What Happens In Vegas escrita por Alex


Capítulo 7
Rachel Berry




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Blaine continuou a falar sobre a peça de Rachel até o dia da apresentação – que era na sexta-feira da semana seguinte. Kurt já estava até desistindo de ir, mas fazer isso com Blaine seria a mesma coisa que tirar doce de uma criança feliz.

Ele estava muito animado. Havia separado todas as fotos que tinha de Rachel para que a mesma autografasse, fazendo Kurt rir e zombar dele, afinal, ver Rachel Berry não era nada anormal para o mesmo.

Sexta-feira, 8:00 AM

O despertador de Blaine tocou, fazendo o moreno abrir os olhos imediatamente. Aquele seria o melhor dia de sua vida. Ele veria sua ídola pessoalmente, dava para acreditar?

Levantou-se praticamente e um pulo e correu para o quarto de Kurt, que ainda estava dormindo. Sentou na cama do castanho e, sorrindo, cutucou o braço do mesmo.

Kurt acordou rapidamente, com uma carranca já formada em seu rosto.

– Tenho que pegar o hábito de trancar a porta antes de dormir – resmungou. – Bom dia, Blaine. Prefere ser agredido fisicamente ou verbalmente?

– Eu vou ver ela de verdade! Muito obrigado, Kurtie! – o moreno quase berrou.

Kurt girou os olhos, mal-humorado.

– Qual é o seu problema, anão? – exclamou.

– Como ela é? Me diz, como Rachel Berry é?

– Ela é baixinha, fala pra caramba-

– Aposto que ela é muito legal – o moreno interrompeu, fazendo cara feia.

– Você parece uma criança – “e acho isso extremamente fofo” – Quer que eu continue ou não? – assim que Blaine assentiu, continuou: – Como eu dizia, ela é baixinha, fala demais, é ambiciosa, organizada e seu perfume é muito bom.

Blaine se levantou com um sorriso estampado no rosto.

– Vou preparar o café – avisou antes de sair do quarto.

Kurt não entendia o que passava pela cabeça de Blaine. Ele parecia estar “se rendendo”, o que o castanho achava ótimo.

...

– Kurt, não se atrase! – Blaine gritou do lado de fora do banheiro.

Kurt abriu a porta, claramente irritado.

– Blaine, escute. Nós vamos sair para almoçar agora, pare de pensar na Rach e na droga da peça.

– Mas se você se atrasar agora vai atrapalhar todo o nosso roteiro! – Blaine disse, tentando ignorar o fato de que Kurt estava todo molhado e com apenas uma toalha enrolada na cintura.

– Não me faça desistir de te levar, pequeno – ameaçou, tornando a fechar a porta.

– Como se você fosse o cara mais alto do mundo – o moreno resmungou.

Minutos depois Kurt saiu do banheiro completamente arrumado, seus cabelos formavam um topete perfeito e suas calças justas davam a Blaine uma ótima visão – Kurt fazia questão de rebolar quando passava na frente do outro.

– Vamos? Já estou com fome – Blaine reclamou, desviando o olhar da bunda de Kurt.

– Não enche – Kurt revirou os olhos.

– Shh, apenas caminhe.

Os dois desceram as escadas silenciosamente depois de verem uma placa mal feita dizendo que o elevador estava estragado.

– Com o aluguel que pagamos daria para consertar essa merda – o mais velho exclamou, sua respiração forte por ter descido tantos degraus.

– Sedentário – Blaine ignorou o olhar do porteiro sobre si. – Esse cara é novo? – perguntou em um sussurro, apontando disfarçadamente.

– Eu- – Kurt parou de falar ao receber um sorriso sacana do homem, que era muito bonito por sinal.

– Kurt – Blaine disse, tirando o mais velho de seus devaneios. – Você não quer perder o dinheiro, quer?

– Não precisa ficar com ciúmes, querido – provocou. – Eu ainda sou um garoto jovem, coisas bonitas devem ser olhadas. E não é como se olhar fosse muito errado.

– É errado quando você é casado – disse, fazendo Kurt revirar os olhos com o argumento. – Agora vamos logo, não temos o dia inteiro.

Ambos pegaram um táxi na frente do prédio e seguiram para um restaurante não muito longe dali. Kurt pagou o motorista, já tentando evitar uma futura discussão.

– Você vem desde quando aqui? – Kurt perguntou, apreciando a escolha de Blaine.

– Essa é a primeira vez que venho. Parece bom, não?

– É, estou gostando.

– Que bom, Kurtie – Blaine sorriu.

– Não, não me chame assim – pediu, fazendo uma careta. – Eu já disse. Não é como se você gostasse de mim ou eu de você.

O sorriso do moreno se desfez e ele olhou para Kurt com um olhar confuso, mas se desculpou mesmo assim.

Os garotos fizeram seus pedidos e comeram em silêncio, apenas trocando palavras na hora em que Kurt perguntou se era errado pedir o número do porteiro, fazendo Blaine revirar os olhos e o ignorar. Por que Kurt estava agindo daquela maneira? Ele geralmente era tão doce e Blaine amava aquilo.

Quando terminaram de comer, Blaine pagou a conta – corando ao receber um “obrigado” de Kurt – então seguiram para o apartamento em outro táxi.

– Kurt, que roupa você vai? – Blaine perguntou, em voz alta por estar em outro cômodo.

Kurt levantou do sofá e foi para o quarto de Blaine, rindo ao ver que praticamente todas as peças do guarda-roupa do moreno estavam em cima da cama.

– Calma, não precisa pirar – disse entre gargalhadas. – Vou com uma roupa não muito formal mas também não muito casual.

– Você me ajuda a escolher? – Blaine questionou com um olhar esperançoso sobre Kurt.

O castanho revirou os olhos antes de balançar a cabeça negativamente, cruzando os braços.

– Você já é bem grandinho para escolher suas próprias roupas, Blaine.

Blaine soltou uma risada abafada, virando-se de costas para Kurt.

– Teria coragem de apresentar um homem mal vestido como seu marido?

Kurt continuava com os braços cruzados, mas agora sorria. Caminhou até a cama de Blaine, sentando em uma parte do colchão que não estivesse ocupada com roupas.

– Deixa eu ver suas roupas, pequeno.

...

A hora de irem ver Rachel finalmente havia chego. Os quatro, vamos dizer, amigos saíram uma hora mais cedo já que iriam passar um tempo com Rachel no camarim.

Pegaram um táxi na frente do prédio onde moravam, Sam foi sentado na frente junto do motorista; já Mercedes, Blaine e Kurt foram atrás.

O motorista avisou que haviam chego, parando o carro na frente do Onyx Theater¹. Sam pagou o homem e todos desceram do veículo, se aproximando da entrada.

Os quatro tiveram que entregar os ingressos e mostrar as identidades para poderem entrar no camarim, já que tinha uma lista de pessoas que podiam ter acesso ao local onde ficava o elenco.

Kurt percebeu que Blaine estava tentando conter seu nervosismo e animação enquanto caminhavam até o camarim.

– Você está bem? – questionou, pegando as mãos frias e trêmulas do moreno.

– E-Estou – Blaine sorriu fraco.

O que Kurt não sabia é que, depois de ter segurado em suas mãos as mãos de Blaine, tinha deixado o garoto ainda mais nervoso.

– Ela é legal – Kurt assegurou, sorrindo.

Andaram em direção à porta com o nome de Rachel. Mercedes bateu algumas vezes na porta, então ouviram alguns passos. Segundos depois, a porta abriu, revelando uma Rachel sorridente.

Kurt achou que Blaine ia desmaiar. O moreno levou as mãos ao peito e começou a respirar de uma maneira estranha.

Entra pelo nariz, sai pela boca.

Blaine instruia a si mesmo mentalmente, paralisado. Ele sempre havia acompanhado a carreira de Rachel desde Fanny Brice, a primeira personagem que a judia interpretou.

– Kurt! – ela gritou, jogando-se nos braços do melhor amigo. – Cedes, senti tanto sua falta – Rachel puxou a negra para um abraço entre os três amigos, sorrindo.

Depois de se separarem, Kurt puxou Blaine pela mão até o moreno ficar mais perto dele.

– Esse é Blaine Anderson. Nós, uhm- Casamos – Kurt sentiu suas bochechas queimarem ao apresentar o “marido” para a amiga.

Uma expressão confusa surgiu no rosto de Rachel, mas logo a garota parecia estar se sentindo profundamente ofendida.

– Como assim casaram?! – Rachel gritou, fazendo os dois garotos corarem.

– Nós devíamos entrar, não acha? – Mercedes sugeriu, empurrando os amigos para dentro do camarim da morena.

Rachel caminhava de um lado para outro, como se não acreditasse no que tinha escutado. Depois de algumas voltas entre os amigos, a diva finalmente parou de caminhar, ficando de frente para Kurt.

– Você casou e não me avisou! – Rachel exclamou, como se fosse o pior crime do mundo. – Kurt, você não estava noivo com aquele... Como era o nome dele mesmo? Tanto faz, odiava ele.

– Adam... – o castanho sussurrou.

– Blaine, amor, obrigada por ter casado com Kurt – Rachel abriu os braços para o moreno, que não pensou duas vezes antes de abraçar sua ídola. – Aquele loiro era um idiota entediante.

– F-Foi um acidente – Blaine disse.

– Achei que você não falasse – Rachel brincou. – Que acidente? Está tudo bem?

Kurt olhou em volta, revirando os olhos ao perceber que Sam e Mercedes haviam sumido.

– Blaine é seu fã caso você não tenha percebido – Kurt cortou Blaine, que estava prestes a falar a verdade.

O moreno corou ainda mais – se é que isso era possível – ao receber um sorriso encantador de Rachel, que o abraçou mais uma vez.

– Obrigada, Blaine, de verdade – a judia sorriu. – Eu até daria um autógrafo, mas não acho que será necessário – ela olhou para Kurt. – Por favor, Kurt, não se atreva a perder contato comigo novamente.

Kurt afirmou, se juntando ao abraço.

...

Blaine, Kurt, Mercedes e Sam estavam sentados nessa ordem em uma das fileiras. A peça começaria em alguns minutos, todos as poltronas estavam ocupadas. Sam e Mercedes estavam cochichando e rindo, o que deixou Blaine e Kurt bastante confusos.

– Obrigado por me trazer aqui, Kurt – Blaine agradeceu, sorrindo. – E obrigado por ter me interrompido aquela hora. Eu achei que nós deveríamos falar a verdade, e-

– Está tudo bem – Kurt colocou sua mão sobre a mão do moreno. – Talvez um dia eu precise contar a verdade, mas não agora.

– Quando?

– Quando os seis meses estiverem acabando e eu estiver feliz.

Blaine sentiu seu coração quebrar um pouco mais. Kurt não estava feliz? Ele sabia que não havia sido a melhor pessoa no último mês, porém estava tentando melhorar.

Afinal, Blaine estava se apaixonando por Kurt.

– Você não está feliz? – o moreno perguntou, incrédulo. – Eu... Eu achei que-

– Não escolhi ter que ficar casado com você por seis meses – Kurt respondeu, olhando para o lado.

Quando Blaine estava prestes a responder Kurt uma campainha soou, avisando que a peça estaria começando agora.

...

Kurt e Blaine entraram no apartamento após se despedirem de Sam e Mercedes. O mais novo logo correu para seu quarto, queria apenas se despir e dormir, estava cansado após aquele longo dia. Kurt, porém, o segurou pelo pulso antes que ele pudesse ir a qualquer lugar.

– O que você pensa que estava fazendo? – Kurt questionou grosseiramente.

– Do que você está fala- Ei, me solte! – Blaine exclamou ao sentir a mão de Kurt segurar seu pulso com mais força.

O castanho obedeceu, cruzando os braços.

– Me explique, Blaine.

...

– Sam, Sam, por favor – Mercedes pediu entre gargalhadas. – Você está fazendo cócegas!

Sam saiu de cima da mulher ao ouvir o pedido, rindo também. O loiro sentou no chão ao lado do sofá onde Mercedes estava deitada.

– Você tem noção do que estamos fazendo? – Sam perguntou, olhando para a garota com quem estava dando uns amassos segundos atrás.

– Sim, eu sei – Mercedes sorriu.

– Eu não quero parar. Quero dizer... Eu gos- quero ficar com você outras vezes.

Mercedes olhou para o amante, ainda sorrindo e pegou sua mão.

– Eu também, Sam. Sabe, eu nunca me senti, uhm- desejada e bonita antes – a negra assumiu, corando.

Sam beijou a mão de Mercedes, sorrindo ainda mais – se é que isso era possível.

– Fico feliz que se sinta assim comigo.

– Mudando de assunto, vamos contar para eles? – Mercedes sentou no sofá, dando espaço para o loiro sentar ao seu lado.

– Blaine e Kurt? – Sam selou seus lábios com os de Mercedes em um beijo rápido. – Talvez. Acho que devíamos esperar um pouco... Quero dizer, nós recém-

– Eu entendi, Sam. Quer dormir comigo hoje?

– Adoraria.

Eles se beijaram por mais alguns minutos antes de trocarem de roupa e irem para o quarto de Cedes.

...

Kurt continuava a pressionar Blaine, que já estava bravo com o outro.

– Sim, Blaine, você ficou me encarando como um adolescente estúpido e apaixonado!

– Eu não fiquei! – Blaine negou em voz alta. – Por que eu ficaria olhando para você, Kurt? Você é ridículo, não deixaria de ver minha diva atuando para ficar encarando você.

Mas a verdade era que Blaine deixou de ver sua diva atuando para ficar encarando Kurt.

– Agora pare de se achar o rei do mundo e me deixe em paz! – Blaine gritou, fechando a porta do seu quarto na cara de Kurt.

Kurt ficou parado na frente da porta, incrédulo. Ele jurava que Blaine estava apaixonado por ele e que iria arrancar a verdade naquele momento, mas só conseguiu arrancar alguns insultos.

– Blaine, você está apaixonado por mim, não está? – Kurt disse, seu corpo colado na porta de madeira. – Vamos, amor, fale a verdade.

– Cale a merda da sua boca e me deixe dormir! – o moreno exclamou de dentro do seu quarto com a voz embargada, torcendo para que Kurt não notasse que ele estava prestes a chorar.

– Me deixe entrar, Blaine. Nós não terminamos de conversar.

– Já passou da meia-noite, vá dormir – Blaine respondeu, já mais calmo. – Temos terapia de manhã, você deve descansar.

Kurt foi para o seu quarto sem falar mais nada. Talvez ele devesse ser menos rude com Blaine, ele percebeu que o garoto estava se esforçando.

Mas ele já tinha um plano em mente.

...


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Notas finais do capítulo

¹bem... um teatro em Vegas :p
espero que gostem :)



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