The Last Time escrita por Ana


Capítulo 10
Dez


Notas iniciais do capítulo

Desculpem mil vezes por não estar escrevendo tanto, meu notebook está sem carregador e ando dependendo de carregadores alheios. Também fiquei a semana toda na correria porque fui pra bienal comprar uns livros básicos.
Escrevi esse capítulo pra vocês e espero que gostem. Semana que vem tem mais! Se acharem que está bom, comentem a opinião por favor. Se estiver ruim, comentem também que a gente resolve todos os problemas. Enfim, leiam com carinho.



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Se Corine pensasse muito, não faria o que teria de ser feito. Ela tinha medo, mas sabia que deveria fazer aquilo depois de se devotar em seu particular em ajudar Draco Malfoy em sua complicada tarefa, quer ela qual fosse.

Esgueirou-se pelos corredores e escadas, tomando o máximo de cuidado para não ser vista por qualquer aluno, professor ou fantasma.

Slughorn estava dando aulas de poção nesse exato momento. Com sorte, não aparecia em suas aulas havia dois dias, pois dissera a algumas colegas de quarto – inclusive Gina e Hermione – que andava indisposta e acabara por passar suas tardes no quarto lendo livros de literatura trouxa.

Chegou ao corredor onde ficavam os aposentos de Horácio, onde muitos dias antes havia freqüentado uma festa. Sentia sua nuca queimar de nervosismo, mas estava sozinha.

– Draco deveria fazer isso, eu não – murmurou para si mesma – Pareço uma assassina, uma criminosa completa me esgueirando pelos corredores.

Seus olhos queimaram por alguns instantes e umedeceram brevemente quando pensou que, ao misturar o liquido que continha no frasco ao hidromel do professor o mataria. Era de mais pra ela.

– Não tenho tempo para sentir remorso – concluiu segurando a maçaneta e a girando. Estava aberta.

Adentrou o cômodo, olhando em volta. Estava tudo organizado, sofás, tapeçarias, quadros e fotografias nas paredes e nos armários de madeira maciça, todos eles em seus devidos lugares.

Mais a frente havia uma pequena mesa que dispunha de copos, garrafas de bebidas e hidromel.

Avançou naquela direção. Suas vestes balançaram com seu movimento rápido. Seus cabelos estavam presos, por isso não atrapalharam tanto.

Segurou a garrafa por alguns segundos. Ela estava envolta em um papel marrom, como se estivesse separada para algo especial e ninguém a pudesse utilizar.

Abriu sua tampa lentamente e o pousou novamente na mesa. Respirou fundo e então procurou em seus bolsos pelo frasco pequeno. Encontrou-o e suas mãos o envolveram por um bom tempo, enquanto ela refletia novamente no que faria.

Corine não era uma assassina, mas embora tivesse medo de matar, tinha mais medo ainda de morrer. Sabia que isso não era trabalho dela, sabia também que Draco era fraco e não conseguiria matá-la. Não depois de um beijo.

Fechou os olhos e pensou no toque dos lábios do garoto, em suas mãos por seus cabelos e em seu corpo, pensou... Alguém estava perto.

Abriu o frasco rapidamente e jogou todo seu conteúdo dentro do hidromel em questão e o fechou, colocando-o em seu devido lugar como se nunca tivesse sido tocado. Correu para algum lugar dentro do cômodo para se esconder.

Passos se aproximaram e Corine gelou totalmente. Poderia apostar que estava pálida o bastante para ser confundida com Nick Quase Sem Cabeça.

Quando os passos avançaram no corredor, para além da porta dos aposentos de Slughorn, a garota sentiu seu coração palpitar e o medo aumentar tão rapidamente que não conseguia controlá-lo.

Se alguém me pegar, estou totalmente perdida. Vou ser expulsa por me juntar com Comensais e conspirar junto a eles e meus pais vão me punir como puderem, mordeu os lábios e abriu a porta novamente, tomando cuidado para não ser vista. Correu até um pilar onde não poderia ser vista e certificou-se de que não havia nenhuma alma viva – ou morta – nas redondezas. Correu para as escadas e desceu os degraus na maior velocidade que pode, tentando não se desequilibrar e rolar masmorra a baixo.

**

Draco andava de um lado para o outro no dormitório. Sentia medo de tudo que estava acontecendo nesses tempos. Eram tempos sombrios, não havia forma alguma de negar e, embora ele estivesse envolvido diretamente com todos os acontecimentos propriamente inapropriados em Hogwarts ainda não se sentia preparado para realizar a tarefa a qual estava designado.

Sentia-se culpado por ter envolvido Corine Gouldfye em seus planos idiotas, nem ele sabia exatamente o que deveria fazer e agora dera uma tarefa relativamente complicada e arriscada a uma garota estúpida e inocente. Ele sabia que ela faria tudo que mandasse simplesmente pelo fato de amá-lo.

Riu nervosamente pensando em quão patética ela estava sendo em tudo isso. Deteve-se nesse pensamento, mas não sabia exatamente o motivo. Fazia mais ou menos uma semana que não conseguia pensar em Corine com tanto ódio quanto conseguia antes. Sentia pena, uma mistura de medo e preocupação com o estar da garota e totalmente culpado por arriscar a vida dela.

Havia momentos em que Draco chegava a perguntar-se porque sempre a desprezara, já que não era feia e nem um pouco burra. Se fosse, já teria aberto sua maldita boca.

Deitou-se em sua cama e colocou o braço sob os olhos. Sua camisa branca estava pouco aberta até seu peito e sua gravata estava totalmente frouxa. Ele precisava pensar.

Essa hora Corine já deveria ter jogado todo o veneno que havia separado no hidromel de Slughorn e com grande sorte, este chegaria às mãos de Alvo Dumbledore e todos seus problemas acabariam. Ou então estariam começando, se ela fracassasse. Iria morrer e iria matá-la. Uma onda de mal estar passou por seu corpo e ele sentiu uma incontrolável vontade de chorar, mas segurou-a com toda sua força, não poderia se dar ao luxo de ser vulnerável, não nessa situação.

Levantou-se a abotoou sua camisa e colocou seu colete de lã que era parte de suas vestes da Sonserina e passou as mãos pelo rosto tentando acordar de uma hipnose longa de doída e desceu do dormitório adentrando o Salão Comunal.

Pansy Parkingson sentava-se no sofá grande próximo a lareira e Draco foi até lá, sentando-se a seu lado e deixando todo o peso de seu corpo sobre o móvel.

– Tem passado muito tempo sozinho, Draco – ela começou, olhando-o. Quase toda a Sonserina especulava que Pansy gostava dele desde o primeiro ano.

– Não tenho motivos pra ficar perto de alguém – respondeu seco - E também não quero conversar agora.

– Ultimamente, só tem conversado com Corine Gouldfye, querida Pansy – Violet disparou do outro lado do Salão, sentada em um sofá idêntico ao que o garoto estava – Não espere que ele dê tanta atenção para você.

– Cale a boca, Murray – reclamou ele com uma expressão irritada – Você fala de mais, mas não sabe de nada.

– Sabe sim – respondeu Pansy – Estão todos falando, Draco.

– Falando o que? – ele quis saber, olhando fixamente para seus sapatos pretos. Estava desinteressado.

– Que você está de caso com Corine – riu Violet, ajeitando-se em seu lugar e limpando a garganta para continuar falando – Não que ela seja feia, ou uma má pessoa e é aí que está. Ela não é uma má pessoa e está se envolvendo com uma que não vale nem um fio de cabelo loiro que tem. E também é da Grifinória e levemos em conta, o que seus pais vão pensar, não é?

– Também dizem que você é um Comensal, Draco – continuou Pansy com os olhos arregalados de curiosidade – Dizem que vai fazer algo terrível pra limpar a reputação da sua família.

– Vocês estão ficando completamente loucas – respondeu Malfoy, ainda olhando para seus sapatos.

– O que me diz de beijar Corine pelos corredores? – Violet riu mediante aquilo. Ela poderia estar jogando para conseguir uma verdade que nem ela sabia, mas Draco não deixou de congelar e pensar no beijo que dera na garota.

Ela era doce e lenta, de uma maneira que nunca conheceu outra menina. Era diferente e tinha ternura e uma preocupação com ele acima do que ele esperava. Pensou em quantas vezes voltou ao beijo que deu em Corine apenas para tentar aliviar suas preocupações e em como havia pensado. Nesse exato momento estava pensando naquele gesto com carinho e sentiu ódio de si mesmo.

– Não quero discutir com você, Violet – ele completou – Não entendi ainda porque está com essa marcação idiota ou o motivo pelo qual cisma com a Gouldfye, sendo que só nos vemos em horários de aula e trocamos palavras por obrigação. Se estiver com algum tipo de ciúmes, não precisava evidenciar tanto.

– Como se eu tivesse algum motivo para sentir ciúmes, Draco – ela sorriu com o canto dos lábios e levantou-se, deixando-o sozinho com Pansy, que permaneceu em silêncio.

Ela o encarou por alguns minutos, mas ele simplesmente a ignorou pelo simples fato de ter voltado a pensar no beijo que dera em Corine.

Não posso permitir me afeiçoar por ela, ralhou em sua mente, isso é a ultima coisa que eu posso fazer por mim.


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