Chamas do Dragão escrita por Melzinha


Capítulo 4
Capítulo IV- "Seus Olhos Enxergam Minha Alma"




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Chamas do Dragão

Por Mel

Capítulo IV

Seus Olhos Enxergam Minha Alma

O vento ficou mais forte. Sakura sentiu um estranho formigamento tomar conta dos dedinhos das mãos. Sentiu-se estranha e não conseguia reagir com clareza. Tomoyo gritou várias vezes tentando chamar sua atenção, mas parecia inútil. Ela estava inexplicavelmente distante. Li aproximou-se percebendo alterações significativas no poder da mestra das cartas. Olhou em volta, incomodado com as ondas mágicas e percebeu a confusão que os rodeava. Precisava dar um jeito de resolver esse impasse antes que fosse obrigado a usar magia na frente de todos. Para piorar um pouco mais, Naomi correu até ele tentando puxa-lo pela mão. Na mente maliciosa da garota, a confusão poderia aproxima-los de uma vez como um conto de fadas. Foi então que um clarão os cegou por alguns segundos, e quando a luz cessou os seres sem magia estavam adormecidos. Sakura piscou várias vezes voltando a realidade.

Sakura (Colocando a mão na cabeça): "O-O que aconteceu?"

Syaoran (Preocupado): "Isso é o que eu te pergunto...".

Sakura (Surpresa): "Eu não sei...Não me lembro do último minuto. Meus dedos estavam formigando e (Olhou em volta assustada) Fui eu quem fez isso? (Procurando) Onde está a Tomoyo?"

Syaoran: "Adormecida com os outros"

Apontou para os alunos no chão e deu dois passos para frente afastando-se da desacordada Naomi.

Sakura: "Você usou a magia do sono? Na frente de todo mundo?".

Syaoran (Confuso) : "Eu não usei" (A fitou) "Deve ter sido você. Sua magia estava fora de controle".

Sakura (Com os olhos arregalados): "Como assim? Eu não invoquei carta nenhuma"

Syaoran: "Você tinha que ver as ondas de poder que estava emanando. Era imensurável a distancia que percorriam".

Sakura (O encarando): "Eu não me lembro de nada. O ultimo minuto está em branco na minha mente. (Olhando em volta) Eu não posso ter feito isso".

Voz: "Na verdade nenhum de vocês dois são responsáveis por isso. Fui eu quem fiz isso".

Syaoran: "Hiragizawa?"

O mago de longos cabelos azuis surgiu dentro de uma bolha verde luminosa seguidos por seus guardiões e Kaho que usava um tradicional traje de luta japonês. Por alguns segundos, que pareceram horas, o silêncio permaneceu exultante...Mas, aos poucos, a presença maligna tornou-se tão forte e estava tão próxima que algumas folhas vibrantes e úmidas secaram instantaneamente, tamanha a acidez que o ar atingiu. Do chão da quadra de esportes uma lesma gigante com rosto de mulher se ergueu vomitando uma espécie de ácido verde. Syaoran instintivamente colocou-se na frente de Sakura.

Sakura (Aterrorizada): "Quem ..O que...é isso?".

Syaoran (Não gostando nada do que via): "Mais um daqueles...A presença é muito parecida com o outro (A encarou) O que está esperando? Invoque seu cetro".

Sakura: "Certo! (Segurou seu báculo na forma de pingente) Chave que guarda o poder da minha estrela, mostre seus verdadeiros poderes sobre nós e ofereça-os a valente Sakura que aceitou essa missão. Liberte-se!"

A liberação da magia da mestra das cartas chamou a atenção da criatura. O imã que aquele poder doce causava sobre os seres malignos era incrivelmente forte.

Monstro: "Ora, ora! Que fome..." (Fitou o grupo de guerreiros) : "Adoro feiticeiros no café da manhã".

A gosma que saiu da boca da lesma destruía tudo que tocava. Hiragizawa invocou a magia das pedras flamejantes que sem piedade começou a atingir o corpo da estranha criatura como uma chuva ardente de meteoros do céu. A lesma girou várias vezes ao redor dela mesma e em um contra ataque lançou espinhos envenenados para todos os lados. Sakura rapidamente invocou o escudo protegendo todos os alunos desacordados e o grupo de heróis em uma bolha mágica e brilhante.

Sakura (Segurando o cetro no alto): "Estão todos bem?".

Monstro: "Acha que essa magia pode me deter?(Riu alto) Nada nesse seu pequeno universo medíocre pode me deter".

A lesma começou a socar a carta mágica que lutava para permanecer acesa.

Sakura: "Escudo não vai suportar por muito tempo. Temos que fazer alguma coisa".

Syaoran (Ponderando): "O fogo funcionou da ultima vez"

Sakura (Preocupada): "Mas e se não funcionar dessa?"

Syaoran (A encarando): "Só há um jeito de saber...".

Sakura: "Se arriscar sem saber se vai dar certo é loucura".

Syaoran (Piscando): "Adoro aventuras"

Um soco mais forte obrigou a mestra das cartas a gritar. Li saiu do escudo mágico. O instinto protetor que tinha por Sakura desde pequeno falou mais alto do que a possível falha da tentativa de destruir o animal. Seu coração doeu por alguns segundos, pensando que a linda menina que segurava graciosamente uma poderosa magia acesa para proteger os outros, sempre se encontrava no mais grave dos perigos. Respirou fundo, concentrou-se e chamou a atenção do monstro para si. Sabia que se não fizesse alguma coisa a magia da carta seria dissipada.

Syaoran: "Deus do fogo, vinde a mim".

Um raio flamejante saiu da poderosa espada chinesa acertando o monstro no tórax. Mas para a surpresa de todos, nada havia ocorrido com o ser que, raivoso, atacou Li novamente. Era como se houvesse uma barreira mágica desviando o fogo para longe. Eriol partiu para a batalha mais uma vez ajudando seu descendente.

Monstro (Limpando o canto da boca): "Já disse...Não vão conseguir me vencer".

Sakura (Lutando para manter a magia do escudo): "O que são esses monstros?"

Misuki: "Soldados de plutão".

Sakura (Debochada): "Claro! Soldados de Plutão. Puxa vida! Agora você resolveu todos os meus problemas".

Rubymoon: "São soldados do exército de cristal. Eles vieram para dominar esse mundo".

Sakura (Olhando para Li): "Do-Dominar o mundo?Mas por que?".

Spinnel: "A Terra é a fonte da magia benigna que mantém o equilíbrio do universo".

Misuki: "Exatamente...Além disso, a estrutura deles é muito parecida com as dos seres daqui. São metade animais, metade magos, mas de uma forma ruim...São criaturas possuídas pelas sombras. Eles podem não só corromper esse poder como viver aqui sem problemas."

Sakura (Fitando Li e Eriol): "Eles...(Parou por alguns segundos) Tem a estrutura biofísica parecida com a nossa? No fundo são como pessoas ou animais? Parece tão estranho olhando para essa coisa feia.".

Misuki: "E são. Você não tem idéia do que um sentimento ruim pode fazer na forma da alma da pessoa...Por exemplo, cada vez que você sente raiva, mente ou deseja vingança, por exemplo uma mancha negra marca seu Espírito. Agora imagina ser criado e treinado por alguém que jamais sentiu algo além disso".

Sakura: "E de quem estaríamos falando?".

Rubbymoon: "Do príncipe do gelo. Dizem que seu espírito foi tão corrompido, que seu coração se transformou em um cristal".

Spinnel: "Dai o surgimento do mundo de cristal".

Misuki: "Esses soldados são super desenvolvidos pelos poderes mágicos e destrutivos acumulados. São os predadores mais perigosos do universo. Incapazes de amar"

Sakura: "O que podemos fazer a respeito disso?" (Encarou Li lutando bravamente) "Preciso dar um jeito de sair daqui...sem apagar a magia do Escudo".(Virando para Spinnel): "Spinnel...Se Clow te criou como criou Kérberus, você tem o poder de usar as cartas em casos extremos, não tem?".

A pantera negra concordou assustada. Era muito arriscado tentar controlar um carta transformada, mas se não havia outro jeito. Tinha que ajudar a princesa, mesmo que ela não soubesse quem era.

Sakura: "Mantenha a chama do escudo acesa só por alguns instantes" (Olhou para o campo de batalha) "Eu tive uma idéia..."

Misuki (Preocupada): "O que vai fazer?".

Sakura (Sorrindo): "Super hidratar essa lesma".

Eriol e Li jogavam diversos feitiços ao mesmo tempo, mas parecia não afetar muito aquele horrendo animal. O ácido criou uma espécie de creme impermeável no corpo escamoso. Foi então que sentiram a magia de Sakura explodir pela esfera mágica chamando a atenção da lesma.

Monstro: "Não pode ser...".

Syaoran (Apavorado): "Sua louca! O que você está fazendo?".

Sakura: "Venha lesminha...(Sorriu se sacudindo) Acho que eu daria um belo café da manhã não acha? Magia pode ser vitamina...Faz bem para o coração!Isso é...se você tiver um coração...(Riu) Coisa que eu duvido.".

Monstro: "Essa presença..." (Riu alto) "Não pode ser você! Não de novo...(Riu mais alto ainda)... Você vai pagar por cada segundo no limbo que nos fez passar..."

Sakura: "No limbo? (Confusa) Mas do que tanto vocês, sei lá de onde vêm, e porque me acusam? Devem estar me confundindo com outra pessoa. Eu nunca mandei nada e nem ninguém para lugar algum".

Monstro (Rindo freneticamente) : "Que erro grave...Ainda não recuperou suas memórias. Isso pode ser perigoso, Clow (Encarou Eriol)...Deixa-la como uma frágil feiticeira...(A encarou) O bom é que assim fica mais fácil de me livrar de você".

Li encarou Eriol de forma única. O que todos estavam escondendo afinal?

Sakura (Um pouco assustada com o discurso): "Não sei do que você está falando...Mas. (Falou pausadamente) Apenas ... tente..."

Agora Li tinha certeza, Sakura endoidara de vez. Ela estava chamando o monstro para atacá-la?

Monstro (Trocando de cor): "Você vai pagar por tudo o que me fez sofrer".

Syaoran ( Não gostando nada da situação): "O que ela está pretendendo fazer, Eriol?".

Eriol: "Salvar a todos nós".

Syaoran (Apavorado): "Ela é louca..."

Eriol (O fitou) "Vamos Li, você tem que decidir".

Syaoran (Confuso): "Decidir? Do que está falando?"

Eriol (Encarando Li): "Se você está ou não do lado dela...(Compreensivo) Se você não decidir isso, talvez seja uma tentativa frustrada".

Syaoran: "Nós dois estamos tentando salvar o mundo...Está claro o lado que estou".

Eriol: "Não foi desse jeito que eu estou falando. Não é decidir se você está do lado do bem ou não. E sim, decidir se você está do lado dela ou não". (Encarou o descendente): "Ela é a pessoa mais preciosa do universo...E seu coração sabe disso".

Li não respondeu, apenas respirou pausadamente tentando colocar os pensamentos em ordem. Sentia uma necessidade absurda de proteger aquela mulher frágil a sua frente. "A pessoa mais preciosa do universo" repetiu para si. Parecia a frase mais absurda de todos os tempo, mas em seu coração, curiosamente ela fazia sentido. Viu então a lesma se preparar para algo inédito.

Syaoran(Na defensiva): "O que esse monstro está fazendo, agora?"

Eriol: "Você realmente se preocupa muito com ela, não é mesmo? (Olhou para o monstro) Pela mudança de cor...(Assustou-se) Ela vai tentar fazer com que as células da Sakura explodam. (Colocou-se na posição de ataque) Vamos Li...A decisão é toda sua...Eu sou um mero criador de cartas, não posso fazer um terço do que você pode".

Syaoran (Fitando Sakura) "Por que ela tinha que ser tão teimosa? Por que não ficou dentro do escudo? Tudo seria mais fácil se ela obedecesse uma ordem de vez em quando.".

Eriol (Explicando com calma): "Porque o coração dela é guiado de forma diferente. Você ainda não percebeu que ela se sacrificaria pelos outros?".

Syaoran (Agoniado): "Como não perceber isso?" (Encarou o mago) "Eu me sinto um idiota, por não deixar de admirá-la...(Levando a mão ao peito)"Mas eu não posso ser aliado da mulher responsável por toda humilhação que eu passei no clã. É tão difícil entender isso?"(Com dor) "Você não sabe o que eu passei".

Eriol: "A humilhação não foi causada por ela...(Olhou para longe) Foi causado por homens prepotentes que não entenderam o plano maior que havia atrás da criação das cartas"(O olhou de novo) "Elas nunca foram feitas para ficar no controle do clã".

Ele não respondeu novamente. As palavras de Clow caíram como uma chuva de meteoros em toda razão que tinha. A lesma se revirou e soltou uma onda sônica na direção da mestra das cartas. O som era tão alto que Sakura teve vontade de chorar, tamanha a dor de cabeça que aquilo causava. Li ficou desesperado ao ver a garota ajoelhada e impotente diante do ataque. Tinha realmente que fazer alguma coisa. Como decidir...Se seu coração já havia decidido.

Eriol (Entendendo o olhar do descendente): "Eu te dou cobertura".

Syaoran (Concordando e virando-se para o monstro): "Deus do trovão, vinde a mim"

Um raio desorientou a lesma que cambaleou para a direita jogando a onda sônica em outra direção. Li correu até Sakura.

Syaoran: "Você é muito teimosa...O que estava pensando quando-"

Sakura (O interrompeu com a voz falhando): "Apenas...Me dê cobertura..."

Syaoran: "O que pensa em fazer?".

Sakura (O encarando): "Ela disse que nada... nesse universo poderia detê-la...Porque sua estrutura é como a de seres da terra."

Syaoran: "Sim, mas o que isso tem a ver?".

Sakura: "Ela respira ar...Pode me ajudar?(Riu) Dessa vez eu serei o superhomem e você a Lois Lane".

Li não queria dar o braço a torcer, mas as palavras de Clow não saim da sua cabeça: 'homens prepotentes que não entenderam o plano maior, cartas nunca foram feitas para ficar no controle do clã'. Sakura ganhara as cartas justamente. Ela lutou contra o anjo da lua sozinha e conquistou não só o respeito como o amor dele, um amor que tentou abafar de todas as formas, mas nunca conseguiu. A determinação dentro dos olhos esmeraldas o ajudaram no seu dilema. Simplesmente a ajudaria a efetuar esse plano maluco...Isso não significava que estava se tornando um fraco...E sim, que não queria ser como os anciões de seu clã. A mestra das cartas despertava o menino adormecido dentro do coração do forte guerreiro. Um menino que pensou que não existisse mais.

A lesma balançou a cabeça tentando se equilibrar. Avistou a princesa responsável pela sua desgraça de pé segurando o báculo da estrela. Correu atrás dela, iria destruí-la em nome de seu príncipe, o poderoso Kay. Lançou mais setas envenenadas, o suficiente para matar um exercito, mas Li colocou-se na frente pulverizando cada uma com sua magia. Não se importando em ser atingido, se isso fosse o necessário. Chamou o monstro para a briga novamente o distraindo tempo suficiente para a mestra das cartas colocar seu plano em ação. Quando a criatura ia vomitar sua gosma tóxica sobre o guerreiro, Sakura finalmente gritou.

Sakura: "Água!"

Um jato de água envolveu a criatura transformando-se numa bolha gigante.

Sakura: "Você tinha razão quando disse que nada no nosso universo poderia detê-la. (O poder de Sakura estava cada vez mais forte) Vocês têm a mesma estrutura...Isso é... vocês como nós, respiram oxigênio...".

Eriol, que até então não interferiu na batalha que os dois travavam, soltou um sorriso enigmático olhando para a irmã. O monstro lutava com todas as forças para sair da bolha mas parecia inútil. Era maleável demais. Li soltou um sorriso de lado pensando que apesar de teimosa e indiscutivelmente linda, a garota tinha um pouco de razão na sua loucura. A lesma contorceu-se antes de se envolver numa nuvem de fumaça e desaparecer. Spinnel caiu exausto mal conseguindo respirar. As cartas voltaram a forma humilde. Assim que a poeira abaixou foi possível ver o rastro de destruição deixado pelo soldado. Sakura caiu sobre os próprios joelhos.

Syaoran (Preocupado): "Droga! O que houve com você?".

Eriol (Correndo até eles): "Ela usou magia de mais".

Misuki: "A magia dela está fora de controle" (Olhou para o irmão) "Precisamos dar um jeito de canalizar isso".

Sakura respirou fundo algumas vezes, mas seu corpo não suportou. Perdeu os sentidos sobre os braços atentos de Li que estavam prontos para segurar a única pessoa que jamais saira de sua mente.

Eriol: "É melhor leva-la para enfermaria".

Syaoran: "Acho melhor também...(Observando-a sem sentidos) E quando voltar quero explicações". (Pensando): "Essa magia que Sakura está emanando não é normal...Ela precisa controlar isso antes que o corpo dela não suporte"

Misuki: "E as daremos. Mas não aqui. Nos encontre no templo Tsukimine ao anoitecer de amanhã".

Rubymoon: "A magia do sono está se enfraquecendo. Acho melhor escondermos nossa magia".

A borboleta pegou a pantera no colo desaparecendo no ar. Eriol e Misuki trocaram de roupa magicamente. Li ajeitou Sakura entre seus braços a carregando para a enfermaria.

Syaoran: "Você é muito boba Sakura...(Sussurrando) Poderia ter se matado". (Pensando) 'Nunca mais se coloque em risco desse jeito. Nunca'.

Os alunos foram despertando aos poucos. Tomoyo acordou desesperada procurando por Sakura, mas quando deparou-se com um olhar tão profundo e misterioso como a noite sob a lua nova, surpreendeu-se tanto que seu coração bateu descompassado. O que ele estaria fazendo ali, e porque não encontrava sua prima? Os olhos violeta se estreitaram sobre a imagem da professora Misuki. Não queria vê-la. Não queria reencontrar com a mulher que havia tirado a única pessoa pela qual se apaixonara. E pior. Foram embora sem dar uma explicação. Não queria aquilo, não esperava por aquilo.

Eriol: "Não se preocupe...Syaoran está com ela agora"

Tomoyo "Syaoran...(Estranhando) Certo" (Piscando): "Mas afinal...O que você está fazendo aqui?"

Eriol: "Eu vim aqui para ajudar nessa batalha. Não fique tão na defensiva...".

Tomoyo (Virando de costas): "Não estou na defensiva, eu só...(Voltou a encara-lo) Queria saber o que você estava fazendo aqui...Deve ter sido um motivo grande, até ela (Apontou para Misuki) veio junto.".

Misuki: "Não fique assim, pequena Tomoyo...Tudo não passou de um grande mal entendido".

Tomoyo (Com raiva): "Mal entendido? (Riu) E quanto tempo vocês demoram para resolver mal entendidos no seu país? ANOS? Eu fiquei te esperando igual uma idiota na França...Você me usou e me largou como se eu fosse lixo, e agora quer dizer que tudo não passou de um mal entendido? Obrigada mas, (Virou-se de costas)Eu não quero ouvir. Você tinha um compromisso comigo e ..foi embora com ela sem dizer uma palavra. Em um dia você estava lá e no outro não. (Encarou Eriol) Como acha que eu me senti a respeito desse mal entendido? (Respirou fundo três vezes) Mas tudo passou... Eu já esqueci esse sentimento há muito tempo...E nunca mais quero me dar ao luxo de sentir algo por você. Espero que você ajude Sakura em alguma coisa pelo menos."

A maré triste e angustiada invadiu os profundos olhos de Clow. Mas o que ele queria? Que ela ficasse esperando a boa vontade dele dar explicações? Na verdade...ela esperou, e muito por explicações, uma simples carta ou telefonema..., mas quando ele resolvera entrar em contato já havia se passado dois anos. Foi como jogar todas as esperanças em um latão e enterrar como se fosse lixo radioativo. Não podia negar que olha-lo de perto de novo era estranho, mas... Ele fora embora sem avisar, junto com Misuki. Se Touya ficara com Yukito, e Kaho decidira ir embora com Eriol, nenhum mal entendido ocorrera, exceto o do próprio coração.

Eriol: "...Tomoyo eu...prometo que explicarei se assim você o permitir... Não sabe o quanto eu sofri-".

Tomoyo (Com desprezo) : "Não me faça rir. Ao invés dessa conversinha toda... vamos ver se alguém se machucou ao cair na magia do sono. A nossa prioridade é essa agora. Simplesmente ajudar a Sakura.". (Pensando): 'Droga não me olha assim...por favor. Já chega...Chega de sofrer'

Um grito estridente assustou os alunos. Naomi estava furiosa, ela não se lembrava do que tinha acontecido e ainda por cima a queda lhe custara o vidro de seu relógio novo e alguns arranhões em sua pele branca. Ela estreitou a sobrancelhas e gritou novamente.

Naomi: "Vocês não tem noção do quanto custa um vidro de um ROLEX".(Respirou fundo e gritou de novo): "Aiiii que odiooo"

Eriol, Tomoyo e Misuki se espalharam procurando por possíveis vitimas, enquanto que algumas meninas consolavam a ruiva pela valorosa e fútil perda.

Li entrou na enfermaria com Sakura nos braços. Depositou sobre um dos leitos e esperou que o médico chegasse. Não gostou muito do jeito que o homem de aproximadamente 30 anos, vestido de branco com um estetoscópio a olhou. Parecia um pouco interessado de mais para o seu gosto. Como se estivesse deslumbrado.

Medico: "O que houve?".

Syaoran: "Ela ficou inconsciente depois do terremoto"

Medico: "Sempre tem um que se assusta de mais. (Colocou o estetoscópio no peito dela) E ela não parece ser muito forte".

Syaoran (Pensando) 'Errado...Se você soubesse o quanto ela é forte não diria isso' (Falando) "É não parece mesmo...".

Medico (Examinando os batimentos) : "Que estranho...há quanto tempo ela está inconsciente?".

Syaoran (Estranhando): "Há uns cinco minutos, por quê?".

Medico: "Os batimentos dela estão muito irregulares, como se tivesse passado por um stress fora do normal"

Syaoran (Com a cara lavada): "Um susto com um terremoto não é nada normal. Não estamos em Tóquio para estarmos acostumados com esse tipo de desastre".

Medico (Um pouco impessoal): "Vou dar um pouco de glicose intravenosa...Isso vai ajudar a repor a energia do corpo, e voltar a consciência" (Pegou a seringa) "Depois seria bom se a levasse para comer alguma coisa".

Syaoran (Escutando tudo com atenção): "Pode deixar"

O medico injetou o liquido pela veia fina de Sakura, monitorando os batimentos. Alguns minutos depois ela estava voltando a realidade. Parecia uma criança que se perdeu dos pais em um parque de diversão. Totalmente confusa e não sabia para onde olhar.

Sakura: "On-Onde estou?".

Medico (Calmo): "No ambulatório. Você desmaiou de susto com o terremoto, teve que tomar uma injeção, mas agora vai ficar tudo bem"

Sakura (Tentando se levantar): "Desmaiei? Injeção?"

Medico (Insistindo em deita-la novamente): "Sim. O stress foi realmente grande, dificilmente tenho que tomar muitas providências com quem desmaia, mas com você foi diferente. Parecia que não comia há uma semana".

Sakura: "Eu quero sair daqui. Como eu cheguei aqui?".

Medico (Olhando torto para o rapaz): "Seu namorado te trouxe até aqui".

Sakura (Arregalando os olhos): "Que namorado?!".

Li tossiu Interrompendo o homem. Aquele olhar estava mesmo incomodando. Antes que ela pudesse negar qualquer envolvimento, o chinês colocou-se na frente dela. Aquele médico estava jogando verde.

Syaoran: "Coitadinha...Bateu com a cabeça e não fala mais coisa com coisa".

Sakura (Vermelha ao escutar a voz dele): "Syaoran?".

Syaoran: "Sim sou eu... Agora vai ficar tudo bem. Eu vou leva-la para comer alguma coisa, assim que conseguir se levantar".

Sakura: "Não precisa".

Syaoran: "Eu realmente acho que você precisa de uma supervisão ao se alimentar".

Ela virou o rosto contrariada, lembrando de seus guardiões. Quando estivesse sozinha com Li, perguntaria o porque Kero e Yue não apareceram para ajudar na batalha. Alias falaria tudo o que estava achando. Precisava expor seus pensamentos.

Sakura: "Está certo".

Após uns 20 minutos de repouso, o medico liberou a menina para se levantar. Li a ajudou a ficar de pé, mas logo se afastou. Não gostava da sensação cálida que o toque da pele suave causava na dele. Era estranho, e ao mesmo tempo abrasador, como uma chama que queimava cada célula de seu corpo e se espalhava até seu coração.

Syaoran (Doce): "Consegue caminhar?".

Sakura (Um pouco constrangida): "Consigo".

Passo a passo, eles se dirigiram para a lanchonete da faculdade. Li queria levar Sakura para um lugar melhor, mais calmo, mas ela necessitava de vitaminas e rápido. Além do mais ela queria ver Tomoyo, perguntar se estava tudo bem...Queria falar sobre seus guardiões, e isso criaria uma ansiedade tão grande, que não sentiria nem o gosto da comida. Talvez um outro dia. 'Droga' Li rebateu a própria mente. Não poderia haver outro dia...Tinha que juntar forças para ficar longe dela, mas como?! Perguntava-se ao olha-la de perto. Era impossível não se sentir tocado pelas belas esmeraldas a sua frente. Por que fizera tanta força para odiá-la se tudo o que mais queria no mundo era ficar do lado dela?

Chegaram ao estabelecimento um pouco depois e foram o centro dos olhares curiosos. Li puxou cavalheiramente uma cadeira para Sakura se sentar.

Syaoran: "O que quer pedir?".

Sakura: "Qualquer coisa..." (Revirou-se um pouco incomodada) "Não estou com muita fome".

Syaoran (Ralhando delicadamente): "Mas vai comer..."

Sakura (Fazendo uma careta): "Ok. Você venceu".

Syaoran (Sorrindo de lado): "Eu sempre venço"

Uma garçonete loira, peituda e bonita se aproximou dos dois. Ela parecia interessada de mais no belo guerreiro chinês. Sakura franziu a sobrancelha sem perceber.

Garçonete (Sensual): "O que vão querer?".

Syaoran (Olhando Sakura): "Para mim, uma Coca-Cola, para ela...Uma salada caprichada e um belo suco de laranja".

Garçonete (Se retirando, sem antes piscar para Li): "Certo"

Sakura (Rindo um pouco encabulada de ver ele tão lindo sentado a sua frente): "Quem disse que eu quero salada?".

Syaoran: "Você vai comer.. e comer toda a salada.".

Sakura (Revirando os olhos) : "Eu mereço! (Riu) Você está se saindo pior que o Touya".

Syaoran: "Quem disse?" (Riu) "Eu posso me sair bem pior que o Touya".

Sakura: "Gosto de te ver sorrindo" (Falou sem pensar) "Sempre foi muito raro"

Ele não respondeu, apenas desviou os olhos constrangido. 'Meu Deus! Por que ela tinha que ser tão linda ? Será que é um castigo dos céus? Só poderia ser. Tenho que ser forte. Não posso me render a esse sentimento sem lutar...Segundos depois a garçonete apareceu colocando a Coca-Cola e o suco de laranja na mesa.

Garçonete: "Tem certeza que é só a Coca-Cola que eu posso te oferecer?".

Syaoran (Seco): "Se eu quiser alguma coisa eu peço. Obrigado"

Sakura remexeu um pouco o copo com o canudo e olhou pra Li, que a encarava com curiosidade.

Sakura: "Eu estou muito preocupada...(Começou de vagar) A professora Misuki disse que esses soldados vieram para dominar o mundo.(O encarou) Syaoran, (Falou sem perceber o impacto nele ao ouvir o primeiro nome vindo dela, dessa forma tão doce) precisaram do poder de três feiticeiros e mais uma ajuda extra dos guardiões para eliminar um monstro...Se todos resolverem atacar juntos vai ser realmente o fim".

Syaoran (A olhando cuidadosamente): "Deve haver alguma saída. Deve haver algum poder que possa acabar com isso...E o seu poder deve ser muito parecido com ele, porque esses monstros insistem em te chamar de princesa..(Soltou o ar com tudo) Precisamos pesquisar. Eu vou passar mais tarde na biblioteca e tentar descobrir algo. Eu tentei achar alguma informação nesses dias, mas não achei nada...Não existem coisas como estas nem nas histórias de ficção.".

Sakura: "Pelo menos sabemos que a estrutura biofísica deles é parecida com a nossa (Bebeu um gole do suco) O mais estranho é que nem Kero e nem Yue foram nos ajudar. Como se não estivessem sentido a presença do monstro, ou as nossas se alterar".

Li franziu a testa. No meio de tanta confusão de poderes não reparara que os guardiões da mestra das cartas não interferiram na batalha. Mesmo depois do campus sem magia inteiro ser envolvido nas mãos do sono. E até agora, nenhum sinal deles...Nenhum telefonema, nem nada.

Syaoran: "Muito estranho...(Olhou para o horizonte) Talvez esses seres consigam bloquear as magias como...(Desenhou algo com o dedo na mesa)um escudo invisível que impeça que outros seres mágicos venham em socorro".

Sakura (Piscando): "Nossa. Você elaborou essa teoria agora, e sozinho?"

Syaoran: "Na verdade eu já havia escutado sobre seres que tinham essa capacidade"

Sakura (Apos um longo gole): "Mesmo que isso seja verdade. Como você sentiu a minha magia se alterar para me ajudar com o primeiro monstro?".

Syaoran (Tendo um ataque de tosse): "Eu ouvi o barulho" (Pensando) 'E uma dor aguda no meu peito que eu pensei que iria morrer. Eu sabia que você estava em perigo". (Falando): "Eu fui investigar o assassinato também e acabei que o escutei o barulho antes de perceber as presenças. Amanhã daremos um jeito de colocar tudo a limpo com o Hiragizawa".

De repente a menina riu olhando para baixo. A garçonete chegou com os botões do decote quase totalmente abertos e colocou a salada na frente de Sakura olhando para Syaoran de forma vulgar.

Sakura (Baxinho): "Isso chega a ser engraçado".

Syaoran (Piscando várias vezes): "O que?".

Sakura: "A forma como as mulheres se comportam com você. Parecem abelhas atrás da abelha rainha".

Syaoran(Cutucando): "Você não se comporta desse jeito"

Sakura (Rindo): "Isso é porque eu não quero nada com você".

Syaoran (Um pouco sentido): "Por acaso não me acha bonito?".

Ela engoliu seco pensando no que responder, mas o celular de Li tocou bem na hora. Ele pediu licença e atendeu falando alguma coisa em chinês. Os olhos âmbares escureceram. Havia algo errado, mas não iria perguntar. Ele desligou o telefone e olhou por cima dos ombros de Sakura percebendo que alguém se aproximava.

Naomi (Com ar de poucos amigos): "Olá Li. Como vai? Ficou tudo bem com você depois do terremoto?"(Ignorou a menina totalmente)

Syaoran(Sorrindo): "Não sou homem de me machucar".

A mestra das cartas riu baixinho, mas o olhar atravessado do guerreiro a fez se calar.

Naomi (Torcendo o nariz) "Vai a nossa festa hoje?".

Syaoran (Sincero): "Ainda não sei".

Naomi (Sedutora): "Mas meu pai ficará chateadíssimo se faltar. Alem do mais eu achei uma grande oportunidade para debaterem os assuntos sobre o petróleo".

Syaoran (Um pouco contrariado): "Não acho uma festa uma ocasião tão adequada para falar a verdade".

Naomi (Mexendo no cabelo): "Você conhece o papai...Qualquer ocasião é lugar de negócios".

Syaoran (Pensando): 'Eu preciso me distrair. Não posso ficar pensando em Sakura dessa maneira, senão eu vou explodir...Talvez se tentasse se envolver com outra garota conseguiria tirar esse sentimento do peito...(Falando) : "Acho que será uma boa oportunidade para discutirmos negócios"

A voz linda e sexy de Li ecoou com uma sinfonia. Sem perceber Sakura engoliu um pedaço de batata inteiro, sem mastigar, tamanha era a força que fazia para não expressar os sentimentos. Não queria nem imaginar o tipo de negocio que ele discutiria com ela.

Naomi (Exultante): "Te vejo lá então. Haverá vários empresários... Não sei quem está na lista dos selecionados para o banquete porque não olhei, mas acredito que meu pai tenha um excelente gosto e um feeling muito grande para futuros acordos. O traje é social completo..."

Syaoran: "Certo. A que horas devo aparecer?".

Naomi (Piscando para ele): "As oito horas. Os sócios da empresa da minha família estarão lá desde as sete e meia...Eu estarei esperando por você ai quem sabe não podemos dar uma festa particular depois...".

Syaoran (Marcando no palm-top): "Está bem então, as oito estarei lá.".

Novamente a forma com que ele falara arrepiara cada pelo das duas pobres moças. Li desviou os olhos para Sakura que comia apressadamente a salada sem esboçar reação nenhuma aos olhos do guerreiro. Naomi deu um beijo estalado na bochecha de Li antes de começar a se afastar. Sakura queria apenas fugir dali. Queria sair antes que ficasse pensando nas coisas que eles iriam fazer na festa, durante a festa ou depois da festa

Syaoran: "A salada está boa?"

Sakura (Um pouco desanimada): "Está obrigada. Se não se importa estou pronta para ir".

Agora...que Naomi comentara, lembrou-se que Tomoyo havia dito sobre um evento importante que teria hoje. Bom, pelo menos se distrairia e não pensaria nele com ela. Adorava ir a ocasiões importantes com o bisavô e sua prima. Eram ótima companhias.

Syaoran (Estranhando um pouco a mudança repentina de humor): "Sente-se melhor? Já vou pedir a conta". (Levantou a mão fazendo o sinal para garçonete)

Sakura (Triste): "Sim, estou melhor obrigada.".

Syaoran (Incomodado): "Olha se for por causa da sua magia, não se preocupe, nós daremos um jeito. Eu escutei Misuki falando em uma forma de canaliza-la".

Sakura (Sentida): "Não tente adivinhar os meus pensamentos...Você não me conhece".

A garçonete os atendeu rapidamente e deixou seu telefone em um pedacinho de papel. Sakura levantou-se e o chinês assim o fez em seguida. Ela estava estranha. Os olhos verdes marejados. O que havia acontecido com ela? Estavam rindo agora pouco até que...Naomi apareceu. Será que ela estava sentida pela conversa com a ruiva hoje mais cedo?

Syaoran: "Eu te acompanho até a irmandade".

Sakura (Alarmada): "Não precisa! Eu posso ir sozinha"

Syaoran (Cismado): "Não tenho tanta certeza. Prefiro garantir".

Sakura (Um pouco contrariada): "Certo"

Syaoran (Levantando uma sobrancelha): "Está brava?".

Sakura (Contando até um milhão mentalmente): "Por que eu estaria?".

Syaoran: "Não sei. Seus olhos escureceram...Tive a impressão de-"

Voz: "Ah! Ai está você. Te procurei por toda parte. Eu estava preocupadíssima".

A mestra das cartas sorriu aliviada ao escutar a voz da prima. Não queria que Li desconfiasse de seu ciúmes.

Sakura (Abriu um sorriso triste que não passou desapercebido pela prima): "Li estava me alimentando.". 'E mostrando que felicidade não é uma coisa feita pra mim. Ele vai ficar com a Naomi e Deus sabe fazer o que. Eu igual idiota me guardando para ele e ele se divertindo com as outras'

Tomoyo (Virando-se para ele): "Obrigada por cuidar dela.".

Syaoran (Calmo): "Estamos do mesmo lado, não estamos?".

Tomoyo: "Sim. Agora eu vou com ela até o quarto. Quero que ela durma um pouco, porque essa noite temos um evento para comparecer. Obrigada por toda ajuda novamente".

Syaoran: "Certo. Vejo vocês amanhã. Estarei cedo na biblioteca, e depois ao anoitecer iremos ao templo Tsukimine esclarecer um pouco essa história...(Apos uma pausa) e Sakura?"

Ela virou-se para ele com uma sobrancelha levantada.

Syaoran: "Tenta não se colocar em perigo até lá".

Sakura (Brava) "Ha ha ha! Muito engraçado. Pelo o que eu saiba você estava em tanto perigo quanto eu!".

Syaoran: "Eu nunca estarei em perigo".

Sakura: "Você é muito prepotente...Sr. Sabe tudo. Agora vai se arrumar ou vai perder a festinha particular preparada para você".

Li pôde sentir a pontada de ciúmes na voz da menina. Seria por isso que o humor dela mudara tão drasticamente? Seu coração acelerou um pouco, pensando na possibilidade de Sakura sentir ciúmes dele. Abriu um sorriso sem perceber, e isso irritou mais a mestra das cartas que pensou que ele estivesse zombando dela.

Tomoyo: "Vocês dois...querem parar? Vocês são adultos, responsáveis e não duas crianças brigando pelo doce".

Syaoran (Dando os ombros): "Ela quem começou!".

Sakura (Brava): "Eu o que?"

Sem pensar ela partiu para cima de Li que achou graça dando alguns passos para trás. Ele não reparou no balde água atrás dele e ... Caiu como um papel arrastando Sakura consigo. Ela caiu em cima dele, e Li pôde sentir por alguns segundos a quentura e a perfeição daquele corpo sobre o seu... Ela levantou sem graça e sentou-se ao lado dele. Os dois riram como bobos da situação a qual se encontravam. A lanchonete inteira os encarando.

Syaoran (Divertido): "Você não consegue ficar livre de problemas não é mesmo?".

Sakura (Ainda rindo): "Nem você pelo visto".

Syaoran: "Que tal darmos uma trégua?".

Sakura: "Eu concordo".

Tomoyo (Rindo): "Ótimo, agora por favor se levantem como duas pessoas normais e vamos embora".

Li foi o primeiro a se levantar ajudando Sakura em seguida. O sentimento que estava ressurgindo entre eles era forte, e talvez capaz de apagar todo ressentimento.

Continua...


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Notas finais do capítulo

Gente o Syaoran ficou amargurado, tadinho! Sofreu muito, mas ele lutando para não se apaixonar por Sakura eu acho tão fofo que não me aguento! :) E aiii o que estão achando? Beijosssss



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