What Happens In Vegas escrita por Alex


Capítulo 5
Might fall in love


Notas iniciais do capítulo

Me desculpem pela demora, prometo que vou tentar escrever mais rápido.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/530621/chapter/5

...

Kurt e Blaine ficaram um tanto surpresos com a terapeuta. Ela não era nem um pouco do que imaginavam. Aparentava ter menos de 25 anos, usava roupas curtas e era um tanto sarcástica.

– Meu nome é Santana Lopez e temos uma hora para conversar sobre o relacionamento de vocês. Quem começa?

– Meu nome é Blaine Anderson-

– Eu já sei tudo que preciso saber sobre vocês, tudo o que vocês precisam fazer é me contar o que está rolando. Vamos lá, eu guardo segredos.

“Essa mulher é mesmo uma terapeuta?” Pensou Kurt.

– Deve mesmo, é o seu trabalho. – O castanho disse, fazendo a morena bufar.

– Estamos perdendo tempo. – A mulher olhou para o relógio. – Temos 58 minutos.

– Tudo bem. – Blaine respirou fundo e começou: - Eu e Kurt nos conhecemos em um bar em Vegas, e desde a primeira vez em que olhei para os lindos olhos dele, soube que era o amor da minha vida.

Kurt arregalou os olhos. O que diabos Blaine estava fazendo? Aquilo não era verdade, eles não se amavam e nunca iriam se amar. Mas preferiu ficar quieto, provavelmente receberia explicações mais tarde.

– Claro. – Santana digitou no seu notebook. – Continue.

– E Deus, eu amo esse garoto. Quero continuar comendo a comida horrível dele pelo resto da minha vida. Sabe, às vezes nós discutimos, mas depois eu entendo, é muito amor para uma relação só. Ele é lindo, e só de pensar nele me beijando, eu-

– Blaine, querido. Acho que é minha vez de falar. – Kurt interrompeu, colocando a mão na coxa do outro. – Então, eu... Eu gosto de Blaine. Bastante. Realmente gosto dele, mas não entendo porque ele é tão infantil, a ponto de me enlouquecer.

O castanho sentiu uma mão apertando a sua. Olhou para o lado, e viu Blaine fazendo umas expressões faciais estranhas.

“Entendi. Ele quer que eu entre nesse joguinho idiota dele.”

– Mas eu o amo e acho que nada, nem a infantilidade dele, poderia estragar o nosso amor. Às vezes eu penso o quão sortudo eu sou por ter a oportunidade de casar com alguém como Blaine. Como ele disse, eu soube que meu coração pertencia à ele no momento em que nos conhecemos. Foi uma noite interessante.

“- Eu escolho verdade. – Kurt disse tranquilamente, enquanto brincava com a garrafa de vodca que ficava entre eles.

– Uhm... Deixe-me pensar.

– Vamos lá, Blaine. Essa brincadeira já perdeu a graça, você já sabe de tudo sobre minha vida.

– Você transaria comigo? – Blaine perguntou, chamando a atenção do outro.

– Como?

– É. Essa é a minha pergunta.

O mais velho começou a rir.

– Isso seria loucura! Mas... Sim. Quero dizer, talvez. Dependendo da situação.

– Faria isso agora?

– Agora? Tipo... Agora mesmo? – Kurt perguntou, confuso.

Blaine deu uma leve gargalhada, então beijou Kurt. Eles já haviam se beijado, mas não fora um beijo tão... Intenso, talvez. E ambos sabiam que aquele beijo seria o início de uma longa noite.”

– Certo. – Santana deixou seu computador de lado, e olhou para os dois. – Sabe, eu estudei muito para chegar até onde estou.

– Legal. – Blaine disse, e Kurt deu um tapa em seu braço.

– Grande parte desse estudo era para saber a verdade e como lidar com ela. Mas vamos ser sinceros, até uma criança de 6 anos saberia que vocês estão mentindo! Eu estou lidando com a separação de mais 3 casais, e se vocês acham que vão me enganar... –Ela soltou uma gargalhada irônica. – Vocês estão enganados.

Blaine e Kurt se olharam, então voltaram a olhar para a terapeuta, que respirou fundo na tentativa de se acalmar.

– Então... – Disse tranquilamente. – Falem a droga da verdade para mim. Eu sei que vocês não se amam.

– Você é formada? – Kurt perguntou, surpreso pela maneira em que a mulher falava.

– Sim. – Ela apontou para um diploma na parede.

Passaram o resto do tempo que sobrou contando como a relação deles realmente funcionava.

...

Voltaram para casa em silêncio, não queriam nem comentar sobre a tentativa falhada de enganar a terapeuta. Quando chegaram em casa, Kurt foi para o banho, enquanto Blaine fazia o jantar.

– O que você está fazendo de comida? – O castanho perguntou, ao ver o outro sentado com um pote de pipoca na mão.

– Você não estava no banho?

– Bem... Eu acho que um banho de 10 minutos já é o suficiente. Vamos logo, estou com fome.

Blaine alcançou o pote de pipoca para Kurt, que apenas o encarou. Tirou o pote da mão do moreno, e o colocou em cima da mesa.

– Porque você está comendo bobagem antes do jantar? E não, eu não quero pipoca. – O mais velho cruzou os braços ao ver que Blaine estava rindo. – Qual é a graça?

– Eu já disse que não sei cozinhar, tudo bem? Agora coma a janta. – Apontou para o pote.

Kurt revirou os olhos e derrubou toda a “comida” de cima da mesa, deixando o carpete todo sujo. Murmurou um “limpe a sujeira” antes de ir para o seu quarto.

Blaine xingou Kurt algumas – várias – vezes antes de ir pegar o aspirador de pó para limpar toda aquela bagunça que o outro havia causado. Isso era tão injusto! Ele nem havia feito nada, porque tinha de limpar?

Foi aí que pensou em algo. Talvez era assim que Kurt se sentia praticamente o tempo todo, ele nunca fazia nada, apenas deixava toda a bagunça para o outro limpar.

Depois de arrumar tudo, se dirigiu ao quarto do castanho. Bateu algumas vezes na porta, mas não recebeu resposta alguma. Abriu a porta lentamente e viu Kurt deitado com um livro em mãos.

– O que você quer, Blaine? – Perguntou, abaixando o livro para ter uma visão melhor do moreno.

Blaine, porém, apenas andou até a cama e se deitou ao lado de Kurt, que hesitou.

– O que aconteceu? Você está bem? – O castanho fechou o livro e o colocou em sua cabeceira. – Me conte, Blaine.

– Eu sinto muito. – Murmurou.

– De verdade? Você realmente sente muito? – Kurt ficou surpreso por um instante, mas logo lembrou da piada sem graça que Blaine tinha feito.

– Sim, Kurt, eu realmente sinto muito. Acredite em mim.

O mais alto sorriu, então passou seus braços ao redor de Blaine, que suspirou.

– Agora eu entendo porque meus pais me expulsaram de casa. Eu sou tão idiota! – Lamentou-se.

– Shh, está tudo bem. – Beijou o topo da cabeça do outro, e sorriu ao perceber que seus cabelos estavam sem gel.

Ficaram alguns minutos em silêncio, apenas abraçados.

– Como você consegue ser tão legal e implicante ao mesmo tempo? – Perguntou Blaine, fazendo Kurt rir.

– Não concordo com nenhum dos dois. Eu apenas quero te endireitar, você seria um homem muito bom. Mas não é só com você, costumo ser assim todo mundo, desde pequeno.

– Na verdade eu acho você adorável, mesmo sendo chato e tudo mais.

Kurt corou, então virou de costas.

– Vamos dormir, Blaine. Pode colocar seu colchão do lado da minha cama se quiser.

O moreno levantou-se, derrotado. Queria dormir ali com Kurt, talvez virar seu amigo. Queria ter uma convivência agradável com ele. Mas dormir no mesmo quarto já é o suficiente, não?

Pegou alguns cobertores – seu colchão não iria caber no quarto de Kurt, que era ocupado por uma cama de casal – e os colocou no chão, fazendo uma “cama” para ele.

Ficou alguns minutos deitado, apenas pensando. Imaginando como sua vida seria se ele fosse um garoto direito, assim como Kurt mencionara. Talvez ele ainda estaria com seus pais, estudando para alguma prova da faculdade, ou talvez estaria com um namorado de longa data. Assim como seus pais haviam planejado.

Mas tudo tem seu lado bom. Se ele não fosse ele, provavelmente não seria amigo de Sam, e provavelmente não teria conhecido Kurt.

Kurt. Qual era o problema daqueles dois? Não podiam ficar um dia sem brigar? Blaine sorriu ao lembrar de como o rosto de Kurt fica vermelho quando eles brigam. Ele não gostava de Kurt, mas ao mesmo tempo adorava ele.

– Kurt? – Chamou, não recebendo resposta alguma. – Está acordado?

O ambiente continuou em silêncio. Blaine lentamente se levantou, então deitou na cama do castanho, que não se mexeu. É, agora Blaine tinha certeza que ele estava dormindo.

Passou um braço ao redor da cintura de Kurt. Ia levar um xingão quando acordassem.

...

Kurt acordou com um feixe de luz em seu rosto. Quando conseguiu abrir bem os olhos, viu que Blaine estava abraçado nele, dormindo como um anjo.

Não. Kurt não ia deixar Blaine ali.

– Psiu, acorda. – Sussurrou. – Me solte, Blaine.

O moreno abriu os olhos, mas precisou fechar novamente por conta da luz.

– Por que não fechou a janela? – Reclamou, soltando o castanho.

– Porque me esqueci. Por que você não fechou? – Kurt perguntou, indignado.

– Já vai começar o dia reclamando?

– Vou sim, quem te deu permissão de dormir na minha cama? – O castanho se levantou.

– Precisa de permissão? Eu... Eu fiquei com frio. Sou sonâmbulo. – Explicou-se.

– Claro. – Kurt revirou os olhos. – Tenho que ir trabalhar.

O castatanho levantou-se, vestindo apenas uma calça de moletom. Abriu a porta do closet e pegou seu uniforme, então dirigiu-se ao banheiro. Blaine ficou na cama por mais alguns minutos, apenas sentindo o cheiro do travesseiro de Kurt – que era muito bom.

Quando Kurt saiu do banheiro, encarou Blaine como se quisesse fritá-lo com o olhar.

– Você não vai trabalhar? – Perguntou, já sabendo qual seria a resposta.

– Eu não trabalho. Eu canto, as pessoas me dão dinheiro se elas quiserem. E eu vou mais tarde. – O moreno se espreguiçou na cama.

– Quando estivermos com fome e com contas para pagar você vai. – Kurt pegou sua bolsa. – Entendi. Não vou voltar para o almoço.

– Tchau.

Kurt saiu do prédio, deixando o apartamento livre para Blaine. Logo Sam estava lá, deitado no sofá como se fosse dele.

– Cara, vocês precisam se acertar. Não aguento mais ficar ouvindo as histórias dramáticas dos pombinhos.

– Mas Sam... – Blaine deitou-se no carpete. – Não posso me apaixonar por ele.

– Ué. – O loiro lançou um olhar curioso para o amigo. – Vocês serão obrigados a permanecerem juntos pelos próximos seis meses, por que não usa esse tempo para fazer o garoto se apaixonar por você?

– Isso parece história de filme. – Disse, revirando os olhos. – E eu nem tenho certeza que estou gostando dele. Ainda dá para reverter a situação.

– Mas você não disse que-

– Cale a boca, Sam! Eu não quero me apaixonar por ele.

...


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Gostaram? Deixem reviews (: