The Last Time escrita por Ana


Capítulo 21
Vinte e Um


Notas iniciais do capítulo

Hello! Esse capítulo tá uma droga, podem dizer depois de ler porque não irei me importar. Escrevi depois de chorar bastante vendo "12 Anos de Solidão". Comentem criticando, elogiando, me contando sobre a vida de vocês. Sério, eu amo quando vocês comentam. Enfim, leiam e tirem suas conclusões.



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As duas aparataram na casa dos Gouldfye. Corine sentiu-se aconchegada e pela primeira vez em dias soube que estava segura. Uma ânsia atingiu a boca do estomago da garota quando sentiu o tapete felpudo da sala contra suas mãos. Ainda permanecia deitada no chão, como na mansão dos Malfoy.

– Não – reclamou em voz baixa – Mãe! Não.

– O que? – perguntou ela olhando para a filha – Corine! Corine, você está bem? – a mulher ajoelhou-se e encheu a face da garota de beijos.

– Sim. Mãe, não. Você tem que ir embora, você tem que se esconder.

– Estamos escondidas Corine, estamos em casa – disse ela alisando os cabelos longos da filha.

– É o primeiro lugar que vão associar conosco. Temos que partir imediatamente.

– Acalme-se – Celine beijou a testa da filha e a puxou contra si – Estamos seguras aqui, querida. Lave-se, descanse e coma. Você não tem mais com o que se preocupar filha.

– Mãe, deveria me jogar na rua. Fiz coisas terríveis, me associei com um comensal! Onde eu estava com a cabeça? Merecia estar trancafiada em Azkaban, sofrendo na mão de Dementadores.

– Não precisamos falar disso agora. Como disse, vá descansar e mais tarde conversaremos corretamente.

– Papai! Ele está morto e é tudo culpa minha – Corine começara a chorar sem se dar conta de sua ação – É culpa dessa minha infantilidade absoluta achando que estava fazendo algo certo por mais que soubesse que fosse errado.

Corine levantou-se rapidamente e se aproximou da lareira apagada. Mais acima, seu pai rodopiava com uma garota de cabelos negros, sorrindo. A garota deslizou seus dedos pela foto e então a abaixou. Fechou sua expressão e subiu as escadas de sua casa lentamente sem dizer uma palavra sequer. Andou pelo breve corredor colorido de sua casa e entrou em seu quarto ainda decorado da mesma forma de antes.

Sua escrivaninha branca e sua cadeira igualmente da mesma cor estavam intactas, sua cama perfeitamente arrumada e seu guarda-roupa totalmente organizado.

– Nunca pensei que seria tão idiota em toda minha vida – murmurou recolhendo-se em sua cama – Cooperar à planos terríveis, não me importar com as conseqüências. Achar que Draco realmente me amava – ela riu brevemente enquanto levantava-se novamente.

Abriu a porta de seu banheiro, despiu-se e deixou que a água escorresse por seu corpo por um longo tempo. Mais tarde, já vestida, limpa e alimentada Corine abriu as cortinas azuis de seu quarto inspecionando a rua. Era inicio de noite e também verão, logo, a rua estava cheia de crianças brincando com colegas, correndo, pulando corda e também de adolescentes namorando.

Mas algo definitivamente não se encaixava na descrição normal de uma rua trouxa em pleno verão. Um homem de vestes escuras e de cabelos raspados esquivava-se pelas sombras das árvores a frente. Corine instintivamente abaixou-se para não ser vista, mas o homem parecia não a notar e muito menos notar a residência dos Gouldfye.

– Mãe! – gritou imediatamente saindo de perto da janela. Pegou uma pequena bolsa que havia preparado para fugas imediatas caso fosse preciso que continha algumas roupas e galeões, assim como dinheiro trouxa – Mãe! Temos que deixar a casa nesse exato momento – ela desceu as escadas e andando em passos largos até a cozinha – Tem um Comensal da Morte na rua e eu posso afirmar que ele está a nossa procura. Ou melhor, a minha. Temos que sair daqui.

– Vá comer – reclamou a mulher – Está com fome, tenho certeza.

–Não sei se você ouviu corretamente – Corine estava preocupada, alarmada e irritada, portanto tinha um tom petulante em sua voz que a fez lembrar-se de como Draco falava com ela antes de ter criado afeições por ela. Ou fingir tê-las – Tem um Comensal da Morte em nossa rua – gritou – A qualquer momento ele pode entrar por aquela porta e matar-nos e você ainda me manda comer?

– Sim! – respondeu a mulher ofendida – Quero que você coma! E imediatamente se for possível. Essa casa está perfeitamente protegida, ele não pode nos ver, não pode ver a casa.

– Isso é impossível – Corine sentou-se e observou a mulher colocar um pedaço de torta em sua frente e suco de abóbora gelado – Nossa casa não é algo que se possa esconder dentro de uma bolsa!

– Você está em Hogwarts a mais de três anos e ainda não aprendeu sobre feitiços extremamente importantes como o Fidelius? – Celine sorriu rapidamente e voltou – Quando Dumbledore desconfiou de seu envolvimento com Draco, falou conosco gentilmente e prometeu que a protegeria. Ele me assegurou que você não estava tendo nada além de um breve romance com Malfoy, então não tivemos com o que nos preocupar. A não ser é claro, se você por algum motivo fosse parar nas mãos de um Comensal da Morte.

– E foi isso que aconteceu. Mas você deve saber muito bem que não tive apenas um breve romance com Draco, eu quase matei Rony Weasley! – confessou a garota envergonhada.

– Então ele fez com que ficássemos protegidos sob o efeito de Fidelius, sendo o fiel do segredo. Agora, o segredo morreu com ele e estamos seguras aqui até Potter acabar com Você-Sabe-Quem.

– Porque ele quis me proteger? Eu ajudei um comensal mamãe! Eu... Como eles te pegaram se estavam seguros aqui? – perguntou ela.

– Ainda tinha que te tirar daquele lugar abominável – Celine bebeu alguns goles de seu suco e observou a filha – Não havia te criado para sofrer nas mãos de alguém tão desprezível quanto um Malfoy. Conheci Lúcio e prometo a você que ele não é um dos homens mais cordiais do mundo e Draco não deve ficar muito atrás. Porém, ele mostrou ser uma pessoa muito mais decente que qualquer membro daquela família quando quase deu a vida dele pela sua.

– Era tudo mentira – respondeu ela – Tenho certeza. Draco é tão nojento quanto o pai.

– Filha, tem certeza do que está dizendo? Sei que está chateada por ele ter ficado observando enquanto você era humilhada por Você-Sabe-Quem, mas concordamos que se ele realmente não se importasse com você não teria se colocado entre vocês e nesse exato momento a família Gouldfye não existiria mais.

Corine não respondeu, apenas bebeu seu suco lentamente enquanto absorvia as informações. Porque Dumbledore a ajudaria? Porque se preocuparia com ela, aliás estava de acordo e comunhão com o inimigo. Talvez pensasse que ela pudesse ser como Severo Snape, um espião do outro lado, espiã dos planos do Lorde das Trevas.

Mas agora ele estava morto e pelas mãos de Snape, o que tornava tudo aquilo pior. Olhou para sua mãe e lembrou-se do que havia dito sobre Draco: Ele havia intermediado entre ela e a morte certa, oferecendo sua própria vida pela de Corine, contanto que ela vivesse. Estaria ele vivo agora? Sentiu seu cérebro latejar, uma dor de cabeça inconstante começava a brotar. Fechou os olhos e quando voltou a abri-los ainda estava lá, sentada na cozinha de sua casa com uma caneca de louça branca repleta de suco gelado e sua mãe sentada em sua frente a olhando com bondade.

Sua mãe estava protegida agora e isso era exatamente o que importava, estavam seguras e ninguém as atormentariam dentro da casa dos Gouldfye.


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Notas finais do capítulo

Perdoem os erros, não revisei porque a preguiça em mim é maior que a força de vontade.



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