Modified - Interativa. escrita por uzumaki


Capítulo 15
Grandes oponentes


Notas iniciais do capítulo

Rai pipous do meu rart!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/528878/chapter/15

Allec já dirigia a duas horas. Havia parado em um posto de gasolina para reabastecer o carro e comprar alguns Cheetos quando começou a ouvir uma espécie de chiado. Ele virou para todos os lados, procurando o autor, mas não ouviu nada. Voltou para o carro e ligou o radio. O locutor estava avisando sobre um forte vento que afetara a área de acampamentos de San Francisco.

Começara a sentir a cabeça como se ela estivesse flutuando, e começara a falar consigo mesmo. Ele estava tonto. Era como se fosse escravo da sua própria mente. Estava ouvindo ordens dele mesmo. Isso era ridículo. Mas também era ridículo ele estar quilômetros longe da sua casa. E com um único pensamento na cabeça: SIGA EM FRENTE. Então voltou ao carro e continuou dirigindo.

~~☆★~~

Eva Levine era uma mulher elegante de 45 anos. Tinha cabelos cinzentos que um dia já tiveram um brilho sem igual. Andava com imponência pelos corredores da Ala de Experiências, como a chefe que deveria ser. Já comandava há 20 anos essa ala, e tinha lá seus privilégios. Mas quando dois de seus melhores cientistas invadiam sua sala praticamente aos berros dizendo que uma das experiências fora reativada sem mais nem menos, ela tinha que esquecer que precisava mostrar calma no ambiente e correu para a sala de pesquisas. Um grupo de aproximadamente quinze homens e mulheres estudavam computadores e o GPS antigo que tinham, que no momento mostrava 19 pontos brilhantes.

– O que está acontecendo aqui? – Perguntou ela, recuperando o fôlego perdido durante a caminhada da sua sala até ali.

– A experiência X-078 foi reativada senhora. – Uma mulher de meia idade lhe respondeu, tentando parecer apresentável diante da chefa.

– Como assim reativada? Eu não dei permissão para esse procedimento. – Protestou ela.

– Sinto muito senhora, mas parece que temos uma exceção. – Uriah Campbell, que estava à frente da experiência se levantou da cadeira. Uriah Campbell e Eva Levine nunca se deram bem. Os dois haviam sido amigos quando jovens, que acabou quando um erro sem medidas aconteceu por parte dela. Uriah era a favor de modificações genéticas em bebês, já Eva não. Infelizmente, o antigo chefe do departamento aceitara a ideia, o que acabou sendo terrível, já que a experiência fora roubada. Logo mais tarde ela fora colocada no lugar do homem, e vetara todas as outras possíveis ideias de procurar as crianças que Uriah teve. – Meu filho, Allec veio aqui, prestar seus serviços aos EUA e viu muito oportunamente que as experiências estavam reunidas no mesmo lugar, ativando seus chips cerebrais.

– E o que senhor quer fazer agora? Capturar os jovens? – Eva deu um riso debochado. Uriah tinha ideias loucas.

– Mas é lógico. Meus agentes de campo testemunharam muita coisa fora do comum por lá. – Uriah disse isso como se realmente fosse tudo lógico, e Eva ficou boquiaberta. Ele estava falando sobre 19 vidas que seriam arrancadas de jovens adolescentes. – Aliás, já mandei as naves para capturá-los.

– Você já o quê? – Eva tentou se controlar, porque gritara essa frase. – Uriah, você enlouqueceu? É sobre adolescentes de 17 anos que estamos falando! – Protestou. Uriah rolou os olhos com um sorriso cínico no rosto, como se estivesse vendo uma criança se rebelar.

– Eva, são 19 pessoas geneticamente alteradas. Existem 7 bilhões de nós no mundo! Francamente! 19 não farão falta! – Uriah disse. – E além do mais, são 19 mutantes. Eles podem nos matar apenas estalando os dedos.

– Você está dizendo que quer capturar adolescentes para suas ideias obscenas de poder? São crianças! Eu não vou permitir que você use vidas para seus planos apocalípticos!

– Você se lembra do porque dessas crianças terem sido criadas? – Perguntou o homem. Eva viu o rastro de insanidade em seus olhos. – Com eles podemos vencer a guerra no Afeganistão, na Palestina e provavelmente vencer milhares de outras guerras! Nós podemos salvar vidas inocentes de carnificinas.

– A ONU já cuida disso, seus planos são completamente ridículos! – Eva tinha uma opinião formada sobre o uso de modificados sobre guerras, desde quando finalmente percebera que as ideias de Uriah beiravam a insanidade. Os países árabes já tinham seus modificados. Não era necessário os Estados Unidos se colocarem na decisão, eles que lutem. Não eram necessários na guerra. Apenas iriam se colocar em pontos de riscos, e sua credibilidade afetada. Afinal os Estados Unidos eram o centro do mundo, a potência mundial. Se posicionar contra certos países ou lutar com eles seria o fim de muitos privilégios obtidos através dos anos. – Eles são crianças, tem apenas 17 anos!

A expressão de Uriah, que estava até aquele momento impaciente com a rebeldia de Eva de repente se curvou em um sorriso solidário, que apenas a pessoa mais burra teria caído. Seus olhos brilhavam de malícia.

– Exatamente como a sua filha, não é? – Disse ele. Touché.

Eva cambaleou para trás como se tivesse levado um soco no estômago. Fechou os olhos verdes e se obrigou a ficar calma. Uriah era uma das poucas pessoas que sabiam que ela havia tido uma filha. E na época, fervida pelas ideias maravilhosas de Uriah de mudar o mundo, mudando crianças, que cresceriam como heroínas a levaram a entregar sua filha recém-nascida para a experiência. Um mês depois, vendo a pobre criança quase morrer de dor, um chip ser implantado em sua cabeça e seus berros a noite, ela percebera que isso era loucura. Procurou Uriah, implorou para que ele devolvesse sua filha, mas o homem era impassível quanto aos planos. Quando W-032 roubou as crianças, Eva chorou de felicidade e alívio. Não sabia o que aquele homem faria com as crianças, mas certamente não fez nada errado, tendo em vista que nunca mais ouviram falar sobre a experiência X-078. Não sabia se deveria procurar a filha, mas se convenceu de que não era necessário. Ter uma mãe que era capaz de entregar a própria filha para um destino como esse não faria a pequena bebê feliz, ou apagaria seus erros. Então o máximo que fez foi vetar as buscas intermináveis pelas crianças, esperando que todas elas, inclusive sua pequena filha estivessem bem.

– Você não sabe o quanto eu me arrependo por ter mergulhado nas suas ideias, Uriah. Eu perdi meu marido e minha criança. Eu não quero perder mais nada. – Eva afirmou, em um tom sombrio. Todos os cientistas ali naquela sala viam a discussão entre Eva e Uriah do mesmo jeito que veriam uma partida de tênis. Ninguém entendia muito bem o que aquilo significava, mas a essência da discussão era lógica: Eva entregara o filho para a experiência. – Uriah Campbell, você está oficialmente demitido da Ala de Experiências.

O choque se alastrou como uma cobra pelos cientistas na sala. Uriah, boquiaberto, recuperou a compostura e pigarreou.

– Muito bem, senhora Eva Levine. – Ele começou a guardar objetos em uma caixa de papelão que puxou de debaixo de sua mesa. – Eu tenho aliados fortes e poderosos. A senhora é apenas a chefe desta ala, ainda há mais 15 alas. Se for guerra que queria, você conseguiu. Eu não vou desistir até capturar essas crianças rebeldes e entregá-las de bandeja para os Estados Unidos.

Uriah se empertigou ainda mais, passou por Eva e parou a porta.

– Se quiserem vir comigo, venham. – Ele disse, para a massa de cientistas reunidos. Alguns estavam incertos se deveriam ir ou não, até finalmente Theo Becker, Patricia Smith, Sarah Goode e Henri Harvelle se levantarem e ir com Uriah. Ele sorriu e olhou novamente para Eva. – Isso não acabou. Agora é guerra.

Eva, a mulher calejada de tantos empurrões que a vida lhe deu, já não aguentava ficar nos bastidores, apenas controlando as experiências. Agora era hora de rebater fogo com fogo, e ela não iria perder essa chance. Sabia que poderia perder o emprego, mas avisaria quantas pessoas da cúpula pudesse. Ela se empertigou, pondo o peito para frente, com vontade e força inabaláveis.

– Que venha então.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Apresentações Visuais: Diana Mills: http://i.imgur.com/YhRDF6Y.jpg

Explicações do Capítulo: Acho que vcs vão ter que ficar sem saber oq rolou com a Maison, com o Connor e com a Grim até eu encontrar uma foto da Grim (cabelos pretos com mechas vermelhas, pra quem quiser me ajudar, mas tem que ser comprido, pq o cabelo daquela garota chega até o joelho), ou até então a Grim ou a outra galera que deixou de comentar no último aparecer, a criadora da Grim (que tem o msm nick da personagem: Grim Kinuyt) desapareceu, e eu preciso de todos vcs enviando msgns e organizando mutirão pros fantasmas aparecerem, ou o próximo capítulo vai demorar a sair u.u
Acho que vocês devem estar se perguntando quem diabos é a Eva. Paciência, meus pequenos gafanhotos. Ela ainda vai aparecer por aqui. E, é lógico, como vcs perceberam (até pq ngm aqui é burro!) a Eva entregou a filha dela para a Experiência, agora é só dar seus palpites pra quem é a garota, sabendo que vocês tem uma vasta rede de opções. Mas podem ficar tranquilos: não é nenhuma das MINHAS personagens, é uma das inscritas, ou seja, quem será a garota, hein? Dei dicas no capítulo, e ela é um doce de pessoa.

Lembrando que1: Preciso da foto da Grim.
Lembrando que2: a Grim original precisa comentar.
E fantasmas, eu ñ vou ficar brava com vcs comentando só a essa altura do campeonato, vai ser uma honra saber que gostam da fic.

Não façam pactos com Crowley. Fiquem com o Batman, durmam com a benção de Hipnos, bjos e até o próximo (SABE-SE LÁ QUANDO VAI SAIR, NÉ?)