Please, Remember Me escrita por MylleC


Capítulo 12
Capitulo 12 - Vou lutar por você


Notas iniciais do capítulo

Eaeee, conseguii, capitulo fresquinho para vocês. Boa leitura.



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–Stiles... Eu nem ao menos sei como começar. –Respirei fundo, as mão tremulas e a respiração pesada. Senti as lágrimas virem aos meus olhos, mas eu não deixaria que elas caíssem, seria forte. Até o fim.

Stiles segurou minhas mãos.

–Estou aqui com você. Não importa o que me diga, ainda vou estar aqui. Sempre.

Respirei fundo, juntando a coragem que eu não tinha. Era agora ou nunca.

–Há algumas semanas atrás eu... Passei mal, na verdade tive uma visão ou... Sei lá, coisa de Banshee no espelho foi horrível e... Eu me vi. Diferente.

–Diferente como?

–Não tem como descrever exatamente. Eu meio que vi meu corpo por dentro, literalmente. Fiquei apavorada e fui até Deaton. E contei a ele... Despois de muito vasculhar, descobrimos. Kate colocou uma coisa em mim. Uma praga e... Ela está me atingindo lentamente. Acabando comigo por dentro. Não saiu nada nos exames médicos porque é algo sobrenatural e se camufla muito bem e recursos médicos humanos não podem captá-la. Isso explica os desmaios e tudo mais. Até meu mal estar daquele dia que na verdade não aconteceu bem como eu te contei .

Ele me olhava sem reação, parecendo meio paralisado.

–Então... –Sussurrou com a voz falha.

–Estou morrendo Stiles, tenho apenas um mês de vida.

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POV Stiles

Foi como se alguém pegasse uma faca e cravassem em meu peito sem dó nem piedade. Minha cabeça começou a doer, o ar a faltar, minhas mãos soavam e o som da minha voz não saia. Meu coração batia rápido, doendo em meu peito. Nunca pensei que me sentira tão mal. Era como se todo o meu mundo tivesse despencado ali mesmo. Sentia-me sem chão sem ar, eu realmente puxava o ar e não o sentia entrar. Levantei-me da cadeira lentamente, olhando Lydia na minha frente, como se esperasse que ela me dissesse que era brincadeira ou um engano ou coisa assim. A dor que eu sentia era física, meu peito realmente doía e eu não sabia o que fazer, Lydia parada a minha frente esperando uma reação. Cambaleei sentando na pequena cadeira que tinha ali.

–Não... Porque você escondeu isso de mim? –Sussurrei. –Não posso perdê-la.

Minha mente ainda tentado processar a informação. Não podia aceitar, não conseguia me conformar ou aceitar aquilo. Passei as mãos pelos cabelo, abaixando a cabeça. Segurado entre minhas mãos. As lagrimas se formando em meus olhos. Deixei que elas rolassem.

–Stiles... –Lydia começou a falar, se aproximando de mim. –Me desculpe, eu precisei, eu...

Me levantei rapidamente, indo até ela com passos largos e a abraçando desesperado, como se a qualquer momento alguém fosse tira-la de mim.

–Não... Não vou deixar não...

–Me desculpe. –Ouvi a voz embargada dela sussurrar. –Eu não podia contar e fazê-lo sofrer ainda mais por minha causa...

–Com licença. –Outra voz se fez no local.

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Deixei que a água fria caísse sobre minha cabeça, banhando meu corpo cansado. As lembranças tomando minha cabeça a fazendo latejar. Eu não podia, não podia conviver com aquilo, não podia deixar que a pessoa que eu amava escorresse assim pelos meus dedos, indo embora, me deixando. As lagrimas banhavam meu rosto escorrendo junto com a água do chuveiro.

Lydia me esperava no quarto, tinha recebido alta do hospital e estava aparentemente bem, mas somente aparentemente. Ela finalmente havia me contado tudo e eu apesar de não entender direito porque diabos ela não havia me contado antes, não pude me zangar com ela. O medo de perde-la era maior do que minha magoa por não saber antes.

Flashback

As lagrimas escorriam de seus olhos e eu a olhava incrédulo. No carro, dirigindo pelo caminho até minha casa.

–Não. –Sussurrei.

–Desculpe por não ter lhe contado. –Ela disse com a voz embargada em meio ao choro. –Eu...

–Você não podia ter me escondido isso. –Meu coração estava se partindo lentamente, quebrando em mil pedaços e os pedaços afiados desciam arranhando todo meu corpo por dentro, doendo cada musculo do meu corpo tenso. –Não vou deixar que...

–Foi por isso que não contei nada! Stiles... Eu não queria que você ficasse tentando achar um jeito de reverter isso. É impossível!

–Não! –Gritei inconformado. –Não vou deixar que nada disso aconteça! Não me importa o que um livro idiota diz, não me importa o que Deaton disse a você e não importa se você acha impossível. Eu vou dar um jeito. Não vou deixar isso acontecer!

Fim do Flashback

Demorou um pouco para Lydia conseguir me acalmar e a discussão amenizar. No hospital fomos interrompidos pelo médico que deu alta a ela, então fomos até minha casa na intenção de conversar. Mas eu precisava esfriar a cabeça antes.

Voltei para o quarto já vestido passando a toalha no cabelo para seca-lo. A deixei em cima da cadeira e me sentei ao lado de Lydia na cama, que estava sentada fitando o nada quando entrei no quarto. Ela me olhou, parecendo esperar uma reação minha, ou que eu dissesse algo.

Algumas lágrimas escorreram por seu rosto e sinceramente eu lutava contra as minhas.

–Não se preocupe. –Eu disse. –Nada vai acontecer com você.

Ela fechou os olhos com força, virando a cabeça para frente e se levantando.

–Stiles eu já disse... Não tem jeito.

Percebi que ela estava tão abalada quanto eu. Ela estava aquilo para só por tanto tempo, o quão assustada com tudo isso ela deveria estar? Com todos as reações que sofreu sozinha sem ninguém por perto? Ela precisava de mim, e eu precisava estar com ela.

–Tem sim. –Eu disse também me levantando. –Tem que ter um jeito.

–Mas não tem! Eu sei que falando assim parece que eu só não tenho mais esperanças, mas é um fato. De que modo podemos dar um jeito nisso? Não tem como, eu já estava começando a me acostumar, a aceitar isso. Talvez você também devesse. –Ela disse, a voz alterada, ás lágrimas descendo mais e mais pelo seu rosto e ela passou a mão para seca-las impaciente.

–Nunca! Nunca vou me acostumar ou aceitar ou desistir! –Eu disse. Meu coração voltando a bater depressa e toda a dor de antes voltando. Ela não podia achar que eu iria me acostumar a isso não é? Isso jamais aconteceria, eu não podia, não aceitaria viver em um mundo sem Lydia Marin. – Não posso deixar nada acontecer com você, eu prometi, prometi que nunca mais deixaria nada acontecer com você!

–Mas você não pode evitar isso.

–Talvez eu possa! Eu tenho que tentar eu não posso ficar parado e assistir isso, ver o tempo passar sabendo que a cada dia que se passa é um a menos com você ao meu lado!

Me aproximei dela.

–Não importa o que você me diga. –Ergui seu queixo levemente para que ela pudesse me olhar. Abriu os olhos me olhando. –Eu nunca vou desistir de você, e vamos passar por isso juntos. –Passei o polegar por sua bochecha para secar uma lagrima que descia. –Não posso me conformar com isso Lydia, não me peça algo assim. Eu vou fazer o possível e o impossível para salva-la.

Ela apenas me olhava, parecendo sem reação. Olhei em seus olhos verdes sentindo o mundo sumir a minha volta, era incrível o poder que Lydia tinha sobre mim.

–Não posso deixar nada acontecer com você, porque eu não sei como vai ser, acordar e saber que não verei mais seu olhos, não verei mais seu sorriso. Não vou poder lhe abraçar ou ouvir sua voz. Não vou poder vê-la andar pelo corredor da escola ou assistir você dormindo em meus braços. Não sentir sua respiração perto da minha, ou sentir seus lábios sobreo s meus novamente, não posso suportar isso e não vou permitir que nada disso aconteça. Não vou perder você. Não vou deixa-la partir.

Não esperei qualquer reação, a puxei para perto de mim e selei nossos lábios, andando um pouco para trás chegando á parede.

–Eu estou com medo. –Ela sussurrou. Voltando a grudar nossos lábios com força.

–Não precisa ter, eu estou aqui e nada vai acontecer com você, vamos dar um jeito. Juntos.

Apertei a cintura dela contra a minha e ela puxou meu pescoço voltando a me beijar. Meus dedos passavam pela extensão de sua barriga por de baixo da blusa, pareciam que tinham vida própria e tudo começou a ficar quente demais naquele quarto. Como eu viveria sem ela, não podia, meu peito doía só de pensar nisso, então era melhor não pensar.

Separamos os lábios levemente sem nos afastar um milímetro, abrimos os olhos apreciando estar nos braços um do outro.

–Eu te amo. –Ela sussurrou.

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Pov Lydia

Finalmente, deixei que aquelas palavras saíssem de minha boca, deixei que meu coração gritasse e dissesse a verdade. Stiles me olhava atônito e sorriu, senti meu coração leve, mas não era o suficiente, eu não havia falado o suficiente.

–Eu te amo e não sei como fiquei tanto tempos sem dizer isso, eu te amo e isso é incrível, eu nunca pensei que sentiria algo assim por alguém, tão forte, com tanta necessidade. E eu não quero partir, eu quero ficar aqui com você, viver com você cada dia, cada um mais incrível que o outro. Quero sair com você, quero patinar ou ir ao cinema ou almoçar fora ou simplesmente sentar-me frente á TV da sala e ver um filme qualquer, não importa. Eu só quero estar com você hoje, amanhã, pelo resto da minha vida. Eu te amo.

Meu coração batia tão rápido no peito que pensei que talvez Stiles até mesmo ouvisse ele batendo. Ele me olhava calado e encantado. E seu sorrio só foi aumentando mais e mais.

–Eu te amo. E vamos fazer isso tudo, cada dia. Até o ultimo, que não será daqui a algumas semanas, vamos crescer, acabar a escola, ir para a faculdade, ter um emprego, casar, ter nossa casa, ter filhos, vê-los crescer e vamos envelhecer juntos.

Eu ri com aquilo, era um plano maluco, mas era o que meu coração desejava tanto. Estar com ele todos os dias.

O beijei novamente, maravilha com suas palavras. E tudo aquilo era tão estranho. Devíamos estar surtando com tudo, sobre eu estar morrendo, devíamos estar morrendo de medo, principalmente eu. Mas pela primeira vez em semanas me senti tão tranquila em relação a isso. Não que não estivéssemos com medo ou preocupados, mas naquele momento esquecemos por alguns minutos. E eu sabia que depois voltaríamos a nos preocupar e Stiles recomeçaria a insistir naquilo, em achar uma solução em fazer o possível para me salvar. Porque ele era assim, e não desistiria. Não desistiria de mim.

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POV Stiles

Revirava-me na cama sem conseguir dormir, não tinha sono e com certeza isso duraria por dias. Eu não conseguia dormir, pois as informações que recebi no dia povoavam meus pensamentos. Ainda estava inconformado e não acho que algum dia vou me conformar. Não poderia deitar em minha cama e tentar dormir como se nada tivesse acontecendo. Eu não perderia Lydia e faria qualquer coisa para impedir isso. Chutei as cobertas para longe e me levantei, ascendi á luz e olhei meu quarto.

Estava na hora de começar a trabalha de verdade.

Fui até a gaveta e peguei o rolo de fita vermelha. Liguei o computador indo até a pasta onde tinha as fotos do livro em que Scott tinha tirado fotos. Imprimi as paginas que falavam sobre a coisa que estava dentro de Lydia. Enquanto imprimia fui até a gaveta e peguei algumas canetas-pincéis próprias para escrever no quadro-lousa transparente que tinha ao lado de minha cama. Peguei a caneta preta e escrevi com letras grandes na parte de cima da lousa.

“Caso Lydia”

Fui até as páginas já impressas e as colei na lousa com a fita vermelha. Tinha mandado imprimir as que falavam sobre o processo de roubar os poderes de Lydia. As colei com a fita verde, pois de certo modo isso já estava resolvido. Aquilo não mataria Lydia, caso contrário Kate não teria se dado o trabalho de colocar aquela maldita praga dentro de Lydia.

As coloquei em ordem, primeiro as com a fita verde, depois as com a vermelha. Um pouco mais abaixo escrevi.

“Problemas de memória.” Com a caneta vermelha.

Peguei a preta e escrevi em baixo.

“Flashes não detalhados.”

Fui enchendo a lousa com algumas observações.

“OBS.: Frase constante nas lembranças.: O passado, presente, futuro. Dor, sofrimento, morte.”

“OBS.: D.I.M.S- Doença Instantânea Misteriosa Sobrenatural. CURA NÃO ENCONTRADA.”

“OBS.: 1 Mês restante.” Meu coração doeu sabendo que eu teria que muda essa data constantemente.

“OBS.: Provavelmente apenas Kate pode remover a D.I.M.S”

Olhei a ultima observação. Se fosse o caso, se chegasse o dia e não tivéssemos conseguido resolver como combater a D.I.M.S então eu iria até Kate, faria o que ela quisesse para remover aquilo de Lydia. Daria a minha vida para que ela fizesse isso.

Fiquei o resto da noite escrevendo e organizando coisas na lousa, grifando no papeis coisas importantes que podiam ajudar, mal percebi quando o sol nasceu. A porta do meu quarto se abriu e meu pai apareceu ali com uma xicara na mão.

–Hey, levan... –Ele franziu o cenho olhando em volta e parando o olhar em mim. –Você dormiu?

–Ãnn, talvez eu tenha tentado. –Falei, torcendo para ele não se importar com aquilo.

Ele entrou no quarto olhando a lousa atrás de mim.

–O que é tudo isso? Foi o que você fez a noite toda?

Suspirei. Pensando por onde começar a contar tudo a ele.


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Notas finais do capítulo

Eaeee, gostaram? kk e ta aí o porque de até então eu não ter dado um nome pra coisa dentro da Lydia kk deixei Stalinhos fazer isso por mim. Então, não ficou um capitulo muito grande, mas foi o que eu consegui em meio a correria kk espero que tenham gostado eee Hoje nosso Brien O'Dylan faz aniversáriooo, gentee falem que é mentira que ja ta no 2.3 ain, meu bebê ta crescendo. Enfim, próximo capitulo sai logo bjsss. #HappyBDayDylanObrien



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