Dois Mundos, Duas Vidas escrita por Giis


Capítulo 30
Capítulo 30




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Edward

Estava deitado na cama de Bella, esperando-a voltar do banheiro. Olhei para o mostrador do despertador, faltavam exatamente 24 horas para a apresentação das lideres de torcida, e isto estava deixando Bella nervosa, preocupa e muito, muito estressada, principalmente depois de ter tirado o gesso. Ela ficou argumentando um bom tempo com Carlisle, dizendo que o braço ainda não estava bom e que ainda doía muito quando ela mexia.

Mas por mais que ela estivesse estressada, nervosa e me expulsasse do quarto sempre que eu falava algo que a irritava - é claro que ela sempre me chamava de volta, pedindo desculpas com seu jeitinho doce -, eu preferia assim, há alguns dias atrás, depois da crise de choro e se culpar pela morte do pai. Claire ficou com medo de Bella ter uma recaída e voltar à depressão. Felizmente isso não aconteceu.  Tirando o episódio do dia seguinte - quando ela entrou em crise -, quando tive que deixá-la por um breve período, para resolver algumas coisas com minha família.

Claire ligou para minha casa desesperada, dizendo que Bella havia sumido. Estava chovendo muito no dia e para piorar Alice tinha saído com Jazz, e não conseguíamos falar no celular deles. Eu não conseguia ouvir os pensamentos dela, o que dificultou mais ainda. Procuramos em todos os lugares possíveis, não obtivemos sucesso. Só depois me veio à cabeça um lugar. O único lugar para onde ela iria, e que nós nem ao menos cogitamos. Repassei minhas suspeitas aos tios dela e aos outros que ajudavam na busca e seguimos para o cemitério de Forks.

Como suspeitava, ela estava lá. Chorando, abraçada ao tumulo do pai murmurando pedidos de desculpas a ele. A cena era tocante, triste. Todos que estavam ali choraram junto com ela. Ouvi Rosálie e Esme soluçarem, e aposto que se fossem humanas seus rostos também estariam banhando de lagrimas. Até Emmett - com seu jeito de durão - parecia estar chorando. Depois a levamos para casa, e a deixamos descansar. Todos conversaram muito com ela, principalmente o tio e a tia dela. Alice apareceu desesperada pedindo milhões de desculpas por não ter visto e por não  estar presente. Ela e Jasper conversaram muito com Bella também.

Para a nossa felicidade no dia seguinte, Bella não apresentou nenhum sintoma de que estivesse entrando em depressão, seus olhos ainda eram tristes, eu sabia que ela ainda sofria, mas ela tentava não transparecer. E o brilho de seus lindos olhos castanhos mel voltou conforme os dias foram passando. É claro que Ângela, Alice e Rosálie não deixavam que ela pensasse em nada que não fosse à apresentação para a escolha das lideres. Fora os dias que minhas irmãs junto com Ângela a seqüestravam para fazer compras, e por mais que eu ficasse com raiva porque diminuía meu tempo com ela, eu não reclamava. Sabia que era um plano de Alice, não deixá-la ficar pensando em coisas que a magoasse.

Alice queria de alguma forma recompensar por ter falhando no dia em que Bella sumiu.

Voltei ao presente com o barulho de uma porta sendo aberta e fechada logo em seguida. Pela ausência de pensamentos, só poderia ser uma pessoa. Ninguém mais conseguia me pegar de guarda baixa.

Virei-me e dei de cara com uma Bella corada, com os olhos arregalados. Ela estava com os cabelos molhados e só com uma pequena e fina toalha envolvendo seu corpo.

Bella

Ainda olhava paralisada para o ser perfeito que estava deitado na minha cama. Senti meu rosto corar mais ainda com a olhada que ele me deu. E ele ainda espera que eu não ultrapasse nenhum limite, mas eu também não tenho nenhuma ajuda.

Precisava falar alguma coisa, mas meu cérebro estava entorpecido, não conseguia encontrar minha voz. Respirei fundo varias vezes para tentar acalmar - sem sucesso - minha pulsação.

-- Bella sabia que não ajuda muito o meu autocontrole, você ficar desfilando com esses... Hum... Trajes na minha frente? - Comentou Edward me olhando de cima a baixo maliciosamente.

Depois dessa, provavelmente meu rosto nunca mais voltaria à cor normal. Tentei me recompor para lhe dar uma resposta:

-- Não tenho culpa, se alguém tem o péssimo habito de invadir meu quarto. - Disse tentando soar sarcástica, mas minha voz tremia tanto quanto meus joelhos. - E não era para você estar com Jasper e Emmett? - Estreitei os olhos desconfiada.

-- Sim, mas eles me liberaram, quando disse que viria ficar com você. - Ele deu aquele sorriso torto que acabava comigo. - Queria saber se estava tudo bem com você. - Agora ele estava sério.

Revirei os olhos. Já não tinha dado provas suficientes de que eu não iria surtar de novo? Fora aquele dia que sai sem avisar ninguém e acabei no cemitério, nunca mais dei sinais de que estava entrando em depressão, estava agindo normal. Havia prometido que eu seria feliz, que seguiria em frente. Esse tinha sido um dos primeiros pedidos que meu pai havia feito antes de morrer. Fora que conversar com meus tios me ajudou muito.

-- Eu estou bem. - Disse com firmeza e era a mais pura verdade. - Não precisa se preocupar.

Edward levantou da cama e em um átimo estava diante de mim. Ele pegou meu rosto entre as mãos longas e brancas e olhou para os meus olhos. Provavelmente tentando se certificar de que eu não estava só tentando tranqüilizá-lo. Ele sorriu e beijou minha testa, depois a ponta do meu nariz e por fim meus lábios.

Senti meu corpo todo tremer. Não fora uma boa idéia ele me beijar desse jeito enquanto eu estava coberta apenas por uma fina e curta toalha. Edward pareceu perceber o mesmo, porque ele logo se afastou.

-- Acho melhor você colocar logo uma roupa, está tremendo - Disse afagando meus ombros. Ele não deveria ter feito isso, eu quase fui ao chão.

Corri para o meu closet e peguei a primeira peça que estava à vista sem me certificar o que era, e disparei para o banheiro.

Edward

“ Você vai queimar nas profundezas do inferno Edward!” - Disse minha consciência. Eu tive vontade de retrucar. “Se eu tivesse uma alma talvez...”.

Mas acho que no meu caso um castigo dos Volturi já seria o suficiente. Pensar na realeza vampiresca lembrou - me que eu teria que resolver logo minha situação com Bella. Pelas leis dos Volturi, nenhum humano que soubesse do nosso segredo deveria permanecer vivo. Eu não deixaria ninguém machucá-la - fazer algo pior. Estremeci só com a idéia de alguém fazer algo com minha bonequinha. Deixá-la também estava fora de cogitação. Só restava uma opção, mas esse assunto de ser discutido com muita calma com Bella e minha família.

Bella entrou no quarto vestindo um roupão. Suspirei. Era melhor do que uma toalha.

A quem eu  queria enganar? Eu estava torcendo para que a toalha escorregasse. Minha consciência que eu pouco escutava ultimamente fez um esforço enorme para mandar meu lado pervertido calar a boca e se acalmar.

Bella

Assim que cheguei ao banheiro reparei que só tinha pegado roupas de baixo. E ainda por cima uma que não era nada inocente. O conjunto de rendas pretas e vermelhas da Victoria Secrets, e era transparente ainda por cima. Eu havia ganhado da minha prima quando tirei o gesso - eu ainda não sabia qual era a intenção dela me dando essa lingerie. Só para piorar eu não podia voltar ao meu quarto para pegar algo menos provocante. Pelo menos, para meu alivio a calcinha não era fio dental - acho que eu morreria se fosse - ela era compridinha, estilo cueca feminina, só que cheia de rendas e transparentes.

Vesti a lingerie, me amaldiçoando por não ter reparado nas roupas que pegava, e depois coloquei meu roupão - que graças a Deus eu havia esquecido no banheiro - e sai.

Quando cheguei ao quarto, Edward me olhou, mesmo de longe pude ver seus olhos ardendo de desejo. Tremi de novo. Tentei focalizar meus olhos em qualquer outra coisa, se não acabaria desmaiando. Foi então que eu vi. Por isso, tinha esquecido meu pijama: Edward estava deitado em cima dele.

-- Não ia colocar uma roupa? - Perguntou ele erguendo as sobrancelhas.

-- Sim, mas alguém está deitado em cima do meu pijama. - Disse apontando para a roupa embaixo dele.

Ele sorriu se desculpando. Edward pegou o pijama, levou até o nariz e fechou os olhos, como se estivesse apreciando a fragrância da mais perfumada das rosas. Corei só para variar.

-- Err... Então, se quiser pode voltar para Jasper e Emmett.

-- Está me expulsando? - Perguntou ele em um tom fingido de magoa.

-- Claro que não. Mas é que você sempre fica comigo agora, acho que seus irmãos sentem sua falta. - Ele ergueu as sobrancelhas - Além disso, eu estou bem, o máximo que pode acontecer, é eu fingir que estou com dor de barriga ou me jogar da escada para quebrar um braço e não ter que apresentar amanhã, o que Alice veria com certeza e me impediria.

Edward

Com essa eu tive que rir. Realmente Bella seria capaz de fazer qualquer coisa para fugir do que lhe esperava no dia seguinte.

Ainda não tinha conseguido arrancar de Alice o que ela estava planejando.

-- Tem razão - disse levantando as mãos e me rendendo - minha tarefa é que você esteja sã e salva até amanhã.

Ela bufou.

-- Sabe você como meu namorado tinha a obrigação de me defender.

-- Não seja estraga prazeres Bella. - Ela fechou a cara e cruzou os braços, mas não durou por muito tempo, porque logo se lembrou de algo mais importante.

-- Err... Você poderia devolver meu pijama e olhar para outro lado, ou sair, por favor? - Pediu ela sem graça.

Estendi o pijama a ela. Bella esperou até que eu me virasse o outro lado. Reprimi ao máximo a vontade de espiá-la. Sabia se o fizesse não resistiria. É, eu estava perdido.

-- Pronto, pode olhar - a voz de Bella interrompeu meus pensamentos. E eu sou grato por ela ter feito isso, meu lado pervertido estava impossível.

Virei-me para olhá-la, e agradeci de novo por ela ter escolhido um pijama comprido, apesar de a blusa deixar parcialmente sua barriga a mostra, mas era melhor assim, não sei se agüentaria se a visse com aquele shortinho novamente.

-- Está linda! - A elogiei - só para vê-la corar -, analisando-a no conjunto de calça roxa e blusa lilás. Era incrível como Bella conseguia ficar linda até de pijama.

Levantei-me e fui até ela. Puxei-a para mim, apertando sua cintura. Bella passou os bracinhos pelo meu pescoço e se esticou nas pontas dos pés para poder tocar meus lábios com os seus. Ela era tão pequena, que mesmo se esticando toda tive que me inclinar para beijar seus lábios.

Sim quebrar o beijo a peguei nos braços e a deitei na cama. Senti que Bella já estava ficando sem ar, mas quando tentei quebrar o beijo ela me apertou mais, tentando me impedir. Também não estava com a mínima vontade de parar de beijá-la, mas era necessário.

Segurei seus pulsos finos delicadamente e afrouxei seu aperto em meu pescoço - se eu fosse humano provavelmente eu já estaria morto por falta de ar. Ela resmungou baixinho quando interrompi o beijo, ela agora respirava com dificuldade. Mas meus lábios não deixaram sua pele, enquanto Bella recuperava o fôlego, explorei todo o seu pescoço com os lábios.

Lembrei-me do novo presente que havia comprado para ela, a ocasião era perfeita. Parei de beijar seu pescoço. Sentei-me na cama e a encarei. Bella fez uma careta que deixou bem claro, que ela não estava nenhum pouco satisfeita por eu ter parado. Eu ri, e levei um tapa.

Sem dizer nada levantei sua blusa, até deixar sua barriga totalmente exposta. Bella prendeu a respiração. Passei as pontas dos dedos por sua pele quente, que ficou arrepiada com o toque. Continuei com a caricia, subindo e descendo, até que parei onde queria. Encarei a jóia prata - de matéria cirúrgica que não afetava a saúde como ela me garantiu -, com a haste escondida pela pele, e as duas pontas em destaque, uma peque e redonda de metal, e a maior era meio achatada com o desenho do Smile. Não podia negar que ficava bonito, principalmente no corpo dela, mas ainda não entendia porque as pessoas gostavam de terem a pele perfurada por agulhas enormes e grossas.

Passei a mão pela jóia, Bella estremeceu, liberando todo o ar que ela tinha segurado e tremeu de novo - era melhor eu terminar logo com isso, antes que meu lado pervertido se liberasse e eu perdesse o pouco autocontrole que me restava. Desrosqueei a bolinha menor, e fui retirando a jóia bem devagar para não machucá-la.

-- Ei, o que está fazendo? - Perguntou Bella confusa.

-- Shhi... Nada de mais. Já, já você verá.

Ela assentiu e relaxou. Retirei o piercing por completo, e comprei o que eu havia comprado no dia anterior. Ainda lembro-me da cara que Emm e Jazz fizeram, quando pedi um piercing de umbigo de estrela com strass lilás, até o vendedor estranhou um pouco, é claro que a pessoa inteligente aqui não mencionou que era para a namorada. Mas eles também me deram tempo antes de tirar conclusões precipitadas. O bodypiercing entendeu, quando mencionei minha namorada, mas é claro que meus queridos irmãos não se convenceram com facilidade.

 Terminei de colocar o novo piercing, e como havia suspeitado havia ficado perfeito nela.

Bella se ergueu nos cotovelos para olhar a jóia prata com três estrelas estilo pingente com strass lilás incrustado.

-- Uau! - Exclamou tocando a jóia. - É lindo. Obrigada, você tem muito bom gosto.

-- Achei que você gostaria de estrelas, já que não suporta mais borboletas. - Ela começou a rir. Toquei a jóia por cima da mão dela.

-- Obrigada, de novo. - Ela se levantou um pouco para me beijar.

-- Posso te fazer uma pergunta? - Perguntei um tempo depois, quando ela precisou respirar.

-- Claro.

-- Doeu quando colocou?

-- Por incrível que pareça não. - Ergui as sobrancelhas em descrença. - É sério, foi bem rápido e indolor. - Ela pareceu pensar um pouco e voltou a falar: - Sabe, eu estava pensando, será que doeria em você, se tentasse fazer uma tatuagem ou um piercing.

-- Não, mas não posso dizer o mesmo das agulhas. - Ela riu.

Ficamos rindo por um bom tempo. Bella deitou em seu travesseiro e fechou os olhos. Eu fiquei a admirando. Meus olhos desceram para sua barriga que ainda estava completamente à mostra. E sem nenhum tipo de comando consciente, como se tivesse só seguindo meus desejos, inclinei e toquei seu umbigo com os lábios. Bella soltou um gemido baixo. Foi o suficiente para que eu me sentisse estimulado a continuar. Desde a primeira vez que a vi eu quis fazer isso. Beijei toda a extensão da barriga perfeita dela, aspirando seu cheiro doce.

-- Edward... - Chamou Bella ofegando. - Por favor... Faça logo o que tiver de fazer, mas não me torture desse jeito!

Parei o que estava fazendo para encará-la. Nem percebi que já estava indo longe demais. Meus lábios estavam muito perto do elástico da calça de seu pijama. Um lugar muito, muito perigoso.

Levantei e fui deitar-me ao lado dela, e a puxei para os meus braços. Bella deitou a cabeça em meu peito, e eu beijei sua testa. Sua pulsação estava acelerada e ela estava muito quente.

-- Você está quente. - Passei a mão por sua testa, que estava um pouco suada. Perguntei-me o quão longe eu havia ido dessa vez. Era incrível como eu perdia completamente a noção das coisas perto dela.

-- Você nem imagina o quanto. - Disse corando.

-- É melhor dormir. - Bella assentiu passando os braços por minha cintura. Eu a cobri e em poucos minutos ela já estava dormindo.

Quanto a mim estava em uma situação que eu não poderia ter deixado chegar, nem queria pensar muito se não seria capaz de acordá-la só para... Deixa para lá.

Essa garota ainda ia acabar comigo. Eu precisava urgentemente conversar com Carlisle.             


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