New Life. escrita por Lovely


Capítulo 2
These Four Walls.


Notas iniciais do capítulo

Hey pessoas iluminadas pelo Edward.
Como estão, tranquilo no mamilo?
Muito obrigada pelos comentários, suas fofas



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Pude jurar que eu havia quebrado a porta, tamanha a força em que eu a fechei.

E mesmo o barulho alto dessa batida, não foi o necessário para intercalar os xingamentos e ameaças que meus pais proferiam um para os outros, eu já estava acostumada, mas hoje, provavelmente o pior dia da minha vida, eu esperava entrar em casa me jogar em minha cama e chorar até estar de dia com aquele maldito celular tocar uma música estridente.

Mas não foi bem assim, primeiramente, meu aparelho de som estava quebrado.

Então eu fiz o que me restou, me joguei em minha cama, de bruços e abafei meus soluços com meu travesseiro, não que fosse fazer alguma diferença com esses dois brigando lá em baixo, mas eu não gostava de chorar, odiava ver as pessoas chorando pois isso me faz lembrar de meu avô, de como as pessoas choravam em seu enterro, em que o tempo estava ensolarado e límpido, em que seus próprios filhos se fuzilavam em busca da única coisa que eles estavam interessados.

Na herança.

E, inesperadamente, ela veio para mim, não para meus pais, ou para meus tios, a grande quantia de dinheiro que meu avô tinha está comigo até hoje, praticamente intocada, já que eu não gostava de depender dos outros para fazer coisas que eu considero fáceis.

Fáceis...

Fáceis...

"O fácil é chato!"

Chorei mais ainda, manchando o meu travesseiro um pouco mais, não que eu me importasse, mas fácil é uma palavra extremamente delicada para mim, pois quando percebi que Beck estava interessado em mim eu não baixei minhas guardas, me fazia de difícil o tempo todo, e quando nós começamos a namorar esse se tornou o nosso lema "O fácil é chato!", você pode ter sempre a satisfação de vencer algo que todos consideram impossível, ou se contentar com o que vem de mão beijada.

Hoje, Beck Oliver começou a namorar com Victoria Vega, a garota prodígio, perfeita, engraçada, animada, protetora, carinhosa...Também fariam seis meses que eu sou ignorada por Cat, minha ex-melhor-amiga que teve um contato mínimo comigo no primeiro mês que eu percebi que estava sendo substituída, que logo passou a ser inexistente, fazem seis meses que sou esse ser isolado, cujo as únicas pessoas que tem a coragem de falar é um diretor/psicólogo e uma maníaca.

Lane e Trina, eles, por mais incrível que pareça, vem sendo meu porto seguro, me aconselham, me protegem.

Não hoje, eles tentaram mais falharam, pois esse foi o pior dia da minha insignificante existência, o dia em que eu percebi que tudo o que eu tinha de importante foi roubado de mim, sem o mínimo esforço.

No entanto, uma coisa ficava "batucando" em minha mente.

London Arts.

Não, a Hollywood Arts não era a única escola de artes assim registrada, mas por medo de que os alunos fossem se confrontar as escolas ficaram distintas, haviam apenas essas duas, segundo a minha pesquisa, e algo passou pela minha cabeça, uma ideia covarde, entretanto necessária.

Me levantei observando o grande estrago que eu havia feito em meu travesseiro, pisquei algumas vezes pois tinham gotículas de lágrimas grudadas em meus silhos, olhei ao redor, em meio as cores pesadas do meu quarto se encontrava uma pasta branca, ao lado do meu computador, vários desenhos encontravam-se espalhados sobre ela e, sem o mínimo de cuidado joguei as folhas para o lado, observando pelo canto do olho algumas delas caírem no cão e em minha cadeira rotatória, ignorei esse fato, assim como ignorei minha mente praticamente gritando para eu pegar meus preciosos "rabiscos" do chão.

Com a pasta já em mãos passei meus olhos por vários papéis, e parei em meus documentos, os que eu achava mais necessários, fui até o lado de minha escrivaninha e peguei minha bolsa preta, com alguns desenhos em roxo escuro sobressaltando-se na mesma, peguei meu caderno vermelho-sangue e guardei meus documentos entre a primeira e a segunda página, ainda encarando o outro documento que eu estava em mãos, meu "atestado de herança", onde eu poderia me sustentar em Londres, e por mais que eu não goste disso, é necessário, guardei esse documento em um pequeno compartimento e bufei, trocando o peso do meu corpo para o pé direito.

Não gostava de muitas coisas nesse meu plano de simplesmente ir para um lugar com ingleses chatos e certinhos, como por exemplo, ter que fugir como um rato foge do gato, ou o Diabo da Cruz...Tudo bem, essa não foi a melhor comparação que eu já fiz, mas é o que eu tenho por hora.

Me deitei novamente, encarando o teto como se fosse a coisa mais interessante do mundo...O que realmente era verdade, pois eu não era tão idiota a ponto de ver minha conta no The Slap e me matar aos poucos com os comentários sobre o mais novo casal da H.A.

Eu ainda não sou louca...Ainda, ao menos.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado...Eu sei que está muuuuuuito curto, mas é o que tem para hoje.

Beijos de Luz



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