What Happens In Vegas escrita por Alex


Capítulo 11
Hottest Make Up Sex Ever




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Blaine e Kurt saíram do estabelecimento após o pedido do castanho. Caminharam em silêncio por alguns minutos antes de Kurt começar a falar.

– Eu amo você, Blaine. Por favor, me perdoe e me deixe consertar tudo,eu... – Kurt olhou para Blaine antes de continuar: – Eu prometo que não vou mais machucar você. Sei que já fiz-

Blaine revirou os olhos antes de começar a caminhar de volta ao bar. Kurt o segurou pelo pulso, sentindo lágrimas embaçar sua visão.

– Não vá, por favor, me escute – pediu, ainda segurando o pulso do moreno.

– Não quero ouvir mais nada, Kurt – Blaine sussurrou. – Temos pouco mais que dois meses, quando este tempo acabar, vou sair daquele apartamento e da sua vida. Prometo não incomodar mais.

– Fique. Quero dizer, não no apartamento, aliás, quando o tempo acabar nós vamos arrumar um lugar melhor, mas...

– Nós?

– Não saia da minha vida.

Antes mesmo que Blaine pudesse responder, Kurt havia o puxado, colando seus corpos. Seus rostos estavam tão próximos que era possível sentir a respiração – agora um pouco ofegante – do outro. Mesmo com toda a discussão, foi Blaine quem tomou a iniciativa, selando seus lábios com os de Kurt.

Kurt nem sequer lembrava a sensação de beijar Blaine. Na verdade, agora tudo era diferente. Na primeira vez, ambos estavam bêbados e de coração partido. Não havia nem um pingo de amor, apenas desejo. Depois... Sim, depois havia muitas lágrimas no meio. E agora estava perfeito.

Logo que o beijo começou, eram apenas lábios se tocando, porém, segundos depois, um explorava a boca do outro em sincronia.

YES! – Sam gritou, fazendo os dois pararem de se beijar imediatamente. – Hey, Cedes, achei eles!

– De onde você surgiu, cara?! – Blaine perguntou, controlando a raiva que crescia por ter sido interrompido.

Sam deu de ombros e, quando começou a pensar em algo para responder, Mercedes apareceu sorridente atrás de Kurt. Cutucou o amigo, que se virou e girou os olhos ao ver o sorriso malicioso da garota.

– Podemos ir embora? – Kurt dirigiu-se a Blaine. – Quero falar com você. Em privado dessa vez. Sem interrupções. Só nós dois. Kurt e Blaine. Nós. Dois. Sem cabelos loiros nem garotas de pele negra. Apenas nós.

– Ok, dude, eu entendi! Foi mal. Nós só estávamos procurando vocês. Já pagamos tudo, aliás.

– Preciso buscar minhas coisas. Vem comigo, Kurt? – perguntou, dando ênfase no nome do castanho. – Depois nós podemos ir para casa, sozinhos.

– Eu entendi! – Sam aumentou o tom de voz. – Vamos, Mercedes.

Sam puxou a namorada pela mão, logo atacando um táxi que passava pela rua. Despediram-se dos amigos com um aceno antes de entrarem no veículo.

Kurt tornou a olhar para Blaine, sorrindo fraco. Mesmo com todas as sensações boas que o beijo havia provocado, ele estava morrendo de medo. E se Blaine tivesse o beijado sem ter pensado? Ele iria voltar a ignorá-lo, como se nada tivesse acontecido.

– Vamos – Blaine murmurou.

O caminho de volta para o estabelecimento foi em silêncio, apenas o barulho dos passos. Kurt estava de braços cruzados, encolhido de frio. Não era como se a temperatura estivesse baixa, porém estava prestes a chover e ele havia se esquecido de trazer alguma que fosse o manter quente.

Blaine olhou para Kurt por alguns segundos antes de tirar sua jaqueta e a colocar por cima dos ombros do castanho, ainda caminhando. Kurt sorriu, sussurrando um “obrigado” antes de voltar a encarar o chão.

Quando chegaram ao apartamento, cada um foi para seu quarto. Kurt andava de um lado para o outro, perguntando a si mesmo o que deveria fazer, enquanto Blaine chorava baixinho, encolhido na sua cama.

Blaine sentia-se sufocado. Nunca estivera tão confuso em toda a sua vida... Ainda não sabia se deveria confiar em Kurt. Tudo aquilo com Chandler havia sido uma bobagem e ele tinha visto o quão mal o castanho ficou, mas ainda assim, não sabia se estavam prontos.

Levantou da cama, respirando fundo antes de começar a se despir. Estava apenas com sua boxer preta, procurando por seu pijama, quando Kurt abriu a porta do seu quarto violentamente.

– Blaine, Blaine, Blaine... – Entrou sussurrando o nome do moreno repetidamente. Ficou em silêncio ao ver que este estava quase nu. – E-Eu... Me desculpe – desculpou-se, mesmo não conseguindo tirar os olhos do volume marcado na cueca. Quando conseguiu, percebeu que o par de olhos que o encarava estavam vermelhos. – Blaine, amor, você estava chorando?

Kurt aproximou-se do outro lentamente, tocando seu rosto com a ponta dos dedos. Depositou um beijo na testa de Blaine, onde alguns cachos desajeitados caíam.

– Você não pode entrar sem bater – Blaine murmurou. – Eu estou tão confuso, Kurt. Você é quem me faz confuso. Você, até hoje, foi a primeira pessoa pela qual eu me apaixonei. Só não entendo o motivo de ser você... Tudo bem, você é lindo e tudo mais, mas nós tivemos tantos problemas, não faço ideia do porquê de ser você – sua voz estava tão baixa que Kurt tinha que fazer um esforço para ouvi-la.

– Shh, não precisa mais se preocupar. – ele envolveu Blaine em um abraço. – Nós vamos ficar bem. Se você precisa de um tempo, tudo bem, eu vou te dar o que você quiser. Mas, por favor, não deixe de falar comigo. Me diga como está se sentindo, me diga o que precisa.

– Você sabe exatamente o que eu preciso.

O silêncio se estabeleceu ali por alguns minutos, ambos se encarando e controlando o desejo. Afinal, eles estavam se acertando, não poderiam interromper aquela conversa com um beijo...

Pois bem, foi exatamente isso o que fizeram.

Logo os dois estavam na cama, Blaine sentado com as costas escoradas na parede e Kurt no seu colo, de frente para si. O castanho sorria cada vez que via as manchas vermelhas surgindo na pele branca, resultado das mordidas e chupões que ele estava dando.

– É disso que você precisa? – perguntou, rebolando no colo de Blaine, que soltou um gemido alto.

– Sim, Kurt, por... Por favor, sim.

– Então é isso que você vai ter.

...

Kurt deu um último beijo demorado em Blaine antes de deitar ao lado do mesmo, tirando algumas mechas de cabelo do seu rosto. Segurou a mão do moreno, sorrindo.

– Nunca achei que seria tão fácil aprender a amar alguém.

– O que você quer dizer com isso? – o mais novo virou-se na cama, encarando Kurt.

– Sabe, quando minha mãe faleceu eu tinha apenas oito anos. Eu era uma criança inocente e, quando caiu a ficha, eu fiquei tipo “como vou viver sem a mamãe?”.

Kurt sorriu fraco ao sentir a mão quente de Blaine apertando a sua, tentando ignorar a vontade imensa de chorar. Nunca havia falado sobre isso tão abertamente com ninguém, nem mesmo com seu pai. Na realidade, nem ele mesmo tinha certeza do que estava falando. Sempre fora completamente fechado quando o assunto tratado era a morte de sua mãe e agora ele estava ali, falando sobre como se sentia com Blaine.

– Eu estava completamente perdido, culpava todo mundo, até ela por ter me deixado sozinho na luta diária que minha vida se tornou após sua morte. E... É melhor eu parar de falar. Sério, não quero chorar depois de transar com você e te assustar.

Blaine riu, se aproximando do outro e beijando seus lábios demoradamente. Sorriu, aproximando seus corpos nus ainda mais.

– Não se preocupe, Kurt. Pode falar.

– Eu estava muito confuso e sozinho. Nunca mais havia me sentido assim, nem mesmo após a... Uhm, a morte de Finn. – Ele respirou fundo, apertando os olhos com tanta força que sentiu uma leve dor na cabeça. – E então você chegou e estragou tudo.

Blaine sorriu timidamente, secando uma lágrima que escorreu pela bochecha de Kurt com a ponta dos dedos.

– Meu Deus, Blaine, eu odiava você. É sério, eu tentei ficar bem, mas você era, ou pelo menos tentava ser, um badboy e... Para ser sincero, era extremamente ridículo. Você precisava de atenção. E, quando conseguiu a atenção que precisava, virou uma pessoa extremamente doce que tentava conquistar meu coração de maneiras inusitadas. Foi aí que eu fiquei confuso e perdido, foi quando eu precisei da minha mãezinha, foi quando eu mais senti falta dela. Eu precisava de um abraço materno, de um conselho, precisava que ela conhecesse você e me dissesse se valia a pena ou não.

Kurt corou, sorrindo ao perceber que a mão de Blaine estava entrelaçada com a sua.

– Eu me apaixonei por você e tentei esconder e ignorar meus sentimentos. Eu achei que nunca iria dar certo e que não valeria a pena tentar. Eu achei que se tudo aquilo com Chandler desse certo eu... Tudo iria acabar e eu nunca mais veria você. Toda vez que eu via você me encarando meu coração batia mais rápido, só que eu não queria aquilo, eu não podia me apaixonar, muito menos por você! – Kurt deu alguns socos no bíceps de Blaine conforme aumentava o tom de voz, mais lágrimas caíam.

– Ei, está tudo bem – Blaine abraçou o garoto. – Pare, não precisamos falar sobre isso, O.K.? Pelo menos não agora.

– Eu acho que amo você, Blaine – sussurrou com o rosto enterrado no peito do moreno. – Tudo sempre dá errado... Eu amo e raramente sou amado. Não quero mais amar ninguém.

Blaine acariciava as costas nuas de Kurt enquanto este falava e chorava, abraçado em seu corpo. Depositou um beijo no topo da cabeça do castanho, sentindo lágrimas em seus próprios olhos.

– Não se preocupe. Você já é amado por mim, Kurt. Faz tempo.

...

A chuva caía nas ruas de Vegas, causando um som alto para os moradores da cidade. Kurt, Blaine, Sam e Mercedes jogavam “Imagem e Ação” no apartamento dos garotos, já que não podiam sair para a rua conforme haviam combinado dias antes.

– Sua vez, Blaine.

– Eu vou desenhar. – O moreno anunciou, pegando a caneta e o caderno que estavam no chão.

Colocou os materiais na mesa de centro para que todos pudessem enxergar, já que nessa rodada todos tentariam adivinhar. Assim que a ampulheta foi virada e Blaine começou a desenhar, Sam gritou:

– Pênis!

Kurt e Blaine se olharam com confusão em seus olhares e, antes mesmo que pudessem receber uma explicação, Mercedes continuou:

– Pênis do Kurt! Vocês...

–... Transaram! – O casal completou juntos, dando um high five em seguida.

Blaine escondeu o rosto em suas mãos enquanto Kurt corava furiosamente. Mercedes levantou-se do chão, puxando um Kurt envergonhado até a cozinha.

– Conta tudo! – A garota disse entre gargalhadas.

– Não aconteceu nada, tudo bem?

Mercedes revirou os olhos, sorrindo maliciosamente. Escorou-se no balcão ao lado da pia, encarando o melhor amigo.

– Certo. E esse sorrisinho bobo que surge no seu rosto cada vez que Blaine respira... Não é nada – disse a garota ironicamente, cruzando os braços. – Kurt... Por favor. – Ela resmungou.

– Tudo bem. Nós fizemos... Uh, aquilo-

– Sexo. Muito gostoso, por sinal – Mercedes riu ao perceber o quão corado Kurt estava.

– Sim, isso! Nós transamos, certo, mas não fique tocando nesse assunto. Foi ótimo, eu gosto dele e ele gosta de mim, só que nós ainda não conversamos sobre isso.

Mercedes bufou, girando os olhos novamente.

– Vocês brigaram depois, não foi?

– Não, claro que não! – O castanho negou conforme um sorriso surgia em seu rosto. – Aliás, ele está sendo perfeito comigo.

A garota descruzou os braços e, com um sorriso satisfeito, fez menção de voltar para a sala. Antes, porém, virou-se para o castanho.

– Quem foi o passivo?

Por alguns segundos, Kurt pensou em procurar algum lugar para se esconder. É só a Mercedes, pensou, sentindo suas bochechas queimarem.

– Ninguém, Cedes. A última vez que nós fizemos aquilo, quer dizer, sexo, foi na noite que nos conhecemos. Decidimos que seria melhor só deixar rolar, sem... Penetração.

Mercedes franziu a testa e, naquele momento, Kurt achou que ia morrer de vergonha. Ele nunca dividia esse tipo de informações com ninguém, como ele deveria estar se sentindo?

– Não quero tantos detalhes – disse antes de puxá-lo de volta para onde os outros dois estavam.

...

Após Sam e Mercedes voltarem para o apartamento deles – já de noite –, Kurt deitou no sofá e fechou os olhos por alguns minutos, só abrindo-os ao sentir um beijo doce em sua testa, reconhecendo na hora quem era. Sorrindo, puxou carinhosamente o rosto de Blaine para baixo até que este o beijou novamente, desta vez na boca.

– Como está? – perguntou Blaine, ainda agachado ao lado do móvel em que o castanho estava deitado.

– Muito bem, obrigado. – Ele respondeu com um sorriso. – E você?

– Estou muito bem. Quer dar uns amassos na minha cama? Depois nós podemos ir para a cozinha e-

Kurt riu com a proposta, fazendo Blaine parar de falar e franzir a testa. O castanho acariciou o rosto do outro, sorrindo.

– Acho que deveríamos conversar.

...


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Notas finais do capítulo

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