Uma Babá Sem Noção escrita por Sáskya


Capítulo 8
Capítulo: 7 - O Jantar


Notas iniciais do capítulo

Olá, caros leitores! Pensei que tivesse postado esse capítulo, mas acho que me enrolei por aqui u.u.
Bom, espero que gostem, boa leitura!



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Bella

Depois de uma tarde agradável — tirando o showzinho daquela mulher — levei as crianças de volta para casa. Já eram quatro horas da tarde.

— Todo mundo para o banho e depois fazer o dever da escola, certo? — mandei, enquanto abria a porta.

Antes que eles pudessem concordar, ou saírem correndo, fomos surpreendidos com uma movimentação na casa anormal.

— O que ta acontecendo? — perguntou Lily, curiosa.

— Não sei — respondi.

Varri os olhos pela sala atrás de Anne e a encontrei falando com Jéssica perto da escada.

— Anne! — chamei.

— Oh, Bella. Ainda bem que chegaram — respondeu à senhora, se aproximando.

— O que está acontecendo?

Anne suspirou.

— O Sr.Cullen acabou de avisar que a senhorita Tanya vem jantar hoje aqui e ela trará seus pais que chegaram da Europa.

Arqueei as sobrancelhas.

— Não! — o sonoro coro de vozes infantis se fez presente.

Olhei para as crianças que estavam de cara fechadas e rapidamente, correram para o andar de cima.

— Crianças! — chamei preocupada.

Antes que eu pudesse ir atrás deles, Anne me segurou pelo braço.

— Deixe-os Bella. Eles precisam de um tempo a sós.

— Eu não entendo Anne! — disse frustrada — Tem algum problema com essa mulher?

— Eles só não gostam dela.

— Por quê? — insisti.

— Isso, só eles poderão te responder.

Soltei um suspiro pesado fitando a escadaria a minha frente.

— Arrume-os as seis Bella. Sete horas saí o jantar e o senhor Cullen quer todos na mesa — avisou Anne.

Ela saiu de perto de mim indo falar com alguns empregados.

Melanie

Porcaria! Não acredito que o Edward vai trazer aquela loira usurpadora para aqui. Ainda mais com os papais dela e provavelmente a peste do filho.

— O que vamos fazer Mel? — indagou Lily.

— Não sei Lily — respondi.

Direcionei meu olhar para Liam, em busca de respostas.

— Pense em algo, Liam. O crack em traquinagens é você.

Liam se jogou na minha cama, com uma mão na boca. Ele sempre fazia isso para pensar.

— Podemos as clianças mais mal educadas do mundo! — exclamou, dando um pulo da minha cama.

— E no que isso irá ajudar? — arqueei uma sobrancelha.

Ola, pense comigo, Mel. Vamos faze o papai passá velgonha na flente dos soglinhos— deu um sorriso maquiavélico.

— É — meu sorriso diabólico começou a se espalhar pelo rosto — Isso vai ser só um aviso. Se o Edward persistir com essa mulher, o negocio vai ficar feio.

Vi Lily e Peter abrirem um sorriso maléfico também. Eles podem ser os mais anjinhos entre nós, mas quando se trata de Tanya Denali, as coisas mudam de figura.

— Vocês vão contar a Isa? — perguntou Peter.

— Não. Ela pode ser doida, mas não iria topar essa não. Ia nos entregar — respondi.

— Não ia. A Isa é gente boa — defendeu Lily.

— Vocês vão mesmo se apegar a babá? — indaguei — Sério pessoal! Daqui algumas semanas ela não aguenta mais e pede as contas. Quantas vezes isso já não aconteceu?

Lily e Peter abaixaram a cabeça.

— Ela prometeu — sussurrou Lily.

— A vida não é feita de promessas, Lily. Tolos de quem acreditam nelas.

Lily olhou para mim, os olhos verdes transbordando em lágrimas. Eu não queria fazer isso com a minha irmã, apesar das implicâncias, eu a amava, mas ela tinha que tomar um choque de realidade. Éramos nós por nós mesmos.

— Não chora pequenina — Peter a abraçou — Você tem a nós, não se esqueça.

— Pois é, pirralha — sorri para ela que fungou e me deu um sorriso também.

— Já vai começá o momento melação — resmungou Liam.

— Vem cá garoto — corri atrás dele para lhe dá um abraço, só para irritá—lo.

— Saí sua louca — ele gritou.

Nós ficamos correndo em círculos, enquanto Lily e Peter riam a nossa custa.

— Toc, toc — a voz doce de Isabella se fez presente.

Ela segurava a maçaneta da porta com o rosto para dentro do quarto, um pouco insegura.

— Esqueceram-se do banho? — perguntou.

Revirei os olhos.

— Não, nós só estávamos conversando — inventei uma mentira — não tão mentira — para ela.

Isabella sorriu.

— Tudo bem. Tomem banho e façam os deveres. Mais tarde venho arrumá—los.

Fiz uma careta de desagrado para aquilo. Percebi que meus irmãos também fizeram pela expressão da babá.

— Ora, crianças, é só um jantar. Não é o fim do mundo — disse serena.

— Diz isso porque não conhece a peça — resmungou Peter.

— Então me digam ‘’como é a peça’’ — cruzou os braços.

— Ela é chata, cheia de frescuras, com um filho bagunceiro e rouba o nosso pai da gente — disse Lily com um bico no rosto.

Bella arqueou uma sobrancelha e entrou no quarto.

— Olha, crianças, sei que não é fácil ver nossos pai ou mãe com outra pessoa. Falo isso por experiência própria — ela se acomodou no chão — Meu pai morreu quando eu tinha dezesseis anos. Minha mãe casou dois anos depois disso. Meu irmão e eu não gostávamos do Phill, achávamos que ele ia roubar o lugar do nosso pai e o amor da nossa mãe pela gente — ela suspirou fitando o chão — Ela foi morar em Londres com ele e nós ficamos na nossa casa em Forks. Renné quis nos levar, mas por causa do novo marido dela não fomos. Eu sinto falta dela. Faz dois anos que não a vejo e ainda mal falo com ela. Eu continuo a não gostar do Phill, mas se fosse para voltar ao passado eu teria ido com ela e o suportado — ela nos fitou, sua expressão estava um pouco triste — Vocês não são obrigados a gostar dela, mas pelo menos sejam agradáveis. Mesmo que Edward seja ausente, ele ainda está aqui com vocês.

— Tudo bem, Isa. Nós vamos nos comportar — rendeu—se Lily.

Lancei um olhar incrédulo para ela que me devolveu com um ‘’calma’’.

Isabella sorriu e abraçou minha irmã mais nova a colocando no braço.

— Vamos Peter e Liam — chamou.

— Só um minutinho Isa — pediu Peter.

— Ok — ela deu de ombros e saiu carregando Lily do quarto.

— O plano ainda ta de pé né? — indagou Liam.

— Mais é claro — sorri.

Desculpa Isabella, mas não vai dá.

Bella

Já era de noite, perto da hora do jantar. Fiquei um pouco mais aliviada quando as crianças disseram que iriam se comportar. Não preciso de problemas agora.

— Melanie? Está pronta? — perguntei, entrando em seu quarto.

— Eu vou mesmo ter que vestir isso? — perguntou irritadiça, saindo de seu closet.

Ela estava tão fofa com aquele vestido xadrez clarinho. A única peça clara que encontrei em meio suas roupas pretas e roxas.

— Você está uma princesa! — bati palminhas.

— Argh! Eu odeio princesas e você está parecendo à tia Alice — bufou emburrada.

Eu ri alto.

— Eu ainda estou sendo boazinha. Se fosse a Alice, ela te colocaria dentro de um vestido cheio de frescurinhas e lacinhos no cabelo.

Vi o terror passar no rosto de Melanie.

— To bonita Isa? — a voz doce de Lily se fez presente no cômodo. Ela estava com um vestido fofo de cores claras.

— Linda, princesa — sorri-lhe.

— Você vai no jantar? — perguntou Melanie.

— O jantar é pessoal, Melanie. Eu sou apenas uma empregada, mas qualquer coisa, vou estar na cozinha — expliquei.

— Que chato — reclamou Lily.

Dei um sorriso torto para ela.

— Vou ver os meninos e já venho buscar vocês para descerem.

Entrei no quarto de Peter e sorri ao ver os dois irmãos juntos fazendo poses em frente ao espelho. Pareciam homenzinhos dentro daquelas roupas.

— Estou com vontade de apertar vocês — brinquei e eles se assustaram com a minha presença.

— Puxa! Você palece um fantasma — comentou Liam e deu um sorrisinho malicioso — Até a cor ajuda nisso.

Revirei os olhos.

— Você não perde uma né? — o sorriso do garoto só aumentou — Vamos que já está na hora.

— Você vai ficar no jantar? — perguntou Peter só para me escutar.

— Não.

— E porque está arrumada?

— Temos que ficar apresentáveis hoje. Eu que vou descer com vocês não posso ir desarrumada.

Na sala já se encontrava o senhor Cullen — com a mesma loira do casamento (Tanya) — sentados em um sofá. Se possível ele estaria mais bonito que o normal e a mulher ao seu lado não estava muito atrás. Estava vestida, elegantemente, com vestido azul que marcava bem sua silhueta bem definida. Os cabelos estavam presos em rabo de cavalo com a franja solta. Sua expressão era especulativa para mim.

No outro sofá um casal de senhores repousava. A mulher parecia muito com Tanya. Os mesmos cabelos loiros e olhos azuis. Já o senhor tinha os cabelos pretos e olhos da mesma cor. Ao lado da senhora tinha um lindo menininho de olhos claros e cabelos escuros.

— Oh, esses são seus filhos Edward? — perguntou à senhora quando desci as escadas com as crianças — Pensei que fossem quatro — falou confusa.

— E são quatro — disse Edward um tanto confuso.

— E está moça aqui? — apontou para mim.

Arregalei os olhos. Sério que ela pensou que eu com os meus um metro e sessenta e oito era filha de Edward?

Edward pigarreou um pouco desconfortável.

— Essa é minha babá, senhora Denali — comentou.

A senhora me olhou com o rosto envergonhado.

— Oh, mil desculpas — pediu.

Apenas dei um sorriso amarelo.

— Qual o seu nome querida? — perguntou com a voz doce.

— Isabella Swan — respondi.

— Isabella. Nome bonito — elogiou — Sou Sasha Denali, mãe da noiva de seu patrão e este é o meu marido — apontou o senhor ao seu lado — Henry Denali.

Eles se levantaram para me cumprimentar. Simpáticos.

— Prazer — respondi um pouco envergonhada.

— E essas lindas crianças, quais são seus nomes? — perguntou olhando para os filhos de Edward Cullen.

— Essa é Melanie — apresentou o senhor Cullen, misteriosamente próximo a nós, apontando para a filha mais velha com uma estranha simpatia — Minha primogênita de dez anos — sorriu, ao contrario de Melanie, que fez uma careta — Esse é Peter, o meu segundo filho de oito anos — apontou para o garoto que forçou um sorriso — E esses são os gêmeos, Liam e Lilian de cinco anos.

Liam olhou à senhora de sobrancelha arqueada e Lily sorriu docemente. Sasha sorriu complacente.

— Ah, mais são crianças adoráveis. Colocou belos filhos no mundo Edward — elogiou.

— Obrigada — agradeceu.

— Se me derem licença — pedi, já virando nos calcanhares para sair.

Retirei-me da sala percebendo um sorriso maquiavélico brotar nos lábios das crianças. Algo me dizia que eles iam aprontar alguma hoje, pelo que conheço.

Melanie

— Senhor Cullen, o jantar já está na mesa — avisou Anne na entrada da sala.

— Obrigado, Anne — agradeceu Edward.

Todos se levantaram e foram para sala de jantar, acomodando-se nas cadeiras. Quando estava indo para o meu lugar o tampinha do Ethan — filho da usurpadora — sentou no meu lugar.

— Hey moleque, esse lugar é meu! — reclamei.

— Não é mais — ele deu língua.

— Ora, seu...

— Melanie — Edward chamou minha atenção com a voz dura — Deixe de ser má anfitriã e escolha outro lugar para se sentar.

Semicerrei os olhos para ele e escolhi outro lugar para sentar. Não iria discutir com Edward Cullen, tenho planos melhores para ele.

Rapidamente vários carasde roupas engraçadas invadiram a sala de jantar.

— Hoje teremos um Fettuccine de palmitocomo prato principal — anunciou o homem que estava com um chapéu branco e grande, os típicos de chefe de cozinha.

— Hmm, escolheu bem o prato Edward — elogiou a vaca-mãe.

— Na verdade quem escolheu foi Anne. Ela entende bem dessas coisas — disse gentil.

Bufei. Tudo para agradar essas megeras!

Olhei para cada um daquela mesa, enquanto Anne colocava o meu prato e o dos meus irmãos. Tanya estava com um sorrisinho idiota no rosto, Edward estava com o típico sorriso falso, o pai da vaca-loira estava com cara de tédio, a mãe estava satisfeita e o moleque estava com um sorrisinho debochado para mim. Não resisti ao impulso de dá o dedo. Sorte é que somente o pirralho viu e me deu a língua em troca. Lily estava com cara de tédio, Liam estava fuzilando o Ethan e Peter estava em seu mundinho particular.

Quando todos começaram a comer, Liam olhou para mim, esperando o sinal para começarmos a operação. Pisquei o olho e a bagunça começou.

Fuuuuuuuuuuuun,o som de pum soou alto na mesa de jantar silenciosa. Todos pararam de comer e olharam uns para os outros. Eu segurei o riso. Passaram-se alguns segundos e ninguém se pronunciou, então, voltaram a comer.

Fuuuuuuuuuuuun, o som saiu de novo e eu podia sentir estar ficando roxa. Novamente, todos pararam de comer e se entreolharam.

Carrã — pigarreou Edward, um pouco constrangido — Alguém está com problemas intestinais?

— Ai papai — disse Liam, numa voz sôfrega e fingida — Acho que estou passando...

Ele nem terminou de falar e o som de pum ecoou de novo. Edward fez uma careta estranha e eu não me aguentei. Cai na gargalhada.

Todos estavam com cara de nojo na mesa, menos Lily, Peter, Liam e eu.

— Seu porco! Vá para o banheiro — disse Ethan com a voz enojada.

— TU ME CHAMOU QUE LAPÁ? — esbravejou meu irmão.

Agora o circo pega fogo.

— Porco! — disse o garotinho atrevido.

Não dei dois segundos para Liam pular em cima da mesa e já indo dando um murro no Ethan. O pirralho olhou meu irmão de olhos arregalados e, como previsto, saiu correndo.

Bundão!

— VOLTA AQUI! — gritou o capetinha do meu irmão mais novo, perseguindo o pirralho.

— Oh, meu Deus! Edward faça alguma coisa! — pediu a vaca da Tanya, angustiada. Os pais dela estavam horrorizados.

Peter e Lily riam baixinho, já eu não poupava mesmo. Gargalhava em plenos pulmões.

Tanya, seus pais e Edward saíram atrás dos dois que corriam em círculos pelo jardim.

— ISABELLAAAAAAAA! — berrou meu pai.

Segundos depois, uma Isabella esbaforida atravessa o jardim até onde nos estávamos.

— Sim, senhor Cullen? — perguntou assustada.

— Os faça pararem — ordenou furioso.

A pobre babá começou a ir atrás das crianças, porém, elas eram mais rápidas e a maluca ainda tropeçava em seus próprios pés.

Fiz um sinal para Lily e Peter cumprirem sua parte no plano. Eles me olharam angustiados pela babá está no meio, mas eu balancei a cabeça negativamente. Eles suspiram e correram até a mangueira do jardim. Ligaram e um jato de água molhou todos, menos eles e eu.

Tanya, Henry e Sasha estavam boquiabertos. As vestes, maquiagem e cabelo das mulheres estavam acabados.

Edward nos olhou em pura fúria. Não poupei um sorriso debochado para o meu querido pai.

— Eu nunca fui tão maltratada em minha vida! — esbravejou Sasha — Não deu educação aos seus filhos, Edward?

— Desculpe-me, Sasha. Eu não sei o que deu nas crianças hoje — Edward tentou se desculpar, super constrangido.

— O que deu é que eles são crianças mal educadas! Não volto nessa casa enquanto essas crianças não virarem gente — a velhota agarrou a mão do marido e saiu arrastando ele.

— Porque vocês fizeram isso? Eu sou tão boa para vocês! — disse Tanya com a voz embargada.

Olhei cética para ela. Além de vaca e usurpadora, a vadia também era falsa?

— Meu poupe de suas falsidades, Tanya — pedi.

Seus olhos transbordaram em lágrimas de crocodilo. Bufei.

— Não chora mamãe — pediu o pirralho agarrado a perna da loira — Esses guris véios, não te merecem.

Tanya fungou, pegando o pirralho no colo. Tal mãe, tal filho!

— Os quatro me esperem na sala, vou ter uma conversinha com vocês — disse Edward com a voz calma, aveludada, porém mortal.

Sem falar nada, entramos na casa com a babá em nosso encalço. Ela tinha um semblante triste.

— Que foi Isa? — perguntou Lily baixinho.

— Vocês me odeiam tanto assim? — sussurrou com o rosto baixo.

— Não! — disse Lily com a voz fina — Eu te amo, Isa.

Bella fungou, olhando para nós. Os olhos cheios de lágrimas. Ta, confesso que bateu só um pouquinho de remorso por causa dela. Um pouquinho, quase nada.

— Porque me molharam, então?

— Você tava no meio Isa. Teve que , mas isso não qué dize que nós te odiamos — respondeu Liam.

— Sério? — perguntou.

Meus irmãos assentiram.

— Porque fizeram isso? Prometeram que iriam se comportar! — falou um pouco indignada.

— Sim, mas não dava Isabella — me pronunciei — Não viu como aquele garoto é nojento que nem a mãe? Os pais dela nos chamaram de mal educados. Não podíamos deixar barato.

— Eles chamaram porque vocês fizeram isso com eles — defendeu.

— Vai ficar defendendo eles? — perguntei amarga.

— Oh, claro que não — disse chocada — Eu entendo vocês, mas isso não quer dizer que acho certo. Deveriam ter segurado a barra.

— Você nunca fez nada contra o seu padrasto? — questionei, lembrando-me da história que ela tinha contado mais cedo

Isabella deu um sorriso sem graça.

— Isso é diferente.

— Oh, claro — disse irônica.

— Ok, vocês venceram — a babá se rendeu.

— O que você fez com seu padlasto? — indagou Liam.

— Digamos que meu irmão e eu, aprontamos uma levinha com ele tipo: almofadas de pum e pimenta no jantar.

— Almofadas como essa? — Liam tirou do bolso uma pequena almofada que fazia sons de pum.

— Sim, tipo essas — ela riu — Foi isso que vocês fizeram? — perguntou cética.

— Introdução — dei de ombros.

CRIANÇAS!— gritou a voz furiosa de Edward Cullen.

— Vocês sabem o que vão acontecer né? — perguntou Bella com a voz baixa.

Apenas assentimos. Segundos depois, Edward Cullen entra encharcado e parecendo um touro de tão bravo. Seria loucura falar que deu vontade de rir? Adoro tirá-lo do sério!

— Sentem-se — ordenou.

Isabella ia se retirar, mas...

— Você fica senhorita Swan.

Sem dá nem mais uma palavra, Bella sentou-se ao nosso lado. Então o festival de reclamações começou.

— Vocês têm noção do que fizeram hoje? Foram extremamente mal educados com os pais de Tanya e a mesma! Onde está a educação que lhes foi dada? Isso é inaceitável, a proposta de lhes colocar em um colégio interno está me sendo bastante tentadora — esbravejava, andando de um lado para o outro — E você senhorita Swan? Está junto com eles também? — lançou seu olhar furioso para ela.

— Não culpe a Isa, papai. A culpa foi só nossa — disse Lily.

— Não tente protegê-la Lilian — disse seco — Isabella suba, depois converso com você — a babá respirou fundo e fez o que o patrão pediu — E vocês, estão de castigo. Não vão poder ficar na piscina sábado. Vão ficar no quarto estudando.

— QUE? — a indignação foi coletiva.

— Isso mesmo. Aprendam a ser crianças comportadas. Agora vão tomar um banho e já para cama — ordenou.

Praguejei algumas coisas e subi marchando às escadas, apesar de não está com raiva. Na verdade, eu estava satisfeita.

Bella

Esperei o senhor Cullen no andar de cima, próxima a seu escritório. Escutei alguns passos vindos das escadas e quatro crianças segurando o sorriso apareceram.

— Na minha época, eu ficava triste quando recebia uma bronca — comentei.

— Nós estamos satisfeitos Isabella — disse Melanie com um sorrisinho diabólico — Conseguimos tirar Edward Cullen do sério.

Balancei a cabeça, mas sorri.

— Vão tomar um banho e já para cama — mandei.

— Já recebemos essa ordem — ela revirou os olhos.

Eles entraram em seus respectivos quartos. Encostei-me na parede e alguns minutos depois o senhor Cullen apareceu.

— Acompanhe-me — pediu com a voz fria.

Desencostei-me da parede e o segui em silêncio até o escritório. Ele ofereceu a cadeira para me sentar e ficou em pé, mexendo em sua estante de uísques importados. Tirou uma garrafa e encheu um copo, colocando duas pedras de gelo logo em seguida.

— Então senhorita Swan, seja franca, tem algo haver com isso?

— Eu não colaborei com eles, senhor Cullen. Pedi até que não fizessem nada, mas eles não me escutaram — respondi.

— E porque não ficou de olho neles? Onde você estava quando eles planejaram isso? — interrogou com os olhos semicerrados. Abri a boca algumas vezes, mas nenhum som saiu — Eu a pago para ficar de olho neles, senhorita Swan. A senhorita tem uma parcela de culpa nisso.

Respirei fundo e olhei seriamente para o homem a minha frente.

— Quer saber de quem é a culpa senhor Cullen? — perguntei. Ele arqueou a sobrancelha — Sua — ele me olhou cético, mas eu não me intimidei — Se o senhor desse pelo menos um pouco de sua atenção para eles, aposto que seriam mais compreensivos. Eles sentem que estão invadindo o seu espaço. Eles têm medo de perderem o senhor por completo. Não entende?

— Eu não estou ouvindo isso — disse descrente, largando o copo de uísque — Eles são assim porque os meus familiares os mimam de mais. Garotos mimados. Talvez colocá-los no colégio interno seja a melhor solução.

Arregalei os olhos. Eu não posso deixar as crianças irem para um internato.

— Isso não é solução, é problema — disse exaltada.

— Não quero saber senhorita Swan. Se eles não mudarem esse comportamento, esse será o destino deles.

Eu queria xingar Edward Cullen de todos os modos, mas eu não podia. Não podia ser demitida. As crianças precisavam de mim aqui.

— Então está certo senhorCullen — disse um tanto sarcástica — Se me de licença, irei para o meu quarto.

Ele nada falou, então sai daquela sala batendo o pé. Argh, às vezes eu tenho a mais profunda vontade de matá-lo!


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Notas finais do capítulo

E aí, o que acharam? u.u. Estou adorando quem está mandando rewiens, muito obrigada, viu, princesas? Recomendações são bem aceitas, também!
Beijos e até o próximo fim de semana!