Everything Has Changed escrita por Anne Atten


Capítulo 65
Capítulo 65


Notas iniciais do capítulo

Olá leitores, será que tem algum antigo por aqui? Sei que faz tempo que não atualizo, mas nunca esqueço da minha história e espero poder completá-la! Tinha postado o capítulo 65 a um tempo, mas não gostei dele e fiz outro para poder prosseguir a história. Boa leitura!



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Chegamos no meu apartamento muito tarde e meu pai não tocou mais no assunto de chamar minha mãe para seu casamento com a francesa-com-certeza-fresca. Como ele e Claire estão em um hotel, concordamos que seria melhor eles dormirem aqui do que eu lá. Eu vou dormir com a Claire na cama de casal da minha mãe e meu pai no meu quarto. Ele não fez objeção e acho que, assim como eu, acharia estranho dormir na cama de sua ex esposa.

— Boa noite, Lydia. – disse a Claire seguido de um bocejo ao virar de bruços e colocar a cabeça pro lado oposto do meu.

— Boa noite, Claire. Durma bem. – digo e apago o abajur, mas não caio no sono de primeira.

Nessa sexta-feira é a tão esperada estreia do teatro e não poderia estar mais nervosa. Não pela peça em si, mas também porque serei obrigada a encarar o Thomas todos os dias até lá e, como se não bastasse, beijá-lo na frente de tudo mundo. Não que seja ruim beijá-lo, pelo o contrário, mas é estranho. Ele se desculpou e disse que gosta de mim e isso tudo deixou tudo mais constrangedor.

Balanço a cabeça pra me afastar desses pensamentos e me deito. Será uma longa semana.

****

Acordo sentindo um cheiro muito bom e me espreguiço. Olho pro lado e vejo que Claire está toda remexida, o cobertor jogado no chão, os cabelos desgrenhados e a boca aberta, parece que está babando. Seguro uma risada para não acordá-la e me levanto o mais silenciosamente possível, fechando a porta ao passar pelo quarto.

Vou até a cozinha e vejo que meu pai está fazendo alguma coisa.

— Bom dia, meu amor. – fala ele sorrindo e vou até ele e dou um beijo em sua bochecha.

— O que você tá fazendo?

— Panqueca de banana, bem saudável.

Levanto uma sobrancelha.

— Agora é fitness?

Ele revira os olhos.

— Não mata tentar ser um pouco mais saudável. – ele vira a panqueca de lado. – Essa é a minha, acredito que vá se arrumar pra escola antes.

Concordo com a cabeça e vou pro banheiro do meu quarto, em menos de 10 minutos estou pronta e meu pai está terminando de comer a panqueca dele. Vejo que colocou uma pra mim no prato e viro o café da cafeteira em minha xícara.

— Faz tempo. – solto sem querer.

— O que?

— Ah, que a gente toma café da manhã assim, antes da escola.

Ele concorda com a cabeça.

— É bom. – falo, por fim e ele concorda de novo.

Como rápido e logo ele está me levando pra escola.

— Onde quer almoçar hoje?

— Hoje vou ficar na escola, então vou almoçar por aqui, tinha esquecido de falar. – faço franzindo a testa como um pedido de desculpas. – Vou bater texto com a Katherin e o Thomas logo após a aula e depois vamos no teatro. Você me pega lá às oito? Te passo o endereço.

— Tá certo. Estou ansioso pela sua apresentação!

Abro um sorriso e o abraço, feliz por ele ter feito o seu melhor para não expressar desgosto ao ouvir a palavra “Thomas”.

— Te amo, pai.

— Te amo, Lydia. – ele me dá um beijo na bochecha e eu desço.

Atravesso a rua e estou quase chegando na porta do colégio quando recebo uma mensagem.

Kath: Lyd, não irei na aula hoje, estou com uma cólica terrível e mal dormi. Tô tomando remédio e acho que estarei pelo menos 70% bem até a hora do teatro”.

Eu: Que péssimo :( Melhoras!

Kath: Obrigada.

Guardo o celular e mal tenho tempo de pensar quando o Thomas surge na minha frente.

— Porra, Thomas! – falo com a mão no coração. – Você quer me matar de susto?

— Você é tão viciada no celular que nem me viu.

— E você com certeza me viu e só quis me encher o saco.

Ele balança a cabeça, rindo. Entramos juntos e começo a tamborilar os dedos em nervosismo, lembrando do nosso acerto de contas e, consequentemente, dos beijos. Sinto o rosto esquentar com esse pensamento.

— Você tá bem? – pergunta ele com um olhar divertido.

— Ótima, obrigada. – e antes que ele possa falar mais alguma coisa, ou pior, me beijar, eu me enfio na sala e me sento.

Abro meu celular e vejo que tem mensagem da minha mãe.

Mãe: Bom dia, filha! Como foi o passeio? Espero que bom! Estou indo com os meus colegas na empresa para avaliarmos o caso, ficarei o dia todo fora, então por favor me ligue apenas se for urgente!

Mãe: Te amo muito e já estou com saudades!

Eu: Bom dia, mãe! Tudo certo por aqui, boa sorte com seu caso

Eu: Detalhe, não estou me referindo apenas ao trabalho rs

Sorrio e bloqueio a tela do celular. Estou torcendo pra que o que eu acho existir entre ela e o tal Leopoldo seja real.

— Bom dia, turma. – fala Amy e percebo que ela está radiante. – Antes da nossa aula, preciso lembrar vocês de que nosso baile está chegando.

Abro a boca em choque, eu tinha me esquecido totalmente! Já estamos no dia 17 de setembro de 2014 e o baile é no dia 2 de outubro.

— O nosso show de talentos foi um sucesso, devo parabenizá-los pela organização! Conseguimos arrecadar o dinheiro necessário. – alguns meninos soltam assobios altos e ela ri. – Ainda sobre o baile, uma amiga irá me substituir, porque tenho coisas pessoais a resolver até o dia dele. – me sinto triste com isso, ela é com certeza minha professora favorita. Ela dá um montinho de folhas pro aluno de cada fileira e cada um vai pra trás. – Estou deixando uns temas que gostaria que vocês abordassem em uma narrativa.

Escuto Amanda bufar.

— Professora, eu sou péssima em escrever histórias!

Amy ajeita os óculos.

— Pessoal, devo lembrá-los que ano que vem a vida de vocês vai ser totalmente voltada pro vestibular e o processo criativo será deixado de lado, por isso estou pedindo coisas que trabalhem a imaginação. – ela explica. – Apenas dê o seu melhor Amanda e não seja dura consigo mesma.

Como a Amy consegue ser fofa após ser interrompida eu juro que eu não sei.

Após a aula acabar, vou até sua mesa.

— Bom dia, Amy. Eu sei que não é da minha conta, mas tá tudo bem?

Ela abre um sorriso.

— Agradeço sua preocupação, mas são apenas alguns problemas de família.

Então me recordo que não faz muito tempo que a telefonista fofoqueira me disse que a tia de Amy tinha morrido e o ex-marido dessa tia queria tirar a casa que a tia tinha deixado para ela e onde ela vivia atualmente.

Apenas assinto com a cabeça.

— Tudo bem então, boa sorte!

— Obrigada. E como você está, se adaptando bem?

— Pra minha surpresa, sim. – falo com uma risadinha. – Fiz amigo se gosto da maior parte dos professores, pra ser bem sincera.

— E o Thomas? – pergunta ela como quem não quer nada e fico vermelho.

— Ele está bem, se metendo em tudo como sempre faz.

Ela solta uma risada e vamos andando até a saída da sala.

— Eu acho ele uma graça. – então ela faz uma careta. – Pareci uma velha agora! – dou risada com ela. – Estudei com o irmão dele, aliás, o Matthew. Você conhece?

Então isso quer dizer que a Amy tem uns 22 anos, fico surpresa de ela já ser minha professora e que professora!

— Conheço sim, você ainda tem contato com ele.

— Sim, ultimamente temos nos falado com certa frequência. – diz ela dando de ombros e, posso estar louca, mas acho que vi seus olhos brilharem um pouco. – Bom, preciso mesmo ir agora. Te vejo no baile?

— Com certeza! – dou um abraço nela e volto para a sala, vendo Millie colocar um envelope em cada uma das mesas, inclusive na minha.

Ela levanta os olhos e me vê, abrndo um sorriso.

— Lydia, esse é um convite pra minha festa de aniversário. Vou ficar muito feliz se puder ir!

Não consigo esconder a felicidade de ter sido convidada.

— Vou tentar ir sim, pode deixar!

Vejo que é uma semana depois do baile, quem vê pensa que eu curto muito ir em festas.

— Você pode por favor entregar pra Katherin? – diz ela me estendo outro convite. – Eu poderia trazer amanhã, mas sou cabeça de vento e com certeza esqueceria.

Confirmo e deixo o convite na minha mesa, então ela me acompanha até a floresta pra comermos.

— Então, você vai com o Thomas no baile? – pergunta ela em determinado ponto já que estávamos falando de roupas e outras coisas relacionadas ao baile.

— Sim, acabamos ficando amigos. – digo simplesmente. – E você, vai com quem?

— Bom... – ela olha pra baixo e respira fundo. – Não sei se você quer ouvir meu drama.

— Millie, acho que nosso ódio pela Amanda nos uniu e eu gosto de você, se quiser pode falar comigo. – ela dá risada. – E seja o que for, minha boca é um túmulo.

Ela decide me olhar novamente.

— Bom, eu vou com uma menina na verdade. – diz ela e respira fundo. – Ainda não falei com meus pais. Não sei como falar.

Fico sem saber o que dizer, porque também não sei como revelaria minha sexualidade com meus pais se eu não fosse hétero. Não sei como reagiriam, apesar de não achar que são preconceituosos.

— Você quer falar?

— Não sei. – diz ela e respira fundo mais uma vez. – Realmente não sei.

— Olha, Millie, eu acho que você deve falar apenas se sentir confortável. É algo íntimo, seu, e se você não se sente bem e acha que eles não vão entender, não acho que precise falar agora. Apenas quando estiver pronta para possíveis reações ruins.

Ela concorda com a cabeça.

— É, acho que você tem razão. Eu namorei muito tempo um menino, você sabe, o que me traiu com a Amanda. – faço uma careta. – É capaz deles acharem que estou revoltada, mas não é isso. Eu sempre soube que gostava de meninas e meninos. – assinto e depois de um tempo de silêncio ela fala. – É, vou ficar quieta por enquanto, não estou pronta.

Seguro sua mão e abro um sorriso em sinal de apoio.

— Tenho certeza que vai ficar tudo bem.

Ela abre outro sorriso.

— Obrigada, Lydia.

Então voltamos a comer e a falar de coisas aleatórias até o sinal bater e termos que voltar pra sala.

***

Quando toca o sinal para o almoço solto um suspiro de alívio, era aula de matemática. Temos que entregar um relatório de duplas na secretaria até o fim do dia e acontece que eu e o Thomas não tivemos exatamente todas as reuniões que deveríamos ter. Na verdade a gente estudou juntos poucas vezes, então ele resolveu mentir no relatório.

—Thomas, pra que isso? Que bobeira. – falo irritada. Tanto drama. -Esse professor já não gosta da gente, que diferença faz?

—Ele pode descontar nossos pontos, besta. – disse ele e me deu um leve peteleco na cabeça.

Então escreveu que nos encontrávamos religiosamente todas as segundas feiras pra fazer trabalho. 

—Ei, lembra quando seu tio me deu um tiro? – diz ele do nada, levando a mão no ombro. Depois começa a rir.

Levanto uma sobrancelha.

—Você é masoquista ou o que?

—Eu tô é rindo de nervoso. – diz ele e balança a cabeça. -Ainda tenho pesadelo com isso sabia? 

Me sinto mal por isso. Se ele não fosse minha dupla e não morasse no mesmo prédio que eu nada disso teria acontecido com ele. 

—Foi mal, Thomas. De verdade, nunca vou poder compensar isso.

Ele para de escrever o relatório e passa o braço ao redor dos meus ombros, encostando nossas cabeças.

—Você compensa todo dia, te ver já compensa qualquer coisa. 

Meu coração dispara com isso e sinto meu rosto ficar quente. O Thomas acha graça do meu jeito e me dá um beijo na testa, como se isso fosse me ajudar!  Levanto com um pulo.

—Hmm vamos almoçar? Eu tô morrendo de fome. – isso Lydia, usa a cabeça. Comida é bom até pra tirar a gente de situações constrangedoras!

Ele concorda e me solta.

— Sim, eu também. Quase terminei nosso relatório fake.

Dou uma olhada no relatório, segundo ele somos uma dupla imbatível e super produtiva. Quem vê pensa. 

Vou com o Thomas pro restaurante e pego minha comida. O Thomas cumprimenta um monte de gente, tanto os funcionários quanto pessoas aleatórias. Acho que ele deve conhecer a cidade inteira.

— Famoso você hein. – falo pra encher o saco e ele só ri.

Escolho uma mesa e me sento, pegando o celular pra mandar o endereço do teatro pro meu pai, antes que eu me esqueça. Bloqueio o celular e vejo que o Thomas já se sentou e começou a comer. Mal educado, nem pra esperar. Começo a comer também.

— A gente não sabe muita coisa sobre o outro. – comenta ele do nada. Olho pra ele confuso. -Tipo a gente se vê todos os dias, acho que sabemos a personalidade um do outro, mas as curiosidades não. Tipo, qual sua comida favorita?

— A lasanha do meu pai. E a sua?

— O bacalhau que minha avó faz. Sério, é o melhor.

— Gosto muito de bacalhau também. 

— Talvez um dia te chame pra comer o da minha avó. Ela adora receber visita. – ele bebe um pouco da sua água. -O Peter levou isso bem a sério, sempre que tem oportunidade vai lá encher o bucho.

Dou risada tanto pelo caráter folgado do Peter quanto pela expressão “encher o bucho”.
—Você não tem avós? – pergunta ele. 
Enquanto engulo a comida faço positivo com o polegar.

— Na verdade tenho só a minha avó por parte de mãe. Meu avô, esposo dela, faleceu a um tempo atrás. E os por parte de pai não cheguei a conhecer. -Você só tem a sua avó?

Ele faz que não com a cabeça.

— Tem a minha avó, dona Inês, e os pais da minha mãe, mas eles moram longe.
Apenas assinto com a cabeça e sinto meu celular vibrar.

Terminamos de comer e vamos pra nossa sala de aula, que fica vazia na parte da tarde. Ajudo o Thomas a terminar o nosso relatório fake e então começamos a treinar nossas falas. Está quase tudo decorado, já que estamos ensaiando todos os dias, mas ainda podemos ficar com os papéis na mão. Hoje o Ronaldo quer a gente sem os textos em mãos e sei que ele vai gritar se começarmos a errar muitas falas. 
—Thomas, quando vai parar de usar muletas? – pergunto pra ele quando sem querer uma acaba caindo e eu o ajudo a se apoiar porque parecia que ele ia cair. Seguro ele pela cintura pra estabilizá-lo e o ajudo a chegar até a cadeira. Aí me lembro que ele já até correu atrás do cachorro da avó dele sem essas muletas e cruzo os braços. -Como você é dramático, fica fingindo que tá debilitado só pros outros te ajudarem. 

— Tudo pra me aproximar das gatinhas. – diz ele com uma voz forçada, fazendo graça e acabo rindo.

— Vai, vamos começar. Se depender de você ficamos aqui sem fazer nada pra sempre.

Ele se levanta e começamos a bater o texto, tentando nos posicionar de acordo com o que será no palco. Apesar de ser um pouco maçante falar pela milésima vez a mesma coisa, até que está sendo divertido, até porque podemos fazer pose e graça, coisa que na frente do Ronaldo não dá. 

— Ok Thomas, nessa parte você vai me levantar e me girar no ar. Agora me diz como isso será possível. 

— Relaxa, amanhã mesmo vou tirar o gesso e vou poder ficar em pé estabilizado e te girar no ar. – explica ele. 

Assinto com a cabeça e nos sentamos pra descansar um pouco. 

— Ei, Lydia. – chama ele e me viro. -Você tem medo de altura né?

Concordo com a cabeça.

— Ficou sabendo disso quando dei um escândalo quando me soltaram do alto do palco com as cordas né? – me lembro desse dia, que horror foi aquilo. Fiquei tão desesperada. 

— Foi mal, era impossível não notar. A gente vai ensaiar de novo com as cordas hoje, sabia? 

— Sim, vou ter que simplesmente fingir que estou tranquila e seguir plena. 

— Bom, você me ajudou a superar o trauma do basquete.

Solto uma risada com isso.

— Ajudei tanto que depois de anos sem jogar você foi e ferrou o tornozelo. 

Ele ri também, balançando a cabeça na negativa.

— Justo, mas quero te ajudar também. 

O Thomas se levanta e puxa minha mão, abandonando uma muleta. Falei que ele sabe se virar com uma só!

Subimos paro quarto andar do colégio, o último, e ele olha pros lados. Não há ninguém. Então ele abre uma porta, revelando um lugar cheio de produtos de limpeza, rodos e vassouras. 

— Thomas, você não vai mesmo me fazer entrar nesse armário escuro com você!

Ele faz uma cara sugestiva, tirando uma interpretação ousada da minha frase. Fico corada de vergonha e ódio por ele estar me zoando.

— Você é muito pervertida, credo! Não te trouxe pra qualquer coisa que passou na sua cabeça, mas entra logo e fica quieta. 

Entramos e ele fecha a porta, procurando um interruptor. Então ele liga a luz do lugar. É um espaço até que grande. O Thomas anda um pouco e então nos deparamos com uma escada.

— Subindo isso aqui chegamos até o telhado. Dá pra ter uma vista boa da cidade daqui e é como lá no teatro, não tem nenhum muro ao redor, é bem livre. E acho que se você subir lá comigo talvez isso te ajude a superar seu medo. 

Olho para ele como se ele fosse louco.

— Thomas, a gente pode simplesmente escorregar do telhado e morrer! No teatro pelo menos eu tenho a impressão de estar presa. – falo pra ele como se fosse óbvio. -Subir num telhado alto desse jeito pode ser um risco real pra nós dois.

Escutamos passos se aproximando e o Thomas tapa a minha boca, desligando o interruptor que tem do lado da escada. Assim ficamos na completa escuridão e só consigo ouvir o som da nossa respiração. 

Alguém abre a porta e a luz do corredor de fora invade o local, mas ainda estamos na escuridão por termos ido mais adiante no armário. 

Vejo o que parece ser um senhor colocar um balde e uma vassoura pra dentro, e então ele simplesmente se vai. Depois de alguns segundos os passos são inaudíveis e o Thomas volta a ligar a luz. 

— Foi mal Lydia, é que aqui meio que é área restrita pros alunos, se formos pegos podemos levar suspensão.

— Ah jura, Thomas? Não me diga! – falo irônica e ele me olha irritado, então se livra da outra muleta e começa a subir as escadas.

— Vai vir ou não?

Vejo-o subindo mais até puxar um tampo e uma grade, então entra uma nova luz no quartinho. Roo as unhas e decido subir com ele, com um misto de ansiedade e nervosismo.


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Notas finais do capítulo

Se alguém estiver lendo, por favor comente, assim me sinto mais estimulada a continuar!



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