Doce Sangue. escrita por Briella Kushina


Capítulo 9
A história de Castiel.




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Os dias foram se passando e Lysandre estava cada vez mais próximo de Milah.Até que um dia Milah chega toda animada no meu quarto .
–Gente,já que hoje é sexta e vai estreiar um filme nos cinemas que eu e o Lysandre estávamos querendo muito assistir, ele me chamou para ir com ele...vocês querem ir comigo?Eu acho que com certeza vou faz alguma besteira lá por causa do nervosismo.
–Eu não,para ficar segurando vela?-Disse Carolyn.
–Acho melhor não Milah,ele ficaria chateado se ele te chamasse para sair e você aparecesse com alguem.Sem falar que a pessoa que fosse como vocês ficaria completamente Forever Alone.-Digo tentando a encorajar a ir sozinha.
–É...talvez vocês tenham razão.-Disse ele assustada.
Milah estava visivelmente nervosa para ir ao encontro com o Lysandre,me pergunto se o Castiel irá com eles?Acho que não,seria muito estranho se ele fosse.Carolyn arruma algumas coisa na sua bolça para poder ir para casa já que o final de semana podemos ficar com a nossa família e hoje é sexta novamente.
–Anna não vai arrumar suas coisas não?Ou não vai levar nada?-Disse ela já erguendo sua bolça para sair.
–Não Carolyn,eu acho que esse fim de semana vou ficar aqui no colégio.
–Pra que?vamos caçar amanhã,para obter forças para essa semana.Você vai ficar faminta.-Disse ela puxando uma das minhas mochila e colocando sobre a cama para que eu arrumasse logo e fosse com ela.
–Não me sinto com sede. E você sabe que eu me controlo muito bem.-Vou em sua direção,pego minha mochila e guardo no armário.
–Muito estranho isso,mas se é o que quer...Xau até segunda.-Ela me puxa para um abraço.
–Xau.
Quando a noite chegou, eu fui em direção a velha casinha que ficava atrás do prédio onde fica o dormitório feminino, escondida em meio as árvores eu encontro alguns brinquedos de praça como escorregas, balanços e gangorra.Estava bem empoeirados, velhos e enferrujados, porem firmes.Me sentei no meu brinquedo favorito de quando eu era pequena e ia a praça brinca com os vizinhos,o balanço.Eu me lembro de ficar olhando os meus pés por enquanto que eu me balançava,e me sentir voando.O local estava silencioso o único som que se ouvia era o ranger do metal do balanço.A visão vista de longe poderia ser bem triste,uma menina solitária se balançando sozinha em um quase fim de tarde nublado em meio a uma ventania com folhas secas.Uma cena perfeita para um filme de drama.Ouso passos atrás de mim,mas não me viro para olhar,continuo pensando na minha infância feliz,até que alguem segura as correntes do balanço atrás de mim a fazendo parar.
–Se divertindo?-Era Castiel.
–Não muito.-Olho para os brinquedos pensativa.-seria divertido se esses brinquedos não me lembrasse de quando eu era pequena e vinha brincar na praça com meus vizinhos.
–É muito triste quando lembramos das nossas vidas como humanos.Eu não me lembro de muita coisa,pelo o que ouvi, com o tempo eu vou me esquecendo cada vez mais até que um dia eu não lembrarei de nada.-Ele se senta no balanço ao meu lado.
–Você tem sorte,sua vida pode ter acabado,mas você agora, vive no paraiso,ajuda as pessoas,tem poderes celestiais, e o principal pode se esquecer da vida feliz de humano que teve,ao contrario de mim que só posso viver se eu matar pessoas,tenho poderes paranormais,minha morte foi inútil eu nem pude ajudar os meus pais e eu "viverei" a eternidade lembrando que minha vida humana foi maravilhosa.Não posso me passar por uma garota normal,porque eu não sou normal,tenho a pele gelada e pálida como de um cadaver,tenho que fazer as pessoas ficarem longe de mim...-Abro um sorriso.-Eu sempre tive cabelos longos e eu me lembro que em todas as festas familiares minhas primas brigavam para fazer tranças no meu cabelho,quando eu era pequena eu era meio gordinha,todos adoravam me abraçara e mexer comigo...agora a ultima pessoa que encostou em mim foi o Lysandre quando eu esqueci e o conheci, e até ele estranhou minhas mãos frias e sem vida.
–Sinto muito.-Ele baixou a cabeça triste.
–Eu nunca lhe perguntei como você morreu não é?Desculpa.-Olho para ele.
–Bem...como foi a minha ultima lembrança eu me lembro nitidamente. Eu estava no banco com o meu pai,quando uns dois assaltantes entraram e fizeram todos de lá reféns, e pediram para que todos se deitassem no chão.Meu pai sempre foi muito corajoso e quando ele ouviu um deles falando que uma das armas estava sem balas e a outra tinha só três e que os policias estavam do lado de fora e eles com certeza seriam presos,ele começou a provoca-los.
Flashback CastielOnn.
Pai:-Ei!Eu ouvi vocês falando que só tem 3 balas e se vocês ainda não perceberam aqui há mais de três pessoas.Com certeza alguem sobreviverá e vocês já eram.
Bandido1-Cala a boca,se não quiser levar um tiro.-Eles pareciam nervosos.
Castiel:-Pai fica quieto.
Pai:-Lá fora está cheio de policias e não a chance alguma de vocês fugirem.
Castiel:-Pai não faz isso.
Bandido2:-Cala a boca,você não percebeu que não temos nada a perder?Nós sabemos que seremos preso por fazer reféns,mas se você não calar a boca eu também serei prezo por matar você tiozinho.-Ele andava de um lado para o outro.
Castiel:-Pai fica frio vamos sair daqui de qualquer jeito então é só esperarmos calados.
Pai:-Não filho eu não vou ser refém de uns moleques que nem se certificaram se as armas tinham balas suficientes para isso.
Bandido2:-Agora chega.-Ele apontou a arma para o meu pai,eu me joguei na frente dele.
Castiel:-Não faça isso,não posso deixar você matar o meu pai nem ninguem aqui.
Bandido2:-Ok.-Ele atirou três vezes me atingindo no peito.
FlashbackCastieloff.
Ele abriu alguns botões de sua camisa mostrando duas marcas no centro do peito e um na direção do coração.
–Então você morreu como um heroi.Não só salvou seu pai,mas salvou os outros que estavam lá.Você foi verdadeiramente um heroi.-Digo me levantando e depois toco em suas marcas.Sua pele se arrepiou com o toque dos meus dedos gelados.-Me desculpa.-Começei a recolher as mão até que ele a segurou e se levantou.
–Eu não me importo com a temperatura da sua pele.-Ele sorrir e pois minha mão de volta em suas marcas.Eu a puxo para me soltar e depois abaixou minha cabeça me virando para voltar para o balanço.
–Mas eu me importo.-Continuo com a cabeça baixa.
–Você errou quando disse que a ultima pessoa que lhe tocou foi o Lysandre,por que a ultima pessoa que tocou você fui eu no baile a abraçando.-Ele novamente me abraçou,eu normalmente o afastaria,mas seus braços me envolveram.e eu não me importei nem por um segundo.-Eu me virei para o agradecer porem quando o olhei ele estava com seu rosto a alguns centímetros do meu.Pude ver seus olhos cinzentos me olhado e aos poucos começarem a se aproximar de mim, até que nos beijamos e eu perdi a noção do tempo.Quando eu finalmente cai em mim e percebi que eu estava beijando um anjo,me afastei rapidamente quando percebi o que eu acabará de fazer.
–Não!não podemos fazer isso.
–A...An.Anna...me desculpe...eu...-Eu o interrompi.
–Isso não pode retornar a acontecer.Eu não posso ser a causa de um anjo ser banido do céu.-Comecei a me afastar dele.
–Anna espera,não vá.-Disse ele indo atrás de mim,tive que usar minha velocidade para ficar distante dele.
Entrei em meu quarto,até ele entra pela minha janela.Ficamos sérios nos encarando por um tempo.
–Não se preocupe Anna,nada me acontecerá.Pelo o que eu sei isso já aconteceu antes,um anjo se apaixonar por uma humana e nada acontecer a eles.-Ele começou a se aproximar.
–É...mas um anjo beijar uma vampira é bem diferente.
–É interessante você se preocupar comigo e não com você.-Ele sorri.
–Estou condenada ao inferno...se é que vampiros vão para lá,mas não quero levar ninguém comigo, não seria justo.-Me afasto um pouco pensativa. Ele abaixa a cabeça.-Até me arrependo de ter gostado de você quando eu cheguei.-Digo ao invés de só ter pensado isso.Ele levanta o rosto ao me escutar.
–Você gostou de mim desde que chegou?Ou seja,você gosta de mim?-Ele sorrir porém eu não sei se é um sorriso irônico,sarcastico ou satisfeito.
–Como chegou aqui tão rápido?-Mudo de ideia.
–Bem...para subir pela sua janela que fica no 4°andar eu tive que...voar.-Disse ele fitando a janela.-não costumo fazer muito isso mas...
–Hum...isso explica as penas no chão.-Digo olhando o chão.-Agora vá.
–Se é o que quer.-Ele se vira de cara amarrada e salta pela janela.
–Não!-Ele já havia pulado.-Desse jeito.


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Notas finais do capítulo

Eu confesso que eu estava ansiosa para postar esse episódio.
:3