O Verdadeiro Romance Entre Nós escrita por A Veggie Dreammer


Capítulo 57
Capítulo 57 - O Reencontro


Notas iniciais do capítulo

Hoiiii! Este é um capítulo extra porque eu não pude postar quinta-feira. Ah, e é POV Ethan! Ehhhhhhhhh! Espero que gostem!



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POV Ethan

Eu estava nervoso. Finalmente eu voltaria a ver e falar com Adelaide. Eu sabia que o que tinha feito com Katrina foi errado, mas ás vezes o meu ciúmes fala mais alto. Além disso, ambos não deveríamos nos apaixonar, por conta de nossa futura Seleção, mas óbvio que era inevitável. Depois que meus pais me disseram que Adelaide e seus irmãos estavam em direção á Illéa, eu corri para o meu quarto. Me joguei em minha cama com um sorriso bobo na face. Eu nunca me senti tão ansioso em toda a minha vida. Depois que ela foi proibida de me enviar cartas, eu me tornei alguém mais rabugento e ansioso. O que antes eu não queria admitir agora era verdade, eu a amava. E seria capaz de tudo apenas para vê-la feliz.

Naquele dia eu passei o tempo todo dentro de meu quarto. Fiquei pensando e imaginando o que falaria para ela, pois que eu sabia, meu amor era recíproco. Procurei até no fundo de minha mente, porém não encontrei as palavras corretas. Então decidi escrever algo, como se eu fosse mandar uma carta a ela. Talvez isso me ajudasse.

Cara Adelaide,

Após o momento em que a senhorita parou de me escrever, eu me tornei um louco. Louco por você. Louco de amor por você. Os meus dias se tornaram mais longos sem suas palavras, minha mente se tornara um lugar vazio, onde apenas a sua imagem insiste em vagar. Me transformei em alguém que não gosto, uma pessoa rabugenta e chata, alguém que não agrada aos outros e nem a si mesmo. Apesar de tudo o que eu venha a ser, lhe imploro para não desistir de mim. Eu lhe entrego o meu coração, que apesar de já prometido a alguém que serei obrigado a escolher, ele sempre será seu. Apenas seu, para amá-lo e deixá-lo viver ou apenas ignorá-lo. Com minhas singelas palavras lhe peço, seja minha amiga, minha confidente, meu amor.

De seu amado,

Ethan

Eu me achava um belo visionário de ter a coragem de escrever algo tão puro e verdadeiro, alguém que eu realmente sentia. Eu não tinha a prática de me abrir com as pessoas, apenas Adelaide tinha esse dom. Após escrever a carta, eu tentava encontrar um pouco de coragem de algum osso de meu corpo para declarar-me para Adelaide. Ao tentar falar as palavras em frente ao espelho, comecei a suar. Suei tanto que necessitei tomar um banho logo em seguida. Ao sair do banheiro me assustei ao olhar para o relógio. Já estava a noite e cerca de seis horas já haviam se passado. Estava perto da hora do jantar, então decidi sair de meu quarto e ir até a sala de jantar. Estranhei quando não vi ninguém no interior do palácio, então perguntei a uma criada onde meus pais estavam. Ela me informou que havia visto meus pais e minha irmã indo em direção aos portões do palácio. Corri até lá e encontrei minha mãe e meu pai olhando para o horizonte. Minha irmã estava ao lado de minha mãe e ambas conversavam em voz baixa. Me aproximei de meu pai.

– O que está havendo? – lhe perguntei.

– A família real da Itália está a caminho. – ele disse e apontou para o céu. Lá ao longe, eu pude notar um jato vindo em direção ao palácio. – E lá estão eles. – disse meu pai sorrindo.

– Espero que tenham conseguido sair do país em segurança. – disse minha mãe apreensiva.

– Creio que a rainha Nicoletta tenha feito de tudo para eles chegarem o mais rápido possível. – disse Katrina.

– Creio que sim. – disse.

E finalmente, o jato pousou. Eu e Katrina começamos a caminhar apreensivos em direção ao jato. Rapidamente, a porta do jato foi aberta, liberando uma escada logo em seguida. E então, ela saiu de dentro. Seus cabelos estavam mais compridos que da última vez que a vi, seu olhar parecia mais obscuro, porém alegre ao finalmente estar em segurança. Nossos olhos se encontraram e ela sorriu. Eu sorri de volta e notei que seus olhos agora estavam brilhando de esperança. Ela desceu rapidamente pela escada e voltou-se a nós. Ela correu em minha direção ao passo que eu já estava correndo em sua também. Nós nos abraçamos assim que nos encontramos. Ela colocou sua cabeça em meu pescoço e parecia fungar. Acariciei seus cabelos e me aproximei de seu ouvido.

– Oi. – sussurrei em seu ouvido.

– É bom ouvir sua voz novamente. – ela sussurrou para mim.

– Digo o mesmo sobre a sua.

Nos afastamos vagarosamente, desejando que aquele momento durasse para sempre, mas ele não poderia. Katrina se aproximou dela e a abraçou também. Notei que era um abraço mais folgado que o nosso, que foi bem apertado, deixando nenhum espaço entre nós. Meus pais se aproximaram e a abraçaram também, porém rapidamente.

– Onde estão seus irmãos? – minha mãe lhe perguntou docemente.

– Ainda dentro do jato. Pietro está um pouco assustado e Romeu não para de chorar. – disse ela, com uma voz chorosa.

– Tudo bem, princesa? – perguntou meu pai cautelosamente.

– Sim. Apenas estou feliz por estar em segurança e por estar longe da guerra. Eu e minha família os agradecemos muito. – disse ela, deixando uma lágrima escapar de seus olhos.

– Oh, querida. Somos amigos, não há necessidade de agradecer. – disse minha mãe, abraçando-a.

– Obrigada, mesmo assim. – disse ela. – Só um momento, preciso ajudar meus irmãos. – disse ela afastando-se de minha mãe. Minha mãe assentiu e Adelaide saiu correndo em direção ao jato.

– Eu me preocupo com Nicoletta. – disse meu pai.

– Eu também. Talvez ela passe anos sem ver os filhos, imagino o quão difícil deve ser para ela. – disse minha mãe suspirando.

– Anos? – perguntei.

– Tudo vai depender de quando for seguro novamente para eles voltarem. E isso pode levar anos. – respondeu meu pai.

Adelaide saiu do jato segurando Pietro pela mão e uma criada trazia Romeu nos braços. Eles vieram até nós calmamente. Quando se aproximaram, minha mãe foi até a criada e tomou Romeu de seus braços. Aproximei-me de Pietro e o abracei. Ele retribuiu e senti o peso suas lágrimas caindo em minhas costas. Ele nos afastou e logo foi abraçar Katrina. Logo depois abraçou meu pai e deu um abraço desajeitado em minha mãe, que estava com Romeu nos braços. Ele estava com os olhos inchados, provavelmente de tanto chorar.

– Vamos entrar, não se preocupem com suas malas, pedirem que alguém as retirem e leve-as até seus aposentos. – disse minha mãe. Todos concordamos e começamos a caminhar em direção ao palácio.

Eu caminhava ao lado de Adelaide e estávamos um pouco atrás de meus pais e minha irmã, que agora tentava alegrar Pietro. Eu olhei de relance para Adelaide e notei que ela estava de cabeça baixa. Lágrimas caiam de seus olhos silenciosamente. Então fiz algo que me surpreendeu. Eu peguei sua mão e a entrelacei com a minha. Ela levantou o olhar para mim. Lancei-lhe um sorriso fraco e ela encostou sua cabeça em meu ombro. Ficamos assim um tempo, até que ela parou no meio de um corredor.

– Mãe, pai, ficaremos aqui um pouco. Logo a levarei até seus aposentos. – eu disse a meus pais que se viraram por um instante a assentiram. Katrina lançou um sorriso fraco a mim e voltou a caminhar com Pietro.

– Obrigado por me fazer me sentir melhor. – disse Adelaide.

– Não há o que agradecer. Eu lhe devo isso. – respondi.

– Me deve? Por que? – ela me perguntou, um pouco curiosa.

– Porque você é a dona de meu coração. Talvez você não saiba, mas desde pequenos eu te...

– Eu também. – disse ela, cortando-me.

Ela me abraçou fortemente. Quando nos afastamos, ela olhou para mim e pude sentir que ambos estávamos estáticos. Então, como em um impulso, ela foi rapidamente para frente e me beijou. No momento, eu fiquei sem saber o que fazer, mas tentei corresponder de minha maneira. Relaxamos um pouco ao notar que ambos estávamos correspondendo. Pousei minhas mãos em sua cintura enquanto ela colocou as suas em meus ombros. Não sei por quanto tempo ficamos assim, apenas sei que finalmente senti tudo o que eu queria. Eu estava beijando alguém, que gostava, ou melhor, que amava. Meu sangue fervia dentro de minhas veias, ela conseguiu aquecer até minha última célula. Nos afastamos por conta da falta de ar. Ela me olhou nos olhos, receosa, mas eu lhe lancei um olhar divertido, o que a fez relaxar. Nos abraçamos novamente e desta vez, eu que lhe agradeci.

– Obrigada. Me sinto tão bem agora.

– Eu também. Não creio em minha coragem. – disse ela, rindo um pouco.

– Eu já disse que adoro a Adelaide corajosa? – perguntei brincalhão. Ela nos afastou e deu um tapa de brincadeira em meu braço. Ambos gargalhamos.

– Seu bobo. Agora vamos, antes que estranhem o tempo em que estamos aqui. – disse ela, já se locomovendo em direção a escada.

– Não está com fome? – lhe perguntei, lembrando-me da hora do jantar.

– Não, comemos no jato.

– Pois bem, vamos até seus aposentos. Creio que vá dormir um tempo no quarto de minha irmã. Não houve tempo para prepararmos um quarto a vocês.

– Mas está ótimo. Será uma noite de garotas todos os dias! – disse ela, animadamente.

Caminhamos em silêncio até o quarto de Katrina, e chegando na porta, ela voltou-se a mim. Ela me deu um beijo rápido e logo se afastou. Abraçamo-nos novamente e em seguida ela adentrou o quarto. Sorri comigo mesmo e fui até o meu quarto. Deitei em minha cama e adormeci, com um sorriso gigante estampado em meu rosto.


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Notas finais do capítulo

Eu sei que 13 anos é, metaforicamente, muito jovem para dar o primeiro beijo, mas eu me baseei nos jovens de hoje em dia e em mim. Espero que tenham gostado! Até semana que vem! Bjs