5 maneiras de aprender escrita por Makino07


Capítulo 5
Maneira #5


Notas iniciais do capítulo

Depois de aaaaaaaaaaanos - ok sem exagero...
Depois de um visível atraso, finalmente venho postar o último capítulo da fic.
Está bem curtinho, mas finalizado. Continuação é só ler Salvadora ^^
Tá tudo bem docinho, docinho. Espero realmente que gostem! |A música que me inspirou foi Go let it out - Oasis (Como sempre o oasis se metendo nos meus últimos capítulos, juro que foi coincidência, não é uma regra rsrs) mas não coloquei os trechos aqui.
Bem pessoal, é isso!! Até a próxima :)



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– "Amor de um homem!Amor de um homem!" Onde é que eu estava com a cabeça?? - Dick andava de uma lado para outro em seu quarto. Pegava sua capa num canto, as botas no outro e mesmo segurando a escova de dentes na boca, ele deixava aquelas palavras escaparem - Eu só tenho 18 anos! Mas o que é isso?

Falar sozinho era um de seus grandes costumes, principalmente em situações que ele não conseguia resolver. A confusão de sentimentos em relação a alien o estava deixando louco, e ele criava coragem para finalmente sair do quarto, tentando aceitar o fato de que proavelmente aqueles olhos verdes cheios de dúvidas o engoliriam. Ele não saberia responder, ele não saberia lidar. Isso o matava. Prodígio. Precoce. Agora, as palavras com a letra P sempre o assustariam. O rapaz que a vida inteira conviveu com a dificuldade de uma cidade corrupta, um mentor sombrio travestido de segredos, vilões psicopatas e inconsequentes, agora estava de joelhos por causa de um "não-beijo" numa ruiva suja de terra.

– Dana-se - ele saiu do quarto com a máscara, não aquela que lhe tampavam os olhos, mas a máscara do cara que estava completamente e despreocupado.

" SE ela vier falar comigo, nós vamos conversar, vou dizer tudo o que eu sei sobre mim mesmo e tudo vai ficar bem", pensou.

Na cozinha, a balbúrdia já havia começado. As panquecas estavam prontas e dezenas de bombons estavam espalhadas pela mesa, o que poderia ser uma comemoração pelo dia dos namorados. Ao chegar no local, Dick já havia identificado a presença de um tom avermelhado na cadeira. Eram as madeixas cor de fogo cuja dona estava visivelmente calada, em meio à confusão "Mutano versus Ravena".

– O que vocês acham da gente ir comer pizza lá no centro hoje - Mutano sugeriu, com a boca cheia de tofu, recebendo assim um olhar de nojo por parte de Ravena.

– Acho que primeiro você deve engolir toda essa porcaria antes de falar - a pálida comentou.

– Nossa, garota!! Você é chata assim mesmo, ou tá fazendo cursinho? - o verde não pôde evitar a pergunta brincalhona que deixou Ravena furiosa. Mas agora estava tudo bem... agora ele não tinha mais medo dela.

– Eu tô dentro - Dick pronunciou animado sentando-se à mesa. Logo percebeu que a ruiva desviava o olhar sempre que ele a olhava. Por um momento se sentiu mal sem saber se deveria ou não se sentir assim. Nada tirava de sua cabeça que ela estava assim por causa dele.

O se passou da forma mais normla possível, era como se nem fosse feriado para os Titãs. Não haviam saído de casa durante toda a tarde. Fizeram treino de combate e detiveram um "vilaozinho" que mais tarde eles conheceriam como Dr. Luz. A noite caíra e com ela veio toda a animação de Mutano, ele adorava sair com os amigos, principalmente pela cidade. Havia tantas coisas para se fazer e se dependesse dele faria todas elas, sem hora pra chegar em casa. Típico adolescente de dezesseis.

"Eu quero de bacon!", "Eu, de calabresa!", "Marguerita, por favor", "Sai uma portuguesa...", "Tem de queijo de soja?". A atendente mal conseguia anotar os pedidos. Os Titãs não entravam em um consenso. Por fim naquela noite houve um pedido de uma pizza extra grande de quatro sabores... e uma média de soja.

– Isso não é justo! - Mutano disse levemente aborrecido.

– Não diz que vai reclamar da carne por favor!! - Ciborg o interrompeu já prevendo o assunto.

– É isso mesmo!! - o verdinho falou de forma com que pessoas nas outras mesas o ouvissem. "Aaarg" foi o que os outros quatro soltaram em conjunto. - Vocês não sabem o benefício pra saúde de vocês que é ser vegetariano.

– Se eu quisesse saúde não teria me tornado uma super heroína - Ravena falou antes de dar uma mordida na sua pizza de marguerita e todos riram.

– Um dia vocês ainda vão me pedir tofu... e eu vou pensar se vou dar a vocês esse prazer, ou não - ele olhou prara cada um de maneira debochada.

A noite se seguiu muito agradável. Mas ao invés de irem embora, Mutano insistiu para que fosse ao parque. Quando ele sugeriu, Robin e Estelar se olharam quase que instantaneamente. Eles haviam falado do parque no dia anterior, haviam falado sobre ir ao parque no dia dos namorados e lá estavam eles. O fato de se entreolharem ao mesmo tempo arrancou um sorriso de ambos, o que tirou um peso enorme daquele clima desconhecido entre os dois. Ao chegarem ao parque, Robin, Ravena e Estelar se sentaram num banco e viam as crianças gritando nos brinquedos como se fosse o último suspiro, e mesmo assim elas pareciam tão felizes. Ciborgue e Mutano foram direto ao "tiro ao alvo", mas depois voltaram correndo.

– Ravena!!! Ravenaa! - gritavam os dois muleques.

– O que foi? - ela perguntava não se preocupando muito com a euforia dos dois, sabia que vinha asneira por aí.

– Você tem que vir nesse brinquedo - Mutano dizia como uma criança que acabara de conhecer o parque.

– É sério Ravena. VocÊ vai adorar - Cib apoiava o amigo.

Eles insistiram tanto que ela acabara indo. Por fim o brinquedo era um daqueles radicais e havia bruxas de vidro voando em vassouras passando bem perto das pessoas. A sutil comparação rendeu uma bela confusão mais tarde, mas o embate era divertido, e havia contribuído para que um assunto pendente se acertasse.

– Você quer dar uma volta? - Robin perguntou tentando cortar o silêncio que já reinava ali, mesmo quando havia a presença de Ravena. Estelar assentiu timidamente.

O parque de Jump City era realmente grande, além dos brinquedos, as pracinhas eram animadas por ali, e até bosques embelezavam o local. Era uma noite agradável e parecia que a lua tinha consciência de que era dia dos namorados, pois estava cheia e brilhante, climatizando os corações enamorados. Mesmo que todas as luzes fossem apagadas, tudo aquilo ainda estaria iluminado, tão azul e constante era aquela luz.

Depois de mais um longo silêncio pelas árores dali, Dick começou:

– Achei que você viria falar comigo... como em todos os outros dias... Está... - ele pigarreou - Está chateada.

– Eu não estou chateada Robin, só... só não consigo entender.

"Então nós dois estamos ferrados, pois nem eu estou conseguindo entender, mas entendo um pouco mais".

– ... mas você Robin, entende um pouco mais - "Ela lê mentes?" ele pensou - mas eu não queria te incomodar com esse assunto, você sempre fica tão... esquisito.

– Eu? - ele arregalou os olhos, brincalhão.

– Sim, você! - ela riu, divertida.

Depois de um tempo olhando para os galhos das árvores, como se eles fossem trazer a resposta, Robin resolveu tentar.

– Estelar... - ele a olhou - Eu não sou muito bom nisso... Em expressar meus sentimentos. Pra mim é muito complicado... e eu não sei o que está acontecendo, mas é esquisito quando nós estamos juntos. Eu não sei o que é, mas sei que é bom - ele sorriu.

– Você também sente isso? - ela perguntou com olhos esperançosos, não estava sozinha. Viu o rapaz assentir.

Havia algo que Robin não podia ensinar a ela, mas ele poderia mostrar, e curiosamente ela também estava mostrando a ele. Ele não poderia dizer "O amor é assim, o amor é assado", nem descreever sensações, mas mesmo sem querer ele despertou tais sensações nela e ali descobriu que ela fazia o mesmo. Era uma bela noite para um novo casal de namorados surgir, mas Robin não fez as honras. Ele ainda tinha medo das relações pessoais e profundas, pois teve muitos exemplos. Ele tinha medo de perdê-la por coisas pequenas como fora com as outras. Ele tinha medo de perder as pessoas, tanto para a morte quanto para as situações da vida.

Estelar não tinha em mente um namoro. Tudo o que ela queria era saber o que sentia, e saber se Robin sentia o mesmo, estava feliz naquela noite. Ele olhou em seus olhos e disse "Eu gosto de você", ela respondeu o mesmo "Eu gosto de você" e agora ela sabia o que de fato aquilo significava. Lentamente ele tomou seus lábios de forma terna sincera e aos poucos ela dava espaço para que ele explorasse sua rosada boca e agora ela sabia o que de fato aquilo significava.

Mais tarde encontraram os outros. Ravena ainda reclamava da brincadeira de Mutano e Ciborgue, e sem pressa alguma iam de volta à Torre. Robin e Estelar não contaram nada do que havia acontecido, mas em suas cabeças e em seus corações estavam explodindo em felicidade. Mesmo num dia de feriado, ambos haviam aprendido alguma coisa.


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