Timeline: Choice Your Future escrita por Rubys Queen


Capítulo 1
Capítulo 1




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Ok, já tinha entendido que estava na hora de acordar, mas parecia que meu despertador não entendia isso e não queria parar de reproduzir a música da Ellie Goulding. Me levantei, até alcança-lo e o desliguei.

Depois disso fiz oque todo bom aluno faz antes de ir à escola: dormir até alguém perceber que você ainda não está se arrumando e vim te chamar. Mais ou menos 15 minutos se passaram até que minha mãe fosse me chamar de um jeito histérico:

“Lauren, Laaaauren! Você ainda está na cama!? Vá se arrumar agora mesmo. Eu já fiz o café da manhã.”

Enquanto ela falava, eu já tentava despertar pra fazer todo àquele ritual de quando se vai à escola. Escovar os dentes, tomar banho e blá blá blá.

Dessa vez eu não demorei muito com isso e minha mãe ficou muito feliz de eu ter saído na hora. Oque significava que eu não iria perder a primeira aula. Algumas vezes, quando minha mãe não estava, eu saia tão tarde de casa que chegava a perder o primeiro horário inteiro. Mas felizmente ninguém nunca pareceu se importar muito com isso.

Comecei a andar pela rua escura, por causa das nuvens que se acumulavam no céu, até a casa de Sam, que ficava a uma ou duas ruas de distância da minha casa. Aquelas nuvens estavam mais escuras que o normal, considerando que estávamos em pleno verão.

Não esperei muito tempo até que Sam aparecesse no portão, sorrindo e carregando um guarda-chuva cor de rosa.

“Você tem noção do quanto isso é gay?” Perguntei.

“Baby, é isso ou seu cabelo ficar horrível. Você escolhe. Além do mais, rosa é o novo preto.”

“Pense no rosa como você e no preto como um cara que dirige uma Harley. Então, ainda acha que rosa é o novo preto?”

Sam me mostrou o dedo do meio e começamos a andar pela rua conversando sobre música ruim, reality shows apelativos e Adele, que era a diva de Sam por não se importar com seus quilinhos a mais e ter opinião. Chegamos à escola com 5 minutos de atraso.

Entramos na sala de aula no meio de uma explicação na aula de história e seguimos para dois dos últimos assentos vagos no fundo da sala, enquanto o professor nos olhava com ar de surpresa por termos chegado tão cedo.

Sam e eu costumávamos nos atrasar tanto algumas vezes a ponto de perder o primeiro horário inteiro, quando parávamos para comer ou fazer qualquer outra coisa.

Depois de aproximadamente uma hora e meia de Guerra da Secessão, linguagem figurativa e o feminismo de Emily Brontë, quando todos os alunos já estavam exaustos o sinal tocou. E todos ficariam eufóricos durante esses valiosos 30 minutos.

“Vai comprar alguma coisa?” Sam perguntou.

“Não.”

“Vai ficar aqui mesmo? Sozinha?”

“Não. Eu já vou sair. Só me deixe achar o meu sanduíche.”

“Ok. Estou no refeitório. Hoje tem os cupcakes da tia Tifanny e, você sabe, eu mato por um deles.”

Sam saiu da sala e fui procurar o sanduíche que minha mãe tinha colocado na minha mochila quando alguém tocou meus ombros. Virei-me para ver Dave atrás de mim sorrindo.

Retribui o sorriso e ele me abraçou. Dave era um cara muito bom, como namorado e como pessoa e, coincidentemente, também era meu namorado.

“Oi.” Ele disse.

“Oi. Não era pra você estar com o time ou algo assim?”

“Não. Às vezes eu acho que você pensa que eu sou o cachorrinho do time por ser o mais novo.” Dave fez careta.

“Não é isso. É que você sempre está com eles ou com seus outros amigos!”

“Ciúmes?”

“Apenas a verdade.”

“Não posso querer ficar com a minha garota?”

“Claro que pode. Eu só vou pegar minha comida pra gente sair daqui.”

“Pra quê sair se aqui está perfeito?”

“Perfeito para...?”

Então ele veio pra mais perto de mim e começou a me beijar suavemente e a entrelaçar nossas mãos enquanto sentava-se na mesma cadeira que eu.

Ficamos assim até Sam chegar, faltando pouco para que o sinal tocasse e todos voltassem a sua desanimação habitual de sala de aula.

“Meu Deus! Eu saio por 20 minutos e quando chego já te encontro no maior amasso com seu little boy.” Sam gritou.

“Não o chame assim!” Eu disse.

Dave era 2 anos mais novo que eu e um ano mais novo que Sam, mas ele era mais alto que eu e quase do mesmo tamanho de Sam.

“Você não disse que iria me encontrar no refeitório ou ouvi errado?”

Droga. Eu tinha esquecido. Dava até pra perceber o motivo.

“Hm... Desculpa? Sério. Eu esqueci completamente!”

“Ok, ok, querida. Apenas tente não pegar herpes com todos esses beijos.”

Sam continuou na porta da sala comendo seu cupcake e Dave já começava a se levantar.

“Eu tenho que ir agora.” Ele disse me dando um beijo na testa.

“Ei, calma. Você vai a minha casa hoje?”

“Não, eu tenho treino.”

“E quando voltar?”

“Eu estou de castigo por causa daquele negócio, lembra?”

Não demorei muito pra perceber do que ele estava falando.

“Ah. Isso.” Disse, revirando os olhos.

Dave costumava ir à minha casa quase todos os dias, sempre quando minha mãe não estava em casa, não era escondido nem nada, mas ele dizia à seus pais que minha mãe supervisionava tudo. Infelizmente, os pais dele acabaram descobrindo, fizeram uma confusão declarando algo sobre falta de confiança e gravidez. Quanto a mim, digamos que eu estava com pontos negativos com os pais de Dave. Felizmente, não disseram nada a minha mãe e ela não me matou. Viva!

“Mas nós podemos nos ver ainda assim.” Dave falou, animado.

“Jura?”

“Claro. Só é entrar no Facebook.”

“Você conhece minha internet e sua lentidão. Você não pode simplesmente me ligar?”

“Posso, mas no Facebook dá pra fazer chamada com vídeo.”

“Hm... vou pensar. Qualquer coisa eu te ligo. Tchau.”

“Tchau.”

Assim que ele saiu, Sam voltou ao seu assento, na minha frente, para guardar algumas moedas em sua bolsa.

“Você precisa controlar a testosterona desse cara, baby. Ele estava quase te estuprando ali, na frente de todo mundo.” Sam disse

“Não tinha ninguém por perto. O que foi? O cupcake não estava tão bom?”

Sam revirou os olhos.

“Você finalmente vai entrar na conta do Facebook que eu fiz pra você?”

“Acho que sim. Qual é o e-mail e a senha mesmo?”

Sam arrancou a folha do caderno de alguém mais próximo e começou a anotar, pegou no seu estojo uma caneta e começou a anotar.

“Vou logo avisando que eu não atualizei nada, apenas criei a conta.”

“Tanto faz.”

Em seguida o sinal tocou e todos os alunos voltaram aos seus lugares com caras chateadas e se afundaram e seus assentos enquanto o professor de matemática entrava, notificando qual seria o assunto novo. Isso só fez com que todos se afundassem ainda mais.

Depois de duas aulas torturantes de matemática que envolviam fração, equação e números reais (sim, eu sabia o que envolvia, mas nem desconfiava de qual seria a relação entre eles), fui ao campo ver Dave jogar até Sam voltar do refeitório.

“Amanhã vocês vão se ver. Vamos pra casa logo!” Disse Sam, mastigando um pedaço de cupcake.

Começamos a andar enquanto terminávamos nossa conversa sobre Adele. E só deu tempo de Sam falar mais um pouco sobre a estreia glamorosa do seu último álbum, até chegarmos a sua casa.

“Viu!? Não precisamos do seu guarda-chuva gay” Eu disse triunfante na porta da casa de Sam.

“Não se precipite, querida.”

Sam e eu ainda estávamos na porta de sua casa, quando comecei a sentir pingos leves em meu rosto, até a chuva começar a engrossar e eu não puder mais distinguir os pingos, senti simplesmente como se uma torneira estivesse aberta em cima de mim.

Sam continuava a me olhar dentro da parte coberta de sua casa. Foi tão rápido que eu nem tive tempo de entrar lá. E agora que eu já havia me molhado não fazia mais sentido entrar.

“Quer entrar um pouco e se enxugar?” Sam perguntou.

“Não. Você poderia me emprestar seu guarda-chuva?”

“Hm... claro. Viu, querida? O rosa salva vidas!”

Sam me deu seu guarda-chuva armado e eu comecei a correr com ele acima da cabeça, até a minha casa. Felizmente a casa de Sam ficava a pouco tempo da minha, e, infelizmente eu ainda me molhava e meu cabelo, à essa altura, já estava um horror.

Chegando a minha casa, desarmei o guarda-chuva e joguei minha mochila em um canto qualquer da cozinha, subi as escadas e corri para o banheiro. Tirei as roupas apressadamente, liguei a água quente e entrei.

Devo ter ficado lá por pelo menos uma hora porque quando eu saí a chuva já tinha abrandado. Depois de sair do banheiro vesti uma roupa bem quente e fui enxugar o rastro de água que tinha deixado quando passei correndo, que agora só formava uma pequena linha. O resto devia ter enxugado naturalmente.

Quando terminei já fazia quase 2 horas que eu tinha chegado da escola. Dave já deveria ter saído do treino e fiquei animada com a ideia de falar com ele, então, antes de comer alguma coisa, peguei meu celular pra avisar que iria entrar no Facebook. Fora de área. Droga. Se meu celular estava fora de área, imagine minha internet.

Num tiro no escuro fui ligar o computador e conectar a internet. Pra minha surpresa, a internet se conectou rapidamente. Então fui ao site do Facebook, que também entrou rapidamente e coloquei o e-mail e a senha que eu tinha decorado do papel que Sam havia me dado.

Isso estava demorando. Então desci as escadas e fui pra cozinha, esquentar no micro-ondas o sanduíche que eu tinha esquecido de comer na minha mochila e pegar uma Coca. Quando voltei, a página já estava carregada. Estava no que deveria ser o meu perfil, mas tinha algo errado. Foi então que percebi oque era: tudo.

“O que está acontecendo?” Perguntei retoricamente.


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