sorte, e claro em todas as cartas e ligações Renée sempre pedia desculpas à filha por ser tão negligente, mesmo sabendo que Bella já a perdoara. Agora o único defeito dela era continuar casada e apaixonada por Phil, que se recusava a se tratar do vicio das drogas e a trabalhar.

Apesar do motivo real de Renée ter decidido se tratar fosse para ajudar Phil, eu fiquei feliz em ver que ela havia enxergado o que estava fazendo com a filha. E só de ver os olhos de Bella brilhando de felicidade toda vez que recebia uma carta ou uma ligação da mãe, para mim já valia muito.

Lembro-me da primeira carta que Renée havia enviado. Foi alguns dias depois que Britanny havia ido embora, e Bella estava muito mal por causa de uma discussão com Claire.

Flash Back

Após expulsar Claire de sua casa – por causa de uma discussão violenta que teve com Bella – Sue me pediu para que levasse minha amada para o quarto.

Bella estava muito pálida e chorava alto. Leah me ajudou a arrumar a cama dela e pediu para que eu ficasse por lá aquela noite, o que já estava se tornando rotina.

No dia seguinte Bella acordou indisposta e vomitando muito, e acabou não indo à escola de novo. Eu não podia culpá-la de não querer mais pisar naquele hospício, porque depois do episodio que Britanny armou os alunos a olhava diferente, e por mais que eu dissesse que era só impressão dela, sabia que não era ainda mais quando na manhã seguinte ao ocorrido, eles ficaram sabendo que a líder das Espartanas não estaria mais estudando lá. Com exceção de Ângela e Ben – alem da minha família, claro – todos pararam de falar com ela, até mesmo Jéssica Stanley e Mike Newton, não que ela ligasse muito, mas os olhares e os cochichos a irritavam. Bella preferia que falassem na frente dela, o que não iria acontecer, já que pairava um processo contra os alunos e a escola. A única coisa que a animou um pouco foi a volta de Ângela à escola e uma visita de Anna e sua família no fim de semana.

Na terça-feira seguinte estava levando Bella para casa mais cedo. Ela havia sido dispensada por ter quebrado o nariz de Lauren Mallory com um soco, depois de a mesma ter feito uma piada de mau gosto. Mas felizmente Bella só foi dispensada mais cedo. O diretor alegara que entendia o que Bella estava sentindo, que era por causa das oscilações de humor e da gravidez, mas na verdade ele estava com medo de Arthur colocar mais algum item na lista extensa do processo contra a escola.

-- Não vejo a hora de sair logo daquele lugar. – Resmungou enquanto eu dirigia para casa.

Eu entendia o que ela estava sentindo, poderia até ser considerado como bullying, e se eles não tivessem tanto medo de mim e de meus irmãos a coisa estaria bem pior. Até Jacob, Seth e alguns rapazes de La Push tiveram que dar uma prensa em alguns engraçadinhos que não tinham amor a própria vida, e ficaram comentando sobre Bella na praia de La Push.

Queria que Carlisle resolvesse logo as pendências em Forks e fossemos embora, ou então, pediria para Esme educá-la em casa mesmo, já que esse era o plano para quando fossemos para Juneau.

Esme tinha a licença para ensinar em casa e Bella era inteligente, talvez até se formasse antes do tempo.  

Assim que chegamos a casa dela, Bella foi direto para o quarto. Aproveitamos para colocar algumas matérias que ela havia perdido em dia. Depois de algum tempo Sue bateu na porta e entrou trazendo a correspondência e saiu. Ela leu pegou os envelopes e os leu sem interesse quando chegou ao ultimo seus olhos de arregalaram ao ver quem era o remetente. Até eu fiquei surpreso ao ver quem havia enviado a carta. Era de Renée.

-- Lê para mim? – Pediu tensa.

Peguei o envelope de suas mãos tremulas e o abri.

“Querida Bella,

Sei que já faz muito tempo desde que você me mandou sua carta. E te juro que minha falta de resposta, não é porque eu não te ame. A verdade é que eu não sabia o que escrever e ultimamente não tive condições nem de segurar uma caneta. Mas eu li a sua carta e me emocionei com ela, percebi o quanto eu perdi de sua vida.

Fiquei triste por não ter me mandado mais cartas, mas sei que a culpa também é minha, e sei que não sou merecedora de seu carinho nem de sua devoção.

Sandra me contou sobre sua gravidez, e por mais que pareça loucura, mas eu estou feliz. Poxa eu vou ser avó!! Mas eu também sei o que Claire pensa sobre isso, e o que ela disse a você. Então eu quero que preste muita atenção no que eu irei lhe escrever:

Não deve ter medo do que está por vir Bella. Você está carregando uma criança, e isso é a melhor coisa do mundo. Não ligue para o que sua tia diz. Você é mais madura do que eu e ela juntas. E só porque não fomos boas mães, não quer dizer que você também não seja.

Você tem muitos exemplos em quem se espelhar em como ser uma boa mãe. Então não leve em conta o que Claire disse sobre genes ruins, porque isso não é verdade. Suas avós – tanto materna quanto paterna – foram mães maravilhosas, e olhe para mim, e para Claire. E você ainda vai ter Sue e Esme como exemplo, até mesmo Leah e Anna, mesmo sendo muito novas são exemplos melhores do que eu e sua tia como boas mães.

Claire acha que só porque criou a filha errado, e porque não foi uma boa mãe todos têm que ser assim. Ela não se conforma que você seja diferente do que todos esperam pelo que te aconteceu no passado.

Fique tranqüila, bebê você tem instinto. Vai dar tudo certo.

Outra coisa que fiquei sabendo foi sobre o que aconteceu entre você e Steve. E me sinto extremamente culpada por tudo isso. Se eu tivesse sido uma mãe descente isso não teria acontecido. E juro que se eu pudesse voltar no tempo faria tudo diferente, repararia todos os meus erros, como mãe e esposa.

Sei que não a terei mais de volta, mas quero que saiba que estou me tratando. Internei-me em uma clinica de reabilitação. Phil não quis vir, o que é uma pena, quero ajudá-lo, mas para isso tenho que me ajudar primeiro.

Espero que responda minhas cartas, quero ser informada de tudo o que acontece com vocês, quero participar de novo de sua vida mesmo que de longe. Por enquanto quem estava me mantendo informada era Sandra e Anna, mas quero saber de tudo por você.

Assim que eu puder eu te ligo

Desejo que você, o bebê e o Edward sejam muito felizes

Desculpe-me por tudo.

Te amo muito, mamãe.”

Terminei de ler. Bella chorava copiosamente, meio triste, meio emocionada. Claro que ela não pode deixar de notar que apesar de tudo, Renée ainda era apaixonada por Phil e fazia tudo por ele.

-- Ela o ama, e o amor às vezes é irracional. – Expliquei a ela. – Vai responder?

Bella assentiu, e eu fui buscar papel e caneta.

Depois daquele dia, as duas se correspondia com freqüência.

(Fim do Flash Back)

Fui despertado dos meus pensamentos por duas mãos pequenas que deslizavam pelo meu abdome indo em direção a uma área perigosa do meu corpo.

-- Posso saber o que está fazendo? – Perguntei rindo, quando ela sentou em meu quadril. – Bella, nós acabamos de fazer amor... – Eu disse rindo enquanto ela se inclinava para beijar meu queixo.

-- Faz exatamente 25 minutos. Isso para uma grávida significa quase um ano. – Disse ela fazendo biquinho.

Eu ri segurando em sua cintura e rolando nossos corpos para que ela ficasse sob mim. Ela abriu o sorriso de anjo mais safado que já vi.

Não poderia culpá-la, ela estava tentadoramente sexy, e parecia que a cada dia que passava eu a desejava mais e mais...

Logo eu estava dentro de seu corpo quente e apertado, que fazia o meu ter mil convulsões. Sempre lembrando em ser delicado, me movi dentro dela, logo Bella chegou ao ápice e logo depois eu. Ainda fiquei um bom tempo dentro dela, beijando-a demoradamente. Queria ficar mais tempo daquela forma, mas em breve nossa família chegaria.

Eles não ligavam para o que fazíamos, afinal tínhamos que agüentar Emmett e Rosálie quase derrubarem a casa, mas eu sabia como ela se sentia desconfortável quando nós nos amávamos com minha família toda em casa.

Sai de cima dela a puxando para o meu peito.

-- Isso é tão bom. – Falei de repente.

-- O que? – Perguntou curiosa.

-- Ficar assim com você, para sempre. – Apertei-a mais em meus braços. – Falei com Carlisle, ele e Esme mandaram construir uma casa só para nós. Até o bebê nascer ela estará pronta. A parte boa é que ficaremos perto deles, mas ainda teremos nossa privacidade.

-- É claro, muito boa, tirando o fato que moraremos perto da Putanya. – Ela disse frustrada.

-- Ela não se atreverá a falar nada Bella. Ainda mais com Aro do nosso lado.

A única coisa que me fez relutar a voltar ao Alasca, foi o fato de morar novamente perto de Tanya. Ainda mais quando Alice previu que ela surtaria com a noticia da gravidez de Bella. Claro que tínhamos alternativa: morar em Volterra,, mas tanto eu quanto Bella, achávamos que se quiséssemos criar nosso filho com os valores que aprendemos, o castelo dos Volturi não seria um lugar adequado para isso.

-- Tudo bem. Eu não quero pensar nisso até realmente precisarmos. – Disse desanimada.

-- Vamos mudar de assunto? – sugeri pegando uma mecha de seu cabelo. – Dorme aqui hoje? – Perguntei esperançoso.

Já virara um habito Bella dormir quase todos os dias na minha casa, principalmente depois da ultima discussão que Bella teve com a tia. Achamos que seria mais difícil Claire importunar Bella se ficasse mais comigo e com minha família.

Eu entendia que Claire estava infeliz e que mais uma vez a vida havia lhe dado uma rasteira, mas ela não podia continuar descontando tudo em Bella.

-- Não sei, já dormi aqui dois dias seguidos. – Falou insegura.

-- Eu sei, mas não faz mal dormir mais um dia ou o resto da semana. Vamos dizer que estamos treinando para morar juntos. – Ela riu. – E... Alice vai comprar comida italiana para você.

-- Ah, isso é golpe baixo. – Ela olhou para mim e me abraçou colando nossos lábios. – Tudo bem eu fico, mas liga para Alice e pede para ela trazer Milk Shake de Ovomaltine.

Liguei para Alice pedindo para que ela levasse a bebida, e claro que ela e Rosálie ficaram eufóricas por fazerem as vontades de Bella.

-- Será que elas vão demorar muito? – Perguntou Bella pensativa.

-- Não sei, mas se você estiver com muita vontade de tomar o Milk Shake eu peço para elas largarem tudo e vierem correndo para cá.

--Seu bobo, não é isso, é porque eu quero fazer uma coisa.

-- O que? – A olhei curioso

-- Isso. – Ela disse subindo em cima de mim e beijando meu pescoço.

Britanny

E mais uma vez aquelas meninas horríveis me encurralaram, já não bastava ter quebrado meu nariz e meu  braço? Elas tinham que ser tão cruéis desse jeito?

Levantei-me e corri para o banheiro imundo e olhei minha imagem no espelho, meu nariz ainda se encontrava torto, apesar da enfermeira tê-lo posto no lugar no mesmo dia em que ele fora quebrado ( eu faria uma cirurgia plástica assim que saísse daqui), eu ainda tinha um hematoma no olho e o lábio cortado, e ainda por cima para ajudar, hoje elas inventaram brincar de cabeleireira comigo e acabaram com meu não tão mais perfeito cabelo.

Esse lugar era um horror, não era nenhum colégio de freiras o Instituto Saint Hellen era nada mais nada menos do que um reformatório para transgressoras, quase como uma prisão com horários para tudo e punições. Agora eu sei porque eles quiseram me mandar para um na Inglaterra, porque se mamãe soubesse ou até mesmo tio Arty jamais deixariam que eles me colocassem em um lugar desses. Mas eles me pagariam tanto aquele retardada horrorosa quanto aquele que se diz meu pai.

O pior é que eles não me deixa ligar para minha mãe e aposto, que David também não deixa mamãe ligar para mim, deve ter inventado alguma desculpa para distraí-la se aproveitando do momento frágil que ela está passando.

-- Srta. Swan? –  Ouvi Helga, a mesma mulher que fora me buscar no aeroporto me chamou. Não sai do banheiro, se ela quisesse ela que me procurasse. Ela nunca fazia nada para me ajudar muito menos acreditava em mim quando eu dizia que aquelas cavalas me batiam.

-- Britanny Louren Swan Simpson!! – Chamou novamente. Continuei no mesmo lugar, até que ela entrou e ficou me encarando. – Estou te chamando a horas, a diretora deseja falar com a senhorita.

Eu sai atrás dela, não era uma boa idéia contrariar a diretora, no primeiro dia eu fiz isso quando ela disse que eu não poderia, usar minhas roupas, porque teria que usar uniforme, passei dois dias na solitária, e depois quando eu sai ainda ganhei uma surra de Harryett e suas cadelas seguidoras, foi assim que ganhei meu primeiro hematoma aqui. Se eu achei ruim quando apanhei de Bella, essas garotas eram 10 vezes piores, elas batiam para me  ver desfalecer, acho que se pudessem me espancariam até minha morte. A segunda vez que fui para solitária foi quando me recusei a usar  os produtos que o Instituto oferecia, eu não iria usar mesmo eu comprava produto importado para usar no meu cabelo e corpo, mas claro que elas fizeram o favor de consumir com eles. Em dois meses meus lindos cabelos dourados, estavam opacos e sebosos, fora minha raiz que estava enorme, não podia usar minhas roupas nem minha maquiagem eu estava péssima.

-- Sente-se senhorita. – Disse a Diretora Summer. – Pelo visto se meteu em encrenca de novo?

-- Eu não me meti em encrenca nenhuma aquelas garotas loucas me bateram sem nenhum motivo. Elas já me quebraram um braço, meu nariz e até agora vocês nunca fizeram nada com elas. Eu quero falar com a minha mãe e meu tio.

-- Sinto muito Srta, mas temos ordem de seu pai, para não deixá-la usar o telefone. Ele já nos preveniu de que você pode não estar ligando para sua mãe de verdade, mas sim para alguém que pode ajudá-la a fugir.

-- ISSO É MENTIRA. – Gritei sem me conter, que se dane se eu fosse mais uma vez para a solitária. – Ele não quer que eu fale com minha mãe, porque ele e aquela mulher ridícula que ele chama de esposa, mentiram para ela e para o meu tio, eles são dois mentirosos e...

-- JÁ CHEGA! – Gritou batendo a mão em sua mesa. – Leve-a daqui Helga. Acho que ir para cama sem jantar vai ensiná-la a ter respeito.

-- Ótimo, eu não gosto da comida horrorosa que vocês servem aqui mesmo.

-- Melhor para solitária senhorita, leve-a Helga.

E pela décima vez ou sei lá, em dois meses que estou aqui fui levada para a solitária. Era até bom, não precisava ver a cara das pessoas horrorosas que habitavam esse lugar. E me daria tempo para poder pensar em como sair daquele lugar.

No dia seguinte me liberaram do “castigo” e fui para  o refeitório tomar café, depois eu iria direto para a sala de aula sob a supervisão rigorosa de Helga. Enquanto andava para a mesa  mais afastada, ouvi Harryett e suas seguidoras tirarem sarro da minha cara.

-- Gostei do novo corte, acentuou com sua cara de patricinha piranha. – Disse uma menina com cara de cavalo que eu não sabia o nome, nem fazia a mínima questão de saber. Ali eu só sabia o nome da Harryett mesmo.

-- É verdade combinou com sua cara de vadia. – Complementou Harryett tentando me intimidar.

Eu não iria mais agüentar aquela cara de cavalo tirar com minha cara e não fazer nada. Helga via que foram elas que começaram não fazia nada, então se ninguém me defendia aqui, eu iria me defender.

-- Assim como essas roupas e esse cabelo sebento combinam com suas caras de sapatas. Ou você acha que ninguém sabe que vocês ficam se esfregando na hora vaga, suas nojentas. Odeio esse tipinho como vocês.

Eu não vi só senti o soco atingir em cheio meu nariz e minha mente escurecer. O que ela queria que eu dissesse. Que achava lindo que ela “iniciava” todas as novatas? Eu odiava lésbicas, ainda mais quando uma tentou me agarrar no meu primeiro dia aqui. E era por isso que Harryett me odiava tanto, porque simplesmente me recusei a me deitar com dela. Isso era nojento. E humilhante para quem teve um cara como Chad e Edward Cullen ao seus pés depois se envolver com uma sapata nojenta.

Felizmente não desmaiei, mas fui levada para a enfermaria onde passei a noite. A enfermeira ficou com medo de que as garotas fizessem algo comigo enquanto eu dormisse.

Abri os olhos assim que ouvi o barulho e antes que eu pudesse levantar vi a mulher ruiva do avião me olhando.

Bella

Inferno pessoal, agora eu sei que Edward queria dizer, com isso. E eu achando que ele era dramático. E era isso o que a escola havia se tornado para mim, não eu freqüentasse muito ultimamente, na verdade eu mais faltava do que ia, principalmente depois que minha barriga começara a crescer e virar o centro das atenções da FHS, alias de Forks inteira.

Parecia que a população daquela pequena cidade, ainda via com mau olhos uma adolescente grávida, como se eu tivesse cometido um pecado mortal. Será que eles não tinham aprendido nada com minha tia?

E qual era  o problema, eu estava grávida do meu namorado e  em breve nos casaríamos, não via nenhum mal nisso.

Não que eu ligasse para que o povo falasse, mas os olhares deles me faziam mal. Mas mal sabia eu que isso não duraria por muito tempo e logo seria libertada.

Era de tarde, e estava extremamente frio. O outono estava indo embora e dando lugar ao inverno. Estava sentada no sofá da sala fazendo o dever de casa com Edward, por algum milagre me senti disposta para ir a escola a semana toda, até coloquei todos os meus deveres de casa em dia.

Tio Arty entrou esbaforido chamando Sue, Seth e Leah para se juntar a nós, tia Claire também estava lá, na verdade agora ela ficava mais lá do que na casa grande.

-- Tenho uma coisa para dizer. – Disse ele segurando um envelope oficio pardo. – Hoje é um dia muito especial para uma pessoa. Queria fazer um discurso longe e bonito, mas eu iria começar a chorar e isso não seria legal então, é melhor eu entregar logo aqui está Bella. – Disse ele me entregando o envelope.

Com as mãos tremendo o abri e tirei o documento de dentro, comecei a ler, mas as palavras eram muito técnicas então pedi para Edward ler para mim. Assim que terminou de ler ele abriu seu sorriso torto e arrasador.

-- Isso é sério? – Perguntou surpreso, embora eu soubesse que era só de fachada. – É simplesmente maravilhoso. Obrigado, Arty. – Olhei para ele curiosa. – Esse documento aqui é sua emancipação Bella, tecnicamente agora já é dona do próprio nariz.

Não acreditei no que eu ouvia, tomei da mão de Edward lendo novamente, mas agora com mais atenção para entender o que estava escrito. Li e reli o documento, só para ter certeza de que eu não estava sonhando.

-- Você não podia ter feito isso Arthur. – Disse tia Claire olhando para o documento em minhas mãos. – Agora ela pode simplesmente sumir das nossas vidas.

-- Não seja boba Claire, Bella jamais faria isso. Tem que entender que por mais que Bella se case e forme uma família, ela jamais deixará de ser nossa sobrinha querida Claire. Ela é nosso sangue, e isso nada vai mudar.

Tia Claire suspirou e saiu da sala batendo o pé.

-- Não ligue para ela Bells, logo ela verá que será o melhor para você. Bem é eu só tenho uma exigência de que vocês só a levem depois do natal.

-- Tudo bem Arthur, Carlisle e Esme estão planejando festejar o ultimo natal aqui para se despedir.

***

Estava no meu quarto terminando de arrumar minhas malas, já era quase véspera de natal e eu mudaria com os Cullen no dia seguinte ao feriado. Minha tia não tocou mais no assunto sobre minha emancipação, nem sobre minha mudança. Acho que ela estava muito preocupada, porque desde que fora para o colégio interno Britanny não entrou em contato. Ela sempre recebia noticias por David e toda vez que ela pedia o telefone para ligar para a filha ele desconversava.

Tia Claire suspeitava de que ele estivesse escondendo alguma coisa sobre onde Britanny estava ou então deixaria ligar para ela.

-- Posso entrar? – Pediu minha tia encostada na porta.

-- Claro.

Dei espaço em minha cama, onde estava cheio de roupinhas de bebês.

-- Nossa quanta coisa. Parece que estão todos empolgados com a chegada do seu bebê, menos eu.

Eu simplesmente dei de ombro. Ela tinha os motivos dela, para não aceitar minha gravidez.

-- Eu não fui justa com você Bella. Na verdade eu nunca fui, mesmo sabendo o que Britanny fazia com você, nunca fiz nada para corrigi-la. E depois veio aquela historia do Steve com aquela menina, e ainda por cima ele estava tendo um caso com minha própria filha depois atacou você. Era muita coisa ao mesmo tempo para eu suportar, eu não sou forte, e todo mundo sabe disso. – Ela me olhou com os olhos marejados. – Eu sei que vai ser uma boa mãe Bella, e vai ser muito feliz com Edward. Eu só estava com medo, porque David já tirou Britanny de mim, perder você também para mim seria de mais, mas então fiquei pensando no Arty disse. E ele tem razão, eu não vou perder você na verdade vou estar ganhando mais um sobrinho e um sobrinho neto. E espero receber noticias de vocês.

Eu a abracei forte, feliz por minha tia ter visto as coisas da minha maneira. Tudo bem que seria um pouco complicado, mas eu não iria perder contato com eles nunca.

A véspera de natal chegou e com ela um frio que nos vazia querer morar em algum país tropical. Minha alimentação já começara a ser intercalada com sangue, e eu passava a maior parte do meu tempo na casa de Edward, na verdade eu já havia mudado para lá de vez. Para comemorar o nosso ultimo natal em Forks, Alice, Rose e Esme se juntaram com Sue, Leah e Sandra para fazer uma super festa entre família e amigos na mansão dos Cullen. E isso era bom por que me distraia um pouco.

Tia Claire estava apreensiva porque não tinha noticias de Britanny, na verdade todos estávamos. Tio Arty até entrou em contato com a baixada Americana na Inglaterra, para poder saber sobre Britanny. Ele até deu uma prensa em David por não deixar ele ou minha tia ligar no colégio para falar com Britanny.

Mais cedo antes da festa de natal as meninas prepararam para mim um chá de bebê: Anna, Ângela, Rose, Alice, Leah, Sue, Esme, tia Claire e Sandra. Mamãe só não veio porque ela ainda não pode sair da clinica. E enquanto os rapazes estavam com o serviço pesado de montar arvores de natal e instalar a iluminação, nós ficamos dentro de casa fazendo meu chá de bebê.

Apesar de não ter podido comparecer Renée me mandou presentes: uma roupinha de marinheiro, e um vestidinho rosa. Na verdade todo mundo comprava uma roupinha para menino e uma para menina, já que era impossível saber o sexo do bebê.

Enquanto estava vendo todos os presentes que havia ganhado o celular de tia Claire tocou, ela pediu licença e saiu da sala.

Algum tempo depois ela voltou tensa e preocupada.

-- Algum problema? – Perguntou Sue.

-- Britanny acabou de me ligar. Ela disse que não estava em nenhum colégio interno, era um reformatório para casos irrecuperáveis. Era por isso que David nunca me deixava falar com ela, e ela nunca ligava. Britanny disse também, que no colégio não a deixavam ligar para mim nem para o Arty.

-- Espera ai, não deixavam? Ela não está mais lá? – Perguntou Sandra preocupada.

-- Ela fugiu. Não sei como porque lá tem uma segurança muito rigorosa, mas ela conseguiu com a ajuda de alguns amigos. Disse que está bem e lamenta não poder vir para o natal. Bem, pelo menos ela está bem não é? Ela parecia bem feliz.

Queríamos terminar logo o chá de bebê em respeito a minha a tia, mas a própria não permitiu, dizendo que agora que sabia que a filha estava bem era que tinha que comemorar mesmo. Olhei para Alice, quem sabe ela não tinha visto alguma coisa, mas ela apenas balançou a cabeça, dizendo para não me preocupar.

A tarde passou rápida e logo já era noite e  estávamos todos reunidos na casa dos Cullen – agora minha também – conversando rindo bebendo vinho e comendo. Logo já era meia noite e todos nós trocamos presentes. O maior foi o de Jacob dado por Sandra e Tom dando a noticia de que se mudariam para Forks, eles morariam na antiga casa dos meus avós, já que tia Claire passara a morar de vez com tio Arty e Sue.

Nunca um feria passara tão rápido, em um minuto estávamos todos comemorando, e depois tomando café juntos no feriado, e agora estou me despedindo de minha família. Ângela e Ben apareceram para nos dar tchau, eu sentiria muita falta da minha amiga, mas ela teria Anna para compensar. A despedida mais difícil foi dos meus tios e Sue, e claro da Anna.

Depois de muitos choros e promessas de sempre ficar em contato fomos rumo ao Alasca. Não demorou muito, mas eu dormi a viagem toda acordei nos braços de Edward já dentro da casa quando foi gritado “Surpresa” pelo clã Denali.

-- MAS QUE MERDA! – Ouvi a voz enjoativa de Tanya gritar ao me ver no colo de Edward. – Quando fiquei sabendo que vocês voltariam...

-- Achou que eu estava arrependido, e que tinha enxergado finalmente quem era o verdadeiro amor da minha vida. – Disse Edward a interrompendo. – Se toca Tanya, acha mesmo que iria largar Bella?

-- Ah minha nossa! – Exclamou Kate ao me ver. – É verdade mesmo. Cara e eu achando que era lenda. Bella vai ter bebê.

Kate ficava dando pulinhos estilo Alice e olhando para minha barriga fascinada. Ela era a versão Alice mais alta e loira.

-- Kate calma, vai assustar a Bella desse jeito. – Falou Irina vindo em minha direção e me dando um abraço desajeitado, já que eu estava no colo de Edward. – Parabéns.

-- Será emocionante acompanhar de perto, sua gravidez Bella, e nos dispomos a ajudar no que for preciso, e parabéns. -  Declarou Carmem vindo em nossa direção.  Para nos cumprimentar.

-- Ah, claro tudo muito lindo, a humana está grávida. Tem certeza que é seu Edward. – Tanya perguntou sarcasticamente destilando seu veneno.

-- Nem se atreva a terminar esse pensamento ou vai virar pó.

-- Ótimo, espero realmente que os Volturi descubram ai eu quero ver.

-- Quanto a isso não precisa se preocupar Tanya, Aro já sabe e está adorando a idéia de ser bisavô. – Ouvimos a voz de Jane vinda da porta. – Perdoem-me minha intromissão na reunião de família. Mas Aro não pode vir por enquanto então me pediu para estar aqui e o manter informado. E Tanya Aro vai querer ter uma conversinha com você depois. Ninguém insulta a escolhida de um vampiro, ainda mais quando essa escolhida é a nora do filho dele. E eu tenho ordens expressas para agir em nome dele.

Tanya fechou a cara, mas ficou quieta acho que ela não se atreveria nem a pensar, uma vez que Edward já queria transformá-la em pó. E pelo jeito Jane também não gostava muito da vampira perfeitamente chata.

Logo todos se distraíram nos ajudando com as mudanças, eu claro fiquei só sentada olhando e entediada. Edward não me deixava mais nem andar. Só porque ultimamente ando me sentindo mais fraca e com dificuldade de respirar. Isso era normal, afinal de contas tinha uma criança esmagando meu diafragma.

E assim foi se passou a primeira semana no Alasca. Era mais frio do que  Forks, mas a casa dos Cullen tinha um eficiente sistema de aquecimento que me permitia ficar quente e confortável dentro de casa sem precisar me preocupar em colocar roupa de frio. Já que era uma coisa difícil ultimamente. Minhas calças jeans não entravam mais em mim, então eu só usava calça legging, ou de moletom, ou de vez em quando eu usava vestidos ou saias. Isso me irritava, porque toda vez eu via o sorriso de triunfo de Tanya quando eu não conseguia mais vestir uma roupa.

Esme havia saído com Alice, elas disseram que iria comprar roupas novas para mim, já que as minhas eu estava perdendo em um ritmo incrível, apesar de todos dizerem que era normal, porque eu estava carregando um ser a mais. Mas poxa eu precisa engordar tanto? Eu tinha um bebê ou um cavalo dentro de mim.

Mas fora minhas frustrações com meu vestuário e a cara nojenta de Tanya, tudo ia bem. Esme me ensinava em casa e Edward estava sempre comigo me ajudando, então eu consegui recuperar tudo o que havia perdido na escola de Forks.

Como eu já estava com 4 meses e meio os Cullen relutavam muito em me deixar sozinha, então eles sempre revezavam para irem caçar, e não podiam mais fazer longas viagens. Edward principalmente era o que mais relutava em me deixar. A primeira semana em Juneau ele não saiu uma vez se quer para caçar, só foi porque eu insisti muito e ainda assim voltou em algumas horas. Kate, Irina, Carmen e Eleazar também apareciam para revezar com os Cullen e ficar comigo, eu gostava deles, principalmente de Irina e Kate. Até mesmo Jane que preferia se manter o mais afastada possível as vezes não resistia e se aproximava, acho que estava conseguindo quebrar o gelo que existia entre nós.

Meus dias se resumiam em comer, estudar, dormir, fazer exames – que Carlisle insistia em fazer todos os dias – e ser paparicada. Todos os dias alguém trazia dois presentes para o meu bebê, sempre um para menino e um para menina, até mesmo na nossa nova casa, que ninguém ainda me deixou ver, tinha dois quartos.

Para passar as horas entediantes de quando eu não estava forçando a minha mente eu fazia alguma coisa. Nos últimos dias Carmen havia me ensinado a bordar, e até que eu estava ficando boa nisso. Em outros eu dava uma de Alice e insistia para as meninas para que eu pudesse maquiá-las, claro que elas deixavam – eu estava muito desesperada para fazer algo. Até mesmo Jane cedeu aos meus pedidos.

Hoje era um dia desses, depois das aulas com Esme, Edward me ensinava novas línguas, alem de ele me ajudar em espanhol e francês. Edward estava me ensinando italiano, alemão, mandarim, russo e português, cada dia eu aprendia um pouco de cada língua, por enquanto. E logo as aulas de idiomas também se acabaram e Edward insistiu para que eu dormisse, pelo menos, um pouco.

E depois de dormir, acordar, comer e dormir de novo, fazer todos os meus deveres e trabalhos que Esme levaria até a escola, inclusive os exercícios extras que Edward passava fiquei completamente entediada. Peguei o notebook de Edward e mandei um e-mail para Anna, e para cada um dos meus amigos e familiares, e eu não tinha mais nada para fazer. Decidi bordar novamente, assim como todos eu fazia peças rosas e azuis, eu tinha que bordar o nome dos bebês, mas achei melhor não por enquanto. Primeiro porque eu queria fazer uma surpresa, segundo, por que eu precisava olhar para carinha dele ou dela, para saber se combinava.

Enquanto eu bordava senti alguém entrar no quarto. Pensei que fosse Edward uma vez que ele havia ido até a nossa nova casa, para fazer alguns reparos. Mas para o meu desgosto não era o meu amor, era Tanya. Se ela começasse eu vomitaria nela de novo.

-- Você não cansa de fazer isso não? – Ela perguntou olhando para os bordados.

-- Não, é para o meu filho.

-- Sei você nem sabe se tem um bebê ai dentro, pode ser sei lá pedra ou vento. E também nem sabe se vai sobreviver. Ouvi dizer que é muito difícil. Você pode ter uma costela quebrada a qualquer momento mesmo se poupando como vem fazendo. – Respirei fundo e fui para meu refugio feliz em minha mente. Comecei a cantarolar e continuei bordando. – É uma possibilidade. Tem que encarar a realidade.

-- Você não vai conseguir me atingir Tanya. – Disse sem nem ao menos olhar para ela.

-- Acredite no que quiser. E se Edward não quiser mais você. Você sabe, está frágil não pode ter mais nada com ele, por enquanto, mas e se quando você puder ele simplesmente não agüentar esperar, e querer uma mulher mais sensual... quero dizer você nem ao menos está entrando em suas roupas. E conhecendo Edward como eu conheço ele...

Tanya não terminou, e caiu no chão e começou a gritar e se contorcer. Levantei-me rapidamente, mas não consegui me mover mais que isso continuei olhando para Tanya em choque. Alguns minutos depois ela parou de se contorcer e levantou olhando assustada para a porta, segui seu olhar e dei de cara com Jane a olhando triunfante.

-- Ora, ora. Olha só como ela perde a pose quando não encontra alguém mais frágil para atormentar. – Disse uma Jane sorridente entrando no quarto. – Você sabe que se Edward souber o que falou para Bella, vai estar perdida não sabe? E nem mesmo os anos de amizade vai fazê-lo ter compaixão de você. Bom isso se Aro não ficar sabendo primeiro. Eu sei que ele pode ser bem rigoroso quando quebram as regras dele. Saia! – Disse Jane impetuosamente.

Tanya saiu com a beça baixa.

-- Ah Tanya e não se esqueça, que ela está esperando um filho de Edward e logo, logo receberá o símbolo da família Cullen e Volturi. Acho melhor não mexer com ela de novo.

Logo após Tanya se retirar e  verificar se estava tudo bem comigo, Jane se retirou.

-- Ah meu Deus Bella, eu sabia que não podia deixar você sozinha, mas precisei ir no hospital pegar mais sangue para você. – Disse Rosálie entrando no quarto, e me entregando um copo de plástico branco com canudo. – Também sabia que não era uma boa idéia te deixar sob os cuidados de Jane, mesmo sabendo que ela não faria nada contra você, mas ela não levou em consideração sua fragilidade ao torturar Tanya na sua frente.

-- Você ouviu?

-- Sim, estava quase na porta, mas Jane me impediu e você sabe, que não se pode contrariar aquela baixinha, ela é pior que Alice. Beba logo, você anda muito fraquinha.

Assenti e bebi o conteúdo do copo. Por incrível que pareça não tinha o cheiro, nem o gosto horrível como eu imaginava. Era só meio macabro saber que era o sangue de uma pessoa, mas claro que para me tranqüilizar todos garantiram que era sangue doado e ninguém precisou morrer. Era melhor do que o método que Jane queria adotar. Não gostava nem de pensar na possibilidade.

***

Graças a Deus depois daquele dia, Tanya nunca mais deu uma de esperta para cima de mim, ainda mais com a vinda dos Volturi.

O tempo estava passando rápido e eu cada dia que passava estava maior, apesar de todos olharem para mim com ternura dizendo o quanto eu estava linda, apesar das olheiras e a palidez. Quando na verdade eu mais parecia um balão amarrado a dois gravetos prestes a voar. Eu quase não conseguia me sustentar em pé e tinha que sempre ter ajuda de alguém para me locomover. Eu andava tão fadigada que nem os bordados eu fazia mais, e dei graças aos céus quando Esme me trouxe uma prova que se eu acertasse pelo menos cinqüenta por cento eu concluiria o ensino médio. Para minha alegria acertei cem por cento da prova, mas Esme continuava com as aulas, porque segundo ela era importante. Edward também continuava me dando aulas de idiomas, quer dizer isso quando eu não dormia no meio das explicações.

Os meses foram passando e o inverno foi dando lugar a primavera, não que em Juneau tivesse muita diferença, mas dava para sentir pelas brisas e pelos raros raios de sol que surgia. Segundo Carlisle eu já estava com quase sete meses, mas parecia que eram nove, e se com apenas sete meses eu já estava daquele tamanho, não queria nem ver quando eu tivesse no nono mês. Nesse ultimo mês tivemos uma grande surpresa, o bebê começou a se mexer, na verdade ele já se mexia antes, mas era apenas cutucadas ocasionais, agora parecia que eu tinha um time de futebol americano inteiro dentro de mim. Nesses momentos Aro mandava Edward e Carlisle me manter deitada e imobilizada para não ter nenhuma costela quebrada. Claro que fiquei assustada com a possibilidade, mas só de pensar em meu bebê crescendo lindo, forte e saudável dentro de mim já me enchia de alegria.

Estávamos no final de março, eu já estava com sete meses e meio, mas pelo menos, eu havia parado de crescer. Carlisle achava perigoso, porque a criança podia estar maior do que o esperado e meu corpo podia não suportar, mas por enquanto estava tudo bem.

Edward e eu olhávamos o calendário, onde a data da cesariana estava marcada. Tanto ele quanto eu, estava morrendo de ansiedade para ver nosso bebê. Segundo Edward ele já conseguia pegar alguns vislumbres dos pensamentos do bebê, mas não era suficiente para saber o sexo. Eu passava quase o dia inteiro deitada no sofá e ele conversando com o bebê tentando ler os pensamentos dele. Lembro do dia que nosso filho começou a chutar muito forte, e Edward pediu, para que ele parece para não me machucar e de repente os chutes pararam. Era estranho, muito estranho, mas Aro disse que o bebê mesmo dentro da minha barriga já entendia algumas coisas, que a mente dele evoluía muito rápido, mais rápido do que a forma física.

Hoje era um dia típico daquele. Eu deitada no sofá Edward com a cabeça encostada em minha barriga, Alice tirando foto da gente e Jasper filmando. Rose e Emmett estavam jogando xadrez, Esme conversava com Carmen, Kate e Irina enquanto preparava meu almoço e Carlisle estava no consultório acoplado a casa junto com Eleazar.

Já havia ligado para meus tios, meus padrinhos, Ângela, Ben e Anna, que nesse momento estava com Jacob em La Push, planejando a primeira festa de  aniversario de Charlie. Estava triste em não poder comparecer ao primeiro aniversario do meu afilhado lindo, mas sabia que eles entenderiam.

-- Eu queria muito estar lá, planejando o aniversario de Charlie. – Comentei tristonha.

-- Eu sei bonequinha, eu também queria estar lá, mas é arriscado para você. Se sua saúde não tivesse tão debilitada juro que eu te levaria.

-- Mas nem é tão grave foi só um resfriado e eu já estou melhor.

-- Eu sei Bella, mas tudo no seu caso é mais grave. Não quero arriscar.

-- Tudo bem. – Suspirei. Queria falar mais alguma coisa, mas antes que isso acontecesse Edward levantou rapidamente e foi para porta da frente.

Logo todos os Cullen já estavam reunidos, inclusive os Denali. Kate e Irina, assim como Rose e Alice vieram mais para perto de mim, pelo jeito não se tratava de um humano, ou algum vampiro “vegetariano”.

 -- Justo hoje que os Volturi resolveram sair. – Lamentou Kate.

-- Calma Kate, não vai acontecer nada. – Tranqüilizou Jasper. – Quantos são Edward? É conhecido.

-- Só um, e não eu não conheço, mas esse rosto não me é estranho. Na verdade é bem familiar.

Edward abriu a porta e ficou olhando para o recém chegado, assim como os outros que ofegaram. Eu queria olhar, mas Kate e Rose estavam na minha frente e ao contrario de Alice elas eram bem maiores do que eu.

-- Eu preciso falar com Dr. Cullen, me disseram que eu poderia encontrá-lo aqui. – Aquela voz, era agradável, linda e tinha um tom familiar. – Fui informado de que ele morava em Forks, mas quando cheguei lá soube que ele havia se mudado.

Não, não pode ser... Aquela voz... Era impossível.

-- Eu sou o Dr. Cullen. – Apresentou-se Carlisle. – Em que posso ajudá-lo?

-- Bem... – Ele não terminou porque provavelmente deve ter sentido meu cheiro, ouvido meu coração e minha respiração. Logo todos ficaram tensos. Mas antes que o recém chegado pudesse dar um passo na minha direção ele foi agarrado por Emmett ou Eleazar. Eu ainda não conseguia ver. – Esse cheiro. Morango...

-- Então. O senhor precisa falar comigo, por que não vamos ao meu escritório? – Sugeriu Carlisle interrompendo o vampiro.

Por obra do destino, ou alguma força superior que queria que isso acontecesse, Kate e Rose acabaram saindo da minha frente me dando uma visão nítida do recém chegado. E assim que nossos olhares de cruzaram eu soube quem era, apesar de estar um pouco diferente, mais bonito do que era antes, eu o reconheceria.

Mas como e por que eu nunca saberia.

Ele também pareceu me reconhecer e arregalou os olhos quando viu minha situação. Grávida, pálida, com olheiras e rodeada de vampiros, antes que qualquer um pudesse falar alguma coisa ele já estava diante de mim segurando minhas mãos em suas mãos frias.

-- Bella... – Ele sussurrou.

-- Pai? – Foi a única coisa que eu disse antes da minha visão escurecer.


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