O viajante no tempo escrita por Gabriel Lucena


Capítulo 3
Capítulo 3


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura...



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O telefone tocou e Seu Madruga praticamente pulou do sofá pra atender:

–Alô? Jura? Tudo bem, já estamos indo aí, tá bom, tchau. Gente, parece que encontraram o carro dos bandidos que sequestraram a Chiquinha, vamos até a delegacia agora!- ele gritou, autoritário.

Todos nós entramos no carro dele e fomos até a delegacia, chegando lá, o delegado falou:

–Achamos o carro, mandei uma viatura de vigia pela cidade e eles encontraram o carro com a placa em um beco, toma, usem este GPS para correrem atrás deles.

–Tá bem delegado, mas você fica de olho hein? Qualquer coisa liga pra gente.- disse a Alejandra.

–Tudo bem, pode deixar, agora vão!

De lá, nós fomos correndo para o carro e o Seu Madruga dirigia o carro com tanta pressa e tanta euforia que parecia que ia bater, em um sinal vermelho tinha uma kombi branca e verde ao lado de uma Ferrari 150 conversível preta, os dois parados no sinal com um pequeno espaço entre eles, então o Seu Madruga entrou naquele espaço e tentou passar por eles sem bater, ele conseguiu, mas arranhou o carro dos lados e ainda quebrou os dois retrovisores, quando ele passou por eles dessa forma, o Chaves apenas ria e ria, pra ele, aquilo era muita diversão, mas pra mim, era divertido também, mas todo cuidado é pouco, um simples erro do Seu Madruga e ele bateria forte e nós quatro morreríamos, quando ele olhou no GPS depois daquela aventura no sinal, estávamos andando rápido pela rua novamente quando um carro de sorvete andava devagar no sentido contrário ao nosso, de trás dele, surgiu um Corvette preto, pronto pra ultrapassá-lo, mas pra passar por ele, o motorista teve que ficar na contra-mão, naquele momento, eu, Alejandra e Chaves gritamos de medo, mas Seu Madruga ainda estava tranquilo e com uma só manobra no volante, com um único movimento, subiu na calçada e tirou fino de dois pedestres, desviando do Corvette sem atropelar os dois pedestres, fiquei impressionado como nenhuma viatura de polícia aparecia para multar a gente por excesso de velocidade e condução perigosa, não que eu quisesse que isso acontecesse, mas é bem normal que isso aconteça hoje em dia, até que ouvimos uma sirene, então, eu olhei pra trás pensando que uma viatura tinha percebido o jeito que estávamos andando pela rua e queria nos multar, mas na verdade, a sirene vinha à nossa frente, bem na esquina, quando chegamos no meio da rua, Seu Madruga parou o carro e só então, pude ver o carro perseguido pela polícia, não sabia se era o carro dos sequestradores, mas o GPS dizia que estava bem perto e agora que estávamos à frente dele, só podia ser aquele mesmo. Quando o Seu Madruga parou o carro na esquina, os bandidos, que trocavam tiros com os policiais não viram o nosso carro e bateram no pára-choque dianteiro esquerdo, nosso carro virou para à direita, enquanto que o deles desviou e bateu em um poste, eles ainda tentaram fugir, mas não conseguiram e os policiais algemaram eles, pra nossa sorte, o choque dos carros não permitiu que o carro sofresse qualquer dano que o impedisse de funcionar, então, nós quatro seguimos a viatura com os bandidos e voltamos à delegacia que está sempre agitada, chegando lá, o delegado começou o interrogatório:

–Como vocês se chamam?- perguntou ele.

–Giuliano.- disse um cara sardento e encorpado.

–Ivan.- disse o outro, moreno, magro e alto, só que esse chorava.

–Onde está a Maria Francisca? A menina que foi sequestrada por vocês?- continuou o delegado.

–Não podemos falar, o nosso chefe mandou não falar nada senão estamos mortos.- disse Giuliano.

–Se não falar, entrarão em uma situação pior do que a morte, entenderam?- disse o delegado, mas os bandidos continuaram relutantes, até que o Chaves perdeu a paciência e começou a espancar os dois, exigindo que eles falassem algo.

–FALEM AGORA OU EU ACABO COM VOCÊS AQUI E AGORA!!- ele berrava, dando socos na cara dos dois, os gritos ali dentro da sala eram tão altos e ensurdecedores que chegaram até a rachar o vidro, mas finalmente, nós conseguimos separar a briga, mas o Chaves ainda estava ofegante, parecia que ainda não tinha desistido de dar uma surra naqueles bandidos malucos, nós ainda tentamos fazer com que ele falassem alguma coisa, mas mesmo assim, não adiantou, mas só o fato de eles terem sido mesmo os sequestradores da Maria Francisca já fez eles serem levados à uma cela que tinha dois brutamontes, parecia que eles tomavam anabolizantes pelo tamanho dos músculos deles que quase parecia uma cabeça de uma criança de 10 anos, confesso que fiquei meio preocupado dos dois terem que passar um tempão ali, mas até que eles mereciam mesmo.

Na volta pra casa, Chaves já ia se dirigindo em direção à escola quando a Pópis mais uma vez apareceu e chegou pra ele toda glamorosa:

– Chavinho, alguma notícia da Chiquinha?- ela perguntou, calmamente.

–Não, ainda não.

–Ai Chavinho, eu sinto tanto, sei o quanto gostava dela, mas olha só, enquanto ela não é encontrada, por quê você não vem agitar comigo pra se divertir um pouco hein? Vem comigo, eu te levo pra almoçar já que é hora do almoço.- ela disse, toda derretida pra cima dele, até estranhei aquilo, já tinha visto muitos filmes onde o vilão ou a vilã arma para a pessoa desaparecer ou se atrasar e enquanto ela se vira pra chegar até a pessoa amada, a perua vem pra cima dele pra tentar seduzi-lo, parecia que era isso mesmo que ela estava fazendo com ele, tratei de contar logo essa história para o Chaves quando ela foi embora.

–Não Alessandro, você está enganado, ela só está tentando me ajudar, me apoiar, entendeu? Como amigo.

–Sei não hein? Toma cuidado com essa garota.

–Você nem conhece ela direito e já está desconfiando dela? Qual o seu problema, hein? Eu conheço ela há mais tempo que você.

–Tá bom Chaves, tá bom, faz o que você quiser.- eu disse e dei as costas pra ele, não estava a fim de discutir, mas eu percebi que o Chaves está se deixando levar pelo papo furado da Popis, então, se eu desconfio que ela tem algo a ver com o sumiço da Chiquinha e quiser descobrir algo, terei que fazer isso sozinho,então, fui até a casa onde o Seu Madruga e eu nos hospedamos com a Alejandra e expliquei minha teoria pra ele.

–Faz sentido Alessandro, mas eu não acho que ela seria capaz. a Popis sempre foi uma menina doce e sensível, será mesmo?

–Não sei senhor, não sei, mas fique de olho no telefone que eu vou fazer uma investigação e qualquer coisa que eu descobrir, vou te ligar, tudo bem?

–Tudo bem, obrigado pela ajuda.- disse ele, sorrindo.

Me despedi deles e fui até o local onde a Popis levou o Chaves para almoçar e fiquei escondido em uma moita que tinha do outro lado da rua que eles estavam e fiquei lá observando, até a hora do Chaves ir embora e voltar pra escola tudo estava normal, mas não bastou alguns segundos para que ela entrasse em uma van com algo nos braços, enrolada num lençol, o que seria aquilo? Não sei, mas vou descobrir. Quando ela fechou o porta-malas, eu arrombei com um grampo de cabelo que eu peguei da Alejandra e entrei no porta-malas o mais silenciosamente possível, por sorte ninguém me viu, porque o mesmo estava de costas para a rua, então, ouvi ela murmurar alguma coisa com um rapaz que estava na caminhonete, provavelmente era o motorista da mesma, já que ela ainda não podia dirigir. Enquanto eu sentia a van andar pelas ruas, meu coração saltava, de alegria e de medo, alegria porque eu sentia que finalmente estava próximo de encontrar a Chiquinha e resgatá-la, e medo porque eu não tinha habilidade nenhuma, então, no que essa minha tentativa de resgatá-la ia dar? Será que alguém sairia de lá morto? Ou todos sairiam vivos? Não sei, só sei que o mais importante agora é pedir proteção à Deus pra que ele me ajude nessa missão, pode ser difícil, mas eu vou até o fim.


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Notas finais do capítulo

E aí?



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