The Reason To Love You escrita por Myrina, Gabby Blake


Capítulo 1
Come Back To Home


Notas iniciais do capítulo

Oii!!! Não tenho muito o que falar então... Espero que gostem.
Ps: Desculpem qualquer erro de português.
- Lucy



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Antes as pessoas se preocupavam de verdade, mas agora elas só perguntam se estou bem como se aquilo fosse uma obrigação que cabia a elas. Na maioria das vezes elas fazem a pergunta e a mesma flutua no ar, um sorriso fraco se forma em meus lábios e eu respondo “Estou bem obrigada” – O que na maioria das vezes era mentira, mas não iria fazer diferença.

Às vezes, algumas pessoas diziam “Você deveria ter orgulho deles, eram pessoas incríveis, leais e companheiras... Bons amigos, mas principalmente eram pais esplêndidos e amavam muito você e Jeremy”. Sem dúvida alguma eu tenho orgulho deles, sabia de todas as suas qualidades e as admirava, eles me amavam e me protegiam, me davam conselhos e me ajudavam com tudo. Por mais que fosse ausentes eu sabia que toda a dedicação às empresas, todas as horas que eles ficavam a mais no trabalho e todos os jantares e eventos perdidos eram para dar uma vida de bom grado a nós e então sempre que tinham um dia livre aproveitavam todos os momentos ao nosso lado.

Encarei-me no espelho pela última vez. Dessa vez eu não precisava fingir ser aquela Elena Gilbert que as pessoas admiravam, confiante determinada e otimista... Eu só precisava sentir que conseguia enxergar a Elena que todos viam.

Sorri com volúpia, um sorrido verdadeiro ao mesmo tempo gracioso que estampava meu rosto.

Eu deveria estar triste por deixar esse internato que é praticamente a minha casa, mas só a ideia de voltar à Mystic Falls me traz tamanha felicidade. Poder rever a Carol, Bonnie e Matt. Sinceramente, eu vou precisar de uma boa noite de fofocas com a Caroline para ficar à par de tudo que aconteceu nesses dois anos. Eu fico surpresa com a incrível habilidade da Caroline para armazenar informações da vida dos outros em sua mente.

Aproximei-me da cama de casal que havia no quarto e repousei meu corpo delicadamente sobre ela.

Lembranças invadiram meus pensamentos de uma maneira tão brutal que me fez refletir sobre tudo que aconteceu em minha vida nesses dois anos. O que me fez chegar aqui e todo esse turbilhão de emoções que estou sentindo agora. Na verdade, o que eu sentia era medo... Medo de tantas coisas... Tinha medo do que a vida ainda me guardava, mas o que mais temia é a solidão, por mais que tivesse a meu irmão, imaginar perdê-lo parecia algo terrível! – Minha respiração falhou por um momento, pude sentir o aperto no meu peito que essas simples palavras causavam.

Ainda me lembro do olhar de pavor do meu pai, os gritos abafados da minha mãe. Lembro-me de como eu me aconcheguei nos braços de Jeremy em busca de segurança e as últimas palavras – antes de cair em um sono profundo desejando que assim que abrisse os olhos aquilo não tivesse passado de um pesadelo. – com a voz embargada pelo choro e o desespero disse com toda a força possível naquele momento “Amo vocês!” e aquilo foi minha despedida pela eternidade.

*FLASHBACK ON*

- Pai eu tenho mesmo que ir para esse internato? – Protestei fazendo careta.

- Eu já te expliquei querida. Você sabe que essa viagem é muito importante para mim e para sua mãe. Se eu tivesse conseguido alguém para ficar aqui, vocês não precisariam ir, mas são só cinco meses. Vou me sentir muito mais seguro com vocês lá. – Disse meu pai Grayson com as mãos em meus ombros.

Assenti sabia que não adiantaria discutir com meu pai, pois ele tinha razão. Entrei no carro e fitei o céu. Ainda estava escuro eram cinco da manhã. Meu pai sempre achava melhor viajar bem cedinho assim não enfrentava os “terrores da estrada”. – Como ele mesmo dizia. – Tudo parecia meio melancólico hoje. – Tirando meus pais que estavam animadíssimos. – O clima estava um pouco frio e nublado, a brisa emitia barulhos um tanto quanto medonhos e estava garoando. As gotículas batiam no vidro de um jeito leve. Virei meu corpo contra o banco traseiro do carro e fiquei observando a paisagem até meus olhos se fecharem e eu adormecer.

Quando acordei tudo tinha mudado drasticamente. A garoa virara tempestade, o vento soprava agressivamente contra as folhas das árvores, a névoa estava densa, quase não podia enxergar nada na minha frente.

Pude ouvir minha mãe Miranda dizendo ao meu pai para ir devagar e ter cuidado. Olhei para Jeremy, seu rosto parecia adquirir um leve tom de preocupação.

Focalizei meu olhar na estrada e pensei ter visto uma sombra. – Meu medo estava tão grande que meu subconsciente começara a me fazer ver coisas. – De repente a mesma sombra que vi se posicionou á frente do carro, provocando alguns gritos pavorosos de minha mãe e meus olhos ficaram marejados. Meu pai rodou o volante para a direita, fazendo uma volta brusca. Agarrei-me aos braços de Jeremy. E senti o carro rolando por algo que julgava ser um decline de um morro. Aquilo parecia não acabar nunca. Pude ver os olhos cheios de terror do meu pai. Com a voz embargada pelo choro e pelo medo pronunciei quase em um sussurro “Amo vocês” que pareceu que todos os demais ouviram. Então senti minhas pálpebras pesarem e a escuridão me tomando junto com o que agora percebi que era dor. Era uma dor tão forte parecia incessante como minhas lágrimas. Não podendo mais lutar me cedi ao sono esperando que aquilo fosse um pesadelo e assim que acordássemos estaríamos todos bem.

Mas aquilo fora real, fora algo que não podia ser desfeito e ficaria marcado na minha vida pela eternidade. Descobri isso assim, que fiquei consciente. Tentava abrir os olhos e me mexer, mas parecia que meu corpo não respondia aos meus desejos. Quando finalmente consegui abrir os olhos percebi que estava em um hospital, não tinha sofrido nada grave só uma fratura no braço. Perguntei à enfermeira sobre os meus pais e Jeremy, me preparando psicologicamente para o pior e então ela me disse que Jeremy estava bem, fiquei mais aliviada, porém insisti em saber do estado dos meus pais e então gradativamente tudo ao meu redor voltou a ser um pesadelo em que eu queria acordar o mais rápido possível e dizer algo reconfortante para mim mesma.

Alguns dias depois o coordenador da empresa dos meus pais, que também era advogado sugeriu que nós usássemos um pouco do dinheiro que ficara para nós para ficar por dois anos no internato até eu completar 18 anos, assim eu e Jeremy poderíamos voltar à Mystic Falls e eu cuidaria do meu irmão já que seria maior de idade. E tudo isso na minha vida só porque não tínhamos nenhum parente para ficar conosco, meus avós faleceram, meu pai não tinha irmãos e minha mãe... Bem, minha mãe tinha uma irmã, mas não fazíamos ideia se ela estava viva. E se estivesse não saberíamos encontra-la, pois a mesma fugiu de casa para poder ficar com o homem que amava. Estúpido não?

*FLASHBACK OFF*

Enxuguei uma lágrima solitária que teimou em escapar de meus olhos.

Por mais que fosse difícil eu tinha que me conformar e aceitar tudo. Tenho que me manter forte. Reconfortei-me mais no travesseiro sabia que precisava descansar, pois amanhã seria um dia longo e cansativo, cheio de surpresas e emoções.

(...)

Acordei um pouco atordoada pelo sonho que tive, mas não me lembro bem como foi. Vesti-me com roupas confortáveis e o Jeremy me ajudou a carregar as malas. Como não poderíamos passar em branco, recebemos algumas despedidas calorosas e alguns agradecimentos tudo muito formal. Um tempo depois partimos em destino à nossa casa.

Olhei pelas janelas e vi algumas pessoas acenando – Professores e todas as pessoas responsáveis pelo comando do internato. – fiz o mesmo e comecei a gargalhar.

- O que foi? – Perguntou o Jeremy .

- Sabe aquelas pessoas que estão na porta? – Ele assentiu – Então, assim que virarmos a esquina elas vão começar a comemorar! – Nós gargalhamos juntos

- Elas têm certo direito de fazer isso. Depois de todas as idas à diretoria e os sermões que levamos! - Disse Jer mantendo o sorriso no rosto.

- Se lembra de quando “prendemos” Leonardo Beckendorf em seu colchão, enrolando fita isolante no corpo inteiro dele enquanto ele dormia como um bebê? – Indaguei fazendo aspas no ar com as mãos.

Eu e Jeremy já havíamos aprontado muitas coisas naquele lugar. Ás vezes para chamar atenção, outras vezes para nos divertir. Não me lembro de quantas vezes levamos bronca por colocar cola na cadeira dos professores ou então colocar uma placa de me chute nas costas de alguém. Nossa melhor pegadinha foi com Leonardo.

- Como esquecer? Aquilo foi épico! – Exclamou sorrindo.

- Vou sentir falta disso! – Exclamei pensativa.

- Eu também.

Ficamos por um tempo em silêncio confortável por um tempo até que eu pegasse no sono.

(...)

Despertei do meu sono alguns minutos antes de pararmos na porta da nossa casa. Tudo estava igual como eu pensava, exceto pela grama que havia crescido e os móveis que agora estavam empoeirados pelo tempo em que não foram usados.

Em pequenos passos fui caminhando pela casa, olhando tudo nos mínimos detalhes, como se estivesse memorizando tudo isso guardando cada pedacinho, cada canto em minha mente para nunca esquecer.

Por incrível que pareça eu não estava chorando, ou então com o perto no peito. Não estava sentindo nada que tivesse indícios de tristeza ou saudades. Na verdade, parecia que podia respirar melhor, o que havia no meu peito era uma sensação de alívio e liberdade, porque agora tenho realmente um lugar que posso chamar de meu.


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Notas finais do capítulo

E aí? O que acharam? Mereço reviews? Preciso saber se gostaram para postar o próximo capítulo então com 5 comentários eu posto o próximo okay? Bjs :3



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