Ghostly escrita por Xtraordinary Girl, Kep


Capítulo 6
Dessa vez


Notas iniciais do capítulo

Kep: Heeey Guys
Como eu pude ver, o Nyah acabou de cortar as notas, que eu havia feito gigantes ;-;
Bom, eu demorei pra atualizar, porque eu REALMENTE não tive quase tempo para atualizar.
E quando eu tive, eu estava em minha mini e breve depressão, que se resumia em uma palavra : SKINS.
Cara, essa série realmente destrói seu coração, então se for sensível, NÃO VEJA ESSA SÉRIE.
Eu tenho quase a certeza, que quando eles foram fazer a terceira e última geração, os autores tiveram essa conversa : "Nós já não destruímos o bastante o coração deles?" "Sério?" "Não. Vamos matar mais alguém. MUAHAHAHAHAHA,"
E sim, eu tenho essa imaginação...
ok, vamos lá.

Nome do próximo capítulo: Vá para os Hogsmead e ganhe um Deus Grego de brinde.

Espero que dessa vez (hehe) as notas ficarão.
Espero que gostem, guys.
Enjoy~



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Capítulo Quatro - Dessa Vez

G H O S T L Y

Resmunguei contrariada á acordar, quando o celular vibrando de Roxy caiu da cômoda, aterrissando na minha cara amassada. Silenciei-o, tirando as cobertas do corpo. Olhei para a tela que machucava meus olhos com a claridade, dando de cara com um Sete da madrugada estampada na tela inicial. Joguei o celular no colo da dona, vendo-a soltar um ronco babado depois. Bufei sarcástica. Queria ver se o Albus ainda a acharia razoavelmente bonita roncando feito uma velha porca.

Calcei os chinelos de Rose, que feito um anjo, dormia com a cabeça relaxada sobre um dos braços. Suas madeixas ruivas caíam feito uma cascata no travesseiro, mas deixando-a ainda mais fofa. Merlin é muito injusto, pensei amargurada.

Vesti meu casaco xadrez sobre a regata branca e o mini shorts de dormir, arrumando meu cabelo emaranhado em um coque apertado, apesar de que quando eu saía corredor afora do dormitório, eu o sentia se desmanchando frouxo.

Bocejei pela terceira vez ao chegar ao salão comunal, deserto diante da madrugues que se estendia agora. Eu também deveria estar dormindo, mas como chegara o dia que iríamos para Hogsmead, uma estranha ansiedade grudou em meus sentidos. Eu realmente não sabia por que realmente, já que era apenas um passeio dentre um vilarejo bruxo. Mas meu nariz coçava. Minha língua ardia. Meu corpo esquentava, enquanto minha mente entrava em turbulência; Os quatro indícios que eu sempre sentia quando algo iria acontecer (na maioria das vezes, ruim) estava acontecendo, estavam apossados em meu corpo. Algo realmente ruim -ou quase impossível, bom- iria acontecer quando estivéssemos lá.

E eu não estava nem um pouco feliz para descobrir o que.

Levantei do sofá, arregalando os olhos. Um sorriso nasceu em meus lábios enquanto eu deslizava os olhos pela escada á minha frente, logo sabendo para onde aquilo iria.

O dormitório masculino.

Descalcei os chinelos, jogando o casaco onde antes eu estava sentada. James Potter estava dormindo tranquilamente em sua cama logo acima de mim, inconsciente de que poderia ser atacado ali mesmo.

E ele iria.

...

Só que não. Após algumas, dezenas de tentativas de subir as escadas, eu mal conseguia contar a quantidade de hematomas que se estendiam pelo meu corpo. Eu havia esquecido de um simples detalhe.

Garotos não podem entrar no dormitório feminino...

...assim como o inverso.

A escada simplesmente virou um escorregador, encolheu, desapareceu com os degraus perto de mim... E mais algumas inúmeras coisas que estão me custando quase a minha vida.

Tentando mais uma vez, eu fracassei caindo de bunda no tapete. Trinquei os dentes irada, exclamando em seguida.

–O que você tem contra mim, escada mutante? – Gritei razoavelmente baixo. – Você só pode ser mulher, não? O Potter não perdoou nem a escada? – Resmunguei deitando-me no tapete.

Eu não duvido muito. Estremeci sentindo os pelos da nuca se arrepiarem. Ouvi uma risada familiar, me fazendo virar para o ser ali parado.

–Fred. – Resmunguei revirando os olhos. O mesmo riu piscando sedutor na minha direção, arrancando apenas risadas. – Caiu da cama, peste?

–Que modos de falar com o melhor amigo. – Resmungou fingindo estar ofendido, fazendo meu sorriso se alongar á cada passo que dava. – Eu acordei e não consegui dormir mais. – Ele ergueu a mão me levantando do chão. – E você? Vem sempre aqui?

–Vim dar uma lição para o Potter, mas a minha falta de carne entre as pernas faz com que a escada não me deixe subir. – Falei relaxando os músculos.

–É, eu percebi. –O garoto riu da minha desgraça, fazendo-me dar-lhe um soco no braço. – Hey! – Fingiu indignação, mas voltou á rir. – Bom, eu acho que vou te ajudar.

–Como? – Perguntei descrente. – Fazendo uma doação de testículos pra mim? Porque se for, eu me recuso.

–Fique tranquila. Ainda não pretendo te transformar num macho e esfregar na cara do James que ele tá afim de um macho. – Ergui as sobrancelhas em dúvida, engolindo em seco. Ele não está afim de mim. Ele só nunca teve um desafio na vida. Apenas isso. –É bem simples. – Fred falou dando as costas pra mim, em direção ás escadas. – Suba. – Ele agachou, me fazendo me perguntar se ele estava falando do que eu estava pensando.

–Quer que eu suba nas suas costas? – Ele olhou para trás, acenando com a cabeça. – Pra que? Pra ser amassada com a sua gordura quando as escadas escorregarem nós dois?!!? Nem a pau. – Resmunguei contrariada feito uma menina mimada. Fred bufou meio impaciente, se levantando do chão. – O que f- HEEY!! Gritei em um sussurro abafado por seu ombro. Fred sorriu consigo mesmo, me ajustando no seu ombro. De novo. Já não bastava o Potter, agora o Wesleay?

–Vocês têm fetiches por levar garotas nos ombros? – Falei revirando os olhos. O garoto pulou para o segundo degrau, e eu logo senti as escadas tremerem. Eu sabia. Ele pulou de três em três, enquanto o dragão/escada praticamente rugia embaixo de seus pés. Olhei para a minha frente, e ocasionalmente atrás dele. Se nós cairmos, o mais provável á acontecer é Fred quebrar alguns ossos e eu o pescoço. Simples assim.

–Pronto, Srta. Dramática. – Pisquei repetidamente saindo dos devaneios da minha morte súbita. Fred me tirou dos ombros, deixando as mãos na minha cintura, com um sorriso digno de Potter. – Está entregue.

Olhei ao meu redor, sentindo meus lábios formigarem diante ao sorriso bobo que se abrira. O corredor se estendia iluminado pela luz das primeiras horas da manhã, apesar de que era provável que já estaria quase atrasada para a aula.

–...Mas quem disse que marotos se preocupavam com isso? Sussurrei para o vento, enquanto começava á andar.

–Ei! – Me virei surpresa por ter quase esquecido que o garoto estava ali. Sorri levantando na ponta dos pés, lascando um beijo na bochecha um tanto sardenta dele. – Agora sim.

Soltei uma risada baixa, balançando a cabeça em negativa. Suspirei relaxando sentindo os raios do Sol invadirem em faixas o meu corpo, que não jazia muito coberto. Fui andando dentre o corredor, olhando as portas.

Até parar em uma, digamos “especial”.

Havia desenhos, rabiscos e nomes daqueles que ali moravam.

Fred Wesleay...

...Lorcan Longbotton...

...Albus Potter...

...Lysandre Longbotton...

...Scorpius Malfoy...

...James Potter...

–BINGO! – Exclamei feliz, desfazendo o coque de meus cabelos. Senti meu cabelo cair desajeitado pelos meus ombros, enquanto eu tentava abrir a porta sem fazer barulho. Olhei para os meus pés, pisando em uma pilha de roupas. Porcos vivem no chiqueiro. Encostei a porta, continuando á andar pelo quarto, olhando dentre as camas. A mais perto de mim estava vazia, fazendo-me sorrir.

Pelo menos Fred seria poupado.

Passei por Scorpius, que eu quase morri de rir, ao ouvi-lo resmungar “Oh, Rose.” “Rossy.”. Cheguei à cama de Albus, que dormia babando no travesseiro, com uma perna pra fora. Soltei uma risada nasal, balançando a cabeça desacreditada. Olhei para o cama ao lado, onde o meu alvo me esperava roncando debilmente. Sentei-me na cama do irmão mais novo, achando em baixo de seu travesseiro sua varinha. Sorri novamente, puxando o cobertor azulado, cobrindo os ombros do moreno.

Voltei-me para o outro Potter, pensando no que eu poderia fazer. Permiti-me rir um tanto alto ao concluir o pensamento.

Alarte Ascendare. – Sussurrei apontando a varinha de Albus para James. O mesmo teve seu corpo levitar lentamente, enquanto o cobertor deslizava para longe de seu corpo á cada centímetro mais alto. Continuei apontando, até ele resmungar com a falta de calor, se remexendo no ar, como se fosse à cama. Chegou quase á encostar no teto. Quase.

–AAAAHHH!! – Seu corpo deixou de levitar, caindo rapidamente na cama. Seu grito assustado acordou os outros garotos, que ainda meio que dormindo olharam para o moreno. O mesmo respirava ofegante com a mão na testa. Soltei uma gargalhada diante seus olhos arregalados, fazendo os cinco me encararem, só agora percebendo minha presença ali.

–Foi você? – James me encarou descrente, recebendo sua resposta ao me ver balançar a varinha de Albus. Joguei-a no colo do mesmo, botando as mãos na cintura.

–Você não disse que iríamos á Hogsmead? – Ele concordou vagamente, levantando uma sobrancelha. Observei seu rosto, vendo-o trincar os dentes, juntamente das narinas dilatadas. – Então? Eu resolvi te acordar eu mesma.

–E PORQUE DIABOS VOCÊ PRECISAVA QUASE ME MATAR??!?!- Seu grito me assustou por um momento, mas logo senti o formigamento de um sorriso maroto em meus lábios. Cruzei os braços, erguendo as sobrancelhas. Eu não tenho medo dele. Eu não tenho medo de você.

–Não sei por que está tão bravinho. Não era você, o que gostava mais de marotagens?– Falei mordendo o lábio inferior. Olhei de relance para os outros, e me permiti engolir em seco ao decifrar o que Scorpius sussurrava.

CORRA!”

–É melhor você fazer o que ele disse. – Me xinguei internamente ao sentir meus pelos da nuca se arrepiarem diante ao sussurro raivoso que o moreno deu. Olhei com os olhos arregalados para ele, descrente do que ele estava pensando em fazer.

Ele não seria capaz de... Dei dois passos pra trás, agarrando a maçaneta com força. Olhei trêmula de divertimento e medo para James. O mesmo riu sem humor, aproximando-se dois passos.

Oh, Merlin. Estou morta.

–Três, dois, um... – Potter rosnou se aproximando. Se aproximando até demais.

–Me pegue se puder, Potter! – Gritei abrindo a porta do quarto e correndo corredor adentro. Passei gargalhando por dezenas de garotos que saíam dos quartos, vendo uma louca correndo com um James Potter raivoso atrás. Acelerei o passo, dobrando uma esquina do corredor e chegando ás escadas. Fui em direção á uma, mas essa já estava se afastando.

Olhei para trás, sentindo um tremor no corpo. Ele corria loucamente, sem se preocupar em disfarçar o brilho vermelho que jazia em seus olhos. Virei-me novamente para a frente, sentindo meus lábios murcharem o antigo sorriso divertido. Engoli em seco ao sentir minhas pernas falharem, e nada além do final do corredor á minha frente.

Olhei para baixo, vendo uma escada subir aos poucos em nossa direção.

Mas ela não chegaria á tempo.

Fechei os olhos por um instante, e diminui a velocidade, me aproximando do corrimão de madeira antiga. Peguei impulso depois de um pilar, pairando em cima.

Alex, espera. – Olhei com o canto do olho para ele, quase sorrindo ao ver a descrença e a preocupação tomar lugar da raiva repentinamente.

–Eu não vou morrer ainda... – Sussurrei voltando-me para frente, pulando para o nada.

.

.

.

.

E logo caindo desajeitadamente nos degraus da escada, que se aproximava do ponto onde eu havia pulado. Xinguei vagamente, ao sentir meu braço doer, mas logo corri escada á baixo, sem me preocupar com os gritos de um certo moreno.

–Eu não acredito que você fez isso!! – Roxy falou gargalhando alto. Revirei os olhos sorridente, enquanto nós conversávamos sobre minha brincadeirinha matutina. – Você devia ter filmado, Alex!

–Seria engraçado ver a cara do James na hora. – Até Rose brincou, levando o líquido fumegante até a boca. Fred assentiu, mordiscando a torrada da ruiva, que rindo, lhe tirou rapidamente dos lábios.

–Vocês só queria ver o Alvozinho dormindo, Roxyta. – Ironizei arrancando risadas dos outros com o avermelhado rosto da morena. – E você não ria muito, Rosinha. Duvido que não babaria pro corpicho de uma certa pessoa. – Continuei acompanhando a risada de Fred, enquanto a garota escondia o rosto vermelho no ombro de Roxy.

–Quem disse que eu gosto do Scorpius? – Resmungou continuando á comer. Parei de rir na hora, encarando os olhos castanhos de Fred, sendo que esses se enchiam de lágrimas de tanto rir.

Quem tinha falado no Scorpius, Rose? – Sussurrei me levantando da cadeira, aproximando-se da ruiva. Essa me encarou com os olhos arregalados. Sua pele avermelhou-se de vez, enquanto seus lábios rosados formavam vagamente um círculo perfeito.

–Você é do mal, Alex. – Fred falou risonho. Soltei um beijo no ar jogando o cabelo para trás, chegando á ganhar um sorriso perdoado de Roxy.

Ela é apenas idiota.

Meu sorriso foi-se desmanchando, enquanto minhas pálpebras se abaixavam, deixando meu olhar morto. Dirigi o olhar para a dona da voz, que arqueou a sobrancelha clara. – O que foi? Eu apenas disse a verdade. – Respondeu ao nossos olhares, ganhando risadinhas igualmente irritante á sua voz.

–Se eu me lembro, nossa conversa não incluía nenhuma vaca oxigenada. – Falei apoiando minha cabeça na mão, olhando de canto de olho ao redor. Todos haviam parado de fazer o que diabos haviam feito, encarando-me quase da mesma forma de quando dei o tapa no Potter. E falando no quase, é porque seus olhares jaziam descrença, e não desdém e surpresa.

Dominique me olhou com seus azulados orbes arregalados, abrindo a boca, mesmo sem nenhum som sair de lá.

–Quem você pensa que é, sua vad-

Achei que você era uma dama, Dominique. – Olhei curiosa para o dono da voz, que sussurrou desnecessariamente no ouvido da loira de farmácia. A mesma ofegou, me causando falsa náusea, e risadas escondidas de Fred.

–Porque você está defendendo-a? Ela me xingou tamb-

–Você é que exibe seus dotes e classe francesa e veela, e não ela. – Falou dando um sorriso de lado, não respondendo a resposta da mesma. Dominique encarou-o, logo fazendo o mesmo comigo, e logo encarando Potter. Levantou-se subitamente, bufando. As Marias vai com as outras levantaram-se também, jogando o cabelo para trás repetidamente com ela.

–Eu falo com você depois, Jam. ­– Falou alto o bastante para ser desnecessário, dando um beijo na bochecha de Jam e saindo rebolando onde-era-para-estar-algo-chamado-bunda. O mesmo riu nasalmente, voltando à atenção para mim. Seu sorriso se tornou sombrio, me fazendo temer cada passo que dava em minha direção.

–Dormiu bem, morena? – Ele se pôs atrás de mim, com as mãos em meus ombros. Abri a boca para retrucar, mas ele logo se antecedeu. – Porque eu estava dormindo bem, até um certo alguém me acordar quase com um ataque do coração. – Falou rindo sem humor, ao contrário da irmã mais nova, que riu calorosamente diante á situação.

–Oh, não se faça de inocente, Potter. – Dei um sorriso maroto. – Você sabe que mereceu dessa vez.

–Como assim, dessa vez? – Perguntou enquanto eu terminava de tomar meu suco. Fechei vagamente meus olhos, levantando-me. Ajeitei meu moletom negro, olhando diretamente para os lábios dele. E eu sei que ele percebeu.

Porque dessa vez, foi uma pequena vingança. - Alcancei minhas mãos delicadamente na gola de sua camisa ajustando levemente, continuando. –E da próxima... – Falei baixo o bastante para apenas ele escutar. Eu não deveria estar provocando-o. Porque eu estou fazendo isso? –bom, vou fazer uma surpresa. – Falei me afastando subitamente, fazendo-o se mover para frente, quase parecendo sentir falta da nossa aproximação. – Até depois, pessoal. – Falei sorrindo timidamente para aqueles sentados na mesa, e fui andando para fora do salão.

E dessa vez, eu senti novamente um olhar cortante ás minhas costas.

Mas dessa vez, não era o Potter.


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Notas finais do capítulo

Plis, guys, se manifestem.
Espero que tenham gostado, pessoal.
Comentem, que vocês terão capítulos mais rápido!! GO! GO!