Pov Frank

Percy e eu estávamos nadando a uns bons minutos tentando encontrar alguma coisa estranha no Golfo. A única coisa que encontramos foi peixes com anzóis grudados na boca.

– Cara, to cansado.– Falei na minha forma de golfinho.

– Nem me fale. O ruim é que eu sou curioso e quero saber quem é a inimiga dele. - Percy me respondeu.

Nós estávamos conversando coisas idiotas há minutos por pensamento. Descobri várias coisas que Percy pensa. E ele pensa o mesmo que eu em algumas coisas.

– Sim, nós pensamos iguais. Acho que todos os meninos pensam. - Percy diz.

– Ah cara. Acho que sim. - respondo - O que é aquilo?

Aponto pra uma mulher de cabelos negros, olhos escuros e vermelhos que parece de tanto chorar. Ela parece ser normal com seu vestido preto rasgado. Uns trinta anos. A diferença é que ela esta de baixo do mar.

A mulher ergue os olhos e nos encara:

– Vieram a pedido de Fórcis? - Perguntou ela. - Eu sou a temível ameaça dele.

– Ãh, hum. O que ele quer de você? - Percy pergunta.

– De mim? Há-há. Só a minha morte jovem semideus. Ele acha que eu vou roubar o aquário dele.

– Disso já sabemos. - Comento.

– O Seu cheiro é podre. Filho do deus da guerra. Frank Zhang, namorado de Hazel Levesque. Eu conheci vários de seus antecedentes. Sua mãe foi uma delas. Mas ela só veio de passagem aqui, nem tivemos a chance de conversarmos!

– Áh sim. - Tentei não chorar na minha forma de golfinho, nem sabia se golfinhos choravam mas toda vez que o assunto era minha mãe, eu me sentia perdidamente triste. - Agora você poderia morrer?

– Vocês nem sabem meu nome! Meu nome é Hália.

– Hália... A mãe? - Perguntou Percy.

– Sim, ela mesma. Você acaba de ganhar um ponto por não me chamar de mulher que pulou no mar. Parabéns Perseu Jackson. Namorado de Annabeth Chase, quase dezoito anos. Bonito, dos olhos verdes filho do deus dos mares.

Percebi que Percy corou com os elogios.

– Ah, poderíamos te matar agora? Digo, Fórcis... - Não completo minha frase, acabei de ouvir uma explosão alta lá de cima. - Percy! O pessoal!

– Vamos.- Percy se vira e eu vou atrás dele.

– Esperem! Vocês não vão querer Fórcis como inimigo. Vocês precisam do que ele tem. - Hália diz.

– Você esta disposta a morrer? - Percy pergunta parando.

– Não seu tolo! Eu amo aquele aquário. É meu único lar. Eu vou pega-lo de volta, mas preciso me recuperar. Há ultima vez que batalhei com Fórcis quase perdi meu vestidinho. - Hália completa fazendo biquinho. - Vou forjar minha morte. Preciso de descanso. Mas vou pedir um favor, claro...

– Fala logo. - Falei emburrado.

– Calma Zhang! Quero que vocês visitem minha filha na Califórnia. Fale a ela que assim que eu recuperar o aquário ela pode vir morar comigo.

– E quem é a sua filha? - Percy pergunta.

– Rode. Ela vai te encontrar. Ela gosta de filhos do deus do mar. Ainda mais um tão atraente quanto você. Só dou um aviso para você deixar Annabeth longe da sua vista quando você encontra-la. Sua namorada não é uma das mais compreensivas.

– O que? Annabeth é a garota mais compreensiva que eu conheço! - Ouço Percy gritar na minha mente, o que achei que fosse impossível.

– Não quando o assunto é ciúmes Perseu. O aviso ta dado. Levem isso com vocês. - Hália arrancou um colar dos seus cabelos e jogou para mim. - Vocês devem ter algum tesouro por terem-me "matado". - Hália completa fazendo aspas com as mãos na palavra matado.

– Ele não vai saber? - Percy diz pensativo.

– Não, não, aquele velho lá não tem controle nessas águas. Deixe o colar a mostra. Agora vão.

– Até quando você vai ficar forjando a morte? - Pergunto.

– Até vocês saírem do território do México. VÃO!

Percy e eu começamos a nadar estranhando a simpatia da mulher e voltamos ao aquário. Eu na minha forma humana.

– Fórcis. Pronto. - Percy bate na porta e entra.

– Mataram Hália? - Fórcis diz com os olhos iluminados.

– Matamos. - Disse. Eu odeio mentir, se minha avó me visse mentindo provavelmente estaria puxando minha orelha e gritando Fai Zhang não minta assim!

– Mataram mesmo? - Fórcis pergunta levantando as sobrancelhas.

– Sim. Agora pode nos dizer como vai nos ajudar? - Percy diz bravo.

– Tudo bem. - Fórcis se levanta da cadeira e nos encara. - Rode, Califórnia. Preste atenção no colar dela, é bem parecido com esse ai. Fórcis diz apontando para o colar em minhas mãos.

– Só isso? - Percy fala.

– Sim, agora vão. Vou ajuda-los a chegar na Califórnia. Depois estão por conta de vocês. Vão!

Expulsado de lugares que eu não queria ficar duas vezes. Nada mal.

Pov Davina

Chegamos no navio e eu fui direto assaltar a cozinha. Estava morrendo de fome com o poder que eu usei no museu, mas pelo menos eu aprendi a usa-lo. Pego um pedaço de pizza e um copo de suco. Um prato de frutas cortadas e de sobremesa um pedaço de pudim.

– Fome, em? - É aparece na cozinha me assustado.

– Da pra parar de fazer isso? - Pergunto o mais calma possível. - Oi pra você também.

– Ei! Um dia pega minha mão e no outro briga comigo?

– Você é insuportável. - Termino de beber meu suco e deixo as frutas e o pudim pra trás. Levanto-me mas logo sou prensada na parede.

Estamos tão perto que posso sentir seu hálito: Baunilha. Meus olhos encontram a sua boca com desejo. Meu coração começa a bater forte e ele cola a mão nele.

– O que eu pensava. Você me deseja. - Nico me solta rindo.

– Argh! - Saio da cozinho batendo os pés.

Antes de chegar no meu quarto me lembro que ontem a noite não vi meu caderno de anotações em cima da mesa. Se É pegou meu livro... Ah não.

– Di Ângelo! Meu caderno! Você pegou? - Lira que estava saindo do banheiro olhou com um sorriso para nós dois que eu ignorei. - Me fala!

– Uh, sabe, eu pensei que você não se importaria, você estava... Bem, ta lá no meu quarto. Se quiser vai pegar.

Di Ângelo sai andando normalmente pelo corredor e se tranca no quarto. Ele acha mesmo que eu sou mais uma isca dele? Não vou segui-lo. Outra hora o pego.

– Reunião em vinte minutos pessoal! Percy e Frank chegaram. - Leo avisa pelos alto-falantes.

Lira vem em minha direção e começa a rir.

– Que foi? - Pergunto fazendo careta.

– Ele mexe com você, Davi. - Lira sai em direção a sua cabine. Ótimo até ela.