O Coelho Exorcista escrita por DarkAngelS2


Capítulo 3
Teste


Notas iniciais do capítulo

Desculpem pela demora mas finalmente está aqui! Espero que gostem! :D



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Usagi acordou naquele domingo cedo pois ela tinha que fazer vários testes que iriam determinar se ela poderia se juntar ao grupo de exwires. Ela já tinha falado com Mephisto sobre isso no dia anterior sobre o assunto já que, de acordo com ele, ela não conseguia controlar seus poderes por si própria e seu companheiro, Fujimaru, era quem guardava todo o poder da garota.

Mephisto achava que seria melhor se ela treinasse com os exwires e adquirisse experiência em campo com eles, mas não tinha como saber o que iria acontecer quando ela se encontrasse com os seus colegas.

Usagi saiu do seu quarto mais cedo que o resto das garotas do dormitório porque queria pegar alguns legumes da cantina para o coelho já que os que ela tinha já estavam acabando. Ela abriu a porta em silêncio, olhando para os dois lados do corredor vazio, enquanto Fujimaru a seguia.

– Você deve ficar aí! – ela disse baixinho – Você não pode ser visto, esqueceu? - o coelho inclinou a cabeça para o lado e Usagi trancou a porta para que ele não a seguisse. Seria um problema se alguém do dormitório o visse saltitando pelo corredor.

Assim que trancou a porta, ela andou calmamente pelos corredores e se dirigiu para a cantina onde já tomou café da manhã e escondeu vários legumes em um saco plástico. Ao terminar a refeição, ela voltou novamente para o dormitório. Como era domingo a maioria ainda estava dormindo, o que era um grande alívio para ela, mas conforme subia as escadas podia ouvir as vozes das garotas ecoando com energia. Usagi se apressou e retornou ao seu quarto, trancou a porta e caiu sem fôlego no chão. Fujimaru foi até ela mas era apenas por causa da comida.

– Você não tem coração não é? – ela abriu o saco e deixou o animal comer a vontade. Após recuperar o fôlego, se levantou e conversou com o coelho. – Escute! Agora que estamos aqui precisamos de regras! Você não vai poder ficar me seguindo quando o segundo semestre começar. E se alguém vir você, sou em quem vai se ferrar. Portanto, nada de ficar bisbilhotando pela escola, entendeu?

Ela o encarava seriamente, mas o orelhudo continuava comendo um pedaço de brócolis do saco, sem dar a mínima atenção para a garota.

– Bom, então estamos entendidos! – concluiu ela.

Agora que já estava quase na hora da sua prova, Usagi pegou seus materiais e deixou Fujimaru no quarto trancado, enquanto ele apreciava sua ceia de legumes. Usagi não sabia onde teria que fazer esta prova, não faria sentido perguntar para um aluno normal. Foi então que ela se lembrou da chave dourada que Mephisto havia dado a ela. A chave podia ser aberta em qualquer porta, mas com que sentido? Ela arriscou, tirou a chave do bolso e enfiou ela em uma porta qualquer, puxou a maçaneta e abriu uma fresta da porta. Quando viu que o corredor era completamente diferente do da Academia, fechou imediatamente.

“Então é assim que se chega ao curso...”, pensou consigo, “Já está começando a encher de gente, melhor escolher outro lugar.”. Ela fechou a porta e procurou um lugar onde não houvesse ninguém. Foi parar num corredor vazio e mais uma vez enfiou a chave na fechadura. Ao entrar pelo corredor escuro, deu uma melhor olhada por ele. O corredor que levava ao curso de exorcismo era escuro mas tinha várias cores vivas nos pilares como o verde, o amarelo, vermelho e laranja. As portas eram pretas e também tinham algumas formas coloridas.

Havia um homem de uniforme preto em frente à uma das salas, segurando uma ficha. Um exorcista não muito alto com cabelo bagunçado, que mais parecia um black power pequeno, e usando óculos, era o professor Yunokawa.

– Chegou na hora. Vamos, entre. Estamos prestes a começar. – disse o professor à menina. Ela entrou na sala que já estava com a porta aberta e viu bem que as salas do curso eram completamente diferentes da academia. As paredes eram verdes e os pilares eram um vermelho vivo. Haviam mesas longas mas apenas uma única pessoa estava na sala com ela e o professor. Era um garoto magro mais ou menos da mesma idade que ela, vestindo um moletom cinza com um boné e óculos escuros, por debaixo do boné via-se os cabelos chamativos de cor verde lima.

“É a terceira pessoa que eu vejo que tem um cabelo pintado. Quantos rebeldes tem aqui?”, ela pensou enquanto se sentava em uma mesa do lado oposto que estava o garoto. “Eu sei que o meu também não é normal mas...não é como se eu pudesse fazer alguma coisa sobre isso!”

O professor Yunokawa entregou uma ficha de avaliação para os dois e deu início à primeira parte da prova. Usagi, por algum motivo, não acreditou que seria só isso. Onde estavam os outros alunos?

– Espere! – ela disse se levantando – Só nós vamos fazer esta prova?

– Sim. – ele respondeu – Foram os únicos que se inscreveram no meio do ano. Ande logo, porque a segunda parte começa após essa prova.

Usagi voltou a se sentar e ler as questões com calma mas primeiro, teve que preencher uma ficha que tinha 5 tipos de classificações diferentes de exorcistas: Aria, Tammer, Dragoon, Doutor e Cavaleiro. Aria eram aqueles que enfrentavam demônios através de cantos e sutras, os Tammers eram capazes de invocar demônios e usa-los ao seu favor, Dragoon lutavam com armas de fogo, Doutores eram médicos como o próprio nome diz, e Cavaleiro eram aqueles que lutavam com espadas ou coisa parecida. Por saber vários cantos e outros versos, ela seria uma boa Aria mas Tammer seria sua principal característica, já que tinha Fujimaru ao seu lado. Ela então preencheu estas duas classificações na ficha e voltou para a prova.

As questões que envolviam sutras e cantos eram mais fáceis para ela pois ela havia decorado muitos. As mais complicadas envolviam os tipos de plantas que eram utilizadas em exorcismo ou como um remédio quando alguém era ferido por um demônio.

Não se passaram nem vinte minutos e a voz do garoto de cabelo verde ecoou na sala dizendo “Terminei” enquanto levantava a sua mão. Usagi se espantou. Ela mal havia terminado a segunda página e aquele garoto já havia terminado! Sem tentar perder a calma, ela voltou a reler a questão em que estava para responder corretamente. Após mais 15 minutos ela finalmente terminou a prova e entregou ao professor, ainda emburrada pelo garoto ter terminado tão rápido.

A próxima etapa da prova era óbvia para os dois: teriam que exorcizar um demônio. Yunokawa levou os dois até um parque vazio e bem grande, com muitas árvores e flores coloridas no gramado. Quando estavam bem na entrada, ele passou a explicar a situação para eles.

– Bom, recebemos várias denúncias de Moromi pelo parque. São três ao que parece.

– Moromi? – Usagi se perguntou.

– São demônios líquidos em forma de balão que explodem quando são exorcizados. – respondeu o garoto de cabelo verde, fazendo Usagi ficar ainda mais emburrada de quando estava na sala de aula.

– Exatamente isso, Hibiki-kun. E o dever de vocês aqui é exorcizar esses três Moromis.

“Hibiki? De onde foi que eu ouvi esse nome?”, ela pensou.

– Vocês tem uma hora para terminar isso. Qualquer coisa apenas liguem para o meu celular.

O professor deixou os dois alunos sozinhos, Usagi pode ouvir o resmungo baixinho do outro ao seu lado dizendo “Tch, Momoris são muito fracos”.

– Ah, eu não me apresentei. – disse ela ao garoto ao lado, estendendo a mão. – Meu nome é Usagi Totsuka, muito prazer.

– Não me atrapalhe, blueberry.

– ...B-Blueberry?!

Ele se afastou e foi procurar sozinho pelo parque, deixando Usagi no vácuo ainda com a mão estendida. Chamou Fujimaru pelo seu nome e então o coelho veio como uma luz branca e rápida, saltando pelos céus. Ela seguiu para o lado oposto batendo os pés, falando sozinha e insultando o garoto.

– Qual o problema daquele cabelo de wasabi?! Ridículo! Grosso! Estúpido! Quer saber, eu não ligo! Se ele se acha melhor do que eu então eu mesma vou derrotar o moromi sozinha! – Fujimaru olhou atentamente para ela – Não se preocupe, eu não quis dizer sozinha completamente, sei que posso contar com você. – ela sorriu para o orelhudo enquanto caminhavam pela calçada de pedra ao lado dos campos verdes e floridos do parque.

Eles já tinham se afastado muito da entrada do parque e até agora, nenhum sinal de um moromi quando ouviu sons altos de batalha do lado oposto. Ela viu um moromi azul com forma de um balão bexiga, com ele ela pode ver a silhueta de alguém o enfrentando.

– O Wasabi já o encontrou?! – ela olhou atentamente para o relógio, já haviam se passado 26 minutos – Esse parque é muito grande! Eu não posso ficar pra trás!

Ela voltou a correr mais para dentro do parque quando se lembrou que Fujimaru era praticamente um detector de demônios já que reagia com cada um que via como fez com Mephisto. Assim, ela pediu ao amigo peludo que os procurasse e ele atendeu o seu pedido. Mexeu o nariz algumas vezes, olhou para os lados e virou-se um pouco para a direita. Fujimaru saiu na frente, guiando a garota até o moromi de cor laranja. Tinha basicamente a mesma forma que o azul que vira ao longe, parecia realmente um balão cheio de água prestes a explodir, mas ele era bem maior do que ela esperava. Ele se movia rápido, Usagi desviou de um de seus ataques e então Fujimaru saltou para cima do demônio laranja e o mordeu. A primeira mordida não fez muito efeito porque o monstro era muito denso, mais uma vez, Usagi saltou para o lado quando o mesmo tentou derruba-la com seu braço.

– Tente mais uma vez! – Fujimaru agora saltava de árvores em árvores, tentando pegar velocidade. Seu corpo se tornou uma luz branca e atravessou o moromi. Mais uma vez, o coelho o atravessou e seguiu assim repetidas vezes. O corpo do monstro começou a borbulhar, iria explodir!

– Fujimaru, é o suficiente! Saia daí!

O coelho saltou nos braços de sua dona e ela imediatamente foi para trás de uma árvore. O corpo do moromi explodiu, deixando uma grande gosma laranja pelo chão e pelas árvores.

– Então é assim que acontece...Tudo bem! Derrotamos um, agora precisamos encontrar o último! – ela olhou alegre para o coelho e mais uma vez pediu a orientação do mesmo.

Haviam-se passado mais 10 minutos no tempo em que Usagi procurava o moromi laranja até encontra-lo e derrota-lo, e agora mais 10 minutos haviam se passado quando ela encontrou um moromi verde. Este era maior do que encontrara antes e ele era mais violento também, quando viu a garota, atacou ela imediatamente. Ela desviou com sorte pois ele era muito rápido. Fujimaru tentou ataca-lo da mesma forma que fez com o outro mas infelizmente não haviam muitos lugares onde ele pudesse saltar para ganhar velocidade.

Faltavam 11 minutos para finalizar a prova e a situação era de desespero para Usagi, o moromi verde estava destruindo muito o local e os ataques de Fujimaru quase não tinham efeitos. Perto deles, Wasabi, como Usagi passou a chama-lo, via e ouvia os gritos de desespero da menina.

– O que aquela blueberry está fazendo?

Chegou a um ponto em que Fujimaru já estava ferido demais e não conseguia se mover com a mesma velocidade de antes. Quando o moromi foi ataca-lo, Usagi correu em sua frente, pegou o coelho e escapou por pouco. Devido aos ferimentos do coelho ela também se sentia mal, Fujimaru estava quase perdendo a consciência e da mesma forma, ela também estava. Sentia que alguma coisa fosse tomar conta de sua mente, seus olhos se arregalaram por uns instantes, os olhos lima estavam quase se tornando um amarelo mas na mesma Wasabi chegou arremessando seu cetro no moromi, que teve sua forma deformada pelo cetro. Usagi voltou a ter sua consciência de volta no lugar, o mesmo com o coelho.

– O que você está fazendo, blueberry?! Quer morrer pra um demônio desse?! – ele se pôs na frente dela, enquanto arrancava o cetro do corpo do moromi.

– Q-Quem você está chamando de blueberry, Wasabi?!

– Wasabi? E eu tenho cara de tempero, por acaso?!

– Bom, seu cabelo tem!

O moromi tomou sua forma de volta e usou seus braços para separar os dois. Eles não estavam muito perto um do outro, por isso não foram feridos.

– Escute, eu tenho um plano! Jogue coelho em mim!

– O que?!

– Faça logo!

Não deu tempo, receberam mais um ataque e desta vez foi em Wasabi que era quem estava falando mais. Usagi decidiu confiar nele, por mais que ele tivesse sido rude com ela no começo mas não tinham tempo a perder. Fujimaru juntou sua força e com a mesma luz branca saltou reto na direção do garoto. Este já estava longe mas quando o coelho se aproximou, ele preparou seu cetro e rebateu o coelho nas árvores a sua esquerda. Usagi ficou chocada!

– O que você está fazendo?!

Com a força do rebate, Fujimaru saltou das árvores em que foi jogado novamente para o moromi verde. Agora com mais velocidade, ele o atravessou e continuou seguindo até as árvores à direita. Atravessou-o de novo e de novo até que o corpo dele começou a borbulhar.

– Pode parar agora, Fujimaru! – mas ele não conseguia diminuir a velocidade.

– Essa não...Blueberry, se afaste! – ele correu até a Usagi e empurrou antes que pudesse ser atingida pela gosma verde do moromi. Fujimaru finalmente conseguiu parar.

Quando Usagi se levantou do chão e viu o garoto caído completamente coberto pela gosma verde, ficou em desespero e correu até ele.

– Wasabi! O que eu faço? Eu tenho que chamar o professor!

– Ei, pra que tudo isso? – ele perguntava calmamente, se erguendo do chão – Isso aqui é só gosma, eu não morrer.

– Então por que me salvou?

– Salvei? Que nada! Era só uma dívida por ter me ajudado a derrotar esse grandão aqui. – ele disse se rindo mas ela estava irritada e envergonhada pelo escândalo que fez em vão.

– Sabe, agora você se parece ainda mais com um wasabi, Wasabi!

Ele não mostrou nenhuma expressão no rosto, também porque estava todo coberto como gosma verde mas como uma forma de vingança, pegou um amontoado de gosma que estava na sua cara e jogou no rosto da garota.

– Certo, agora não preciso mais te chamar de blueberry. – ele riu novamente.

– Wasabi maldito!

– Quem está chamando de “Wasabi” agora, hein?

O tempo finalmente acabou e Yunokawa se reuniu com os dois enquanto eles discutiam. Após o final da prova, os dois voltaram para os seus dormitórios, Usagi retirou toda a gosma da cara durante o caminho mas ainda assim sentia como se tivesse alguma coisa. Não adiantava perguntar para Fujimaru pois ela sabia que ele não responderia.

Após um bom banho, ela se deitou na sua cama porque teve que correr muito a manhã toda. Ela adormeceu quase na mesma hora e o coelho branco se juntou à ela, encolhendo-se em seu pescoço.

O resto da tarde não havia muito o que se fazer, era domingo e só receberia uma resposta sobre a sua avaliação amanhã. Tentou procurar por Wasabi pelas salas da academia mas não o encontrava, talvez ele só estivesse matriculado no curso mesmo. Por fim, o resto do seu dia não teve nada de interessante.

Na manhã seguinte, ela acordou mais cedo que as garotas do dormitório, da mesma forma que fez no dia anterior, tomou café da manhã e voltou ao seu quarto trazendo consigo várias verduras para Fujimaru. Ele as devorou com ferocidade, nem parecia um vegetariano.

Seu primeiro dia no colégio normal era muito diferente dos que frequentava em Kyoto, ela pode ver os irmãos Okumura pelos corredores mas não conseguiu falar com eles pelo amontoado de gente até que um garoto de cabelos castanhos esbarrou nela.

– Desculpe – disse ele, apressando-se para chegar a sua sala.

Ela não teve tempo de responder porque ele sumiu de vista rapidamente e da mesma forma foi procurar pela sua sala. Coincidentemente, esse mesmo garoto estava na mesma sala que ela mas não deu muita importância. Sentou-se na sua mesa pois as aulas estavam prestes a começar.

A ansiedade pela resposta sobre a sua avaliação no curso fazia ela perder a concentração durante as aulas, deixando muitos com olhares estranhos para ela. Tentou não se importar até que que finalmente tocasse o sino. E sim, finalmente ele tocou! Ela saiu apressada, queria logo falar com Mephisto sobre a sua avaliação mas então apareceu um cachorrinho pequeno com pelos longos e olhos caídos, usando um lenço de bolinhas.

– Está perdido? – ela se abaixou para cumprimentar o animal só que então, do nada....

– Não devia me tratar como um cachorro, Totsuka-san. – ele falou. Usagi ficou em silêncio – Me acompanhe.

“Posso estar num mundo convivendo com demônios, mas um cachorro falar?!”, ela pensava enquanto seguia o cachorro branco até um local isolado na academia, “Será que isso seria obra de...”

– Mephisto! – ela gritou quando viu o cãozinho se transformar no diretor da academia. – Como você...?

– Parabéns, Totsuka-san! Você passou na avaliação! – e gritava sorridente, disparando confeitos por cima dela. Usagi esqueceu completamente do fato do cachorro e passou a pensar só no que ele havia dito.

– É sério?! – perguntava alegremente.

– Sim, e eu recomendo que se apresse logo. Há uma equipe de exwire que irá começar uma missão esta tarde, então boa sorte! - Ele deu um endereço em um papel para a garota e em um estalar de dedos desapareceu, deixando ela empolgada e confusa ainda por cima. Ao olhar ao endereço que estava no papel, ficou feliz por ser algum lugar que ela já conhecia quando chegou na cidade.

Às 13 horas, se reuniu numa rua da cidade, onde ficava um depósito abandonado. Lá os primeiros rostos familiares que ela viu eram os de Suguro, Miwa e Shima, logo depois o rosto de Okumara Yukio a se virar para ela.

– Ah, você finalmente está aqui. Pessoa essa... – ele foi interrompido por Bon, que reconheceu a garota logo quando chegou.

– Oh, você está aqui também? – ele dizia.

– Vocês também! Isso é tão bom! – ela respondeu com empolgação.

– Que bom que já se conhecem. – Yukio respondeu a eles, mas haviam mais duas pessoas ali com eles. Duas garotas, uma era Kamiki Izumo, que estava sempre séria e não mostrava nenhum interesse por nada. A outra, completamente o oposto de Izumo, era Moriyama Shiemi, que estava sempre alegre e tímida. Quando Yukio apresentou Usagi a elas, Izumo não deu importância mas Shiemi sorriu honestamente e disse com seu jeito fofo que estava feliz por ter mais uma garota com ela. Usagi se sentia da mesma forma, achava que iria lutar só ao lado de garotos e para piorar....

– E este jovem aqui, é Hibiki Takeru. – ele apresentou o garoto de cabelo verde, chamado também de Wasabi ao resto do grupo. Usagi se espantou logo de cara.

– Wasabi, o que você está fazendo aqui?!

– Quem você está chamando de wasabi, blueberry?! – ele retrucou no mesmo tom que ela. Os apelidos não podiam deixar de causar risadas entre os garotos.

Mais uma vez, ela teria que aturar a atitude do cabelo verde mas para chocar ainda mais, ela notou que não havia visto o professor desde que chegou. Mephisto havia avisado que teria algum com eles mas ele não estava ali.

– Okumura-kun, o sensei não vem?

– Ah, certo. Me desculpe mas na verdade sou eu. – disse sorrindo.

– Que?! Mas como? Quer dizer...

– Eu terminei meu treinamento a dois anos e por isso sou um instrutor agora.

– Incrível...

– Então, por favor, quando estivermos no curso me chame de sensei.

– Ah certo. Então, estão todos aqui?

– Ah, na verdade não. Meu irmão se atrasou.

– Aquele cara... – resmungou Bon.

“Então, Okumura Rin também é um exorcista. Isso está cada vez mais divertido!”, ela sorria com sinceridade mas esse momento acabou. Logo em seguida, ouvia-se os passos pesados e a voz de Rin se aproximando. Usagi se virou para acenar para ele, pensou que iria surpreende-lo quando ele visse que estavam no curso de exorcismo mas isso não aconteceu. Quando ela se virou, seu sorriso se desfez quando viu que atrás de Rin, havia uma cauda de demônio colada em seu corpo. Ninguém ao seu lado estava reagindo e ela não entendia o porquê.

Rin chegou sem fôlego de tanto correr. Yukio logo deu uma bronca nele pelo seu atraso, todos riram menos ela. Rin ergueu sua cabeça e viu Usagi na sua frente.

– Oh! Você está aqui também! – ele sorria para ela mas ela fez o oposto.

– Por que... Por que tem um demônio aqui?!


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