O Coelho Exorcista escrita por DarkAngelS2


Capítulo 13
A Missão de Shin


Notas iniciais do capítulo

Achei que fosse demorar mais tempo mas consegui. Escrevi menos por causa do último capitulo ;P

Só um aviso: No final do capítulo, o que estiver em negrito serão comentários do Shin. Como se ele estivesse narrando o flashback



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Esta parte da história se passa antes dos exwires se reunirem depois das aulas para comemorar o fim das provas. Era domingo naquele dia e Shin teve que acordar cedo pois não podia se atrasar. Não que não fosse comum ele levantar cedo, mas hoje era um dia importante.

Ao soar do despertador às 8 em ponto, Shin desligou o aparelho irritante e deixou seu quarto indo em direção ao banheiro. Ele lavou o rosto, arrumou o cabelo e tratou de vestir seu uniforme. Feito isso, ele foi tomar seu café da manhã. Assim que terminou, escovou os dentes e mergulhou uma das chaves douradas na porta de casa.

Shin tinha se mudado para Tóquio recentemente para que pudesse ficar de olho em Usagi agora que ela estava cursando na Academia de Vera Cruz. Era também uma precaução para que nenhum desastre pudesse ocorrer igual da última vez.

Ele ainda não tinha se acostumado com a cidade direito, mas como utilizava as chaves quase toda hora para se locomover, isso pouco importava.

Passando pela porta de sua casa, Shin já estava em um lugar completamente diferente. Ele estava num corredor largo, com pisos de pedra brancos e paredes de pedra altas e robustas, com candelabros presos ao teto, iluminando bem o corredor. Havia um grupo de homens vestindo o uniforme preto em frente à uma grande porta negra. Um deles segurava uma prancheta, tinha cabelos lisos e loiros. O homem avistou Shin assim que ele atravessou a porta e foi até ele.

– Você é Hibiki Shin? – confirmou o homem.

– Eu mesmo. – disse em respota.

– Pegue isto e aguarde até ser chamado.

– Certo.

O homem entregou a ele uma pasta contendo alguns arquivos como relatórios que Shin começou a folhear, alguns vindos da própria filial japonesa e outros da filial inglesa. Além dos próprios relatórios, haviam também fotos que mostravam o rosto de Yui e Usagi, surpreendentemente também a foto de Takeru estava lá também. Shin ficou espantado ao ver uma foto do próprio irmão nos arquivos mas ao ligar todas as coisas que viu na pasta já podia entender o motivo de estar ali. Eles queriam retirar informações dele sobre os últimos acontecimentos e ninguém melhor que ele para relatar tudo.

– Hibiki Shin! – chamou uma voz que parecia pertencer ao homem loiro – Por favor, apresente-se agora!

– Sim! – ele fechou a pasta na mesma hora e seguiu o loiro até a enorme porta negra que se abriu com tanta leveza e simplicidade que uma pequena nuvem de poeira se levantou por debaixo dela.

Por trás da enorme porta se mostrou uma sala completamente grande e escura na qual não se podiam ver as paredes. Apenas uma longa mesa era iluminada por um grande lustre. Sentados à mesa estavam os membros do parlamento e no topo, os membros da ordem angelical como Shura e Lewin Light (também conhecido como Lightning). Entre eles estava o mais novo paladino, Arthur August Angel.

Assim como Shura, Lightning não vestia o uniforme da Ordem. Ele era mais desleixado, tinha aparência de um homem que não tomava banho à muitos dias, seus cabelos negros e bagunçados escondiam seus olhos na sombra. Sua roupa consistiam em bermudas, uma camisa surrada, uma simples jaqueta de manga curta, sapatos e meias cinzas, e um chapéu de pescador no topo da cabeça. Ele se mostrava ser um homem calmo e passivo, mas era Meister em Ária, Knight, Tammer, Dragon e Doutor, além de controlar um familiar muito poderoso.

Angel já era completamente o oposto, ele tinha uma aparência limpa e vestia um uniforme completamente branco. Seus cabelos loiros e lisos eram longos e impecáveis. Tinha olhos azuis sérios que mostravam um homem que se mantinha firme aos regulamentos da Ordem. Angel utilizava uma espada amaldiçoada grande e larga chamada de Calliburn.

Shin engoliu o seco e se dirigiu para a mesa junto aos outros membros que permaneceram quietos o tempo todo. Na outra ponta da mesa, onde ele permanecia em pé, estava diante dele uma folha de papel com várias inscrições em um outra língua. Ao lado dela havia uma agulha fina e pequena mas Shin não ousou encarar por muito tempo ela.

– Então, estão todos reunidos! – uma voz animada e familiar surgiu entre eles e em um “POOF” Mephisto apareceu diante deles, pousando os pés no centro da mesa. Shin viu Angel ranger os dentes no instante em que Mephisto apareceu e pareceu para ele que Angel não era chegado ao demônio.

Mephisto tornou a saltar novamente, pairando e girando para ver o rosto de todos os presentes. Ainda animado, voltou a falar.

– Caros membros aqui presentes, – disse cordialmente – quantas vezes vocês se perguntaram o que são demônios? O que são humanos? – falou se dirigindo à ponta da mesa.

– Um animal bípede que corre de maneira desajeitada? – interrompeu Lightning, risonho.

– Quieto! Eu ainda estou falando! – rosnou Mephisto. Tossiu e continuou – O que é Assiah? O que é Gehenna? E por que estes dois mundos são como são? O que são Trevas e o que é a Luz? E o mais importante…quem tem o poder para detê-los?!

Agora Mephisto se virou para Shin e conforme ele falava, os outros membros também voltaram seus olhos para ele. Shin permaneceu calmo, apenas esperando sua hora de falar, apesar de se sentir inquieto quanto ao que estava por vir.

– Hibiki Shin, – continuou Mephisto – um jovem que possui mais conhecimento do que todos nós aqui presentes. – uma breve pausa e continuou – Primeiro, está defeso de fazer qualquer pergunta durante a reunião. Segundo, está defeso de revelar quaisquer fatos ditos aqui para qualquer pessoa. Aceita estes termos?

– Sim. – Disse com firmeza.

– Então sele com sangue o Pacto de Molinas.

Sem hesitar, Shin pegou a agulha deitada na mesa e furou a ponta do seu dedo. O sangue começou a escorrer e ele fez um borrão horizontal no papel cheio de inscrições. Estancou o sangue e manteve novamente sua postura diante do parlamento. Agora era Angel que falava.

– Você irá descrever detalhadamente o que viu na Europa. Pessoas, acontecimentos, tudo.

– Sim. – Shin respondeu firme.

– Primeiro, a razão de você ter ido para lá.

– Sim. No início do mês passado, ocorreu um fenômeno que eu pude observar pelos radares da Ordem de Vera Cruz. Naquele dia, se os senhores se lembram, uma grande quantidade de demônios de nível baixo à superior migraram do Japão para a Inglaterra. – ele falava normalmente enquanto os membros do parlamento o fitavam com interesse – Não foi apenas nos radares, vários civis filmaram a cena no exato momento em que esse fenômeno ocorreu…

– Esse fenômeno – interrompeu uma mulher sentada mais próxima dele – tem alguma ligação com Totsuka Yui?

Shin engoliu o seco novamente, agora comprovara sua teoria do motivo dele estar ali.

– Acredito que tenha uma ligação indireta com ela e também não acredito que ela tivesse consciência disso.

– Então, – agora falava um homem um pouco mais velho que os demais – isso também envolve a filha dela. Eu me lembro bem de ter confirmado esse “fenômeno” nos radares também… Me pareceu muito familiar com aquele que aconteceu em Tóquio 2 semanas atrás….

Agora todos fitavam Shin novamente, esperando alguma resposta que fizesse sentido mas nem mesmo ele acreditava que pudesse explicar de uma forma que fizesse sentido para eles.

– Eu me lembro bem do que aconteceu 9 anos atrás e foi exatamente por isso que fui para a Inglaterra investigar. – os membros olhavam para ele atentamente – De acordo com que meu pai, Saito, me contou sobre a senhora Yui era que ela havia se envolvido com uma entidade divina. Com os poderes opostos aos de um demônio.

– O que quer dizer? – perguntou novamente o velho, agora parecendo mais espantado.

– Yui se envolveu com uma divindade que muitas dizem ser o “Salvador”... Aquele em quem todos devem ter fé… Ela se envolveu com um Deus, mais precisamente, com Tsukuyomi, Deus da Lua.

Houve um longo silêncio assim que ele terminou de falar. Olhares foram trocados a velocidade da luz, murmúrios começaram a surgir e até mesmo o olho esquerdo de Lightning podia ser vista por debaixo dos cabelos, intrigado. Angel voltou a se ajeitar na cadeira, cruzando os braços e Shura permaneceu quieta.

Shin esperou quieto por uma pergunta a ser respondida mas ninguém falou nada por um tempo. Todos pareciam estar processando toda a informação recebida. Shin já esperava por isso mas imaginou que seria bombardeado com perguntas e protestos sobre o que ele dizia.

– E você pode confirmar? – perguntou Ligthining sorrindo.

– Ahmm… – ele gemeu não entendendo direito a pergunta.

– Quero saber se o que você disse pode ser mesmo dado como verdade.

– Eu estou apenas dizendo o que meu pai me falou. Não pude obter informações mais complexas desde que comecei meu treinamento para exorcista. Mas pelas coisas que eu vi posso afirmar que o que eu digo é verdade.

Ligthnning sorriu mais uma vez, os murmúrios voltaram a surgir, agora parecendo mais altos mas todos se calaram quando Angel ergueu a voz.

– Continuando… Sobre a Inglaterra… – Angel falou pausadamente, fitando Shin com um olhar severo – O que você viu lá?

Shin suspirou e continuou.

– Eu confirmei minhas suspeitas. – os olhos dos membros o fitavam com mais interesse. – Durante as duas semanas que fiquei lá conheci várias pessoas e dentre elas, uma me deixou particularmente interessado. – Angel abriu mais os olhos e Lightinning apoiou os cotovelos na mesa, cada vez mais interessado.

No momento em que contava, uma breve lembrança tortuosa lhe veio a mente…

********************

– No que você estava pensando?! – Shin gritou de trás de uma explosão no meio de uma rua de Londres. O garoto loiro o fitava sem nenhuma expressão nos olhos. – Você podia ter matado civis! Não pensou nem por um momento neles?!

“Quando vi ele pela primeira vez, parecia apenas um garoto comum mas durante um ataque de ghouls em um dos bairros da cidade eu percebi…”

O garoto inclinou a cabeça, não entendendo as palavras de Shin e, ainda sem nenhuma expressão no rosto pálido, falou francamente.

– Pelo tom da sua voz, você parece estar irritado. A razão seria eu? – perguntou ele com inocência.

– É claro que estou irritado! Olhe só que problema temos aqui! Alguém podia ter morrido!

– Não entendo. Exorcistas devem eliminar demônios. Não é pra isso que somos treinados?

Shin notou uma ênfase na palavra “eliminar”, o que não o agradou muito. O caminhão de bombeiros vinha chegando para apagar o fogo que já tinha se espalhado.

– Exorcistas devem exorcizar demônios, mas devem pensar no bem maior dos civis. Tenho certeza de que seus instrutores lhe ensinaram isso. – falou seriamente. O loiro cruzou os braços e revirou os olhos de um lado para o outro, pensativo.

– Devem ter falado… Acho que também há méritos nessa forma de pensar.

Shin rangeu os dentes, já querendo passar vários sermões para o garoto. Era como se ele não se importasse com suas ações ou simplesmente só pensasse em matar demônios.

“Quando vi os poderes dele naquele dia, percebi que eu estava certo...

Devo agradecer-lhe então, Senhor Shin. – o garoto respondeu agora sorrindo, mas um sorriso sem vida, como se fosse um robô programado para sorrir. – Vou me certificar para que problemas futuros como esse não ocorram.

Ele sorriu mais uma vez mas Shin hesitou por um momento em responder, ainda desconfiado.

– Certo....

O garoto se afastou do incêndio, juntando-se aos outros exorcistas e deixando por conta dos bombeiros. O loiro andou na frente enquanto Shin o seguia. O loiro parou por um momento e virou metade do rosto para Shin.

– Mas você também deveria se cuidar, senhor Shin.... – o olhar penetrante e gélido do loiro fizeram Shin congelar por um momento – Londres é cheia de demônios. Acidentes aqui acontecem a toda hora... Você deveria se cuidar também...

E assim ele seguiu em frente, mesmo Shin levou um tempo para continuar e processar aquilo como uma mensagem de ameaça.

“Havia mais um...

*******************

– Como assim mais um?! – perguntou espantado o velho, quase se levantando da cadeira.

– Era a minha intenção desde o início quando fui pra lá e aquele garoto só confirmou tudo.

– Fale de uma vez! – gritou o velho já impaciente.

O filho da Deusa do Sol, Amaterasu.


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Notas finais do capítulo

Galerinha, eu sei que é chato ficar pedindo isso. Na verdade acho que é a primeira vez que eu peço de verdade.
Mas eu me esforço muito pra escrever a fic. Eu me divirto um monte escrevendo tanto que até já madruguei pra entregar um capitulo bem bonito pra vocês. E teve um com 6 mil palavras ainda.
Não quero ser chata nem nada, mas como autora, eu preciso ser avaliada. Eu quero saber se vocês estão gostando ou não. Se eu estou cometendo algum erro ou não. E vocês são os únicos que podem me ajudar a melhorar.
Pode falar bem ou mal mas eu preciso saber o que vocês estão achando da fic!
Ah, e já compre suas passagens pra Londres!



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