The Last Time escrita por Ana


Capítulo 3
Três




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Pela manhã foram distribuídos os horários de aulas de acordo com as qualificações nos NOM’s. Corine estava sem Grace agora, sendo acompanhada por Neville, que parecia levemente indeciso – mesmo que ele sempre se parecesse assim.

Hermione Granger sempre fora uma das alunas mais inteligentes de sua turma, portanto suas notas eram totalmente desinteressantes, pois todos já sabiam seus resultados: Poderia cursar todas as matérias da mesma maneira.

O próximo da lista fora Longbottom, que olhou para suas notas com um misto de alegria e alguma confusão.

– Ainda posso freqüentar Herbologia – disse quando se virou para Corine – e também Defesa Contra as Artes das Trevas, mas não fui bem em Transfiguração – suspirou – Minerva acha que não posso dar conta e também mandou que eu me matriculasse em Feitiços.

– Mas você terá mais tempo de estudar Herbologia – respondeu ela com um sorriso – É o que você mais gosta, não?

– Sim, mas vovó vai me matar quando souber que não estou na classe de Transfiguração. McGonagall vai mandar uma carta pra ela, dizendo que, só porque ela não conseguiu notas suficientes no NOM’s de Feitiços não quer dizer que não seja uma boa matéria. Vou me preparar para um berrador até o fim de semana.

– Não seja pessimista – Corine sempre achara conveniente apertar as bochechas de Neville, que sempre acabara vermelha – Ela vai achar formidável.

Corine se aproximou de Minerva com ansiedade.

– Corine Gouldfye – disse, olhando para formulários vazios nas mãos da professora.

– Julga que não a conheço desde o primeiro ano, senhorita? – começou Minerva, sorrindo-a – Ótimas notas em Poções, meus parabéns. Também ficarei feliz em recebê-la em minha classe com um “Excede Expectativas” em Transfiguração, garanto-lhe que Snape se contentara com suas novas em Defesa Contra as Artes das Trevas. Agora querida, você ganhou um “Aceitável” em Herbologia.

– Não gosto de plantas – disse calmamente – Não de plantas... Especificamente plantas que possuem vida própria.

– Entendo – Minerva dirigiu-lhe um risinho brincalhão – Nunca fui tão boa com Herbologia – sussurrou, levanto o dedo indicador aos lábios e então bateu a ponta de sua varinha no formulário e ele se preencheu automaticamente com suas notas.

– Não estamos juntos em Herbologia – falou para Neville.

– Quanto você teve?

– Aceitável. Mas fui bem em Transfiguração. Matérias trocadas, amigo.

– Temos um horário vago agora, Corine. O que vai fazer?

– Achar Grace – respondeu apertando os lábios – Deixei meus livros de poções com ela.

– Claro. Vou para o Salão Comunal, mais tarde talvez nos vejamos.

Corine não respondeu e andou apressadamente até o pátio, onde alunos que também possuíam horários vagos sentavam-se ao sol fraco, conversavam, estudavam e namoravam.

– Onde você se enfiou? – perguntou a si mesma.

– Disse alguma coisa? – Violet, a aluna da Sonserina que havia conhecido brevemente na carruagem parou ao seu lado com um sorriso torto nos lábios.

– Estou procurando Grace – respondeu secamente. Não havia se esquecido de como ela a tratara e também como chamara Draco naquela noite. Sentia-se pessoalmente ofendida.

– Eu a vi mais cedo descendo as escadas, quem sabe ela não tenha se perdido no terceiro andar, parece-me muito avoada – sorriu – Você deve me odiar, certo?

– Errado. Não vejo motivos para odiá-la. – estava incomodada com a presença de Violet, realmente criara certa antipatia por ela, mas sentia que estava sendo extremamente infantil quanto a isso – Não tenho motivo algum.

– Geralmente eu falo de mais – segredou a Corine, com uma piscadela – Obviamente ficaria nervosa com todas as coisas que disse de Malfoy, está claramente apaixonada.

– Eu não estou apaixonada por Draco Malfoy – disse num tom afetado e irritado.

– Claro que não está – ela riu – Não sou ruim, tudo bem? Nem odeio os alunos da Grifinória e todo aquele papo de ser a lei da escola não nos darmos bem.

– Compreendo perfeitamente – sorriu – Você me parece simpática quando está calada.

– Levarei isso como um elogio. Já que está sozinha, poderia lhe fazer companhia enquanto não acha sua amiga.

Corine não respondeu, mas a seguiu quando Violet colocou-se a andar pelo gramado verde em direção a uma massa de alunos da Sonserina. Eles riam e falavam alto, alguns estavam sentados na mureta de pedra que fichava um corredor e outros estavam encostados nas pilastras, fechando uma roda.

– O que há? – perguntou Violet, abrindo espaço entre eles.

– Nada de mais – disse um garoto gordo de cabelos pretos e raspados. Tinha feições de porco e suas roupas pareciam gritar em torno de sua enorme barriga.

– Vocês viram Draco por aí? – perguntou finalmente.

Alguns risinhos prosseguiram a pergunta e então perceberam a presença de Corine, de braços cruzados esperando por sua colega.

– Quem é você? – perguntou o garoto gordo.

– Corine Gouldfye – respondeu.

– Você está andando com ela, Violet? – a dona da voz tinha cabelos bagunçados em uma trança embaraçada, trazia a varinha nas mãos e suas vestes impecavelmente passadas.

– Ela é uma amiga. Conheci-a nas carruagens. Não importa, vocês viram Malfoy?

– Deixaram de se atracar nos corredores? – perguntou outro garoto, dessa vez com cabelos castanhos e sardas no nariz.

– Vocês são uns idiotas – ela riu e revirou os olhos, virando-se para Corine e a puxando pela manga de sua veste.

– Se atracando? – perguntou – Belo termo.

– Eles sempre estiveram convencidos de que eu tive um affair com Draco. O que eles não sabem é que sempre nos odiamos, desde pequenos.

Sem obter respostas, a garota loira da Sonserina riu e a olhou.

– O que foi? Não fique com ciúmes, eu e Malfoy somos meio que parentes.

– Parentes? – perguntou confusa.

– Sim. Não sei exatamente, quase todas as famílias bruxas são uma bagunça e todos tem um elo de parentesco, podemos não ser realmente próximos. Porém, meu pai freqüentava a casa dos Malfoy desde quando eu era pequena, conversavam bastante, papai pessoalmente vivia no escritório de Lúcio resolvendo problemas de família, dizia ele, mas todos sabiam o que era. Isso não vem ao caso.

– Entendo.

– Veja bem, esse ano as coisas vão mudar muito – ela parou, agora assumiu um tom sério – Nada é mais como antes, entende?

– Não.

– Um dia, eu te prometo que você vai entender. Bem, olhe só que horas são. Não queremos nos atrasar para as aulas, certo? Defesa Contra as Artes das Trevas, espero que Snape esteja de bom humor, sim eu espero.

– Temos aulas juntas, podemos ir...

– Não – falou – Meus livros estão no meu malão. Até mais, quem sabe.

Violet correu pelo corredor abrindo caminho entre outros alunos. Porque ela haveria de ser tão simpática de repente, pensou. Talvez, fossem coisas de sua cabeça, mas um pouco de desconfiança era necessária.


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Notas finais do capítulo

Sempre repetindo que: comentários são ótimos, são maravilhosos. Fica a dica!



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