Eu Ainda Estou Aqui escrita por A Garota Dos Livros


Capítulo 24
Parte ll - Capítulo 24




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PARTE DOIS - JASON HAPBURN

Oi, sou o Jason. Jason Smith Hapburn, sim, dessa família Hapburn, e filho desse Marcos Hapburn.

Minha mãe morreu, e eu decidi que nunca mais ia amar alguém como eu a amava. Sim, amo o meu pai, meu irmão... não, não amo a Abigail porque ela é uma desalmada, filha d...

Ok. Eu decidi que nunca mais ia amar alguém como eu amava a minha mãe, então Elizabete Wight apareceu na minha vida. Sim, essa Elizabete Wight, a garota mais mimada e mandona que eu já vi. Ela nunca sossega até conseguir o que quer e tem um gênio bem irritante, mas eu a amo. Droga! Eu a amo!

Sabe o que é mais inconveniente ? Ela está morrendo. Em pouco meses não terei mais minha princesa comigo e isso é algo que eu tento não pensar. Mas as vezes não dá, quando eu vejo aquele sorriso infantil e penso que em algum tempo eu nunca mais vou vê-lo... Parece que estão arrancando uma parte de mim, e eu sei o quão gay e exagerado é isso. Mas com eu disse '' Droga! Eu a amo!''.

Ela tem passado uma boa parte do tempo dormindo, e é só ela deita que caploft ela dorme. Particularmente é até engraçado as vezes, mas não é um bom sinal porque ela está ficando mais fraca.

– Acha que ela pode melhorar ? - Mike pergunta.

Nós estamos sentados no sofá assistindo a um jogo de futebol e tomando umas cervejas.

– Eu não sei... Queria acreditar que sim, mas... Eu não sei.

– É uma situação complicada...

– Muito.

Hoje é domingo. Lizzi está passando a tarde com John, mas eu vou buscá-la mais tarde, estou só esperando ela me ligar.

– Então, o que acha da Sam ? - Mike pergunta de repente.

– Amiga da Lizzi ? - ele assente - Ela é legal... Por que ?

Ele dá de ombros, mas conheço essa cara.

– Rapaz, você tá caidinho! - começo a rir alto.

– Mané.

– Desde quando você fala mané ?

– Culpa da sua namorada, ela que fica falando essas coisas perto de mim... isso pega.

Começo a rir novamente. Ela tem esse efeito sobre as pessoas.

...

– Desde quando você tem esse monte de frutas em casa ? - Lizzi pergunta lendo a lista que eu lhe entreguei.

– Desde que eu tenho te arrastado pra lá mais tempo do que você tem ficado em casa.

Ela dá um sorriso aberto e volta a ler a lista. Estamos indo ao mercado.

– Então, Range Rover preto... Conseguiu na luta ?

– Consegui - digo com um sorriso triunfante.

– Hum...

Chegamos ao mercado e pegamos todos o itens da lista, agora estamos esperando na fila do caixa.

– Esqueci uma coisa - digo.

– Vai lá pegar, eu fico aqui.

Sorrio para ela e saio, vou até o corredor das bebidas e pego um fardo de seis cervejas. Mike vai morrer se não ver nenhuma na geladeira.

Volto para o caixa e tenho uma surpresa. Lizzi está conversando com Carter, eles conversam como se fossem amigos de longa data, e isso me irrita. Me irrita muito.

Quantas vezes eu vou ter que falar pra ela ficar longe desse desgraçado ?

Chego perto dos dois e jogo as latas de cerveja com um pouco de força desnecessária no carrinho, mas por sorte, elas continuam intactas. Lizzi olha para mim com as sobrancelhas arqueadas por causa da minha reação, e Carter continua com aquela cara debochada que eu adoraria quebrar (de novo) agora mesmo.

– Vou indo - ele diz para Lizzi e lhe dá um abraço surpresa.

Carter sai andando e eu vou indo para cima dele, mas sinto a diminuta mão de LIzzi segurando meu braço.

– Não - é apenas o que ela diz.

Solto meu braço de sua mão e nós passamos as compras. As pessoas a nossa volta olharam a cena, mas não falaram nada que pudêssemos ouvir.

Estamos voltando para o carro e eu apresso o passo, Lizzi se esforça para me acompanhar, guardo tudo no porta malas e sento atrás do volante, Lizzi já está dentro do carro de cara amarrada. Saímos do estacionamento e ela continua olhando fixamente para frente com os braços cruzados sobre o peito.

– Coloca o sinto - eu digo.

Ela bufa e coloca o sinto bruscamente, em seguida cruza os braços em cima do peito novamente.

– Qual é o seu problema, Jason ? - ela diz quando paramos num farol.

– Oi ?

– Você foi um mané lá atrás com o Carter...

– Tá defendendo ele ?

– Não to defendendo ninguém, aliás, ninguém precisa ser defendido. Viu como todo mundo olhou para nós? Parecia que estavam assistindo a uma novela mexicana!

– Que se dane quem estava olhando! Já disse umas mil vezes que não gosto daquele cara e você...

– Ah sim, você disse umas mil vezes, mas não disse porque!

– Não te interessa o porque, mas não quero te ver perto dele de novo!

– Ah, faça-me o favor! Eu não vou parar de ''falar'' com Carter por causa de uma rixa boba - ela faz questão de fazer aspas com os dedos quando disse ''falar''.

– Ah você vai! - digo mais alto do que pretendia.

– Não até você me dar um motivo plausível.

– Não. Te. Interessa.

– Sim, interessa sim...

– Além de doente é surda ?!

Droga!

Lizzi para de falar e apenas de fita sem expressão.

– Para o carro.

– Não vou parar o carro.

– Para, logo, a porcaria do carro! - ela grita.

Finjo que ela não falou nada e continuo dirigindo. Lizzi vira-se para porta e a abre, piso no freio de uma vez.

– FICOU LOUCA!?

Ela solta o cinto e sai do carro pisado duro, manobro o carro e saio atrás dela.

– Volta para dentro do carro.

– Não vou voltar para o seu carro.

– Me desculpa, tá !? Saiu. Eu não quis dizer aquilo.

– Você quis sim, quis dizer exatamente aquilo!

– Não, não quis.

– Ah, Jason! Vai pra sua casa, que eu vou pra minha, ok.

– Já está escurecendo.

– Ainda está claro, e minha casa é a três quadras daqui.

Lizzi continua andando e ignorando todos os meu pedidos de desculpas. Eu a acompanho até em casa, onde ela bate a porta na minha cara. Volto para buscar o carro e volto pra casa.

Por que eu tinha que agir como um idiota ?


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