O Verdadeiro Romance Entre Nós escrita por A Veggie Dreammer


Capítulo 53
Capítulo 53 - Perda de Liberdade - Especial 4


Notas iniciais do capítulo

Hoiiiii! Desculpe postar tão tarde, eu tive alguns trabalhos para fazer esta tarde. O capítulo de hoje é especial porque é uma continuação do último, ou seja, não se passou um ano completo. E vem cá, vocês gostarem dos POVs Katrina e Ethan? Acham que eu já deveria começar com POVs deles ou só de vez em quando? Bem, espero que gostem!



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POV America

Estava feito, eles já sabiam. Após revelar sobre Kota, o clima ficou tenso. Katrina olhava apreensiva para mim e para Kota, mas depois se contentou a olhar para baixo. Ethan olhava fixamente para Kota, congelado. Ele parecia gaguejar algo, mas estava muito baixo para eu escutar. Maxon pegou em minha mão e beijou suas costas. Ele olhou cuidadoso, esse era um assunto sério em nossa família. Toquei no ombro de Ethan acordando-o e sussurrei algo em seu ouvido. Ele olhou atentamente para mim por alguns segundos, mas logo depois começou a correr palácio a dentro. Olhando agora mais atentamente, finalmente notei que três pessoas estavam um pouco mais atrás de Kota.

– Kota. – chamei-o, fazendo-o olhar diretamente para mim. – Esta é sua família?

– Que desrespeito meu! – disse ele, debochadamente. – Este são meus filhos, Madison e Mackenzie, e minha esposa, Katlyn. – disse ele, apontando para cada um.

Seus filhos e sua esposa fizeram uma reverência a mim e Maxon e depois voltara a sua pose. Madison era um menino de cabelo castanho, muito pálido e aparentava ser mais velho que meus filhos. Já Mackenzie era ruiva, por mais que ela tentasse manter a seriedade, parecia sorrir a quase todo tempo, aparentava ser mais nova. Katlyn possuía curtos cabelos castanhos, como o do filho, tão cálida quanto o filho, e parecia sempre baixar a cabeça a meu irmão. Meu irmão. Os anos lhe fizeram bem, seu cabelo ruivo parecia ter mais vida e suas bochechas estavam mais rosadas, mas o que ele ganhou em aparência lhe foi tirado do bom censo. Kota ia começar a falar, mas algo atrás de mim chamou-lhe a atenção. Eu não necessitava virar para saber quem chegava, o som das rodas rodando o piso de pedra já me era inconfundível. Sorri e finalmente me virei. Ethan vinha trazendo alguém em uma cadeira de rodas, minha mãe. Após certo tempo subindo e descendo escadas, lhe foi constatado que minha mãe tinha osteoporose. Depois disso, ela sempre anda em cadeira de rodas para não forçar os ossos da perna e um elevador foi instalado para que ela utilizasse em vez de subir as escadas. Quando a ela chegou ao meu lado, toquei sua mão e lhe lancei um olhar doce. Quando ela finalmente olhou para frente, sua estrutura desmoronou, assim como a de Kota. Ele parecia acanhado, quase envergonhado.

– M-Mãe? – gaguejou Kota.

– Olá, filho. – disse minha mãe docemente.

– O que você faz aqui? Com eles?- perguntou Kota no mesmo tom.

– Oh meu filho, eles são melhores para mim do que você possa imaginar. Agora eu lhe pergunto, o que você faz com minha neta? – disse minha mãe, apontando para Katrina que estava retida pelos dois brutamontes de Kota.

– Apenas negócios. – disse ele, voltando ao seu tom frívolo. – E se eles estão sendo tão bons para a senhora, creio que nunca me entenderá. Eles devem tê-la submetido a uma lavagem cerebral. – disse ele, e eu, que até o momento apenas observava a cena, me contentei em rir debochadamente dele.

– Você acha mesmo que nossa mãe seria tão estúpida a deixar-nos fazer algo com ele? Por favor, Kota! Ela sempre tirou suas próprias conclusões, você que sempre preferiu seguir os outros. – disse, tão frívola quanto ele.

– Meri, por favor. – pediu minha mãe e eu assenti calada. – Agora, quem são aquelas duas crianças? – disse ela, apontando para Madison e Mackenzie.

– Esses são seus netos, Mackenzie e Madison, e sua nora, Katlyn. – disse Kota. Os três fizeram uma reverência em direção a minha mãe e depois voltaram a sua postura.

– E por falar em netos, May ligou esta manhã. – disse minha mãe calmamente. – Segundo minhas contas, eu vou ter oito netos em breve. – disse ela. Inicialmente, eu fiz as contas. Eu tinha quatro filhos, Kota tinha dois e Kenna tinha apenas Astra, eles não queriam família grande. Totalizava sete. Eu fiquei meio abobada por um estante, mas logo depois eu sorri para minha mãe e a abracei desajeitadamente por conta da cadeira de rodas.

– Como assim oito? Quantos filhos você tem? – perguntou Kota para mim, completamente desentendido.

– Eu tenho quatro. – eu disse sorrindo e olhando para Maxon, que também estava a sorrir. – Kenna tem apenas Atra, e você tem dois. Sete. – eu disse.

– E de quem é o oitav...- disse ele, e logo depois notou. – Quantos anos tem May e Gerard?

– Uau, é impressionante o quanto você ama os nossos irmãos. – eu disse debochadamente. – Gerard tem dezenove e May tem vinte e quatro. Ah, e caso você não saiba, ela é casada desde os vinte anos.

– May?Casada? Então...ela está grávida? – perguntou Kota. Eu sorri e afirmei com a cabeça.

– Eu sabia que seria uma grande avó. – disse minha mãe, rindo.

– Pois bem, não vim aqui para uma reunião de família. – disse Kota, recompondo-se. – Vim lhe oferecer duas propostas. Ouçam as duas atentamente, sem interrupções e sem mas. – todos estávamos atentos agora. Eu e Maxon concordamos com a cabeça.

– Fale logo. – pedi.

– Enfim, ou vocês voltam com o sistema de castas, ou... – disse ele, depois de uma longa pausa. – seus primogênitos terão Seleção. – ele havia nos pegado em uma armadilha. A primeira opção acabaria com todo o país e a segunda acabaria com a pouca liberdade de nossos filhos. Eu ia pedir uma conciliação quando Maxon falou na minha frente.

– Aceitamos a segunda opção. Nosso primogênitos terão sua Seleção. – disse ele friamente. Olhei incrédula a ele, mas ele desviou o meu olhar.

– Excelente! Pois bem, as regras da próxima Seleção serão as mesmas que da última, porém, quero acrescentar algo. – disse ele, olhando para Mackenzie e Madison. – Meus filhos devem ser garantidos e cada uma das Seleções.

– Mas e o sorteio? – eu perguntei.

– Eles não estarão no sorteio, simplesmente terão de implantá-los na Seleção. E se eu fosse vocês, começava com a reforma imediatamente. – disse ele, já se virando para tomar seu rumo.

– Como assim reforma? – eu indaguei.

– Ora, as duas Seleções ocorreram ao mesmo tempo, ou seja, setenta pessoas ficaram hospedadas aqui por um tempo. Creio que uma ampliação seja necessária. – disse ele. Finalmente os brutamontes soltaram Katrina, e ela veio correndo em minha direção. Escondeu o rosto em mim enquanto eu afaguei seus cabelos. Kota chamou seus filhos, que já estavam aos seus pés. – Venham e se despeçam das Majestades e Altezas. Em breve os verão novamente. – disse ele cinicamente. E começaram a voltar pelo caminho que os trouxera aqui.

– Venham, vamos para seus quartos. – eu disse, conduzindo Katrina, que agora estava chorando e Ethan, que estava atordoado. – Maxon, leve minha mãe ao seu respectivo quarto.

– Obrigado, filha. – agradeceu minha mãe. Eu acenei com a cabeça e levei meus filhos até seus quartos.

Na porta do quarto de Ethan eu pedia que ele entrasse e logo Maxon iria falar com ele. Ele assentiu e adentrou o cômodo. Katrina, que havia parado de chorar, voltou em dose dupla quando entramos no quarto. Fomos rapidamente até sua cama, eu me sentei nela e deitou-se e colocou a cabeça em meu colo. Não havia nada o que eu podia fazer, apenas consolá-la. Enquanto ela chorava, eu afagava seus cabelos.

– Mamãe, por favor, me explique o que acontece agora. – disse ela, com a voz marejada. Eu suspirei e comecei a falar.

– Regra número um, você não pode se apaixonar. – eu disse. Ela levantou sua cabeça bruscamente e olhou incrédula para mim.

– Mas como assim? Como...como vou mandar em meu coração?

– Eu sei mas....assim será melhor para você. Para os dois. – eu me referia a ela e a quem ela possa se apaixonar. E um nome já me vinha a cabeça.

– Mas...e se me apaixonar? – ela perguntou esperançosa.

– Então terá que arcar com as conseqüências. – eu lhe disse, com a pena em meu tom.

– O que realmente acontece na Seleção? – ela me perguntou.

Eu descrevi toda a minha Seleção, pelo menos ao meu ver. As nossas brigas por Maxon, as indecisões dela, a espera, os corações partidos, tudo.

– Eu não quero partir o coração de ninguém. – sussurrou ela a mim, no final de minha fala.

– Eu sei, querida. Mas será necessário, pois no fim apenas...

– Apenas um reinará em meu coração, eu sei mamãe. – disse ela, interrompendo-me.

– Filha, você é muito inteligente e agradeço todos os dias por vocês. Mas as vezes, as pessoas não imaginam o quão difícil é fazer parte da realeza. A luxúria pouco nos importa, o cargo é mais importante. Por enquanto, aceite a Seleção como um dever de seu cargo. – eu lhe disse calmamente. – Talvez futuramente não seja apenas um dever.

– Eu espero que não. – ela sussurrou a mim.

– Tudo bem, já tivemos muitas emoções por hoje. Tome um banho e depois um durma um pouco agora a tarde. Eu lhe acordo antes do jantar.

– Tudo bem. – ela disse, indo em direção ao banheiro.

Eu me retirei calmamente e notei a cena no quarto de Ethan. Ele estava pior que Katrina. Após chorar, Katrina sempre ficava com os olhos inchados e as bochechas rosadas. Ele estava pior, parecia que parte de sua alma havia o deixado. Maxon conversava com ele, mas ele parecia pouco se importar. Adentrei o quarto, surpreendendo ambos e me aproximei da cama onde meu filho estava. Afaguei um pouco seus cabelos e depois me sentei na barra da cama. Maxon estava sentado em uma cadeira de frente a cama e agora me olhava curiosamente.

– Filho, como se sente? – eu lhe perguntei.

– Arrasado. Como vou contar a...- eu sabia o que ele ia dizer, mas Maxon não. Eu coloquei meu dedo em sua boca, indicando-o para não falar. Ele entendeu e voltou a se lamentar. – Isso é horrível! Serei obrigado a me casar com alguém que não amo!

– Mas você a amará. Você deve escolhê-la. – eu lhe disse.

– Você é o prêmio. – disse Maxon.

– Mas não ache que só por você ser o prêmio que todas as moças cairão em seus encantos. Você deve conquistá-las, uma por uma. – eu lhe disse, olhando friamente para Maxon agora.

– Como em um jogo de xadrez? – ele me perguntou.

– Mais o menos. Você deve conquistar cada peça por vez, mas no fim, sua grande aliada e protetora será sua rainha. – ele pareceu pensar um pouco sobre o que eu disse, mas ele realmente parecia atordoado demais. – Pois bem, por enquanto, pense na Seleção apenas como um dever de seu cargo, assim como sua irmã. Esqueça isso por uns dias, vocês ainda têm anos até a sua Seleção. Tome um banho e durma. Eu lhe acordarei antes do jantar. – ele concordou com a cabeça e eu puxei Maxon para fora do quarto.

– O que você fez? Você tomou uma decisão importante sem me consultar! – eu comecei a discutir.

– Era a única opção viável!

– Mas eu podia negociar com ele!

– Ele disse sem mas! Eu aceitei isso com sem negociação! – disse ele, praticamente berrando agora.

– Mas ele é MEU irmão! Eu o conheço! Eu vivi com ele! – eu disse, no mesmo tom.

– E ele é o mesmo irmão que você conhece!? – perguntou-me debochadamente.

– Sim! Ele é um idiota desde que eu o conheço por gente! – eu disse, e notei que ambos estávamos ofegantes. – Você já parou para pensar no que isso vai impactar na vida deles!?

– E você sabe o quanto impactou na minha? Eu não queria uma Seleção! – disse ele, sem medir o peso de suas palavras.

– Então, provavelmente, sou um peso para você. Sou fruto de algo que não queria.

– Eu não disse isso, Meri.

– Mas quase disse! – eu voltei a gritar.

– Não ponha palavras em minha boca!

– Parem, vocês vão acordar Amberly. – disse Malcolm, que saia de seu quarto. Eu o chamei e ele me abraçou.

– Desculpe, filho. Eu e o papai estamos resolvendo algo.

– Muito importante por sinal. Por favor, discutam suas indiferenças em um quarto a prova de sons. – ele disse rindo.

– Claro, pensaremos nisso na próxima. – eu disse, sorrindo.Ele me sorriu de volta e voltou ao seu quarto. Dei um longo suspiro e me voltei a Maxon.

– Estou cansada, vou descansar em meus aposentos. – eu disse, me dirigindo ao antigo quarto da princesa.

– Mas, nosso quarto...

– Meus aposentos. – eu disse, contando-o. Andei rapidamente até o quarto e tranquei a porta.

Graças a visitinha de Kota, minha vida se tornara muito mais difícil. Te amo irmão.


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Notas finais do capítulo

2000 palavras de novo! Estou melhorando ou não? A minha cota é acima de 1000 palavras, mas alguns capítulos precisam de 2000 para ficarem completos. Espero que tenham gostado! Até amanhã! Bjs