– Okay, eu vou ao parque. Eu aceito a bandeira branca. Mas tem regras, pra minha própria segurança. - falei autoritária.

–Calma, eu não vou te estuprar.

– Bom mesmo. Mas de todo o jeito. Sem dar em cima de mim, por que pra deixar bem claro, eu NAO estou 'afim' de você. Sem tentar me agarrar, ou suas joias reais vão sofrer. -ia falar mais porem ele me cortou.

– Quantos nomes diferentes você tem pra se referir as minhas bolas? -ele perguntou rindo.

– Vários. E isso me lembra de mais uma regra, se você quer me aturar você vai ter que escutar, sem me interromper. E por ultimo, se eu pagar mico por sua culpa eu juro que você nunca mais terá filhos.

– Gosto de mulheres mandonas. - ele riu.

– Gosta de apanhar também, né? Por que você ta pedindo pra que eu te bata. -falei trancando a porta. - Você já sabe onde e a sala, me espera lá que eu vou trocar de roupa.

– Ah, mas eu não vejo problemas nesse shortinho. -ele disse e eu só então lembrei o quão curto era meus shorts.

– JACKSON! - gritei e subi as escadas, irritada.

Cheguei ao meu quarto e abri um sorriso de orelha e orelha. Por quê? Eu não sei juro pra vocês que eu não sei.

Joguei as pantufas no outro lado do quarto e corri para o guarda roupa. Regata, short, camiseta, legg, jaqueta, que tipo de roupa eu coloco?

Acabei optando por um short e cós alto e um tamanho ideal. Regata estampada e meu lindo (e desgastado de tanto uso) Allstar com estampas da bandeira da Inglaterra.

Depois de já vestida, parei na frente do espelho e ajeitei o cabelo. Dei mais uma olhada no resultado do look, peguei meus óculos e estava no meio das escadas quando vi o Jackson com os pés em cima do meu sofá.

ELE ESTAVA SUJANDO O MEU SOFÁ!

– JACKSON MEU SOFÁ! TIRA JÁ OS PES DAI! -gritei, parando no meio da escada.

– Vem aqui e tira. -ele deu de ombros e eu comecei a correr pra descer a escada logo é arrancar os cabelos do moreno. Mas, a única coisa que eu consegui foi tropeçar nos meus próprios pés e acabar de cara no chão de novo!

– Você e desastrada mesmo! -ele disse rindo, chegando mais perto de mim.

– Não, eu queria cair. O chão parecia carente, ele merecia um beijo. - levantei a cabeça com uma cara emburrada, com uma mecha de cabelo atrapalhando a minha visão. Mas do mesmo jeito pude ver um sorriso torto na cara do Jackson.

– também to carente. Quero beijinho! -ele disse cínico.

– você quer e um tapa bem dado nessa cara. Agora deixa de ser mala e me ajuda a levantar. - estendi a mão.

– essa e a hora que eu te ajudo levantar, nos ficamos coladinhos e eu te agarro. - ele disse me ajudando a levantar.

– Regra dois querido... - disse me afastando dele, pegando o dinheiro para emergências do meu pai e abrindo a porta.

– Vamos logo.

– Como quiser mandona. - ele saiu e eu fechei a porta.

– Então, qual seus planos? -perguntei.

– nos vamos caminhar no parque, como amigos, só isso. - ele falou.

– Conta outra, sei que tem segundas intenções.

– Eu não sou só o lado cafajeste, okay? - ele falou com falsa ofensa.

– Mas esse lado e predominante que eu sei. Ele fala mais alto. - nos já seguíamos em direção ao parque.

– Sabe o que ta falando mais alto agora, Annabeth? - ele perguntou.

– Não, eu não sei. -me fingi de desentendida.

– Me pergunta mais tarde que eu te conto. - e então ele fugiu do assunto. - Como vamos fazer a nossa parte da decoração, e por falar nisso, o que a gente tem que fazer mesmo? - ele perguntou.

– Nossa, que envolvido que você ta no trabalho, em! -falei. Depois disso só jogamos conversa fora.

Chegamos ao parque e ficamos caminhando por la durante uma meia hora, ate que nos decidimos sentar na grama e descansar um pouco.

– Sabe, ate que e divertido passar o tempo com você, você não e inteiramente chata e nerd. - ele disse, colocando os braços na nuca e depois se deitando.

– E você não e inteiramente idiota. - falei repetindo o ato dele.

– acho que a gente poderia ate ser amigos. -ele propôs.

– Se você seguir as minhas regras. - eu disse.

– Amigos então? - ele pediu, estendendo a mão pra mim.

– Amigos. - eu apertei a sua mão. Apartir dali o silencio se fez presente.

– O que há no meio do coração? – pediu ele quebrando o silencio.

– OI? – perguntei duvidosa.

– é uma charada, o que há no meio do coração? – ele explicou.

– Bom, dentro de um coração humano na verdade há sangue, já que o nosso coração é um músculo divido em quatro cavidades, dois átrios e dois ventrículos. Sendo os Átrios por onde entra o sangue e os ventrículos por onde sai o sangue. No lado direito o sangue se direciona ao pulmões e do lado esquerdo para o corpo... – ia explicar mais porem ele me cortou.

– Sem respostas nerds! É uma charada, pensa como uma pessoa normal... o que há no meio do coração?- fiquei em silencio e tentei pensar o mais idiota o possível... sem sucesso. – Ah qual é Annabeth, não sabe isso?

– Não... – respondi por fim.

– A letra ‘a’. – ele falou e riu. Ai que tosco. Obriguei-me a rir junto.

– Vocês formam um casal fofinho. -disse uma menina, de no Maximo sete anos, que havia parado ao nosso lado.

– Nos não somos um casal, florzinha. Nos somos só amigos. - disse tentando ser simpática.

– Mas vocês são fofos juntos! Vocês deviam namorar. - a menina disse. Soltei um riso escandaloso.

– NÃO MESMO! -disse em meio a risadas.

– Viu Annie, ate a menininha!

– Jackson! - o repreendi.

– Como é seu nome, fofa? -Percy perguntou.

– Ellie, vamos? – um garoto de cabelos ultramente negros apareceu chamando a menina. Ele tinha um estilo meio rebelde de se vestir, me lembrando muito uma pessoa do meu passado. Ainda não havia olhado seu rosto, mas quando olhei foi a pior coisa que eu fiz na minha vida. Eu não acredito que ele estava de volta. Nico di Ângelo estava de volta!