Dois Mundos, Duas Vidas escrita por Giis


Capítulo 3
Capítulo 3




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Bella

                Já havia andado por um bom tempo, tentando obter alguma informação sobre minha tia. Eu teria que passar em algum lugar com internet, ia ser mais rápido eu precisava encontrá-la antes de escurecer completamente.

                Estava cansada e muito faminta. Olhei para o céu agora, já havia escurecido completamente, e ameaça a recomeçar a chover, resolvi procurar algum lugar para comer e descansar um pouco, e é claro me refugiar da chuva. Não estava disposta a tomar outro banho.

                Entrei em um pequeno restaurante, que na verdade mais parecia um bar, havia um balcão ao fundo e uma mesa de sinuca onde havia algumas pessoas jogando, no canto esquerdo tinha um pequeno palco onde um grupo tocava uma musica suave. Passei por alguns casais e fui me sentar em uma cadeira em frente ao balcão.

                Uma mulher com um sorriso doce me atendeu.

                - Vai querer alguma coisa querida?

                - Vou querer um sanduiche e um suco de laranja.

                - Trago em um instante.

                Em trinta minutos voltou com meu pedido. Ela ficou me observando não consegui interpretar sua expressão. Depois de um tempo em silencio e resolvi perguntar:

                - A Senhora por acaso não teria, uma lista telefônica teria?

                - Sim claro. Você está perdida querida? -

                - Mais ou menos. Estou procurando uma tia minha eu sei que ela mora por aqui, mas não sei onde exatamente.

                - Qual o nome dela?

                - Swan, Claire Swan, eu acho esse é o nome de solteira dela, eu não sei se ela se casou.

                - Eu vou ver se consigo alguma coisa. Qual seu nome meu bem?

                 - Isabella Swan.

                 - Muito bem Isabella, enquanto você come, eu vou pesquisando, fique avontade.

                - Poxa! Muito obrigada. Serei eternamente grata.

                Ela piscou para mim e saiu, fiquei muito feliz. Normalmente não encontramos pessoas tão gentis, dispostos a nos ajudar sem querer nada em troca. Continuei comendo meu sanduiche enquanto ela foi pesquisar alguma coisa sobre minha tia.

Edward

                Eu já estava me sentindo bem melhor até meu humor tinha melhorado. Alice tinha razão eu sempre fico melhor depois de me alimentar. Acho que boas noticias - mais ou menos não estava tão feliz assim com o fato de ser vizinho de Tanya - mais uma alimentação reforçada vazia bem para mim.

                Havia recomeçado a chover, resolvi me abrigar em algum lugar, eu não me importava andar pela chuva, mas os humanos normalmente não gostam de se molhar. Entrei em um bar o lugar era aconchegante, não tinha muitas pessoas, e isso era ótimo, eu sempre odiei multidões. Os pensamentos misturados me deixavam louco.

                Ahhh minha nossa, que cara lindo. Será que vou lá e entrego meu telefone para ele. Se bem que ontem eu dormi com o Brad...

                Desliguei-me desse pensamento, antes que a garota começasse a relembrar sua noite com o Brad, ou começar a imaginaras cenas comigo. Seria nauseante.

                Passei por um casal que dançava. A mulher olhou para mim por cima do ombro do parceiro, não olhar não é a palavra adequada, ela estava praticamente me comendo com os olhos. Espero que o parceiro dela não veja, eu odeio confusões.

                Uhhm gracinha...

                E mais um pensamento desligado, antes que começasse a ficar pior, eu estava ficando bom nisso em bloquear pensamentos desagradáveis.

                Foi nesse momento que eu senti, eu estava perto do balcão, onde havia pessoas comendo e bebendo.

                Eu senti aquele que seria a coisa mais maravilhosa da minha existência e também a minha ruína. Mas senti o cheiro mais maravilhoso do mundo. O mais doce, com um toque floral. Eu já estava para acelerar e alcançar a fonte dos desejos, quando me lembrei de meu pai, Carlisle ficaria muito decepcionado se eu fosse fraco depois de tantos anos. É claro que ele me perdoaria, mas eu não podia ser essa decepção para ele.

                Mas eu queria saber, pelo menos de onde vinha esse cheiro maravilhoso, nesse momento algumas pessoas que estava dançando na minha frente se mexeram, deixando minha visão livre. Então eu vi de onde o cheiro vinha, ele estava ficando mais forte a medida que o caminho ficava livre. E então eu a vi, o cheiro vinha de uma mulher, na verdade era uma garota. Ela devia ter no máximo 13 anos.

                Dei graças por ter me alimentado bem.

                Ela tinha os cabelos bem longos castanhos escuros, sua pele era bem branca, não como a minha, mas ainda assim era muito pálida para alguém da Califórnia. Fiquei observando o corpo pequeno e magro dela. Apesar de seu cheiro ser uma benção para qualquer vampiro. Ela ainda era uma criança, que tinha um futuro todo pela frente.

                E eu seria o monstro que tiraria isso dela? Não eu não faria isso. Me odiei sé de pensar nessa hipótese.

                Enquanto eu estava parado no meio do bar. Ela mexeu a cabeça como se fosse me olhar. Fique esperando, eu queria que ela virasse estava extremamente curiosa para ver o rostinho dela.

                Lentamente ela virou-se, quando seus olhos encontram o meu eles se arregalaram um pouco, isso era até normal, pois era a reação da maioria das pessoas, mas eu a estava encarando insistentemente acho que isso deve ter a assustado um pouco.

                Céus! Eu deveria arder nas profundezas do inferno, mas aquela garotinha além de ter um cheiro maravilhoso, tinha um rosto fascinante, tão adorável e angelical, resumindo ela era linda.

                Olhei atentamente para aquele rosto em forma de coração, a pela tão clara que era quase translucida, os lábios cheios e vermelhos - uma tentação-, os olhos era de um castanho claro impressionante, tão claro quase chegando ao mel, eles eram hipnotizantes.

                Ela virou o rosto rápido, e corando. Esse acontecimento fez minha garganta arder e minha boca encheu-se de veneno, aquilo era um convite para mim. Agradeci mais uma vez por ter ano de experiência em me controlar e estar bem alimentado.

                Não! Ela é só uma criança, tem um futuro pela frente e você não irá tirá-lo dela.

                Eu tinha que ficar longe daquela linda, irresistível e frágil garota humana. Ainda bem que eu estava indo para o Alasca, não probabilidade de vê-la novamente.

Fiquei observando-a, ela estava olhando fixamente para frente, como se reprimisse o impulso de olhar para traz.

Fiquei perguntando-me o que será que se passava na cabecinha dela.

Foi  quando a ficha caiu, eu não tinha percebido porque estava muito ocupado, me controlando por causa do cheiro dela e fascinado com o rosto dela. Até então eu não percebi que eu não estava ouvindo o que ela estava pensando. Queria me certificar me concentrei nela, mas ainda não ouvia nada.

Decidi me aproximar, eu sei que seria um erro, mas ainda não estava totalmente convencido, mas eu iria puxar conversa, queria ter cem por cento de certeza.

Quando estava me aproximando, uma senhora chegou perto dela, entregou-lhe um papel a garota deu um beijo no rosto da senhora e saiu quase correndo.

Fiquei decepcionado, mas assim seria melhor eu tenho certeza que ela se tornaria minha obsessão. Voltei para casa tinha muita coisa para arrumar.

Estava ficando entediado já de tanto ficar em casa então peguei a chave do meu carro, decidi dar uma volta pela noite.

Bella

                Eu estava esperando a senhora do bar voltar, quando senti que alguém me observava, podia ser só paranóia minha por tudo que passei em apenas dois dias, mas mesmo assim, a sensação era desconfortável.

                Decidi olhar lentamente eu me virei, arfei em choque senti meus olhos se arregalarem. O homem que me observava era extremamente lindo tinha os cabelos cor de cobre ele era bem branco, mais branco até do que eu. Percebi que era muito alto e musculoso, percebi que ele me olhava com um interesse, senti meu rosto arder provavelmente eu estava corando.

                Virei imediatamente para frente, mas ainda assim senti que ele ainda estava me encarando, tive vontade de olhar para me certificar, mas reprimi a vontade fiquei olhando para frente até a senhora chegar.

Felizmente ela chegou logo, ela me entregou um papel onde tinha o endereço e o telefone da minha tia que ela havia conseguido na internet, dei um beijo no rosto dela e sai quase correndo do bar, não olhei para meu observador.

Senti-me melhor quando estava do lado de fora, andei o ponto de ônibus, mas para minha infelicidade o ônibus que eu precisava não passava por ali, então tive que andar mais alguns pontos até encontrar o certo.

Não tinha a menor noção de que horas eram, mas parecia ser bem tarde, aos poucos o fluxo de carros diminuindo e para piorar eu não consegui pegar o ônibus que me levaria até o bairro de minha tia.

Fiquei andando até achar um taxi ou um hotel. Quando apareceram do nada eram três garotos, deviam ser alguns anos mais velhos do que eu. Eles me abordaram, fiquei completamente paralisada.

Eles não falaram nada, nem fizeram nada eles só simplesmente me levaram para um lugar escuro e sombrio e muito longe de alguém que eu pudesse pedir ajuda e pegaram minha mochila e minha bolsa - com todo o dinheiro que eu tinha - e saíram correndo. Suspirei aliviada por eles não terem tentado nada, felizmente eles não acharam que meu violão valeria algo, eu havia meus documentos junto com ele.

Agora eu estava perdida, e não fazia mínima idéia de como sair daquele beco, e estava sem nenhum dinheiro e sem roupas também, não tive tempo de trocar. Andei pelo beco desesperada procurando por uma saída. Depois de ter corrido como uma louca afim de não ser mais abordada por nenhum delinqüente, nesse momento vi uma saída corri para ela.

Já devia ser bem tarde, não tinha quase nenhum movimento nas ruas, algumas lojas já estavam até fechadas. Sentei em um banco do ponto de ônibus e desabei, chorei como nunca havia chorado antes, era de mais para mim. Eu só tinha 14 e em dois dias já tinha passado por mais coisas do que qualquer adulto.

Estava tão absorta em meus pensamente que não percebi quando o carro se aproximou, ele parou bem na frente do banco que eu estava sentada, olhei assustada para o carro que estava na minha frente, o vidro abriu.

- Ei, está tudo bem? Posso ajudá-la? - Eu não conseguia responder só fiquei olhando não podia ser ele ou podia?


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