Incesto escrita por Myla Oliveira


Capítulo 1
Incesto


Notas iniciais do capítulo

Bom, eu tive essa ideia pq eu super shipparia os dois na vida real e como tem um boato que eles possam estar juntos, decidi postar.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/526824/chapter/1

Lúcia estava nervosa demais, chorosa demais. Encarava a si própria em frente ao enorme espelho de seu quarto e quase não podia evitar as lágrimas ao ver-se naquele vestido rosa claro ridículo.

Ela tinha quatorze anos, apenas quatorze, e mesmo assim seu pai havia surgido com aquela história de casamento arranjado do século passado.

- Por que está chorando? – perguntou Susana parada na porta e Lúcia apenas levantou os olhos e a encarou pelo espelho.

- Rixon é um porco! – falou irritada e se virou para encarar a irmã mais velha de frente – Por que tem que ser eu a me casar? Por que não você, Susana? Você é a mais velha! Era você quem deveria estar nessa situação, não eu!

- Eu sei, minha querida – ela disse tentando acalmar a irmã ao se aproximar e limpar seu rosto das lágrimas – Mas ele quis a você e não a mim, eu não posso fazer nada quanto a isso. Me desculpe.

- Você não tem culpa, eu só não quero me casar com ele, eu não quero me casar com ele! – disse chorosa e abraçou com força sua irmã.

- É necessário – explicou enquanto lhe afagava os cabelos – Você precisa limpar esse rostinho e descer comigo agora, já estão todos lhe esperando.

- Como se eu tivesse opção – disse num sussurro enquanto Susana arranjava o arranjo no cabelo da mais nova e dava um passo para trás para ter certeza que tudo estava em seu devido lugar.

- Você está perfeita – disse sorrindo e Lúcia apenas assentiu, sem nenhuma emoção – Vamos lá.

As duas saíram do quarto e se encontraram com Pedro e Edmundo já as esperando na escada.

- Hora do show – resmungou Pedro de má vontade e entrelaçou seu braço ao de Susana enquanto eles desciam as escadas sorrindo e acenando.

- Tudo bem? – perguntou Edmundo ao observar melhor sua irmã mais nova.

- Por que eu tenho que casar? – perguntou com uma careta.

- Não sei – disse e devolveu a careta, então olhou para baixo e se garantiu que Pedro e Susana já estavam no primeiro andar – Nossa vez.

Lúcia suspirou e entrelaçou o seu braço ao do irmão, enquanto tentava controlar a respiração e por seu melhor sorriso no rosto. Edmundo apertou de leve seu braço, fazendo-a arrepiar e sentir espasmos.

- Respire fundo e vamos lá – ele disse baixinho antes dos dois começarem a descer, sorrindo e acenando, como se fossem robôs e aquilo fosse tudo o que soubessem fazer. Era o que as pessoas queriam, que eles sorrissem e acenassem, acenassem e sorrissem, como se por trás de toda aquela máscara não houvesse apenas duas pessoas assustadas e confusas com tudo aquilo.

- Minha vez, Edmundo – disse Rixon aparecendo com um sorriso estranho e nojento, enquanto estendia o braço para que Lúcia o entrelaçasse com seu próprio. Mas a garota engoliu em seco e agarrou com força o braço do irmão, enquanto esse encarava Rixon com os olhos semicerrados e o punho fechado.

- Qualquer coisa grite, não gosto dele, muito menos com você – sussurrou Edmundo para Lúcia, tão baixo que seria impossível que alguém além dela ouvisse.

Lúcia sorriu fraco para ele e então se virou para Edmundo entrelaçando seu braço ao dele e indo cumprimentar as pessoas.

- O que acha de irmos dar uma volta, a sós? – ele perguntou quando já tinham falado com todos, Lúcia arregalou um pouco os olhos e olhou ao redor procurando desesperadamente por um dos irmãos – Vamos logo, obedeça quem um dia perto será seu marido!

Ele a puxou para o jardim e começou a andar entre os arbustos até sumirem de vista.

- Por que está me trazendo aqui? – ela perguntou olhando ao redor e se vendo afastada de tudo e de todos – Quero voltar para o grande salão, imediatamente.

- Do que está com medo, minha querida? – ele disse tirando uma mecha de seus cabelos castanhos do rosto e colocando atrás da orelha, fazendo com que Lúcia quisesse cortar aquela mecha assim que tivesse chance.

- Não tenho medo de você, só quero voltar – disse e começou a andar decidida de volta ao salão, mas ele a puxou com força e a jogou contra um muro.

- Não quero uma esposa teimosa! – ele disse entre dentes, enquanto segurava os dois braços da menina com força – E nem que se negue aos meus desejos.

- Não sou sua esposa! – ela gritou tentando se soltar – Me deixa sair! Pedro, Edmundo! Socorro!

- Cale a boca – ele disse prensando seus lábios contra os dela de forma ríspida, enquanto tentava rasgar seu vestido.

Lúcia tentou empurrá-lo e socá-lo, mas ele era bem mais forte, então fez algo que provavelmente se arrependeria mais tarde, deu-lhe uma bela joelhada no meio das pernas.

- Miserável! – ele gritou enquanto caia de joelhos e Lúcia deu passos rápidos para trás enquanto chorava, então se virou para correr mais trombou com alguém que lhe segurou pelos braços.

- Me solta! – ela gritou e socou a pessoa, só então percebendo que era Edmundo, então o abraçou com força e chorou ainda mais.

- Seu cretino! – ele gritou enquanto Rixon corria para fora dali – Se eu te pegar, você se arrependerá de ter nascido, pode apostar!

- Eu não vou me casar, Edmundo, eu não vou me casar, por favor, convença nossos pais, eu não posso! – ela falou tudo enrolado enquanto chorava mais e mais.

- Não vou deixar você se casar, se acalma – ele pediu e ela se soltou dele andando de um lado para o outro.

- E o que você poderia fazer? – ela perguntou exasperada – Eu já tentei de tudo, já falei tudo, eles não me escutam! Eles não escutam ninguém! Não ligam para os meus sentimentos ou se eu estou feliz ou não, só conseguem pensar no dinheiro e na honra que esse casamento traria para família!

- Nós iremos relatar o que aconteceu aqui hoje – disse Edmundo, mas Lúcia continuava agindo como se não estivesse escutando uma sequer palavra que ele falava.

- E se eles não ligarem? – disse voltando a andar e chorar ao mesmo tempo – Eles podem não acreditar ou não se importar, quem sabe...

- Lúcia, se acalma.

- ... eles até gostem do que aconteceu hoje?! Eu já sei o que vou fazer...

- Me escuta.

- ... eu vou fugir, ninguém nunca vai me achar, é uma idéia brilhante! Como não pensei nisso antes? Se não adiantar eu juro que eu... – ela continuou tagarelando e Edmundo fez a única coisa que pensou naquele momento, ele segurou o rosto da irmã entre as mãos e a beijou, não um beijo como o de Rixon e sim um beijo calmo e sensível. Lúcia arregalou tanto os olhos que pensou que eles sairiam da órbita, mas lentamente eles foram se fechando e ela correspondeu ao beijo. Os dois só pararam quando não havia fôlego, ambos corados e assustados com o que havia acontecido – Morro – completou Lúcia num sussurro.

- Me desculpe – disse Edmundo dando um passo para trás meio estupefato.

- Me desculpe – ela repetiu e então saiu correndo de volta ao salão principal, onde todos a encararam por estar com o vestido rasgado e descabelada, ela ignorou a tudo e a todos e correu até seu quarto se jogando na cama começando a chorar novamente. Não por Rixon, mas por Edmundo. Ela havia beijado seu irmão, e pior do que isso, ela havia gostado e sentia vontade de fazer isso novamente.

- O que aconteceu? – perguntou sua mãe correndo até ela, acompanhada de Susana.

- Eu não vou me casar com aquele ogro, eu não posso – ela disse aos prantos enquanto Susana a abraçava com força.

- El fez isso com você? – perguntou espantada e ela concordou com a cabeça, enquanto apertava a irmã com força.

- Ah, Deus! – disse sua mãe levando as duas mãos a boca e arregalando os olhos.

- Eu não quero – ela disse entre os soluços.

- Não vou deixar que vocês a obriguem a isso – disse Susana encarando a mãe vorazmente – Vocês não vêem o que estão fazendo? Estão a matando! Ele a machucou e poderia tê-la abusado! Quem te tirou de lá, Lúcia?

- Edmundo – disse e se possível chorou mais ainda.

- Não vou deixar isso acontecer novamente, nem que para isso eu tenha que fugir com ela – avisou Susana.

- Vou conversar com o seu pai, não deixaremos ele se aproximar dela outra vez – disse e saiu do quarto.

*****

Os convidados foram indo embora de pouco em pouco, ao perceber o escândalo que havia acontecido e que a festa havia acabado. Pedro se matinha impassível e confuso ali embaixo, tentando fazer sala para quem havia sobrado enquanto sua mãe arrastava seu pai para o escritório sem se importar com as pessoas ainda no salão.

- O que aconteceu? – ele perguntou agarrando o braço de Edmundo que acabara de entrar desnorteado.

- Rixou estava tentando abusar dela – ele disse sério e Pedro fechou o punho.

- Onde ele está? – perguntou entre dentes.

- Fugiu, assim que cheguei ele fugiu, parece que Lúcia lhe acertou uma joelhada entre as pernas antes de eu chegar – disse e riu sem humor – Lúcia – repetiu para si mesmo num sussurro e levou o dedo aos lábios.

- Você está bem? – perguntou Pedro com as sobrancelhas confusas.

- Estou bem, só quero ir para o meu quarto – disse se recompondo – Se me der licença.

Ele subiu lentamente as escadas e passou pela porta da Lúcia escutando os seus soluços estridentes e Susana tentando acalmá-la.

- Fico feliz que tenha chego a tempo – disse alguém atrás dele e ele se virou assustado, dando de cara com seu pai.

- Você não vai obrigá-la – disse dando um passo a frente e o pai negou com a cabeça.

- Não mais, depois do que aconteceu hoje, não seria justo que eu a fizesse se casar com ele – disse e Edmundo concordou com a cabeça e foi para o seu quarto.

Bateu a porta e se jogou de costas em sua cama, tapando os olhos e pensando no que havia feito no jardim. Sua irmã mais nova. Sua protegida. Ele a havia beijado e havia gostado disso e sentia a enorme necessidade de ir até o quarto ao lado e a beijá-la sem parar.

A noite chegou enquanto ele pensava, o céu lá fora esta escuro, enquanto a lua escondia o Sol, traiçoeira e sorrateira.

Edmundo se levantou de sua cama e estalou as costas, antes de sair para os jardins sem que ninguém lhe visse, sentiu seu sangue congelar as escutar os passos suaves e lentos ali perto, estreitou os olhos e viu Lúcia um pouco adiante, sentada contra o muro e abraçada as próprias pernas enquanto observava a lua.

Ela deve ter escutado ele ali, pois se levantou e virou assustada em sua direção, que logo se escondeu entre os arbustos.

- Quem está aí? – ela perguntou nervosa, sua voz trêmula, como se temesse que Rixon aparecesse ali e a agarrasse a qualquer momento – Quem está aí?

- Sou só eu – disse Edmundo ao ouvir a voz assustada de sua irmã e saiu de trás de onde estava, Lúcia engoliu em seco e sorriu fracamente – Desculpa ter te assustado.

- Tudo bem – ela disse e ele assentiu se virando para voltar para casa – Você não precisa ir, se não quiser.

Aquilo soou como música para os seus ouvidos, ele sorriu e respirou fundo antes de se virar e andar até ela lentamente.

- Desculpe ter feito aquilo mais cedo, eu só não sabia o que fazer – ele disse e ela deu de ombros.

- Foi meu primeiro beijo, quer dizer, Rixon me beijou hoje mais cedo, mas eu não quero que isso conte, então... – disse ela dando de ombros e abaixando a cabeça, deixando seu cabelo cair sobre o rosto.

- Você nunca tinha beijado antes? – ele perguntou surpreso e ela bufou – Hey, tudo bem – ele disse e levantou o rosto dela a olhando nos olhos, um olhar tão puro e íntimo que fez ambos se arrepiarem e sentir seus corações acelerarem.

- Por que fez aquilo? – perguntou num sussurro.

- Eu não sei – respondeu no mesmo tom.

- Você se arrepende? – ela perguntou engolindo em seco e ele segurou as mãos dela e as colocou no próprio peito.

- Quero que me empurre se quiser que eu pare – ele disse e ela segurou a respiração quando ele voltou a aproximar seu rosto do dela lentamente, tão perto que podia facilmente sentir seu hálito, então como se não houvesse mais nada ao redor ele a beijou.

Lúcia não o empurrou, longe disso, o abraçou pelo pescoço e deixou que ele entrelaçasse sua cintura, eles se beijaram pelo o que pareceu uma vida inteira, e quando por falta de ar se separaram arfantes, ambos sorriam.

- Isso é insano – ela disse ainda sorrindo.

- É incesto.

- Mas eu não quero que pare – disse um tanto envergonhada.

- É, nem eu – disse sorrindo e voltou a beijá-la.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Comenteem ♥