The way back to you - EM HIATUS INDETERMINADO escrita por allurye


Capítulo 4
Chapter IV — The pact




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Stefan

Voltei para o apartamento, estava inquieto demais para continuar ali. Com aquela música alta e pessoas dançando freneticamente, com garotas se insinuando para mim. Em outro momento, aquilo me distrairia. Dispersaria minha mente como sempre ou, pelo menos, eu pensava que funcionava. Mas quando relógio marcou meia noite, quando olhei para o visor de meu celular quebrado e não constava nenhuma ligação.

Constatei que não era isso que me mantinha no controle… Era ela. Escutar o som de sua voz todas as noites, escutá-la divagar sobre o seu dia, escutá-la implorar que ele volta-se. Mas hoje o que mais temia aconteceu, o dia em que ela desistiu de mim.

Abri o frigobar em busca de sangue, bebi em questão de segundos e os joguei longe. Ainda não tinha saciado minha sede, sentia uma aflição crescer dentro de mim. Não conseguia desviar meus pensamentos dela. De imaginar o que tinha acontecido com ela, para depois de três anos ela deixar de me ligar.

Sai pra varanda olhando para o céu sem nenhuma estrela. Era sempre aquele breu, o céu sempre cinzento. Quase todos os dias chovia naquele maldito lugar, sempre vivia com as roupas encharcadas. Estava agradecido de estar morto e não sentir frio ou adoecer. Mas aquele lugar e aquela vida estava começando a me deixar doente de alguma forma.

Começava a me fazer perder o pouco de sanidade que Caroline mantinha com aquelas mensagens. E agora sem elas me sentia perdido, verifiquei mais uma vez o celular na esperança dela apenas estar atrasada, mas nada. Ela não ligaria aquela noite, talvez nunca mais volta-se a ligar. Ele não podia odiá-la ou guardar qualquer tipo de mágoa, afinal o que eu esperava depois de deixá-la para trás abandonando-a quando ela mais precisava dele.

Colocando seu sofrimento em primeiro lugar sendo egoísta e covarde por não ter força ou coragem para permanecer naquela cidade desconhecida. Falhei em cumprir minha promessa, falhei em ser o melhor amigo que ela merecia, Caroline não tinha motivo algum para perdoá-lo ou ligar para ele, não depois de tudo.

Ter deixado a culpa me consumir, Elena foi a grande responsável por isso. No começo apoiamos um ao outro, estávamos determinados à trazer Damon e Bonnie de volta. Nos focamos nisso esquecendo do resto. Mas um ano tinha se passado e nenhuma bruxa ou livros ou credo obtinha a resposta que ansiávamos. A esperança acabou, junto com ela nossos sorrisos tolos de otimismo que quase sempre era liderado por Caroline, sempre nós impulsionando a não desistir.

Sem a esperança ao nosso lado, restou apenas culpa. Elena culpava-me lá no fundo, Caroline dizia que não, mas eu a conhecia bem, conhecia aquele olhar. Ela desejava que fosse eu ao invés dele. Ela desejava que Damon nunca tivesse se arriscado e dado sua vida para me trazer de volta. Comecei a desejar o mesmo, minha vida perdeu todo sentido, me afundei na culpa novamente me autoflagelando por ainda estar vido, pela minha incompetência. Mesmo que o motivo pelo qual eu tenha morrido, jamais me arrependeria.

Salvar Caroline era a única coisa em minha mente, mesmo fraco e não tendo chances algumas contra meu oponente, meu senso de autopreservação desapareceu vendo o pânico estampado no rosto de Caroline em ter que atacar seu ex namorado possuído por um viajante. Eu não excitei nem por um segundo, protegê-la era a única coisa em que pensava. Suspirei sentindo a saudade dele esmagando-me, a lembrança de seu choro desesperado olhando meu corpo sem vida no chão

Olhei para uma garota no meio da rua. E se meu coração bate-se provavelmente ele saltaria naquele momento. Estreitei os olhos tentando entender se era mesmo quem eu pensava. Se parecia com ela, mas não tinha certeza. Ela estava encostada no poste olhando fixamente para mim. Ela começou a andar e saltei da janela do apartamento para segui-la. Olhei para os lados, pensado tê-la perdido de vista, mas escutei seus passos mas a frente.

Novamente ela parecia ter sumido me encostei em poste tentando raciocinar direito. Não poderia ser ela, como ela saberia a onde eu estava. Tenho certeza que ele nunca diria a ela onde eu estava. Fechei olhos tentando controlar minha mente e aquela aparente loucura que me dominava. Quando escutei nitidamente alguém me chamar, quando olhei para o lado lá estava ela correndo em direção ao o cemitério. O problema era que era um dos cemitérios mais grades que já tinha visto. Pulei a grade já que estava trancado, agora ainda mais ansioso pelo fato dela ter passado tão rápido por ali. Tinha que ser ela, ela estava me entrando justamente para lá.

Duas estátuas de anjos estavam postas a frente, mas podia jurar que elas não estavam ali na última vez que estivera ali. Entrei na cripta em silêncio, estava escura e vazia. Estava me virando para ir quando alguém colocou as mão em meus olhos. Sua mãos eram macias e geladas, me virei sorrindo.

Surpresa arregalei os olhos e recuei, não era Caroline. Era uma garota de fato muito parecida, mas não era ela.

Quem e você?

Não se lembra de mim ela inquiriu com voz esganiçada ela colocou os braços em volta de meu pescoço e lutei para afastá-la de mim

Não! Eu não faço ideia de quem é você.

Ela ficou seria e trincou os dentes, ela olhou para baixo e maneou a cabeça

Eu vou ajudá-lo a se lembrar de mim – ela começou a murmurar coisas inaudíveis mas, logo começou a gritar por socorro, implorar para que eu não a machuca-se.

Não… eu não…

Sim você sim, você me matou ela riu e me abraçou Mas você me salvou, me transformou… Agora eu sou sua companheira. Empurrei a garota aturdido

Não! Eu não fiz isso – ela riu afirmando com a cabeça

Fez sim, você queria uma companheira pra eternidade, agora você tem uma… Eu! Ela voltou a me abraçar, fiquei sem reação escutando a garota rir bobamente.

Aquilo não podia ser verdade, eu não tinha matado ninguém. Eu me alimentava sim, mas sempre as curava depois… Afastei de mim pegando seus ombros

Há quanto tempo, desde quando esta…

Morta ela completou Alguns dias.

Então você se alimentou?

Aham ela afirmou sorrindo

De quem? ela mordeu os lábios olhando para o chão. Sacudi a garota violentamente e seus olhos se estreitaram Responde!

Minha tia ela murmurou soltei ela chocado, mas ela sorriu puxando meu braço, ela tomou meu rosto entre as mão Oh não fique assim, ela era uma vadia, me detestava. Fiz um bem pra todo mundo.

Corri para fora da cripta me sentindo tonto. Eu tinha acabado de transformar uma garota, eu nem ao menos me lembrava disso.

Caroline

Ajudei Emma a fechar tudo, pelo visto ficaria fechado por um dia depois de seu banheiro virar de um crime. Não conseguia deixar de lembrar do rosto da garota. Do que Matt insinuara, que as duas eram parecidas comigo. Justamente comigo, quando exatamente eu me tornei o centro de problemas? Eu estava mais do que acostumada a ser Elena o centro de azar, eu não tinha o menor remorso de querer que continua-se assim.

Mas tudo parecia ter mudado desde que fomos expulsos de Mystic Falls. Eu tinha me tornado a garota indecisa com futuro, mas ao contrário de Elena eu não tinha nenhum Salvatore aposto pra me salvar. E agora tinha um possível maniaco obcecado por mim. O que não conseguia entender era o porquê não vir diretamente a mim, por que não me atacar? Mesmo sendo ele maniaco, eu tinha certeza que poderia dar conta.

Estava na calçada de casa, quando olhei pra o quarto de Jeremy e notei as luzes acesas, duas sombras passaram pela janela, revirei os olhos constato que Cody dormiria ali e pela manhã desfilaria com camisa de Jeremy constrangendo eu e pobre Alaric que dormia no quarto ao lado. Estava abrindo a porta quando olhei pra o lado e encontrei Enzo sentando no balanço com braços cruzados

Que está fazendo aqui?

Te esperando – ele disse como se fosse a coisa mais obvia e normal do mundo.

Por que?

Porque eu soube do aconteceu no seu trabalho, belo jeito de começar zombou sorrindo. Entrei e estava fechando a porta sem lhe dar ouvidos, mas ele colocou o pé me impedindo de fechá-la Não vai me convidar a entrar?

Deixa eu pensar… Não! tentei fechar novamente mas ele empurrou entrando. Foi diretamente para a cozinha, como se fosse de casa. Joguei minha bolsa no sofá e o segui, ele estendeu uma bolsa pra mim Vai embora Enzo, vai pra sua casa.

Não acho que posso chamá-la assim, de casa. É uma pensão imunda Caroline. Deveria ter sido uma boa garota e me aceitado aqui

Isso aqui não é uma pensão é uma casa provisoria aliais, minha mãe a comprou…

Idai que é provisoria, o Alaric mora aqui…

Alaric é o Alaric…

Está dizendo que ele é melhor que eu? afirmei veemente, ele trincou os dentes

Olha Enzo, eu não tenho nada contra você, sério nada mesmo. Mas você…

Eu não sou tão bom quanto ele, quer dizer eu sirvo pra te distrair de ouvir tagarelar horas a fio sobre ele sobre a sua vida confusa. Sobre a sua missão em encontrar algo para fazer e blá, blá, blá.

Ele bateu a mão na mesa, me assustando eu recuei por algum motivo e ele veio até mim furioso fui recuando enquanto pude mas fiquei presa entre ele e a geladeira. Ele tomou meu rosto nas mãos, fechou os olhos se aproximando mas roçando o nariz no meu

Enzo me solta gritei mas ele negou com a cabeça, não entendi o porque mas senti um calafrio estranho. Não de excitação pela proximidade. O empurrei mas ele segurou meus braços

Enzo me solta agora! Ele riu parecendo se divertir com meu nervosismo

Solta ela! Jeremy gritou Enzo sorriu olhando pra trás se afastou fazendo um gesto de rendição. Quase corri quando ele se afastou

Okay, não precisar se armar todo, nos só estávamos conversando

Vai embora daqui! gritei ele sorriu e apertou meu queixo antes de sair

Fui até ele o empurrando porta fora, ele parecia se divertir ainda mais

Sonhe comigo Caroline ele gritou do lado de fora. Tranquei a porta mesmo sabendo que isso não o impediria de entrar se quisesse. Me encostei na porta fechando os olhos.

Por que convidou aquele idiota?

Eu não convidei ele Jeremy, ele entrou

Sei?!

Eu não convidei ele, ele estava na varanda me esperando.

Ele faz muito isso não acha?

Isso o que?

Você me entendeu, ficando sempre a espreita te esperando.

E isso por acaso é culpa minha?

Não claro que não, e minha ele retrucou irônico Você provoca ele Caroline

Eu o que?

Você tem superaudição não tem ele inquiriu retoricamente Acho que você me escutou e muito bem.

Ele subiu logo em seguida ignorando meus protestos fui até a porta de seu quarto mas ele fechou na minha cara. Grui em irritação e fui para meu quarto joguei meus sapatos longe e me deitei irritada. Eu não provoca Enzo, ele que insistia naquilo…

Afundei meu rosto no travesseiro, e me lembrei de algo que não tinha feito aquela noite. Disquei o número, mas não liguei. Mesmo sendo um idiota, Enzo tinha certa razão. Stefan não se lembrava de mim, tinha me esquecido. Eu também deveria fazer o mesmo.

Damon

Escutei barulhos em volta, parecia com pássaros, mas não me dei ao trabalho de abrir meus olhos. Devia ser minha imaginação, sabia que quando abrisse os olhos e me virasse Bonnie estaria sentada ao meu lado, olhando para o nada. Tudo estaria do mesmo jeito, eu estaria naquele mesmo maldito lugar. E em seguida ela começaria seu monologo sobre mudança interior. Quando tentei abrir os olhos, minha cabeça doeu com a claridade, coloquei o braço cobrindo meus olhos levei um chute na costela me despertando instantaneamente.

Acha que ele está morto?

Obvio que não, ele está se mexendo.

Para mim parece morto outro chute, dessa vez consegui segurar o pé a tempo. Mas levei outro na costela do lado direito

Larga ela, larga ela!

Abri os olhos e me deparei com duas crianças uma gritava apavorada e outra tentava puxá-la para longe. Soltei seu pé estreitando os olhos, olhando em volta. O que parecia ser uma praça. O garoto que se parecia muito com menina me chutou de novo.

Dá parar me levantei meio cambaleando a garota recuou alguns passos

Nolan, ele e um zumbi?

Claro que não!

Onde estou?

No park

Park?

Sim Park aquele lugar verde cheio de árvores, bancos e velinhas A menina explicou impaciente Dá onde você é?

Que cidade é essa? E Mystic Falls

Mystic o que?

Mystic.... Que cidade e essa?

— Druid Hills

Mas como diabo, eu vim parar aqui? olhei em volta

Ué com as pernas — zombou o garoto De onde você veio?

De um lugar chamado, não te interessa, onde e saída disso?

Fica pra....

Emily ele puxou a menina Deixa ele se virar.

O garoto saiu puxando a garota, mas antes de sumir de vista ela apontou para o outro lado. Eu não tinha a menor ideia de como havia parado ali, não sabia onde Bonnie tinha se metido. Ele seguiu na direção em que a garota tinha apontado. Mas não tinha saída alguma.

E agora já estava ficando faminto, agradeci por aqueles dois pirralhos terem sumido de vista. Por que, com certeza, não me controlaria por mais tempo. Me sentei perto de uma árvore, me sentindo fraco e faminto. Fechei os olhos por um momento e escutei alguém me chamando

Damon abri os olhos lentamente, eu reconheceria aquela voz em qualquer lugar era Elena. Ela estava vindo em minha direção sorrindo. Não consegui me mover ou esboçar reação, estava paralisado piscando repetidas vezes tentando descobrir se algum tipo de alucinação.

Elena?

Você voltou, voltou para mim…

Ela ficou parada do outro lado, eu me levantei e quase corri em sua direção. Mesmo sentindo um misto de emoções dentre elas uma raiva estranha, que me tomava a cada passo. Ela veio até mim sorrindo me abraçando e chorando. Não consegui abraçá-la de imediato, mas quando o fiz ela o choro se transformou em lágrimas a girei no ar correspondendo seu beijo.

Esquecendo qualquer tipo de raiva ou receio. Quando nos afastamos tomei seu rosto nas mãos olhando atentamente para seu rosto, queria guardar cada detalhe do seu rosto. Ela fechou os olhos encostando a testa com a minha. E quando olhei pra ela de novo me afastei bruscamente, não era ela.

Damon ela murmurou tentando me puxar

Quem é você?

Já se esqueceu da minha irma tão fácil? quando me virei um rapaz estava atrás de mim com braços dados com outra garota

Elena… Onde ela está?

Ela está bem próxima de você, mas ainda me deve algo Damon ele se aproximou sorrindo Se lembra que fizemos um acordo?

Acordo que tipo de acordo? Do que está falando quem é você?

Nós fizemos um acordo para que você volta-se, não está lembrado disso? A garota com feições que segundos antes era de Elena agora começava a mudar de novo, seu olhos antes castanhos ficando azuis prateados Trés pequenos favores pelo seu desejo.

Eu não me lembro de nada disso! Onde esta a Bonnie?

O rapaz ao lado da outra garota parecia impaciente, ele olhou para ela acenando em minha direção.

Thea sabe o que fazer, seja rápida ordenou ele. De repente ela beijou-me nós lábios recitando algo que não pude compreender, então tudo tornou-se escuro.


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