Sky escrita por Lady Lucy
Notas iniciais do capítulo
Capítulo pequeno~
O próximo será maior~
Boa leitura~
:3
Residência Sawada
Entrei pela porta da frente e tirei o sapato. Não havia ninguém em casa. Não queria comer, estava sem fome como sempre, então subi para o meu quarto. Demorei um pouco para subir a sequência de doze degraus que me levaria ao andar superior, aquilo com certeza não era o meu forte. Caminhei pelo corredor, levando meu olhar para o relógio. Nove horas. Entrei no meu quarto e fechei a porta. Me joguei na minha cama e olhei para o teto.
Minhas mãos foram para o meu rosto. Deslizei meus dedos até a minha boca tocando levemente os lábios onde até alguns minutos atrás tinha o gosto daquele loiro. Meu primeiro beijo, e foi com aquele que eu amo. E melhor ainda, com aquele gato, lindo e sexy loiro. Sorri. Meu celular vibrou. Giotto.
– Alô? – falei.
– Oi, Tsu – veio a voz do Giotto, corei para o apelido mas respondi.
– Oi – sorri, tive uma ideia marota– Amor – disse meio manhoso.
Ouvi uma sonora risada do outro lado, não consegui me segurar e ri também.
– Estou com saudade – ele disse com uma voz manhosa – nós podemos nos encontrar amanhã?
– Amanhã? – perguntei.
Olhei para o meu calendário, amanhã seria dia três de julho então....
– Eu tenho alguns exames com o médico amanhã, Gio.
– Vou junto – suspirei enquanto um sorriso adornava minha boca.
– Será as nove em ponto.
– Vou estar lá.
Sorri enquanto me despedia do meu loiro. Espera, meu? Desde quando me tornei possessivo? Se bem que com ele, tenho motivos. Sorrindo me levantei e fui em direção ao banheiro. Tomei um banho frio para espantar o cansaço e vesti meu pijama. Me joguei na cama. Minha garganta estava seca. Levei minha mão até o frigobar que tenho em meu quarto mas não havia mais nenhuma bebida. Nem água, nem suco. Suspirando me levantei ignorando a leve onda de tontura que senti.
Grande erro.
Fui perceber apenas quando estava começando a descer a escada. A tontura voltou. Mais forte e rápida. Não consegui me apoiar em nada. A última coisa que lembro é de ouvir Luce gritar meu nome e em seguida, nada.
Mansão Vongola
Em uma certa mansão um jovem com cabelo magenta caminhava estressado para o quarto de uma pessoa em especial.
– GIOTTO! QUER ME DIZER OQUÊ SIGNIFICA ISSO? – vociferou G adentrando o quarto do loiro com os outros em seu encalço.
– O quê? – o loiro falou meio grogue.
Giotto estava jogado no sofá com o livro que havia pegado com Tsuna. Algemas, a continuação de correntes, um livro ótimo, quase tão bom quanto o primeiro. Era quase dez horas da noite, o loiro constatou, eles deveriam ter acabado de chegar. Se espreguiçando, o Vongola décimo levantou do sofá. Olhou fixamente para o ruivo.
– Boa noite, pessoal.
– Boa noite – cumprimentaram alguns dos outros jovens.
– Não me venha com “Boa noite, pessoal” – resmungou o jovem imitando o loiro - Quer por favor, me explicar por que o senhor está lendo uma porcaria de um livro quando tem dezenas de pilhas de papelada no seu escritório? – G perguntou com uma calmaria assustadora.
– Não é “uma porcaria de livro” é O livro – retrucou o loiro olhando fixamente para o melhor amigo.
Eles se encararam por alguns segundos até que Elena andou sorrateiramente por trás do loiro e tomou o livro das mãos do jovem Boss. O loiro se assustou com a ação repentina mas tentou pegar o livro de volta, inutilmente, porque foi parado por Daemon.
– Me larga – vociferou para o ilusionista – E me devolve o livro Elena!
– Ora, ora – resmungou Elena olhando para a última página do livro onde a caligrafia do moreno estava presente em uma bela carta – De quem é essa carta, Gio?
– Ninguém – gritou o loiro.
– Carta? – perguntou Haru entrando no cômodo juntamente com as outras meninas – Que carta?
– Tem uma bela letra, essa pessoa – começou Elena, examinando a carta – “Querido Gio”. E ainda começa assim.... Quem será que tem tanta intimidade assim com o nosso pequeno Giotto?
– Me dê! – rosnou o loiro escapulindo dos braços do guardião e arrancando o livro das mãos da loira, mas não conseguiu tirar-lhe a carta.
– “Espero que goste da continuação do livro, tanto quanto eu gostei, Gio” – Elena começou a falar o conteúdo da carta enquanto o jovem Boss era contido pelos guardiões – “Sei muito bem que poderia ter falado isso pessoalmente, mas a vergonha tomou a melhor sobre mim. Bem você me conhece” – Elena passou a carta para Kyoko bem a tempo de evitar o loiro.
– “Gostaria que assim que ler esta carta, me telefonasse. Queria ouvir sua voz mais uma vez” – continuou a ruiva – “Sabe, certa vez me peguei pensando se seria errado ficarmos juntos. Você sabe, namorar. Você sabe muito bem os motivos das minhas dúvidas. É claro, meu irmão já aceitou-o como alguém especial para mim. A mulher dele, já está até falando em nos casar. Veja se pode... De qualquer modo, quando vamos sair novamente? Estou com saudades já.”
Ela passou para Haru que andou até G e Hayato antes de começar a ler o final da carta.
– “Aposto que neste momento seus amigos estejam chegando em casa. Cuide bem do meu livro, Okay? Vou estar esperando a sua ligação. Com amor de seu amor” – ela terminou quase em lágrimas – Gio, você... Você não...
O loiro apenas a olhou, parando de lutar contra os seus guardiões. Ele abaixou a cabeça parecendo querer esconder algo, mas foi inevitável não ver a coloração avermelhada que invadiu seu rosto.
– Gio está apaixonado – Elena falou, quase como quem não conseguia acreditar. – Então, quem é a sortuda?
O silêncio se instaurou no local por parte do loiro. Ele não disse nada, apenas acenou negativamente a cabeça, ainda olhando para o chão.
– Não? – perguntou Daemon – Você não quer contar?
– Não é isso... – sussurrou o loiro.
– Então – começou Elena – Não pode ser! – ela gritou – Giotto você... Está apaixonado por....
– Sim – afirmou levantando a cabeça, deixando que todos vejam sua íris azuis – Seu nome é Tsunayoshi.
– Espera, então ele é – começou G.
– Sim – interrompeu Giotto – Ele é um menino.
O celular do Giotto tocou encerrando a conversa deles. Franzindo o cenho ele pegou o aparelho. Quando seus olhos se pousaram na tela ele arregalou os olhos. Atendeu rapidamente.
– Luce? O que houve? – perguntou assim que o telefone lhe tocou a orelha.
Ele soltou um suspiro estrangulado. Desligou a chamada e correu para fora. Em direção ao estacionamento.
– Preciso ir ao hospital – gritou para os outros que o seguiram estranhando seu comportamento.
Ele correu o mais rápido que pode. Em sua mente repetindo aquelas palavras.
“Gio, Tsunayoshi passou mal. Ele está na sala de cirurgia. Venha pra cá. Pode ser... A última vez que o vemos.”
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