Dois Mundos, Duas Vidas escrita por Giis


Capítulo 15
Capítulo 15


Notas iniciais do capítulo

Oi galera desculpe, eu sei que prometi para ontem o capitulo, mas é que eu tava dodoi e não deu para terminar.
Então aqui está hoje um capitulo quentinho feito com carinho. Peço desculpas ao Team Edward pelo capitulo pequeno, mas sei que vocês vão adorá-los, proximo capitulo. Surpresas hahahaha
boa leitura
muito obrigada pelos comentarios, pelo carinho, amo todos vocês de coração
Robejos



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Estava encima de Stacy socando-a, puxando o cabelo dela, com a maior vontade que pude. Até ouvir alguém arfar.

-- O que está acontecendo aqui? - Me virei para ver a cara de uma Claire chocada.

Bella

-- Bella me explique o que está acontecendo? - Pediu minha tia.

Mas eu nada falei me levantei de cima da vaca loira, e fui para o meu quarto sem dizer uma única palavra.

Tia Claire me seguiu, ela fechou a porta do meu quarto. E ficou me encarando com os braços cruzados. Não consegui identificar sua expressão, ela não estava com raiva, mas parecia que ela não havia gostado nada de ter me encontrado espancando uma das amigas da sua filha.

-- Isabella,  o que está havendo aqui? - Ela suspirou.

-- Stacy estava debochando do meu pai. Tia, olha, eu não ligo pelo fato delas falarem de mim pelas minhas costas, nem de ficarem tirando sarro da minha cara na escola. Mas eu não admito que falem do meu pai, muito menos que o ofendam.

-- Eu sei querida, mas você tem que superar isso. Você se lembra da ultima vez que explodiu assim. Phil por pouco não te violentou e...

-- Então você acha justo? - Eu a interrompi. - Então acha que devo ouvir e ficar calada? Não, eu não vou ficar. E ninguém fala mal do meu pai, muito menos uma lira oxigenada e sem cérebro como a Stacy Roberts, tia. Você conheceu meu pai.

Eu suspirei, nem tinha percebido que estava chorando.

-- Era verdade? O pai da Stacy conheceu Charlie?

-- Sim, eles foram colegas de faculdade. Mas ele não gostava muito do seu pai, acho que, por seu pai ser mais inteligente que ele.

-- Então por isso ele sai falando por ai, que meu pai era frouxo, que nunca viu um caso de câncer pós - corno?

Minha tia colocou a mão na boca e arfou, percebi que ela também chorava. Ela atravessou meu quarto e se sentou na cama ao meu lado.

-- Quem disse isso para você? - Ela perguntou com a voz fraca.

-- A Stacy fez questão de gritar isso na minha cara. Por que acha que eu a ataquei? Mas parecia que ela não sabia muita coisa até Britanny lhe dar algumas informações.

-- Ah, minha nossa. - Ela arfou. - Meu anjo, eu sei que deve ser difícil para você. - Ela me abraçou, e afagou meu cabelo.

Ficamos caladas por um tempo. Eu não me arrependia nem um pingo do que fiz, e faria de novo caso ela repetisse. Mas agora eu sabia que as coisas iam ficar mais difíceis para mim, principalmente na escola. A trupe da loira praticamente mandava na escola inteira. E apesar da minha prima ser a mais popular e chefe das lideres de torcida, só um idiota não percebia que Stacy a manipulava para fazer o que ela queria.

-- Eu  estou disposta a pagar pelo que eu fiz tia. Só não me peça para ficar quieta caso isso venha acontecer de novo. - Pedi.

-- Sabe o que é o pior? - Ela perguntou rindo. - Não da para colocá-la de castigo, você tira toda a graça de ser autoritária. Iria mandar você melhorar as notas, mas suas notas já são as melhores. Proibir-te de sair de casa, ir a festas, sem chance você não sai mesmo. A não ser que... - Ela colocou a mão no queixo pensativa.

Ela se levantou e andou até o meu closet, remexeu por um tempo e pegou algo que eu não vi. Depois voltou e colocou algo em cima da cama. Eu me virei e pude ver o que era: minha roupa de balé, eu não sabia o que ela queria com isso, mas mesmo assim fiquei apreensiva.

-- Bom já que eu não vou poder te castigar com as penalidades normais... - Ela me olhou divertida. - Você vai ter que participar do recital do balé.

-- O que? - Eu arfei. - Tia, isso não vale. Olha eu faço tudo, tudo mesmo, lavo louça e as roupas, arrumo a casa, lavo até seu carro se quiser, mas menos isso, por favor.

-- Nada disso. Você já arruma a casa, lava a louça, faz comida e as roupas eu tenho desconto na lavanderia. É minha palavra final Isabella você vai participar do recital do balé, e vou acompanhar seus ensaios.

Ela me deu um beijo na testa e saiu. Ah, que maravilha porque eu não poderia ter um castigo normal como qualquer outra adolescente?

Porque você não é uma adolescente normal Isabella. Pensei.

Eu não queria participar de recital nenhum, na verdade eu não levava o balé a serio. Só tinha entrado porque o medico havia dito aos meus pais que o balé ajudaria a me dar equilíbrio, o que não aconteceu porque eu era um caso perdido mesmo. E apesar de estar sempre querendo desistir, não pude devido a promessa que fiz a papai.

Poderia ser pior, ela poderia ter exigido que você entrasse para as lideres de torcida, ou que você se tornasse uma consumista como sua prima e as amigas dela. Eca.

Realmente isso não era tão ruim, poderia ser pior. Talvez que não pague mico já que segundo todos, eu dançava bem. No dia seguinte minha tia iria falar com a instrutora.

Fui dormir tarde. Fiquei me martirizando e pensando em formas de torcer o pé ou quebrar a perna, já que no meu caso não era impossível era a coisa mais fácil do mundo.

Aposto que Stacy iria adorar colocar o pé na minha frente na escola, para me ver cair e se vingar da surra. Quem sabe eu não teria sorte amanhã.

Acordei tarde no outro dia, o que me impediu de prepara o café da manhã. Cheguei na cozinha minha tia já estava tomando café com minha prima.

-- Bom dia, Bella adormecida. - Disse minha tia sorrindo. - Desculpe por não ter te acordado, mas achei que hoje você iria querer uma folga da cozinha pelo menos de manhã.

Britanny olhou para a mãe incrédula. Era visível que estava aborrecida por eu passar impune depois de ter espancado a amiga dela.

Ficamos em silencio enquanto tomamos café. Depois minha tia deu um beijo em cada uma e saiu feliz para o trabalho. Ela estava muito anima esta manhã.

Fui para o meu quarto me arrumar ignorando os olhares raivosos de Britanny. Acho que ela temia que Stacy colocasse todos contra ela, ou que nunca mais quisesse freqüentar a casa. Ou simplesmente ela poderia estar ofendida por eu ter espancado sua nova melhor amiga. Sinceramente eu não estava nenhuma pouco preocupada.

Entramos no ônibus e eu como sempre me sentei no fundo e fiquei lendo um livro qualquer só para ocupar minha mente. Eu ainda estava tentando não pensar o que eu faria no fim da tarde.

Enquanto caminha do meu armário até a sala de aula percebi alguns olhares estranhos para mim. Stacy já deveria ter espalhado para a escola toda. Do que será que me chamariam dessa vez?

Depois das três primeiras aulas, eu fui em direção a biblioteca. Andando pelo corredor pude ver o grupinho das oxigenadas paradas cochichando com os garotos do time. Eu não tinha visto o rosto de Stacy depois da noite anterior, então me assustei quando vi um roxo enorme em seu olho esquerdo, o lábio um pouco cortado e o nariz inchado. Nossa eu não sabia que tinha tanta força.

--... ela é uma delinqüente. Olha que ela fez no meu rosto. Como vou aparecer na competição assim. - Pude ouvi-la se queixando enquanto passava.

Eu tive muita vontade de fazer como aquelas garotas más dos filmes e gargalhar bem alto só para vê-la tremendo de medo. Mas eu não era disso. Na verdade eu nem sequer discutia com as pessoas, não sei  o que havia dado em mim ultimamente. Primeiro enfrento Phil, depois Chad Cooper e Stacy Roberts  na frente de todo mundo, e algum tempo depois eu arrebento a cara da mesma.

Bem como eu não era de tripudiar eu fui em silencio para a biblioteca, na esperança de que ninguém me visse, para me perguntar alguma coisa. Em vão, logo percebi alguém atrás de mim. Kevin Douglas e ele não estava com a cara muito boa.

-- Como vai Swan? - Ele perguntou.

Era impressão minha ou tinha um toque de ironia ali?

-- Bem, obrigada. -  Respondi friamente.

-- Espero que bem melhor que o rosto da Stacy. - Eu o olhei desconfiada.  - Qual é o seu problema garota? - Ele perguntou com raiva. - Sim porque você é problemática para atacar uma pessoa sem ter te feito absolutamente nada.

Eu o olhei incrédula. Ah, então a vaca loira disse que bati nela sem motivo nenhum?

-- Foi isso  o que ela te disse? - Perguntei debochada. - É incrível como Stacy Roberts consegue ser tão mentirosa. O mais incrível ainda, é que tem gente que ainda acredita nela, e que a deixa manipulá-las.

-- Mas por que você a atacou daquele jeito? Você ainda não respondeu.

-- Eu não tenho que te responder nada. Sabe, eu acho que quem tem problemas aqui são vocês. E eu não sei quem é pior... Ah, me deixa em paz.

Eu me virei e fui para a biblioteca, não queria ficar ali, muito menos olhar para aquelas pessoas. Admirava-me muito Kevin ter acreditado nela, ele parecia ser tão inteligente. Queria saber que tipo de chantagem ela usou com Britanny e as outras garotas para sustentarem a versão dela. Eu estava cansada daquele lugar.

Fiquei o intervalo inteiro na biblioteca, depois fui para as minhas outras aulas. Fui a ultima a sair da sala na ultima aula. Depois fui direto para o balé.

Ensaiei por um tempo junto com todas as outras e quase no final a coreografa pediu para dar os nomes de quem participaria do recital. Eu ia enrolar até o final da aula e depois dizer que havia esquecido, mas para minha tristeza tia Claire chegou com um sorriso de orelha a orelha.

Ela chamou a Srta. Fly nossa coreografa que ficou mais que feliz quando minha tia deu meu nome para participar do recital. Já que segundo ela eu tinha futuro no balé. Então nas próximas semanas ela escolheria o papel de cada um, de acordo com o nosso desempenho e depois era ensaios e mais ensaios. E eu não teria tempo para mais nada. Até gostei eu não fazia nada mesmo a não ser estudar. E como eu já tinha adiantado a maioria dos meus trabalhos não sairia no prejuízo com minhas notas.

Como apresentaríamos a peça no feriado de Ação de Graças, teríamos muito tempo para ensaiar, mas como a Srta Fly queria tudo perfeito começamos os ensaios imediatamente.

Iríamos apresentar a peça “ O Jardim Secreto”, a historia de um menino e uma menina que encontravam um jardim onde vivia criaturas mágicas, mas esse jardim estava sendo ameaçado por forças malignas. O papel principal ficou com uma menina chamada Jade e o par dela seria um garoto magricela chamado Daniel. Outros seriam os duendes, magos, bruxos e fadas, como eu era uma das menores e tinha me saído bem nos ensaios eu seria a fada que guiava os casal para o jardim.

Então meus meses foram de correria total, eu nem tive tempo de pensar em nada até mesmo havia esquecido meu aniversário de 15 anos no dia 13 de setembro. Só me toquei quando minha tia me deu meu presente, que foi uma roupinha de fada e uma sapatilha nova de balé. Ela também me deu um documento assinado por ela, onde falava que eu já tinha maturidade suficiente para cuidar do meu dinheiro.

Nesse momento estavam em casa com minha prima a trupe das loiras palhaças. O engraçado é como elas se esqueceram de que me ignoravam nesse momento, o mais engraçado ainda foi a rapidez que elas se lembraram disso depois da minha resposta.

-- Aqui está Bella, acho que você já é bem crescidinha para administrar seu dinheiro, mas use sabiamente. - Disse minha tia me entregando um cartão de credito e um talão de cheque.

-- Minha nossa Bells, você vai poder comprar o que quiser. Acho que você é a primeira da nossa turma a ter o próprio cartão de credito e cheques. Quando vai estreá-los? - Disse minha prima super feliz, assim como suas amigas estavam com os olhinhos brilhantes.

Eu a olhei incrédula. O que? Elas não estão nem olhando como se eu tivesse fedendo como sempre faziam. Olhei para minha tia e ela deu de ombros como quem diz “ O dinheiro é seu faça o que quiser.”

Então estava na hora de mostrar para minha prima e sua trupe, que eu não era dessas menininhas que elas ignoravam, e só falava quando tinha alguma coisa que as interessassem.

-- Bom eu vou continuar guardando. Eu sei que faltam mais alguns anos, mas eu quero está bem preparada na hora de entrar na universidade, caso eu não consiga bolsa, mas mesmo assim ainda tem alojamento e os materiais, creio que daqui há dois anos eu vou ter o suficiente. Certo tia?

-- Claro  o que você quiser querida. Você fez uma escolha sabia. - Ela disse me abraçando, enquanto minha prima e as outras garotas me olhavam incrédulas como se eu tivesse algum problema mental.

Depois desse episodio elas voltaram a me ignorar.

Graças ao meu “castigo”, eu não tinha muito tempo, mas eu nunca fazia nada além de estudar os ensaios extras do balé não me atrapalharam, afinal de contas eu já estava bem adiantada nas matérias. Tão adiantada que  o professor de história tomou um susto quando eu lhe entreguei o trabalho que ele havia pedido para o fim do semestre quase dois mesmo antes. Assim como todos os outros professores. Pelo menos eles ficaram felizes.

Estava na aula de historia e o Sr. Arnold o professor de história estava entregando os trabalhos da 1º Guerra com as notas.

-- Gente, eu preciso falar, que estou decepcionado, com muita gente. - Ele disse triste. - Não com todos, mas uma grande parte, tivemos notas boas como 6 e 7 tivemos, até um 10 só um. Mas a maioria não foi tão bem assim.

“ Era um trabalho tão simples só ler um texto e fazer um resumo. Mas o que mais me deixou triste foi a quantidade de cópia. Simplesmente copiaram o texto da internet e colaram, assim como fizeram com livros e acharam que eu não ia perceber, o mais engraçado é que alguns trabalhos estavam exatamente iguais só mudavam as letras, parecia que todo mundo teve o mesmo pensamento. Mas para minha felicidade, nem tudo está perdido tivemos um trabalho muito bom, tão bom que vou usá-lo como referencia em minhas aulas.”

Ele suspirou e foi chamando os nomes e entregando conforme a pessoa ia levantando a mão.

-- Sr. Douglas ? - Ele chamou. - O Sr. foi muito bem, se tivesse aprofundando melhor seu ponto de vista teria sido um 8 ou 9, mas meu parabéns sua nota é 7,5. - E entregou o trabalho para Kevin. - Isabella Swan? - Eu levantei a mão. - Meu pequeno prodígio, seu trabalho foi muito bem nota 10 bem elaborado e o que é mais importante não é copia, você soube colocar bem sua opinião eu diria que é digno de um nível acadêmico, não me admira que sua nota tenha sido 10, meus parabéns. Hã... Posso ficar com ele?

-- Claro. - Disse, senti meu rosto esquentar com a sala toda olhando para minha cara, aposto que estava vermelha com um pimentão.

Depois das aulas fui para o banheiro, ia dar uma relaxada de biblioteca já que, tinha conseguido entregar todos os meus trabalhos e lições de casa. Estava quase saindo do boxe quando algumas lideres de torcida entrando no banheiro, percebi que era minha prima e suas amigas e mais algumas garotas. Tranquei-me de novo no boxe. Era incrível como eu tendia a me encontrar com elas, quanto mais eu me esquivava. Elas estavam conversando sobre algo.

-- Ai gente, eu preciso tirar uma nota boa, no próximo semestre. Não quero ser reprovada. - Disse minha prima, arrasada.

-- Ah, nem me fale já pensou. A Stacy repetiu e foi demitida do posto de líder de torcida. Isso não pode acontecer com você Brity. Você é mais legal que ela.

-- Eu sei Karen, mas minha própria mãe me disse que se eu não melhorar minhas notas ela mesma vai falar com a diretora para me tirar das lideres. E não ajuda nada tendo a Bella que faz trabalho de níveis acadêmicos e tirando 10 em todas as matérias. - A voz dela estava amargurada.

-- Tai Brity. Você podia pedir para sua prima nerd, nos dar aulas particulares. - Disse uma menina que não reconheci a voz.

-- Seria uma boa idéia, se eu não tivesse parado de falar com ela, nem alimentado a versão da Stacy quando a Bella bateu nela. E você acha que não já tentei, mas minha mãe disse que a Bella está muito atolada, agora com os ensaios de balé, os trabalhos e as notas.

-- Eu não sei como ela consegue, ela faz um monte de cursos, tem ensaios extras por causa do balé e ainda consegue terminar todos os trabalhos antes de todo mundo e tirar 10. - Questionou Milly.

-- Fácil minha cara Camilla. Ela não tem vida social como nós. Ela não é popular nem ao menos tem amigos, então só resta a ela estudar.

-- Mas ela seria nossa única salvação. Tipo quando eu falava com a Bella, ela me ajudava nas matérias, e ela ensina super bem de uma forma que a gente entende sabe, não do jeito chato e monótono como os professores.

-- Tá, eu vou tentar falar com ela hoje, depois das aulas. Me desejem sorte. - Disse minha prima, e depois elas saíram.

Ah, então era assim, elas me chutavam feito um cão sarnento agora só porque estavam quase se ferrando nas aulas procurariam minha ajuda? Eu não era muito de vingança, mas eu não ia me sujeitar a isso eu tinha amor próprio.

A semana se passou e eu percebia que minha prima e as outras meninas queriam puxar conversa comigo, até mesmo Stacy. Era incrível como a Srta sebosa conseguia ser falsa.

Agora faltam 3 dias para o recital, e para meu horror minha tia havia convidado algumas pessoas do trabalho dela, Britanny e suas amigas ( aposto como elas estavam doida para ir só para me ver caindo do palco, ou pagando algum mico), até tio Arty.

Eu estava em casa esperando minha tia chegar, ela iria me acompanhar - como todos os dias - para os últimos ensaios, quando Britanny chega com a trupe e a loira sebosa. Estava lendo um livro quando elas pararam na minha frente. Tentei ignorar, mas aquele bando de loiras me olhando estava me deixando desconfortável. Baixei um pouco o livro e ergui os olhos.

-- Bells... Sabe... É. - Ela estava mesmo gaguejando?. - Bom, sei que ultimamente não estamos sendo nenhum pouco educadas com você. - Eu ergui a sobrancelha.  - Então, gostaríamos de te pedir desculpas e saber se você poderia nos ajudar nas matérias.

-- É  Bella, você me ajudou bastante ano passado, e eu sei quanto você é inteligente, você poderia nos ajudar. - Disse Beck num tom de voz apelativo.

Eu não respondi, minha tia respondeu por mim, eu nem havia percebido que ela havia chegado e estava na porta olhando tudo.

-- Sinto muito meninas, mas a Bells não vai poder. Vocês sabem, ela está tendo ensaios extras e ainda tem que ter tempo para fazer os próprios trabalhos dela. - Ela piscou para mim. - Bella amor, estamos atrasadas já está pronta?

-- Já sim, só estava te esperando. - Respondi colocando a mochila nas costas. - Desculpe mesmo meninas, mas eu não estou com muito tempo então tchau.

Passei os últimos três dias que antecederam o espetáculo ensaiando, e ensaiando. Eu não agüentava mais. Não via a hora de acabar logo com isso. Felizmente o feriado chegou e com ele, o dia do recital.

Eu não estava nervosa, muito pelo contrario estava aliviada. Quando desci para o café da manhã tive uma surpresa a sala estava lotada. Lá se encontravam minha tia, minha prima, um homem de pele castanho avermelhada em uma cadeira de rodas, um rapaz com a pele do mesmo tom, de cabelos lisos e compridos. Um homem que tirando o bigode e o cabelo curto eu diria que era meu pai, sim era tio Arty irmão gêmeo de papai, ao lado dele estavam uma mulher com a mesma pele castanho avermelhada e lindos cabelos longos, uma garota com os mesmos traços indígenas, ela parecia entediada e um outro garoto que era perceptivelmente uma mistura entre os dois povos.

-- Nossa estrela acordou. - Disse minha tia alegremente. Ela pegou na minha mão e me levou ao centro da sala.

-- Minha nossa ela está tão linda, tão crescida. - Disse tio Arty.

-- Sim, muito linda, e ela se parece tanto com Charlie. - Sorriu o homem na cadeira de rodas, e pegou minha mão. - Oi Bella eu sou Billy Black, era um grande amigo de seu pai.

-- Eu lembro, papai sempre me falava de você. É um prazer vê-lo ou revê-lo... - Eu disse tímida, arrancando risadas de todos.

-- Esse é meu filho Jacob, vocês costumavam brincar. Você, ele e Brity.

-- Oi. - Acenei para o garoto de cabelos compridos. Ele era até bonito.

-- Bells. - Tio Arty pegou minha mão. - Não sei se vai lembrar, mas essa é Sue minha esposa. - A mulher apertou minha mão. - Essa é Leah filha do primeiro casamento dela. E esse é o Seth nosso filho.

Cumprimentei todos e ficamos conversando por um tempo. Fiquei meio desconfortável, pois não gostava de ser o centro das atenções, mas como se tratava de amigas e familiares não me queixei não podia negar a eles minha presença. Já que minha adorável mãe havia negado por muito tempo. E eu gostei de conversar com eles. Eles me falaram sobre a cidade deles Forks e La Push uma reserva indígena perto de Forks onde Billy e seu filho morava, conversei com todos principalmente com Jacob e Seth, eles eram uma graça. Leah também era legal, mas ela estava preocupada por que havia deixado o namorado em casa. Quem não estava gostando nada era minha prima. Ela odiava quando alguém que não era ela virava o centro das atenções.

Depois de um café da manhã e um almoço, cheio de conversas risadas e piadas chegou a tão esperada hora. Britanny tinha ligado para as amigas e elas iriam se encontrar lá. Eu fui no carro com meu tio a esposa e os filhos, tia Claire ia com Jake o pai dele e minha prima.

Chegamos lá bem antes do combinado me despedi de todos, e eles me desejaram boa sorte. Minha tia me acompanhou até o camarim.

-- Nervosa, meu bem? - Ela me perguntou. Pegando em minhas mãos e colocando a mão na minha testa.

-- Não mais aliviada, que vai acabar logo.

Ela entrou comigo, pois todas as garotas que estavam lá, tinham a mãe como companhia. Minha tia me ajudou a me arrumar, fez minha maquiagem e meu cabelo. Quando estava na hora de entrar no palco ela me deu um beijo no rosto e me desejou boa sorte.

As luzes se apagaram, e todos da arquibancada fizeram silencio. O casal entrou em cena e logo em seguida eu entrei, já que eu os levaria até o jardim. Não foi difícil lembrar-me da coreografia muito menos dançar. Como sempre dizia eu dançava melhor do que andava. Para minha surpresa eu adorei estar ali, não por causa do publico mas porque eu me identifiquei com a dança, era se eu tivesse nascido para isso. E para minha grande felicidade acabou rápido. Quando fomos agradecer ao publico pude perceber minha tia, Sue e mais algumas pessoas secando os olhos, Seth e Jake batiam palmas e assobiavam, até as loiras sem cérebros estavam aplaudindo, mais surpresas do que felizes, mas estavam aplaudindo.

Depois que sai do palco fui recebida pela minha tia e o restante da família fui aplaudida, elogiada e abraçada por todos. Depois fomos para casa, para o jantar de Ação de Graças, que para minha tristeza tinha a presença de Stacy Roberts, Chad Cooper, agora namorado de minha prima, Kevin Douglas, que estava namorando com Stacy, mais algumas outras pessoas do time de futebol e das lideres de torcida.

Foi um jantar bem agradável graças a Jacob e Seth que ficavam fazendo piadas e me faziam rir. Depois do jantar subi para o quarto e peguei o violão e desci para a sala.

-- Não acredito! Charlie te deu o Xodó? - Perguntou tio Arty.

-- Sim, um pouco antes de morrer.

-- Então toque alguma coisa para nós Bells. - Pediu minha tia.

-- Vou tocar uma musica que Charlie adorava.

Sentei no sofá e os outros fizeram uma roda em volta, alguns sentados no tapete outros em pufes, eu comecei a tocar a musica Emotions no violão. Percebendo que musica era, minha tia e meu tio se aproximaram e cantaram comigo assim que comecei. Tinha me esquecido, que a família toda tinha o dom do canto, quer dizer tirando minha prima.

Yeah, Yeah, Yeah
Yeah, Yeah, Yeah, Yeah, Yeah
Ooh yeah,

Verse 1
It's over and done, but the heartache lives on inside
And who is the one you're clinging to, instead of me tonight?

Bridge
And where are you now?
Now that I need you
Tears on my pillow
Wherever you go
I'll cry me a river
That leads to your ocean
You'll never see me fall apart

Chorus
In the words of a broken heart
It's just emotions taking me over
Caught up in sorrow, lost in a song
But if you don't come back, come home to me darling
Don't you know there's nobody left in this world to hold me tight
Don't you know there's nobody left in this world to kiss goodnight

Goodnight
Goodnight

Verse 2
I'm there at your side,
I'm part of all the things you are
But you've got a part of someone else
You gotta go find your shining star

Repeat bridge
Repeat chorus

Good night

Repeat bridge
In the words of a broken heart
It's just emotions, taking me over
caught up in sorrow, lost in the song
(Don't you know I'm lost without you baby?)
But if you don't come back, come home to me darling
Nobody left in this world to hold on the time
(Nobody, nobody to hold me)
Nobody left in this world to kiss goodnight
(Nobody to kiss me, yeah)

Goodnight
Goodnight

( N.A. normalmente eu não faço isso, deixo pela imaginação do leitor, mas é que amo essa musica.)

               

Edward

Estava no meu quaro arrumando algumas coisas. Às vezes acho que Emmett está certo tenho mania de arrumação, estou tão paranóico quando Esme por limpeza.

Para minha alegria, era feria de Ação de Graças, eu não agüentavam mais a escola, na verdade não era bem a escola, eu não agüentava era os pensamentos dos alunos. Juro que ainda explodiria e arrancaria a cabeça de Mike Newton se ele insultasse a mim ou meus irmãos mais uma vez. E aqueles amiguinhos lambe botas dele Eric Yorkie e o idiota do Tyler Crowley. Eles consideravam Mike um heroi, fala serio qualquer idiota joga melhor do que ele. Eles adoravam quando Mike falava mal da minha familia arrancando risadas daqueles dois idiotas.

Isso não era o pior. Sim porque tinha algo pior. A ruiva Katie Marshall não parava de me seguir me convidando para festas e bailes da escola. Assim como Jessica Stanley, e agora as duas têm uma especie de richa e ficam disputando quem vai me convidar primeiro. Apoiadas pela falsa Lauren Mallorey que cujo o plano é que eu me canse das duas e fique com ela. Eu juro que se eu pudesse eu vomitaria.

No meio daquele covil as unicas pessoas que eu gosto de pois os pensamentos são aparte de mim e minha familia são Angela Weber e Ben Chaney. Ele nunca pensava muito na minha familia e achava ridiculo a postura de Newton e seu secto, assim como Angela, ela sempre tinha pensamentos gentis sobre nossa familia, e sentia pena porque eramos sempre tão isolados. Eu não podia explicar para ela que nos isolavamos para a segurança deles.

Então eu estava feliz porque não tive que ir a escola, e ao mesmo tempo entediado. Esse era o lado ruim de morar com três casais. Esme e Carlisle haviam ido ao teatro. Emmett e Rose, prefiro não comentar. Alice e Japer tinham ido caçar juntos, disseram que logo voltariam.

Coloquei uma musica para relaxar, adorava Debussy e Claire de Lune era uma das minhas favoritas. Deitei no meu sofá tentei relaxar, só tentei porque nesse momento ouço um pensamento alvoroçado.

“ EDWARD, EDWARD TENHO ALGO PARA VOCÊ” - Gritou a baixinha em pensamento.

Venha logo Ed, antes que minha esposa tenha um AVC, e você vai gostar” - Pensou um Jasper feliz.

Agora eu estava curioso, levantei do sofá e quando ia dar o primeiro passo, eles já estavam no meu quarto.

-- Nossa deve ser importante mesmo, não me esperaram descer.

-- É sim, olha. - Alice me estendeu um envelope.

Eu abri o envelope e percebi que tinha fotos dentro, eu as olhei e arfei para minha completa surpresa as fotos eram de Bella. Minha Bella. Ela estava linda em uma roupa de fada e sapatilhas de balé. Eu nem sabia que ela dançava balé. Mas o mais importante é que era ela a minha Bella, minha menininha que eu tanto amo. Eu nunca mais consegui ligar para ela. Acho que a tia dela deveria ter trocado o número de telefone. Tinha varias fotos dela. Tinha foto dela dançando dela agradecendo. E uma que foi tirada enquanto ela fazia uma coreografia dava para ver seu rosto perfeito certinho. Estava tão surpreso que não consegui falar nada.

-- Nós fomos até a Califórnia, Alice queria fazer algumas compras. Então vimos os cartazes dessa peça e era beneficente então compramos as entradas para assistir. - Explicou Jazz.

-- Fomos assistir e quando vimos o nome dos participantes lá estava o nome dela. Eu lembrei do nome já que você mencionou uma vez, e ela era a perfeita descrição que você nos deu. Então Jazz teve a idéia de tirar as fotos para você. Tome fizemos isso. - Alice me entregou a mesma foto que eu gostei só que maior.

-- Pensamos em fazer um pôster com ela. O que acha? - Perguntou Jazz.

Eu não respondi, eu os puxei para um abraço sufocante. Eu não poderia ter irmãos melhores.

-- Vocês são os melhores irmãos do mundo. Eu simplesmente adorei. Obrigado, nem tenho como agradecer.

-- Tudo para te ver feliz. - Disse Alice sorrindo.

Ficamos um tempo conversando enquanto eu olhava as fotos. Alice e Jasper haviam feito um vídeo também para minha alegria e iriam mandar fazer um DVD para mim. Eles me contaram como foi o espetáculo e como ela estava maravilhosa dançando. Jasper assim como Alice a achou linda, e disse-me que valia a pena lutar por ela. Os dois me ajudariam no que fosse possível. Agora eu me sentia mais animado.

Ouvi pessoas entrando em casa no andar baixo e ouvi Rosálie gritar de alegria e Carlisle cumprimentar alguém, eu estava tão feliz por ter noticias de Bella que nem me dei ao trabalho de ver quem era até Alice arfar e tirar as fotos da minha mão. Jasper as escondeu no casaco.

-- Alice o que... - eu ia perguntar o que ela achava que estava fazendo, mas ela me interrompeu.

-- Tanya. Se ela visse as fotos ela iria rasgar. - Eu enrijeci. Ela não faria isso.

-- Como assim? - Perguntei, mas nesse momento minhas duvidas foram tiradas, olhei para porta do meu quarto e vi seus cachos loiros arruivados.

-- Olá Alice, Jasper. - Ela olhou para mim e sorriu. - Ed, estava com saudades.

Ah não, era só o que me faltava. Tanya Denalli aqui em Forks.


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