Pov Austin

Eu e Kira tinhamos preparado uma parte do trabalho complicado. Não era a toa que ele valia a nota toda do semestre.

Acabamos conversando muito. Como sempre fizemos, Kira é uma ótima amiga.

Cheguei em casa e decidi ir atrás da Ally, provavelmente naquele horário Elliot já tinha ido embora. Ela não estava no quarto, e eu fui até o andar de baixo. Mas que surpresa foi a minha ao encontrar o Elliot sem camisa na sala da casa da minha namorada. Rapidamente o sangue subiu e a raiva me apossou.

Ela deixou o copo cair e ele percebeu a minha presença. Olhei por alguns segundos para ela e me virei, saindo dali a passos rápidos e raivosos. Sorte eu ainda ter alto controle para isso.

POV Ally

Ele simplesmente deu as costas e saiu. Me desesperei.

Sai correndo e no caminho esbarrei em Elliot por descuido.

–Austin! Amor espera! -Eu gritei subindo as escadas.

Quando finalmente o alcancei ele já estava quase saindo do meu quarto. -AUSTIN PARA! Eu... Eu posso explicar.

–O que? O motivo pra aquele idiota estar sem camisa NA SUA SALA? Não me diga que ele está com calor? -Ele ironizou totalmente irritado e eu me aproximei.

–Foi um acidente, eu derrubei o suco nele sem querer, e acho que ele tirou a camisa para se secar. -Ele respirou mais calmamente, mas ainda estava com raiva. -Eu fui buscar um pano, e outro copo. Foi um acidente Amor. -Ele me olhou e bufou, lembrei que eu tinha deixado Elliot sozinho na sala. -Ai meu Deus, Austin eu preciso voltar, eu o deixei sozinho. -ele se virou e bufou frustrado. -Meu amor. Eu já volto, vou terminar por hoje. Só, fique aqui e me espere. -Ele assentiu e eu corri pra baixo. Na porta Elliot já devidamente vestido falava com meu pai.

–Não eu insisto, -Elliot sorriu nervoso e negou com a cabeça. -Você salvou minha filha, isso é o mínino que eu posso fazer, por favor, fique para jantar. -Arregalei os olhos. - Ah Ally querida, acredita que ele estava indo embora sem nem se despedir? -Elliot mal olhou pra mim. -Ele vai ficar para jantar, será uma honra.

–Obrigada Senhor. -Ele disse e por um segundo seu olhar pousou no meu. Meu pai o carregou pra dentro, e eu disfarçadamente subi as escadas. Austin estava sentado na cama.

–Austin. -Eu o chamei fechando a porta e ele me olhou.

–Ele já foi? -Perguntou.

–Ele vai ficar para jantar. -Sua feição ficou mais irritada ainda.

–Você o convidou?! -Ele perguntou incrédulo.

–Claro que não! -Eu bravejei baixo- Meu pai chegou na hora que ele estava saindo, e o convidou. Ele disse que é uma forma de agradecer por tudo que ele fez. -Austin bufou.

–Então agora ele é o queridinho dele? Que ótimo. -Ele falou.

–Austin... Eu... - Ele me interrompeu.

–Vá curtir o jantar, seu pai deve estar te procurando. -Falou e saiu do quarto.

–Mas que droga! -Gritei saindo do meu quarto e descendo.

–Ally onde você estava? -Meu pai perguntou, minha mãe já tinha chegado e só ela percebeu minha frustração.

–Fui lavar o rosto, estava suada. -Falei e ele sorriu e logo voltou a conversar com Elliot na sala.

–Ally querida, vamos para a cozinha. - Ela chamou e eu a segui, mas antes limpei os cacos de vidros.

–O que tá acontecendo? O que ele tá fazendo aqui?! -Ela perguntou sussurrando tão nervosa quanto eu.

–Um trabalho mãe. Um maldito trabalho que ele é minha dupla. Ele veio fazer, eu derrubei suco nele, fui buscar um pano e quando voltei ele estava sem camisa na sala. E o pior Austin o viu sem a porcaria da camisa. -Ela fez um som assustado tapando a boca.

–E aí?! Fala! -Passei as mãos no cabelo.

–Eu corri atrás dele, expliquei tudo e quando lembrei do Elliot sozinho aqui embaixo, eu desci e pedi pra ele me esperar. Só que o papai o convidou pra jantar mãe, que droga! -Ela suspirou.

–Você contou ao Austin? -Eu assenti.

–Ele disse que Elliot era o preferido dele, e que eu deveria descer pois o papai devia estar me procurando.

–Sinto muito filha. Mas vamos logo, quando mais cedo terminar, melhor. -Eu assenti e nós começamos a cozinhar.

Meia hora depois o jantar estava pronto. Elliot tratava meus pais muito bem, mas foram poucas as vezes que ele me dirigiu a palavra. E eu não tinha me tocado o porquê.

"-Austin! Amor espera! -Eu gritei subindo as escadas."

Amor. Era isso. Ele tinha me ouvido chamar Austin de amor.

Mas que se dane, nesse momento eu só quero subir e ir atrás do meu namorado.

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–Muito obrigada Senhor e senhora Dawson, a comida estava maravilhosa, mas eu tenho que ir. -Meu pai sorriu.

–Não precisa de tanta formalidade rapaz, assim eu me sinto mais velho do que realmente sou. -Elliot sorriu e se levantou. -Foi um prazer, saiba que pode contar comigo para o que precisar. Ally vai levá-lo até a porta. -Bufei internamente.

Minha mãe o abraçou e ele apertou a mão do meu pai. E logo saiu, eu o segui. Fechei a porta e estávamos na varanda.

–Até mais. -Falou sem nem virar. Eu o chamei.

–Elliot me desculpe por hoje. -Ele parou e virou me encarando sério.

–Quem deve pedir desculpas sou eu, não queria atrapalhar seus planos ficando pra jantar, mas seu pai insistiu. Me desculpe. -E foi embora no mesmo instante. Me virei e entrei.

Meus pais conversavam.

–Boa noite. -Falei e meu pai me chamou.

–Já vai? Mas ainda é cedo... -Ele disse.

–Pai hoje o dia foi cheio, estou muito cansada. -Ele assentiu sorrindo. Me aproximei dos dois e beijei o rosto de cada um. Minha mãe sorriu e me mandou um olhar encorajador e eu subi rapidamente. Austin estava deitado, dormindo. Precisava de um banho, então tomei uma ducha rápida e vesti meu pijama: Um shortinho preto e uma camiseta preta. Calcei minhas sandálias, prendi o cabelo num coque frouxo e segui para o quarto do Loiro.

–Austin? -Eu chamei, ele se mexeu um pouco e abriu os olhos, ao me ver, sorriu minimamente. -Ele já foi, meu pai o convidou para jantar, como agradecimento.

–Eu sei disso. -Ele disse. -Ally eu não quero falar mais sobre isso. Eu entendi, tudo bem. -Ele disse isso, mas eu sabia que não era a verdade. Suspirei e me levantei.

–OK, eu só precisava ver como você estava. Boa noite. -Beijei sua bochecha e voltei ao meu quarto, arrasada por dentro. Apaguei a luz e me deitei. Mas aí nem tinha percebido quando braços quentes e fortes me puxaram para trás me colando totalmente ao seu corpo.

Austin encaixou sua cabeça na curva do meu pescoço, e ao mesmo tempo que me apertava, ele me beijou minha nuca. O sorriso de felicidade brotou em meu rosto.

–Boa noite. -Falou com a voz rouca, e logo em seguida, adormecemos.

POV Austin

Dias se passaram desde o acontecido. Enquanto Ally não tinha mais marcado com o Elliot, por conta do projeto, eu fui alguns dias para a casa de Kira.

Eu mal a vejo. Na verdade só a noite. O projeto com as crianças está tomando seu tempo, e quando ela chega está muito cansada, e acaba dormindo. Confesso que estou com pena do tamanho esforço que ela está fazendo, mas ela gosta do que faz, então eu fico feliz.

Nesses dias eu não vi Elliot. O que me fez ficar mais tranquilo.

Recebi uma mensagem de Piper.

"Austin, eu preciso falar com você. Preciso conversar."

Fiquei confuso e respondi.

"Estou indo aí."

–Kira, eu preciso ir. Já está tarde. -Ela assentiu.

–Tudo bem, está mesmo. Não esqueça de preparar as imagens do capítulo 2.

–Não vou esquecer sua abusada. Até depois.-Ela estirou a língua e eu ri caminhando para fora.

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Cheguei em casa, guardei os livros e voltei batendo na porta da casa de Ally. Piper atendeu.

Nos sentamos e ela me olhou com vergonha.

–Não sei como eu vou te dizer isso. -Ela disse e sorriu tímida.

–Que tal com a boca, sabe, a gente usa ela pra falar... -Eu falei fazendo-a rir.

–Palhaço, é sério. -Eu franzi o cenho.

–Então fala.

–Austin... Eu... -Ela suspirou -Eu estou apaixonada...

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POV Ally

Eu estava saindo da escola, mais um dia de aula para as crianças. Confesso que apesar de ser muito cansativo, é gratificante, com certeza foi uma das melhores coisas que me aconteceram.

–ALLY! ALLY! ESPERE! - Dona Clarissa me chamava.

–Ah olá, algum problema? -Perguntei.

–Não, eu tenho ótimas notícias. Eu tenho muita influência na faculdade de música de New York. Ally, eles te amaram. Seu boletim, seu projeto, seus dons. Eles te amam, e me disseram que ficariam muito felizes em ver você lá ano que vem. -Paralisei.

–C-como?! Isso é s-sério? ai meu Deus Clarissa! Isso é incrível! -Eu comecei a gritar animada e ela ria.

–Fico muito feliz por você querida. Bem, eu preciso voltar. Até depois.

Comecei a dar pulinhos e fui pra casa. No caminho recebi uma mensagem de Elliot.

"Precisamos continuar o trabalho, já fiz uma parte sozinho, mas preciso da sua opinião sobre muitas coisas. Tem tempo? "

Eu respondi.

"Claro, amanhã a tarde. Pode ser?"

"Estarei aí as 14. Até." Ele respondeu e eu entrei em casa.

Na sala, Austin e Piper assistiam juntos e riam descontroladamente.

Que estranho, desde aquele dia eu não tinha mais os vistos juntos. São tão próximos assim, e eu nunca percebi?