Amor sem Compromisso escrita por BecaM


Capítulo 26
Capítulo Vinte e Cinco




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POV’s Austin

A noite anterior foi a melhor da minha vida. Pena que a Ally me deu um banho de água fria, literalmente. Ela pegou um balde d’água e jogou em mim. Resumindo: Acordei com frio e molhado antes mesmo de chegar na praia.

– O Que que é isso? Uau! – disse incrédulo mas a Ally me chamou mais atenção, ela estava de biquíni parada na minha frente.

(roupa da Ally)

– Tira o olho, e vai se aprontar! A gente sai em 30 minutos. Rápido! Vamos lá!

– Sabe o que eu pensei agora?

– O que? – disse alto –Desculpa, o que?

– Você será uma ótima mãe e uma esposa maravilhosa também! – brinquei.

– Hahaha. – riu ironicamente – Eu não estou de brincadeira Austin. Já arrumei nossas coisas: protetor solar, toalhas, água, comida, e peguei seu violão e o meu caderno de música. Só falta você se vestir e passar o protetor. Vamos senão eu vou sem você e aproveito e fico com o primeiro garoto que aparecer na minha frente!

– Você ta zoando, não é? – disse cruzando os braços.

– Ah, ta duvidando?

– Ta bem to indo. – disse me levantando.

Entrei no banheiro, pus meu calção e fui até a sala. Ally estava me esperando lá com o protetor e duas camisetas minhas. Ela estava passando o protetor em si mesma. Quando me viu chegar pediu minha ajuda.

– Austin, passa protetor nas minhas costas?

– Ta bem. – disse pegando o protetor.

Comecei a espalhar o creme em suas costas, a pele dela era macia. Quando terminei pedi para ela me ajudar. Ela começou a passar o protetor nas minhas costas e depois me devolveu o tubo. Ela pegou uma das minhas camisetas e vestiu. A outra jogou na minha cara.

– Vamos! Eu tenho que chegar lá junto com os supervisores.

– Vai você. Me deu uma vontade de ir ao banheiro.

– Ta bem. Te espero perto do ônibus - disse beijando minha bochecha.

– Já to indo.

– Tchau. – disse saindo.

Ally estava cada vez mais carinhosa, bonita, independente, provocadora, dedicada, feliz. Enfim, ela estava crescendo, mas nunca se esquece das suas raízes, de quem lhe faz feliz, de suas prioridades. Ela está se tornando uma verdadeira mulher.

POV’s Ally

Quando sai da cabana, dei de cara com a Trish.

– Oi Ally! – disse me cumprimentando.

– Oi. Senti sua falta.

– Eu também. Sabe, o Austin não para de falar de você. Todo ensaio ele dizia o quanto sentia a sua falta

– Sério? Que fofo.

– Vocês voltaram? Que cena de love foi aquela na noite passada?

– Hahaha. Sim voltamos. A gente ta na cabana 23, passa lá qualquer hora. – disse simpática – Me desculpa, mas eu tenho que encontrar os supervisores do acampamento. A gente se fala.

– Ta bem. A gente se fala.

Cheguei na entrada e percebi que cheguei bem na hora. Trish, Dez, Maia, Marta e Nathan (outro supervisor) tinham acabado de chegar.

– Bom dia Ally. E o outro pombinho? Hahaha... – brincou Dez.

– Ta vindo, por que? – disse com atitude surpreendendo a todos.

– Gostei da atitude amiga. – disse Trish me abraçando.

– Vocês voltaram? – perguntou Marta.

– Nós também queremos saber. – disse um grupo de campistas se aproximando.

– Vocês estão namorando? – disseram mais três grupos.

– Eu...não.... – disse sem saber o que responder.

– O que a Ally quer dizer, é que: Sim nós voltamos. – disse Austin se aproximando - E tenho que confessar uma coisa: eu nunca estive tão feliz antes. - disse ele pondo o braço em volta do meu ombro.

– Own... – suspiravam as campistas e Trish.

– Ta bem, agora chega de palhaçada e todos pro ônibus que vamos pra praia! – gritei animando todos.

Um tumulto se criou para entrar no ônibus, para ver quem ia em cima, em baixo, na janela, no corredor, na frente e no fundão. Eu, Austin, Maia e Nathan ficamos no meio para controlar o pessoal, eu e Austin em cima e Maia e Nathan em baixo. Maia para provocar o Austin pediu para sentar comigo. Como Austin já estava subindo, me esperou na escada, e quando ouviu a provocação da Maia voltou, me pegou no colo e me levou assim pela escada acima (comigo gritando, como sempre).

Quando chegamos em cima, todos os meninos presentes começaram a assobiar, como eu sou a supervisora, tive de agir como uma profissional. Desci à força dos braços do Austin, olhei séria para ele e comecei à dizer boas palavras pra ele:

– Em primeiro lugar: Vocês aí, parem com essa brincadeirinha! – disse me referindo aos campistas – E segundo: Toma jeito Moon! Não é só porque você é um superstar, o veterano do acampamento e o meu namorado que você pode fazer isso quando bem entender. Eu to cansada Austin! Cansada! E já vou avisando, – disse séria apontando para os campistas - se eu ouvir mais uma brincadeirinha sobre isso, vocês irão se ver comigo.

Andei séria para os dois únicos assentos vazios. Sentei no assento ao lado da janela, pus minha bolsa no chão e me virei para a janela e fiquei sem dar uma palavra. O ônibus deu a partida e Austin se sentou ao meu lado, parecia chateado, que bom, pelo menos ele ouviu o que eu acho sobre as brincadeirinhas dele. Depois de uns minutos (acho que quando estávamos quase chegando na praia)ele veio se desculpar:

– Ally... – disse em tom baixo, meio chateado – Desculpa, eu não sabia que você não gosta que eu te pegue no colo, eu pensava que quando você gritava era só de brincadeira. Foi mal, eu não faço mais isso. – disse cabisbaixo.

– Austin, não faz isso. Eu já me sinto mal o suficiente por ter sido obrigada a gritar com você na frente dos campistas, não faz com que eu me sinta pior.

– Eu só quero a paz. Eu odeio ficar brigado com você.

– E você acha que eu gosto? Você acha que a minha parte favorita do nosso namoro são as brigas? Claro que não!

– Ally. Eu to tentando fazer as pazes com você. Por que você fica assim na, defensiva?

– Defensiva? Austin, eu te amo, mas às vezes, você me irrita! Me irrita e você sabe disso, eu te disse diversas vezes, mas parece que você simplesmente não me ouve. Não me ouve e continua com essas brincadeiras.

– Eu entendo mas...

– Não. Você não entende. – disse interrompendo – Você nunca passou por isso. Toda vez que você reclamar de algo que eu fizer que você não gostar, eu não vou mais fazer. É só pedir. Mas eu peço, peço, peço e nada. Parece que você me ouve mas não me escuta, entende?

– Entendo. – disse abaixando a cabeça.

– Austin, eu te amo é sério. Mas quando você fica triste, eu fico triste. E quando eu sei que você ta triste por minha causa, isso acaba comigo. – disse levantando o queixo dele para que ele olhe para mim.

– Eu não to triste com você, to triste comigo por fazer algo que você não gosta, e só perceber isso quando você me joga na cara na frente de todos. – quando ele terminou de falar o ônibus parou, chegamos - O Dallas tem razão, eu sou um burro mesmo. – disse se levantando do banco e indo em direção à saída.

Olhei para a janela e o vi saindo com pressa. Desci e fui até o motorista, perguntei se ele ia deixa o ônibus ali, ele me respondeu que sim, aproveitei se podia ficar ali dentro e ele disse que sem problemas.

Subi novamente e dessa vez me sentei em frente a janela frontal (que dava a vista da praia), encolhida entre a parede e o vidro. Sem perceber comecei a chorar pensando no Austin. Fiquei lá apenas observando as pessoas se divertindo. Até que vi Maia e Trish procurando algo ou alguém. Maia olhou para a janela do ônibus onde eu me encontrava e apontou pra cá, para que Trish olhasse também. Elas foram em direção ao ônibus correndo, quando percebi estavam subindo as escadas, Maia se ajoelhou ao meu lado e Trish ao lado dela.

– Ally, estamos te procurando feito loucas. Por que você não está lá? O Austin ta esperando de baixo de um guarda-sol com o seu irmão.

– Ele não ta me esperando. A gente meio que brigo. Eu gritei com ele na frente dos campistas. E ele ficou chateado comigo.

– Deixa disso! Vai se divertir. Pelo menos sai desse ônibus abafado.

– Meninas, obrigada por se preocuparem comigo mas, eu não quero sair daqui sabendo que ele ta magoado com si mesmo por minha culpa.

– Só sai um pouco. Fica no seu canto, fazendo o que quiser. Mas sai daqui. – implorou Trish.

– Ta bem. – disse me levantando.

Saí do ônibus e sentei, à pedido Dez, no guarda-sol com ele, as meninas e o Austin. Sentei quieta em um canto, fiquei o tempo todo escrevendo no meu caderno, enquanto Austin tocava acordes aleatórios no violão quando percebi ele estava tocando a nossa música (You Can Come To Me(Eu havia composto essa música antes de eu ir, Austin leu ela e acabou que ela se tornou a nossa música, só nossa)). Sem perceber comecei à cantar, ele me seguia, mas não nos olhamos o tempo todo. Quando a música estava quase no fim, nossos olhares se encontraram. Quando por fim a música acabou, senti um aperto enorme no peito, levantei e saí correndo em direção ao mar.

Quando entrei no mar mergulhei, fui até mais no fundo, queria me livrar de todos os pensamentos ruins. Achei que já estava longe demais da praia resolvi voltar um pouco. De longe avistei Marta, Trish, Dez e Maia me avisando de algo. Quando olhei pra trás uma onda gigante me acertou, bati a cabeça no chão e não me lembro de mais nada.

Apenas uma imensa escuridão sem fim em minha visão, não enxergava mais nada, nem sei se ainda estava respirando.

POV’s Austin

Quando terminamos a música, Ally saiu correndo, tentei ir atrás dela mas quando me virei ela não estava mais a minha vista. Alguns minutos depois, vi Dez, Trish, Maia e Marta na beira do mar apontando para algo. Quando vi o que era, Ally havia sido atingida por uma onde de aproximadamente 2 metros. Corri até o mar e nadei até onde ela estava. Olhei em volta e ela não estava em lugar nenhum, mergulhei e vi ela não muito longe desmaiada perto de uma rocha. Nadei até ela e a peguei. Ela tinha se afogado. Quando vi um jet-ski de um cara estava se aproximando, pedi ajuda. Ele chegou do meu lado e eu (com Ally no colo) subi nele.

Quando cheguei até a beira do mar, agradeci a ajuda e corri até a areia. Deitei-a em uma toalha no sol. Tentei fazer respiração boca-boca mas depois de uns dois minutos sem sentir o coração dela batendo, desisti. Sentei na areia ao lado dela e já com água nos olhos abracei meus joelhos com a cabeça enfiada entre eles.

De repente ouço alguém tossindo água, Ally estava acordando. Me ajoelhei ao lado dela, assim como Maia, Trish, Dez e o resto dos campistas.

– Ally, você ta bem? – perguntou Trish lhe ajudando a sentar.

– To, o que aconteceu?

– Uma onde te pegou e você bateu com a cabeça em alguma coisa. Se não fosse o Austin, ninguém sabe o que teria acontecido. – disse Dez.

– Austin… - disse ela um pouco fraca e ainda tossindo.

– Eu te disse ontem que sempre estaria do seu lado quando precisasse. – disse quase chorando.

– Me desculpa. – disse ela me abraçando.

– Ta tudo bem… - sussurrei.

POV’s Ally

~No fim da tarde do mesmo dia~

Quando voltamos ao acampamento eu e Austin fomos direto para a cabana. Quando entrei fui direto pro banho. Depois do banho fui colocar uma roupa. Eu tinha acabado de por meu sutiã quando Austin entrou no quarto.

– Eu já te disse que você é linda de dar dó?

– De dar dó? Como assim?

– De dar dó para as outras garotas que não tem a sua beleza.

– Own, que lindo. – disse ponto uma camiseta dele que estava jogada no chão – Daqui a pouco eu vou na cozinha pra fazer o...jantar. – disse tonta.

– Você ta bem?

– Sim, só estou um pouco tonta. – disse pondo a mão na cabeça.

– Deixa pra lá, hoje eu faço a comida. Descansa.

– Deixa de bobeira, eu to ótima deixa que eu... – disse andando, até que me desequilibrei e quase caí no chão se não fosse por ele.

– Você não ta bem. Respira devagar. Relaxa, descansa. Que hoje eu faço a comida. – insistiu.

– Ta bem – disse me deitando – Mas amanhã eu cozinho. – finalizei. Depois de um tempinho, o Austin chegou no quarto com uma bandeja com um prato de macarrão, um violão e uma flor (rosa cor-de-chá, minha predileta). Ele se sentou na cama, pôs a rosa na bandeja e me entregou. Pegou o violão e posicionou os dedos sobre as cordas.

– Antes de começar, eu queria te dizer que essa música eu escrevi nesses últimos anos, ainda não ta finalizada. Bom então vamos lá. – disse começando a tocar.

(https://www.youtube.com/watch?v=itQLkp7uvXU )

Enquanto ele tocava eu comia a comida que ele fez pra. Quando ele terminou, olhou sem graça pra mim, eu pus a bandeja na cama e me levantei para abraçá-lo.

– Austin, eu amei. – disse abraçando.

– Ainda não tá finalizada mas ta quase.

– Por mim, pode deixar assim que está perfeito. – disse olhando nos olhos dele, não tirei os olhos dele o tempo todo.

– Que foi? Por que tá me olhando assim?

– Eu to pensando... Por que raios você entrou na minha vida? Tem tantas garotas nesse mundo. Por que justo eu tive me apaixonar por você?

– Eu me faço a mesma pergunta toda vez que olho pra você.

– Lembra quando a gente... Você sabe. – disse ele se referindo à nossa primeira vez.

– Lembro...

– Ah…

– Que foi? - perguntei.

– É que eu to pensando… Você e o Jake já…

– Não. Ele disse que preferia esperar até o casamento. Eu duvido muito.

– Por que?

– Quando eu estava no colégio, em Sidney, o Jake namorava com uma garota da minha turma, e um pouco antes de eles terminarem, rolou uns boatos de que ela estava grávida.

– Nossa…

– A sua mãe já sabe?

– Do que?

– Daquilo...

– Ah, não. Mas a Clary sim, e quando soube ela comemorou.

– Sério? Por que?

– Porque ela sabe que eu não o tipo de cara que faz isso com qualquer garota. Ela sabe que eu só faria “aquilo” com a garota que eu quero passar o resto da minha vida.

Sorri para ele, o abracei novamente, mas dessa vez seguido de um beijo. Ficamos um tempo assim, até que quando eu percebi já estávamos na cama, um do lado do outro, a camiseta que eu estava vestindo estava no chão, Austin estava sem camisa. Bom.. Pelo jeito que as coisas estavam, parecia que a cena da nossa primeira vez, se repetiu.

Não deu nem tempo de comer a comida que ele fez pra mim, pois de cara eu já havia capotado de sono.


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