Please, Remember Me escrita por MylleC


Capítulo 10
Capitulo 10 - Always here for you


Notas iniciais do capítulo

Eaeee, nossa postei muuito rápido, maas postei hoje porque o proximo provavelmente só sai quarta ou quinta que vem gente. Ahhh kkk Boa leitura.



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Revirava meus edredons da cama, olhando de baixo deles e de baixo do travesseiro, procurando meu celular que tocava e tocava, mas não o encontrava. Quem estava me ligando àquela hora da madrugada?

Levantei-me, coçando os olhos pesados de sono, indo até a escrivaninha, finalmente achando meu celular em baixo de alguns papéis. O olhei e a tela estava apagada, não estava com a opção “Atender” e “Recusar” como de costume. Estava... Apagado. Apertei o botão e a tela se acendeu, sugerindo que eu desbloqueasse. Ainda ouvia o toque insistente do aparelho para que eu atendesse. Desbloqueei e o “Menu” se abriu normalmente. Aparentemente ninguém estava me ligando. Meu cérebro começou a raciocinar mais rapidamente. O barulho da chamada se fazendo cada vez mais alto. Levei o celular até o ouvido, respirei fundo.

–Alo. –Eu disse, e o toque parou imediatamente. Conseguia ouvir sussurros que foram ficando mais altos e claros.

–Viva... Você precisa... –As vozes oscilavam entre um tom alto e baixo, me esforçava para conseguir entender. Repetindo a mesma coisa, tentando me dizer algo. Meu coração batia forte no peito e minha mente borbulhava. O sono sumindo imediatamente de mim. Lembrei em como Meredith ouvia os celulares tocando quando aparentemente para os outros ele não estava.

–Como? Como eu tiro a doença de dentro de mim. Como? –Perguntei.

–Precisa... Você... Viva... Ele...Viva... sobreviva...salva-la... – Elas diziam, cortando a fraze, mal conseguia ouvir, eram muitas falando ao mesmo tempo.

–O que? –Tudo aquilo não fazia sentido.

–Único que pode... Transferência... Morte... Persistência.

As vozes cessaram e tudo ficou em completo silencio. Tirei o celular da orelha, fitando as paredes, tentando entender tudo aquilo. Meu estomago se revirou horrivelmente e um mal estar tomou conta de mim. Corri até o banheiro, conseguindo abrir o vaso sanitário a tempo para que tudo dentro do meu estômago fosse jogado para fora. Tossi, sentindo minha cabeça doer e tudo a minha volta girar. Respirei fundo, me certificando de que não vomitaria de novo. Antes de dar a descarga percebi que não era exatamente vómito que tinha saído de mim.

–Sangue. –Sussurrei para mim mesma. Toquei o canto da minha boca, olhando meus dedos em seguida, vermelhos. Dei descarga apavorada e corri para frente do espelho. Aparentemente tudo estava normal. Abri a torneira, enchendo minha boca com água. Peguei minha escova de dente e fiquei alguns minutos limpando o máximo que conseguia da minha boca, mesmo depois de limpa, continuei escovando. O medo crescendo dentro de mim. Estava cada vez pior, e aquelas vozes não tinham me dito nada coerente para me ajudar a tirar essa praga de dentro de mim. Voltei para o meu quarto, fazia o menor barulho possível para não acordar minha mãe. Enfiei-me de baixo das cobertas, sentindo muito frio de repente.

Havia apenas passado uma semana que eu tinha descoberto tudo... Havia passado tão rápido, e meu tempo acabava muito rápido também. Peguei meu celular, pensando em Stiles. Ligava pra ele? Não, não era necessário, levando em conta que ele faria perguntas que eu não poderia responder.

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Pov Stiles

Acordei ofegante, puxando o ar com força. Tive o mesmo pesadelo que semana passado. Lydia morrendo em meus braços. Dessa vez não acordei gritando, mas minha respiração estava ofegante e demorei um pouco para me acamar e perceber que tinha sido apenas um pesadelo. Meu coração se apertou e olhei meu celular, uma vontade imensa de ligar para Lydia para conferir se ela estava bem, mas ao mesmo tempo eu não queria acorda-la.

Suspirei frustrado, não conseguiria dormir sem ligar. Peguei o celular discando o numero de Lydia e levando o aparelho ao ouvido. Chamou algumas vezes e quando eu estava quase desligando, me amaldiçoando por ligar àquela hora, ouvi a voz hesitante de Lydia no telefone.

–Stiles?

–Lydia oi... –A voz dela não estava sonolenta.

–Tudo bem? –Ela perguntou.

–Tudo eu... Só liguei para saber se você esta bem.

–Como você sabe? –Ela sussurrou.

–O que? –Perguntei me desesperando, como assim “Como você sabe?” Chutei as cobertas me levantando da cama, começando a andar pelo quarto procurando minha calça, blusa e tênis, pronto para sair para a casa dela. –O que aconteceu Lydia?

–Nada eu...

–Não, Você me perguntou como eu sabia, Lydia... –O medo começando a tomar conta de mim, as imagens do pesadelo vindo em minha mente, me assombrando.

–Eu só... Não estou me sentindo bem só isso. Deve sem gripe ou coisa assim.

A voz dela estava estranha. Terminei de por o tênis e abri a porta do quarto, descendo até o andar de baixo, procurando as chaves do Jipe.

–Eu estou indo ai. –Eu disse.

–O que? Não precisa Stiles... Eu estou bem. –Ela disse.

–Tarde demais, já estou a caminho.

–Stiles...

–Não vou te deixar sozinha Okay... Eu prometi. –Insisti.

Ela ficou quieta, conseguia ouvir o som de sua respiração.

–Tudo bem, tem uma chave reserva no vaso de planta ao lado da porta. Quando chegar, entre em silencio, por favor, e pode subir até o meu quarto.

–Okay. –Concordei entrando no Jipe e encerrando a ligação.

Dirigi o mais rápido possível para a casa de Lydia. Chegando e procurando pela chave reserva como ela havia dito. A encontrei e entrei silenciosamente na casa. Encaminhando-me para o andar de cima, virando a esquerda onde ficava o quarto de Lydia. Girei a maçaneta com cuidado e abri a porta devagar, encontrando uma Lydia encolhida na cama coberta até o pescoço pelo edredom. Ela sorriu ao me ver.

–Hey... –Sussurrei, fechando a porta atrás de mim. Caminhei até a cama, me sentando na beirada. –O que você tem?

Ela pareceu pensar um pouco.

–Não sei... Só não me sinto bem. E acabei de por o meu jantar pra fora então...

Coloquei uma mecha ruiva de seu cabelo atrás de sua orelha, sentindo a alta temperatura de sua pele.

–Lydia, você esta muito quente. –Eu disse preocupado.

Lydia resmungou se encolhendo mais nas cobertas. Deitou mais para o lado e afastou as cobertas do outro lado.

–Deita aqui comigo. –Murmurou.

Pense um pouco, mas decidi tirar os sapatos e deitar ao seu lado, puxando as cobertas para cima de mim também, me aproximei de Lydia e ela se aconchegou ao meu corpo, deitando a cabeça em meu peito. Meu coração começou a bater mais forte, sentindo Lydia tão perto de mim e não poder fazer nada. =

–Você vai ficar bem, vou ficar aqui até você melhorar. –Eu disse.

Ela murmurou algo como “obrigada” parecia com sono e cansada. Afaguei o alto de sua cabeça e ficamos em silencio, até eu sentir Lydia ressonar tranquila em meus braços. Olhei para ela, ali dormindo tão doce, tão perto de mim. Passei o polegar por sua bochecha e encarei seus lábios, não conseguindo conter a enorme vontade de beija-los. Mas eu havia prometido a Lydia que esperaria um pouco, até ela começar a se lembrar. Coisa que eu torcia para que acontecesse logo. Meus olhos começaram a pesar e quando menos percebi tinha caído no sono.

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Pov Lydia

Me remexi na cama, sentindo algo quente envolvendo meu corpo. Abri os olhos devagar e olhei para cima, Stiles estava abraçado a mim e parecia estar tendo um sono tranquilo, sorri. Ele estava deitado meio torto, seu peito subia e descia calmamente no ritmo de sua respiração. Tirei seus braços em volta de mim com cuidado para não acorda-lo. Levantei-me e o ajeitei na cama da melhor forma que pude. Olhei no relógio. 8:30 agradeci por ser sábado, caso contrario estaríamos muito atrasados para a escola. Estava me sentindo bem melhor. Fui ao banheiro para tomar um banho quente pra ajudar a me acordar. Sai do chuveiro, me vesti, voltei ao quarto e Stiles ainda dormia. Tinha se virado todo na cama, uma mão estava caída pela beirada da cama, quase tocando o chão, o edredom cobria apenas até a metade de suas costas. Ele ainda se mexia, parecia estar acordando. Sua cabeça se enterrou no travesseiro e alguns segundos se passaram, já estava começando a achar que ele iria sufocar. Stiles levantou a cabeça com os olhos ainda fechados, se sentou na cama rapidamente, abrindo os olhos e fazendo uma expressão bizarra. Se levantou da cama e começou a espirrar. Um atrás do outro, ele parou no que devia ser o decimo segundo espirro. Respirou um pouco e depois me olhou, olhando em volta com a testa franzida, coçou os olhos e me encarou.

–Nossa, eu... Acabei dormindo aqui, desculpe. –Ele disse. Seguido de mais dois espirros.

Eu sorri indo até a penteadeira e pegando um pente, começando a pentear meus cabelos molhados.

–Tudo bem. O que foi isso? –Perguntei, me referindo á forma em como ele havia acordado.

–Ãnn... É o travesseiro. –Ele disse. –Não consigo dormir sem o meu travesseiro. Na verdade, não sei como consegui dormir quase a noite toda sem ele.

–O que? –Eu ri com aquilo. –Como assim não consegue dormir sem o travesseiro Stiles?

–Não ria de mim. –Ele disse, mas ria junto comigo. Coçou o alto da cabeça. –É antialérgico. Sempre que durmo fora tenho que leva-lo comigo.

–Ah. –Eu disse entendendo, ainda rindo e fui até onde ele estava. Fui até minha cama e comecei a arruma-la.

–Você esta melhor? –Ele perguntou.

–Muito melhor. Eu te disse, foi só um mal estar. –Eu disse, me sentindo um pouco culpada por mentir.

Ele sorriu e ficou ali me observando arrumar a cama, terminei de arruma-la e o olhei.

–Porque esta me olhando desse jeito?

–Nada, só... –Ele se aproximou de mim e eu não me mexi um centímetro. –Você esta linda, eu nunca a vi de cabelo molhado.

Ele disse. Mordi os lábios notando sua aproximação perigosa. Nossos olhos se encontraram e eu não consegui desviar, ou sair do lugar, ou impedi-lo de colocar as mãos em minha cintura, se aproximando cada vez mais. Já podia sentir sua respiração perto da minha, e percebi que eu estava ansiosa para acabar logo com todo aquele espaço. Envolvi meus braços em seu pescoço e ele acabou com o espaço entre a gente, selando nossos lábios urgentemente.

Sentia a textura macia de seus lábios espremidos contra o meu, minhas mãos fora até a barra de sua camisa á erguendo um pouco, minha unhas arranharam levemente sua pele e o senti respirar mais forte entre meus lábios. Meu coração batia tão desesperadamente no peito que achei que ele saltaria pela minha boca a qualquer momento. Percebi que tínhamos chegado à parede, minhas costas pressionada contra ela. Eu sabia que tinha que interromper aquele beijo, evitar esse tipo de contato com ele para evitar mais sofrimento quando eu partisse. Mas minhas mãos simplesmente não me obedeciam e eu realmente não queria acabar com aquilo. Passei a beijar seu pescoço, minhas unhas passando levemente por onde meus lábios tocavam. Os dedos de Stiles pressionavam forte a minha cintura por de baixo da blusa que ele havia levantado levemente. Meus lábios voltaram a pressionar-se contra os dele, nossas línguas se enroscavam e, caramba, eu não queria sair dali nunca mais.

Ouvimos uma batida forte na porta do quarto e nossas bocas se descolaram contrariadas. A voz de minha mãe se fez do outro lado da porta.

–Lydia querida, você ainda está dormindo? O café está pronto, levanta.

–Já vou mãe. –Respondi. A ouvi se afastar do quarto.

Olhei Stiles e indo contra a enorme vontade de voltar a beija-lo, me afastei dele.

–Hmm, Stiles eu...

–Tudo bem, eu sei. Desculpe, prometi que esperaria, mas não pude evitar.

–Tudo bem. Vamos descer você está com fome?

Ele assentiu.

–Mas... Sua mãe não vai se importar?

–Tenho certeza que não –Garanti.

Stiles colocou o tênis e se arrumando o máximo que pode, apesar de não precisar muito.

Descemos as escadas e fomos até o andar de baixo, fomos até a mesa onde tinha algumas coisas do café. Minha mãe entrou carregando mais comida. Parou no meio do caminho olhando nós dois.

–Oh, oi Stiles, não sabia que você... Tinha dormido aqui.

Eu sabia muito bem o que ela estava pensando.

–Mãe, não viaja, não é isso que você está pensando. Hmm, eu acordei de madrugada me sentindo mal e... Stiles me ligou dai eu pedi para ele vir aqui e acabamos pegando no sono.

–Ham... –Ela disse, não sei se acreditou muito na história, mas não importava.

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POV Stiles

O café na casa de Lydia até que foi tranquilo, saímos para encontrar Scott, Kira e Malia. Kate tinha saído do esconderijo e matara varias pessoas durante a noite, foram todas encontrada espalhadas pela floresta, o que deu um grande trabalho para os policiais descobrirem o que tinha acontecido. Claro que o meu pai sabia, já que eu havia ligado pra ele e contado, depois de ouvir um pouco de bronca por ter saído no meio da noite sem avisar nem nada. Chegamos à casa de Scott e Malia e Kira já estavam lá.

–Eai cara. –Disse Scott.

–Eai.

Entramos na sala e Kira e Malia conversavam.

–... Não da indícios nenhum de que está se lembrando.

–Oi. –Eu disse indo cumprimenta-las. Lydia chegou atrás de mim, cumprimentando-as também.

–Eai, qual o assunto? –Perguntei me sentando no sofá.

Elas ficaram em silencio se encarando e depois encararam... Lydia.

–O que? –Lydia perguntou.

–A gente só... –Kira começou. Respirou fundo e continuou. –Lydia, você não se lembra de nada ainda?

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Pov Lydia.

–Eu... Não. –Menti.

–Tem certeza? Nem sonhou ou nada do tipo? –Perguntou Scott.

Por que estavam tão interessados nisso?

–Porque todas essas perguntas afinal?-Perguntei.

Eles se entreolharam novamente.

–É que... Ontem à noite, Kate não só matou pessoas. Bem, depois que os corpos começaram a chegar ao hospital, já que algumas das pessoas ainda estavam vivas, nós fomo até a floresta, tentar saber o que tinha acontecido, claro que tentamos ligar para vocês, mas não atendiam o telefone. Então achamos Kate, foi quando descobrimos que foi ela. Nós a seguimos e ela entrou... Em um tipo de caverna estranha. Esperamos até ela sair, demorou um pouco...

–Muito. –Comentou Malia.

–Ta, muito, mas ela saiu, então entramos e...

Eles se entreolharam.

–E? –Incentivei que continuasse. Com medo do que tinham descoberto.

–Achamos isso. –Disse Scott, me entregando seu celular com algumas fotos abertas. –É um livro que estava lá, tiramos fotos das paginas marcadas.

Olhei as fotos, era o mesmo livro que Deaton tinha me mostrado outro dia, meu coração acelerou ao ver que em uma das fotos era a pagina falando sobre a praga que Kate tinha plantado em mim. As outras não entendi quase nada, mas a maioria falava sobre rituais estranhos. Parei em uma foto que dizia a tal frase. “Passado, presente, futuro. Dor, sofrimento, morte” Também fazia parte de um dos tais rituais estranhos, aparentemente instruindo como tirar os poderes de algum ser sobrenatural.

Eles pareceram perceber que eu estava há muito tempo encarando aquela foto.

–Lembrou-se de algo? –Kira perguntou.

–Ãnn... Mais ou menos. É que... Eu tive um tipo de flash e sonho não sei, há alguns dias e tinham essas palavras. “Passado, presente, futuro. Dor, sofrimento, morte”

–E o que está escrito na pagina? Isso... Significa algo? –Stiles perguntou.

–Resumindo parece que está explicando como se apaga as memórias, acho que é isso, e essas palavras, deve ser as consequências que a pessoa sofre ao ter suas memórias tiradas, ou a pessoa que tirou, não está muito claro. Talvez seja o processo de esquecimento, não sei.

–Scott, o que mais tinha na caverna? –Perguntei.

–Além do livro, tinha um espiral desenhado no chão, umas velas apagadas e só.

–Na verdade tinha isso também. –Disse Kira, me mostrando o celular. Na foto mostrava aquele velho medalhão que Kate tinha enviado a mim há algum tempo atrás, com um Espiral gravado nele.

–É o mesmo colar...

–Que Kate enviou á você aquele dia. Sim, ligamos para Deaton e ele disse que o colar inda está com ele, então Kate provavelmente tem outro. –Disse Scott.

Senti uma pontada irritante em minha cabeça. Um flash estranho passando por ela.

Estava naquele lugar que agora parecia mais familiar, ao notar que no chão havia um Espiral desenhado, estava em um tipo de jaula, gritando, agoniando. Algumas velas acesas em volta da jaula.

“Para! Me deixa ir embora. Stiles!”

“Cale a boca, ele não pode te ouvir, provavelmente já deve achar que está morta e parou de procurar. Se é que procurou, já que deve ser muito irritante ter alguém gritando perto de você o tempo todo. Exigindo atenção o tempo todo. Não percebe o quanto você é insuportável Lydia?”

Eu comecei a tossir, parando de se encolher agoniando no chão. Kate pegou o colar pelo cordão e veio em minha direção, tentei me afastar, mas não tinha por onde correr. Ela agarrou minha mão, me obrigando a tocar no colar, então voltei a agoniar novamente no chão.

“Logo você não se lembrará de mais nada.”

–Lydia? –Ouvi eles me chamarem.

Os encarei, sem reação.

–Você... Se lembrou de algo? –Perguntou Stiles.

Assenti, ainda meio paralisada.

–Hum... Nada muito revelador... Só acho que quando Kate estava tirando minhas memórias, parece que isso foi meio difícil e... Doloroso. Não deu pra entender muito bem, acho que foi quando ela estava tirando minhas memórias mesmo. O local é como vocês descreveram, com o Espiral desenhado no chão, e a velas estavam acesas em volta da jaula em que eu estava.

–Okay, agora... Lydia, você não se lembrou de nada relacionado a isso? –Perguntou Scott, me mostrando o celular. Gelei por dentro ao ver que era a pagina que falava um pouco sobre a praga dentro de mim.

–Ãnn, eu... Não. –Menti. –Não sei de nada sobre isso.

–O que? –Perguntou Stiles, indo até mim, ver a foto.

–Ãnn, nada, acho que não é nada. –Falei meio nervosa, eles não podiam saber de nada.

–Na verdade, achamos que deve ser algo sim. –Disse Scott, e no momento desejei que alguém chegasse naquela casa e interrompesse o assunto. –Lydia... Isso fala de um tipo de sei la, praga ou coisa assim. Está em latim, não entendemos direito. E se você tiver isso?

–Eu não tenho nada Scott. Fiz um exame completo no hospital lembra? Não tem nada de errado comigo.

Ele pareceu ficar pensativo.

–Tem certeza? –Perguntou Stiles.

–Absoluta. –Eu disse, desviando o olhar do dele, não suportando mentir olhando em seus olhos.

–Okay então...

–Podemos falar com Deaton, talvez ele saiba algo sobre isso. –Disse Kira.

–Não! –Eu disse, meio desesperada.

–Porque não? –Todos eles perguntam.

–Po-porque... não precisa, talvez isso não seja nada Okay. Kate me sequestrou, me trancou dentro de uma jaula em uma caverna por um mês, tirou minhas memórias, está roubando meus poderes aos poucos e sabe se lá o que vai fazer quando os tiver inteiramente para ela. Foi só isso que ela fez comigo. Se isso estivesse dentro de mim acho que no mínimo eu sentiria alguma coisa.

–Na verdade, você passou mal ontem. –Disse Stiles.

O encarei, não sabendo mais o que fazer.

–Aquilo não foi nada e foi só uma vez.

–E os desmaios?

–Na verdade eu recebi os resultados dos exames com os desmaio ontem, foi algo que Kate me deu para comer, fez mal ao meu organismo e ele reagiu assim. Já estou tomando os remédio que devo e os desmaios vão parar daqui alguns dias. –Menti. Tinha recebido sim o resultado dos exames, mas não era isso que eles diziam.

Eles não pareciam ter mais nenhum argumento. Respirei aliviada.

–Okay. Então essa ideia está descartada mesmo. Mas... Se você se lembrar de mais alguma coisa... –Disse Scott.

–Conto tudo á vocês, já sei. –Respondi.

Xxx

Cheguei em casa e fui até meu quarto, tinha algumas lições para fazer. Mas na verdade entrei e me joguei na cama, pensando um pouco. Me virei de bruços olhando em cima da cama a delicada pulseira que tinha ganhado de Stiles. Como ela tinha ido parar ali eu não fazia ideia. A peguei, abri e coloquei em meu braço, passando os dedos pelos pingentes.

Me virei de barriga pra cima encarando o teto. Eles tinham quase descoberto tudo, se isso tivesse acontecido ás próximas semanas seriam deles com noites mal dormidas e dias e dias de estresse tentando achar uma cura que não existia. Sei que era exatamente isso que eles fariam.

Logo chegou de noite e eu decidi por não jantar, não tinha fome nenhuma. Logo minha mãe foi deitar e eu fiquei ali, um pouco de sono, mas não o suficiente para dormir. Meu celular vibrou e eu olhei o visor.

De: Stiles

Mensagem: Estou aqui na frente, posso entrar?

Responder: |”

“Pode.” Digitei.

Alguns minutos depois e a porta do meu quarto se abriu silenciosamente, Stiles colocou a cabeça na fresta da porta e sorriu, entrando no quarto ao ver que eu estava ali.

–Você está bem? –Perguntou.

–Sim, por quê? O que faz aqui tão tarde? –Perguntei.

–Eu só... Queria passar aqui pra ver se você está bem.

Percebi que tinha algo errado.

–Stiles.

Ele respirou fundo.

–Okay, é que... Eu ando tendo uns pesadelos esses dias... Com você.

–Eu?

–Sim, é horrível, sonho com você... Morrendo em meus braços, quase toda noite, desde semana passada.

Mal podia acreditar no que ele me dizia. Ele se aproximou se sentando na cama. Afastei os cobertores como fiz noite passada, para que ele deitasse do meu lado. E ele o fez, sorrindo.

Nos viramos um de frente para o outro, nos olhando intensamente, a mão dele escorregou para a minha e entrelaçamos nossos dedos. Ele respirou fundo, fechando os olhos e depois abrindo.

–Nada vai acontecer com você certo? –Ele perguntou, me olhando fundo nos olhos. –Você não vai me deixar, não é?

Senti as lágrimas virem aos meus olhos.

–Se... Se algo acontecer, você... Vai ficar bem, não é?

Ele franziu a testa, me olhando intrigado.

–Nada vai acontecer, nada pode acontecer com você. Eu não ficaria bem, eu ficaria horrível. Não posso viver em um mundo sem você Ly, jamais.

Sorri, percebendo que ele nunca havia me chamado daquela forma.

–Dorme aqui de novo. –Eu disse. –Só... Para você não ter pesadelos.

Ele sorriu.

–Tem certeza?

–Tenho.

–Espera. –Ele disse, se levantando da cama e saindo no quarto. Voltou dois minutos depois carregando um travesseiro.

Eu ri, me controlando para não ser muito alto, ele se deitou ao meu lado novamente. Bati em seu braço.

–Safado, você já planejava dormir aqui? –Perguntei.

Ele riu um pouco corado.

–Não... Só trouxe por precaução.

Rimos. Voltando a ficar na mesma posição que antes, um olhando para o outro. Apesar de tentar não me aproximar demais dele, não pude evitar me aproximar e beija-lo docemente, nossos lábios pressionados por alguns minutos e me afastei. Stiles abriu os olhos, aos poucos nossas respirações foram ficando mais lenta, os olhos começando a pesar. Até que caímos no sono.


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Notas finais do capítulo

Eaeee, gostaram? O começo da capitulo vai em homenagem a Dylan O'Brien que foi viajar e tweetou que esqueceu seu travesseiro kkk (Para quem não sabe ele tem um travesseiro antiálergico e o leva para todo lugar que vai, pois não consegue dormir sem ele, e Jeff Davis levou isso para Stiles também) Tadinho gente kkk enfim, espero que tenham gostado e comentem! Bjss, até o próximo capitulo. P.s. Estou chocada com quem é o Benefactor!!



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