Cinde...rela? escrita por Devvy


Capítulo 12
Capitulo Extra


Notas iniciais do capítulo

Como sou viciada em RPG Maker e resolvi fazer um final alternativo (aquele final foi o verdadeiro, esse é como o "final bom")
Escutei comentários que queriam o príncipe, um final feliz e um capitulo com Pov diferente.
Juntei tudo isso e tadan~
Espero que gostem.



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Henry

Acordei, havia um cheiro forte de fumaça que me fazia tossir, imediatamente pensei que a cozinha do castelo estava pegando fogo novamente.

Não. O cheiro vinha de fora.

Levantei num pulo e corri para a janela. O céu que mais cedo era cinza, estava marcado com uma listra negra.

Tossi e fechei a janela rapidamente. Um foco vermelho no meio daquela fumaça negra me chamou atenção. Fogo. Algum lugar perto da vila estava em chamas.

Vesti qualquer coisa que vi pela frente, sai apressado do meu quarto e desci as milhares de escadas que haviam e passei silenciosamente pela biblioteca que estranhamente estava claro. Alguém estava acordado.

Corri o mais rápido que podia, eu não sabia porque mas eu sentia que eu devia me apressar.

–Majestade?!- Uma voz ecoou pela grande biblioteca.

"Droga"

Philiphe apareceu mais rápido do que eu pude perceber e logo estava em frente a mim, bufando se apoiava em seus joelhos, cansado.

–O que foi Phiniphe...?

–O que o senhor está fazendo acordado? Está tarde!

Eu queria correr dali queria saber o que tanto me incomodava. Eu sentia a ansiedade correr em minhas veias.

–Eu preciso ir, não há tempo para explicações.

Philiphe que estava com cara de ono e preocupação, rapidamente mudou para uma expressão divertida.

–Tudo bem, vou buscar os nossos cavalos. Sair no meio da noite escondido me deixa entusiasmado!

Nossos?

–Vossa Majestade pensa que irá sozinho?

Fiquei em silencio, não adiantava discutir com Philipe, ele era meu melhor amigo e eu o conhecia melhor do que ninguém para saber que quando colocava uma ideia na cabeça, só Deus para tira-lá. E agora que eu tinha nomeado meu conselheiro real, me acompanhava para onde eu iria pois ele sabia que eu tinha a cabeça cheia de aventuras.

–Philipe eu--

–Não adianta senhor, não vou mudar de ideia

–Eu ia falar para você me chamar de Henry como sempre. -Sorri, tentando encobrir o desconforto que eu sentia por desperdiçar meu tempo com aquela conversa.

Do mesmo jeito que ele veio, se foi me deixando sozinho.

[...]

–Senhor... Er... Henry!- Philiphe gritou para mim enquanto galopava já a um breve momento- Eu esqueci de perguntar, onde nós estamos indo mesmo?!

Fiquei em silencio. Eu não tinha a menor ideia, apenas seguia o cheiro de fumaça e o corte negro já fraco no céu.

Sem as perguntas de Philipe, continuamos trotando em silencio até chegarmos numa parte mais afastada da vila, descemos dos cavalos e ligamos as lamparinas. A neve apertou mais, me arrependi de não pegar roupas mais quentes.

–Henry... No que você está pensando?

Olhei para a neve que que caia a minha frente e algo me chamou atenção mais ao fundo. Havia cinzas no meio de todo aquele branco. Corri até lá, meu coração estava a mil.

[...]

Chegando mais perto, vi que as cinzas encobriam boa parte do chão, alguns pedaços de uma suposta mansão ainda teimavam em ficar em pé e bem no meio daquele lugar havia algo, alguma pessoa. Philipe pareceu não notar o que quer que estivesse lá, apenas ficava soltando suspiros de surpresa . Me aproximei lentamente, o fogo da lamparina oscilava, cheguei perto o suficiente para ver que era um corpo feminino. Larguei a lamparina no chão e segurei-a em meus braços, embora estivesse suja de fuligem ela não parecia estar queimada. Tirei o que pude da fuligem que encobria seu rosto e soltei um abafado suspiro. Ela era linda. Uma dor invadiu meu peito. Ela estava morta?

Vi seu seio levantar e abaixar lentamente, agradeci a Deus em silencio por ela estar apenas dormindo. Várias perguntas se formaram em minha cabeça: Se tudo havia pegado fogo, como ela sobreviveu? Ela era uma moradora de rua que havia vindo descansar depois da casa pegar fogo? Quem era ela? Porque ela usava aquela terrível atadura em seu rosto?

Escutei o grito assustado de Philiphe a poucos metros de mim, me virei imediatamente sem soltar a bela dama, meu olhar encontrou-o caído no chão, tremendo dos pés a cabeça, segui seu olhar e parei assustado em três cadáveres carbonizados, um aparentemente com a cabeça em seu colo.

O que aconteceu aqui? - Mais uma pergunta se formou. Mas não havia tempo para respostas. Minha bela dama estava acordando...

Assim que ela abriu totalmente o olhos se assustou a me ver, tentei esboçar um sorriso mas se soltou dos meus braços e se afastou com as pernas ainda sentada.

Philiphe já tinha quase se recobrado do susto e estava ao meu lado, analisando-a.

Ela parecia uma gata arrisca pronta para atacar. E então ela reagiu de uma maneira que eu menos esperava.

Colocou a mão no rosto e começou a chorar. Seus soluços fortes me davam dó.

–Nem morrer eu consigo...- Ela falou entre um soluço e outro.

Senti uma pena tremenda dela, queria abraça-la dizer que ia ficar tudo bem. Meu Deus, se eu fizesse isso ela diria que eu sou um pervertido, eu nem a conheço. Eu não conseguia falar nada para ela, então eu esperei que ela parasse de chorar e se acalmasse.

–Olha... Eu... Você... Você precisa de ajuda?- Tentei encher o silencio que me perturbava.

Ela disse que não com a cabeça.

–Deixe-me em paz.

–Ou, ou, ou... Olha aqui garota, mais respeito com o príncipe Henry, tudo bem? Ele só está tentando ser gentil.- Philiphe se meteu.

–Como se eu me importasse se ele é principie ou deixa de ser.- Ela respondeu com rispidez limpando as lágrimas com as costas das mãos.

–Perdoe Philiphe por favor. -Eu disse antes que aquilo acabasse em guerra.- Eu quero ajuda-la. Por favor, deixe-me ajuda-lá.

Ela se levantou e caminhou por entre o cadáver da casa, passando por cada aposento com um olhar triste. Como se aquilo tudo fosse uma memoria ruim.

–Vamos embora Henry, essa garota é maluca.-Philiphe sussurrou para mim.

–Não. Quero ajuda-la.

Antes que pudêssemos perceber ela estava na nossa frente.

–Não preciso de nada. Eu vou ficar--

Antes que ela pudesse responder ela ameaçou que fosse cair. Ela estava tonta. Acho que há muitos dias que ela não come.

Segurei-a nos meus braços novamente, ela estava fraca demais para se soltar denovo.

–Vamos Philiphe.

–Vai leva-la Henry?! Tá maluco?!

Repreendi-o com o olhar.

–Temos que ajuda-la.- Falei por fim. -Ajude-me a coloca-la no meu cavalo, eu a segurarei.

Montamos e seguimos viagem de volta para o castelo dessa vez, mais devagar. Sua cabeça estava deitada no meu peito, ela mal conseguia ficar com os olhos abertos e em poucos minutos os fechou, adormecendo colada a mim. Meu coração palpitava depressa. Eu queria protege-la. Não queria que ela fosse embora nunca.

Algumas semanas depois.

Rebecca está indo embora, não quero que ela se vá. Dei um pouco de dinheiro para que ela pudesse viver confortável, mas ela recusou. Apenas pegou um pouco de comida e água fresca. Meu coração se desfaz, quero impedi-la de ir. Nesses poucos dias que passamos juntos, percebi que a amo. Não sei nada sobre ela. Ela somente não me privou de seu nome. Não sei o que aconteceu com ela, o que são aquelas marcas que ela carrega em si, nem para onde vai. Eu quero que ela fique.

Rebecca estava se despedindo de Philiphe e já estava saindo das portas do castelo quando eu não aguentei, e me desfiz em lágrimas, não conseguira suportar a dor de vê-la partir e corri ao seu encontro.

–Rebecca, espere!

Ela parou assustada e olhou para mim com curiosidade.

–Porque você está chorando? Ficou maluco?

Sorri, eu já estava acostumado com aquela falta de educação com qualquer pessoa que fosse.

–Por favor Rebecca, me diga, para onde você vai?

Ela sorriu, era a primeira vez desde que eu a conheci que ela sorriu. Aquele sorriso iluminou o inicio da primavera, que ainda era gelada.

–Vou sem rumo, finalmente serei livre.

Não entendi aquela frase de maneira nenhuma.

–Não quero interferir de maneira nenhuma em sua felicidade Rebecca. Mas será que você... Você... Você... -Eu não conseguia falar, eu estava completamente sem jeito. Ela parecia apressada, senti que ela ia embora sem que eu pudesse realmente dizer o que eu sentia.- Rebecca, eu quero que você seja livre mas... Não posso te deixar ir...

Vi sua expressão confusa e já um pouco irritada.

–E quem vai me impedir?

–E-Eu!-Sem pensar muito, cheguei mais perto de seu rosto e beijei seu lábio gélido.

Ela se assustou e ficou sem reação por um tempo.

"Droga o que foi que eu fiz?"

–Rebecca, não posso te deixar ir porque te amo. E eu quero que você se case comigo. Por favor Rebecca. Eu te amo...

Sua expressão ainda era de surpresa. De alguma forma eu sentia que ela não ia embora.

[Good Ending]


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Notas finais do capítulo

E então o que acharam? Sou péssima para escrever romance, mas espero que vocês gostem.
Escrevi uma pequena história para passar o tempo. Já viram? http://fanfiction.com.br/historia/553440/Noite_maldita/
Beijos, obrigada a todos que leram "Cinde...Rela?"
Até a proxima!



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