Uma Babá Sem Noção escrita por Sáskya


Capítulo 51
Capítulo: 50 - Visita Inesperada


Notas iniciais do capítulo

Oi gente! Eu estava louca para postar esse capítulo, então aqui está ele.
Boa leitura!



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Bella

Edward tinha me convidado para jantar na noite anterior, logo após de deixar-me em meu apartamento. Ele disse que queria algo como primeiro encontro – já que nunca tivéramos um de fato — e eu aceitei, sem delongas, louca para passar um tempo de qualidade com ele. Nós não nos víamos muito durante a semana por conta das nossas atividades diárias. E, para falar a verdade, estava louca para conhecer mais um pouco sobre o homem que tinha ganhado o meu coração.

— Uau. – murmurei ao ver a fachada do restaurante. O Sfoglia parecia ser um lugar chique.

Saímos do carro e Edward entregou as chaves ao manobrista, que logo entrou no veículo para estacioná-lo. Entrelacei minha mão na de Edward e ele nos guiou para o interior. Na recepção, ele pediu por sua reserva e nós fomos devidamente guiados para a nossa mesa, que ficava mais ao sul e distante das demais pessoas que comiam por ali.

— Esse parece ser um bom restaurante. – comentei, olhando ao redor.

— É um dos melhores italiano que eu já comi.

— Vamos ver. – falei, sorrindo de forma travessa para ele.

Edward sorriu de volta e um garçom chegou para nos atender. Ele deu um cardápio a cada um de nós dois. Edward já parecia ter um prato em mente, Spaghetti alla Carbonara acompanhado de um Merlot, e eu o acompanhei, apreciando a opção que ele tinha escolhido. Escolhemos dispensar a entrada também, já que queríamos partir logo para a comida em si.

— Obrigada pelo vinho. Estava precisando mesmo de uma boa dose. – disse, olhando para o garçom servindo as nossas taças e deixando a garrafa ali para eventual reposição.

Edward riu, levantando a sua taça. Levantei a minha também e brindamos, tomando o primeiro gole em seguida.

— Quando começou a sua paixão por vinho? – perguntou após ingerir a bebida.

— Acho que na minha festa de aniversário.

— Sério?

— Para falar a verdade, não. – dei de ombros, tomando mais um pouco do líquido escuro – De todas as bebidas que eu já experimentei, a que mais me agradou foi esta. – mostrei-lhe a taça em minhas mãos – A mistura entre o doce e o azedo é realmente deliciosa.

— Uh, então Isabella Swan já bebeu muitas bebidas alcoólicas por ai? – brincou.

Eu pisquei um olho.

— Oh, meu querido, você não sabe de nada. Eu já fiquei completamente bêbada em meu aniversário de vinte e um anos. Finalmente eu podia beber legalmente, então eu tive que comemorar de alguma forma. Foi o primeiro porre da minha vida. – refleti com os olhos presos em nenhum ponto específico – Emmett ficou louco nesse dia também.

— Imagino. – sussurrou com uma risada baixa.

— Não foi só pela bebida. Digamos que eu... Subi em cima do balcão. E tirei a blusa que eu usava. Teve alguns gritos de incentivo ou algo assim, mas meu irmão cortou meu barato. Eu estava arrasando no vocal também. – dei de ombros, recordando-me da lembrança ainda borrada em meu cérebro.

Edward fitou-me um pouco chocado, mas ainda assim riu, incrédulo.

— Então você já dançou em balcões de bar, senhorita Swan? Agora estou curioso sobre mais o que você fez.

Fiz um sinal de desdém com a mão, porém logo desandei em contar-lhe algumas aventuras da minha infância e adolescência, enquanto comíamos e degustávamos do vinho. Ri com ele em algumas, como a do dia em que meu pai estava me ensinando a dirigir o carro e eu quase nos lancei sobre o pobre gato da vizinha. Arranquei algumas histórias da infância de Edward também. Ele contou-me sobre como Alice e ele costumavam levar o avô para pistas de patinação em Londres – por isso que o danado era tão bom – e de como eles roubavam comida antes do jantar, deixando sua mãe louca.

— Meu avô sempre nos ajudava em nossas escapadas para cozinha. – comentou com nostalgia – Eu tinha apenas oito anos quando ele morreu, mas ainda me recordo. – suspirou, deixando o garfo de lado por um momento – Meu avô, mesmo velho e doente, tinha uma energia incurável. Ele foi à única pessoa que conseguiu amolecer totalmente o coração da minha avó. Acho que foi por isso que ela ficou tão ferrenha depois de sua morte.

Peguei em sua mão, vendo como lembrar-se de sua infância o deixava nostálgico e um pouco triste.

— Você e Alice pareciam ser bem próximos mesmo com quatro anos de idade os separando. – trouxe o assunto para outro lado.

Edward sorriu amorosamente ao falar da irmã.

— Alice por toda vida foi minha melhor amiga. Ficamos um pouco distante depois que ela veio para Forks com os nossos pais, mas o elo sempre esteve presente, sabe? – assenti, sabendo exatamente como era ter um elo forte com um irmão – Eu amo aquela anã louca.

— Alice é maravilhosa. E ela também é minha melhor amiga. – dei de ombros, fingindo-me de esnobe.

— Claro. – ele concordou com um olhar travesso.

— Sabe o que eu notei em vocês também? – indaguei, solvendo um gole da minha bebida. Edward negou com a cabeça – Não têm sotaque britânico. Quer dizer, quando eu conheci Alice era perceptível de onde ela tinha vindo, mas com o passar dos anos parece que ela foi o perdendo.

Edward solta uma risada baixa.

— Acho que com o passar dos anos eu fui perdendo o meu também, apesar de ainda saber falar como um perfeito inglês. Sem contar que nossos avós paternos eram norte-americanos, minha mãe era norte-americana, então o sotaque deles era um tanto forte em casa. – piscou um olho de forma divertida.

— Hmm... Interessante. Você precisa usar esse sotaque comigo algum dia. – falei, colocando comida em minha boca.

Edward arqueou uma sobrancelha sugestivamente e a comida pareceu que passou seca por minha garganta. Maldito homem!

— O que achou da comida? – perguntou, como se nada tivesse acontecido, observando que meu prato estava se esvaziando.

— Maravilhosa. Boa escolha, namorado. – pisquei um olho.

— Estou passando a fazê-las ultimamente. – devolveu minha piscadela.

Revirei os olhos, terminando de me alimentar. Com o estômago cheio, a conta ficou para Edward – já que ele alegara que o convite tinha partido de si – e assim que foi paga, nos tomamos o carro. Continuamos rindo e conversando bobagens por todo o caminho, até que quando estávamos entrando na rua do prédio eu tive uma ideia.

— Vamos para a sua casa.

— E sua massagem nos pés? – perguntou com vestígios de humor em sua voz.

— Fica para depois. Hoje eu quero que você toque piano para mim.

Edward olhou-me surpreso.

***

Edward e eu chegamos por volta das dez da noite em sua casa. Como era esperado, tudo estava no mais absoluto silêncio. Apenas Megan estava na sala, cochilando com a televisão ligada em um volume muito baixo.

— Megan. – sussurrou Edward, balançando a mulher adormecida.

Megan pisca os olhos rapidamente, olhando ao redor de forma confusa.

— Oh, senhor Cullen! Desculpe-me por ter dormido. As crianças já estão dormindo. – balbuciou com a voz sonolenta.

— Não se preocupe, Megan. Tyler já está aí fora para levá-la para casa. Descanse, ok?

Megan apenas assentiu, despedindo-se de nós com um ‘’boa noite’’, o sono ainda lhe fazendo um grande efeito. Edward e eu nos entreolhamos, prendendo a risada.

— Vamos ver as crianças estão. – digo um tanto energizada, puxando-o pela mão para o andar de cima.

— Eles estão dormindo, Bella.

— Quero dá um beijo de boa noite. – retruquei.

Seguindo na ordem, o primeiro quarto que entrei foi o de Melanie. Ela dormia de boca aberta e eu ri um pouco enquanto beijava sua testa. Edward fez o mesmo e logo estávamos partindo para o próximo quarto: o de Peter. O garotinho loiro estava completamente coberto e eu tive que puxar um pouco a coberta para que Edward e eu pudéssemos beijar-lhe a testa. Ele remexeu um pouco sob lençóis, mas não acordou. O quarto de Liam veio a seguir, e eu tive que cobrir o menino enquanto Edward afagava-lhe os cabelos. Deixamos um beijo em sua testa. Por último, entramos no quarto de Lily, que dormia como uma lady. Edward e eu beijamos suas bochechas e ela sorriu em seu sono.

— Acho que agora podemos ir para a parte final da nossa noite. – murmurei com excitação – Leve-me para a sala do piano!

Edward solta uma risada sacana.

— Acha que vai ser a última parte da noite? – sussurra com a voz aveludada e sensual, próxima demais da minha orelha para a minha sanidade.

Mordi o lábio, contendo o gemido desavergonhado que queria escapar de mim.

— Piano, Edward. – falo por fim.

Ele ri disfarçadamente e pega em minha mão, guiando-me até a sua sala de música. Ela era decorada de tons claros, sendo o único ponto escuro o piano preto, posto diretamente no centro. As cortinas estavam abertas, deixando que a fraca luz da noite entrasse no local, trazendo uma atmosfera misteriosa e envolvente, causando um arrepio bem em minha pele.

— O que você gostaria de escutar? – Edward pergunta com uma voz muito baixa, quebrando o silêncio que se instalara entre nós.

Procurei-o com os olhos e o encontrei perfeitamente sentado em frente ao piano, os dedos passando pelas teclas de forma leve para que nenhum som seja produzido.

— Não acordará as crianças? – pergunto, dando-me conta daquilo só agora.

— Essa sala tem uma boa acústica. – ele sorri.

— Acho que esse piano não deveria ficar escondido aqui, solitário. Deveria levá-lo para um lugar que dê para vê-lo e apreciá-lo. – comento enquanto caminho para sentar-me ao seu lado.

— Na época de revolta da minha vida, vamos chamar assim, eu me desconectei do piano. Eu não sentia mais a mesma emoção que eu sentia antes para tocá-lo. – ele pega uma de minhas mãos e as leva até as teclas, fazendo com que uma nota ecoe no ambiente – Eu voltei para esta sala depois do aniversário de Alice.

— Por quê? – sussurro, guiando meus olhos para os seus.

Edward já mantinha o olhar verde sobre mim. Ele era uma mistura de solidão e de uma nostalgia antiga.

— Porque eu vi você, feliz, saudável e me martirizei por ter sido cego por tanto tempo. Precisava de algo que me acalentasse. Então a emoção fluiu em mim, fazendo-me tocar outra vez. É uma bela terapia. – sorrio de lado e eu sorri junto, deslumbrada com o entortar de seus lábios.

— Toque para mim o que você tocou naquela noite, Edward. – peço com a voz serena.

Eu queria saber quais foram os sentimentos que transbordaram dos dedos de Edward para aquelas teclas. Eu queria senti-lo daquela forma.

Sem dizer uma única palavra, Edward começou a movimentar os dedos de forma quase graciosa pelas teclas, dando-me o início da canção. E então, com a voz muito baixa, ele cantarolou a música, levando-me a um deleite eloquente.

Deitei minha cabeça em seu ombro e deixei que a melodia fluísse sobre mim, junto com a minha imaginação. Fechei os olhos, vendo as imagens dançarem por trás das pálpebras. Edward estava naquela mesma sala e posição, entretanto eu não estava ao seu lado. Ele estava só, apenas com a nuvem de sentimentos que ele carregava o rodeando. Ele aparentava está triste e ao mesmo tempo arrependido, assim como a letra da canção.

E quando abro os olhos e assim que eu o encontro. Seus olhos estão nas teclas do piano, mas ainda era possível observar as emoções que o rodeiam. Edward provavelmente estava lembrando-se daquela noite também, só que em seu cérebro estava presa a imagem real, e não uma mera imaginação.

Quando a canção chega ao fim, ele suspira. Olha para mim com os olhos verdes doces e um sorriso triste em seus lábios. Não me contenho em pular para o seu colo, abraçando o seu pescoço e enterrando o meu rosto no mesmo. Edward passa os braços pela minha cintura, apertando-me ainda mais a si.

Continuamos no silêncio da noite, palavras sendo dispensadas do momento. Tudo o que precisávamos era está nos braços um do outro.

***

 O sábado finalmente chegara, para o deleite de Lily e Liam. Eles estavam completando seis aninhos justamente hoje, o que me fez acordar com os olhos marejados. Meus bebês estavam completando seis anos, ok? Hoje é dia para ser manteiga derretida mesmo, estou no meu direito!

Depois de muita festa no café da manhã, a equipe contratada por Alice para montar os brinquedos no jardim da mansão tinha chegado e já estava a todo vapor. Dei graças aos céus pelo tempo está bom, mesmo que Alice se prevenira nesse aspecto ao colocar a mesa de bolo e toda a decoração na sala, que agora estava um verdadeiro circo. Só faltava o Buffet entregar as comidas, o que ocorreria no início da tarde. A festa só iniciaria às quatro horas.

— É hoje, é hoje, é hoje, é hoje. – Lily chegara saltitando no quarto de Edward, totalmente eufórica, duas horas antes da festa – Faltam apenas duas horas para festa! Precisamos nos arrumar, Isa!

— Pulguinha, faltam duas horas ainda. – choraminguei pela atitude alicística de Lily.

— Mas hoje é o dia, Isa! Preciso ficar mais linda que o normal! – disse toda convencida.

Arqueio uma sobrancelha para pequena garota e depois volto meu olhar para Edward, que está perfeitamente sentado em sua cama, com óculos de leitura e um notebook em seu colo. Ele ri e eu o acho quente como inferno. Porra, ele estava com uns óculos, um sorriso enorme no rosto e os cabelos bagunçados! E o melhor de tudo é que esta criatura divina era minha.

— O que? – pergunta, piscando os olhos inocentemente – Não sei de onde veio isso, mas a minha filha é linda mesmo. – piscou um olho para a caçula que sorriu prepotente.

Revirei os olhos, agarrando o corpinho pequeno.

— Vou enchê-la de cócegas para ser uma mocinha mais humilde. – e com isso, ataco sua barriga com os meus dedos, fazendo-a gritar, rir e se debater em meus braços para fugir.

— So-socorro papai! – pede entre risadas.

Edward apenas ri da cena, sendo totalmente desconcentrado do trabalho que realizava.

— O que ainda estão fazendo aqui? Vocês duas deveriam está se arrumando! – Alice surge, do nada, praticamente berrando.

Assustada, parei com as cócegas em Lily e concentrei meu olhar na pequena mulher de saltos enormes e com uma expressão malvada.

— Credo, Alice! De que buraco você saiu?

— Do buraco que você não vai querer saber, Isabella Swan! Então acho melhor cuidar de se arrumar, porque apesar de ter Edward, são quatro crianças e dois adultos que precisam de roupas decentes. – tagarelou, caminhando até onde Lily e eu, nos puxando pelas mãos.

— Alice é duas da tarde! – exclamei.

— Eu sei, é pouco tempo, mas tive que instruir Jasper de algumas coisas para arrumar os gêmeos, mesmo que mamãe esteja por lá, Jasper tem que saber das coisas. E Edward, você fica de arrumar os meninos. Eu vou dá uma checada nas coisas da festa e ajudar Bella com as garotas, incluindo ela e eu, claro, porque eu não vou de jeans. – continuou seu falatório, sem esperar uma resposta de Edward ou de mais alguém.

***

Duas horas mais tarde tudo estava perfeitamente nos conformes. Eu estava em frente ao espelho do quarto de Edward – que passara a ser meu quarto nos dias que eu estava lá – dando uma última checada nas minhas vestes, vendo se eu não tinha trocado nada. Eu trajava um vestido nos tons de azul, rosa e roxo, e suas alças eram grossas. Meus cabelos estavam soltos em cachos grossos e no meio repousava uma coroa, por ideia de Lily, que disse que usaria uma coroa também. Nos pés estão saltos nudes, e fechando o visual eu possuía uma maquiagem leve no rosto.

Saí do quarto em busca das crianças e no corredor já encontrei os gêmeos correndo pelo corredor em uma brincadeira de pega-pega. Os dois trajavam as cores vermelho e branco para combinar com o tema da festa.

— Onde estão os seus irmãos? – perguntei interrompendo a brincadeira de ambos.

— Eles estavam com o papai. – Lily dá de ombros.

Nesse momento, Edward surge com Melanie e Peter das escadas. Eles trocam olhares entre si, com risos prendidos em seus lábios, como se estivessem escondendo algo. Semicerrei os olhos para eles, notando tarde demais que Edward tinha a boca suja de chocolate.

— Estavam atacando a comida antes da festa! – esbravejei, dando uma tapa no braço do Cullen. Ele fez cara de dor para mim.

— Ai! Não estávamos fazendo nada disso. – Edward deu uma de inocente.

— E o que é isso? – indaguei, passando o dedo no canto dos seus lábios e mostrando-o a ele.

Edward sorriu amarelo.

— O senhor se ferrou, papai. – dissera Liam aos risos. Os seus irmãos também riram.

Entretanto, Edward e eu olhamos para o garoto, chocados. Não tanto pela palavra utilizada – vamos surtar por isso depois— mas pela forma que a letra r saiu de forma perfeita de seus lábios.

— O que você disse? – perguntou Edward um pouco perdido.

Ele deu um passo para trás, com um olhar temeroso, provavelmente tomando consciência de que a palavra não era boa. Mas ainda assim essa não era pauta.

— Eu? Nadinha! – desconversou.

— Ele disse sim, papai. Liam aprendeu essa nova palavra faz uns dias. É a única que ele diz certinha. – dedurou Lily.

Edward e eu trocamos olhares e eles gritavam basicamente a mesma coisa: de todas as palavras do mundo que o garoto poderia pronunciar com a letra r, a escolhida foi justamente essa? Porém isso durou por pouco tempo, pois logo Edward e eu estávamos dividindo Liam em um abraço, orgulhosos pelo avanço do pequeno menino. As sessões de fonoaudióloga estão dando resultados.

— Oh, querido, você disse sua primeira palavra com r certa. – disse emocionada – Isso é ótimo.

— É realmente ótimo, carinha. Estamos felizes por você, mesmo que a palavra não seja condescendente e que não deva ser repetida. – Edward falara com a voz serena, passando a mão pela cabeleira loira do filho mais novo.

— Não posso falar polque é uma palavla luim?

Edward assentiu com a cabeça, um ar de cara sério e integro pairando sobre sua cabeça. Reviro os olhos. Meu namorado pode ser tão não modesto às vezes!

— Não pode falar porque é um garoto pequeno, mas quando tiver certa idade, está liberado, ok? – pisco um olho para o garoto, que sorri, satisfeito.

Edward não parece compartilhar do sentimento do filho.

— Bella!

Eu rio. Oh, pobre Edward.

***

— Bella! Onde está o vestido branco e vermelho que deixei em sua cama? Deveria está no tema da festa! – Alice resmungou, aproximando-se de mim em seus trajes vermelhos.

Ela estava simplesmente perfeita na saia cintura alta e cropped. Seu corpo não parecia em nada com o de alguém que tinha tido gêmeos e menos de dois meses. Bendita seja a genética da família Cullen!

— Não gostei do vestido. – digo simplesmente, dando de ombros – Prefiro este e Lily o adorou.

Alice revira os olhos.

— Lily adora tudo que tem cores e... Olha, os primeiros convidados! – seu humor muda rapidamente e em seu rosto é posto um belo sorriso.

Ela levou Lily e Liam pelas mãos, para que eles possam receber os primeiros amiguinhos. Agora eu quem reviro os olhos.

— Não quero nem imaginar quando for o aniversário dos gêmeos. Alice quer dá uma super festa de um ano. – murmurou Jasper, aparecendo ao meu lado de forma quase fantasmagórica que costumeiramente é feita por sua esposa.

— Jasper, anuncie que está se aproximando. – resmunguei, fazendo-o rir.

— Oh, desculpe-me. Acho que estou ficando meio Alice.

Agora nós dois rimos.

— Isso é a chamada convivência. — olho para o loiro ao meu lado, notando que ele está com Chase nos braços. O pequeno bebê está vestido de palhaço.

— Ow. – arrulho, pegando no pé do menino – Quem fez essa maldade com você?

— Alice se inspirou mesmo no tema. – suspirou e só aí noto o que Jasper está vestindo: blusa social branca e jeans vermelho. Alice vestiu toda a sua comitiva no tema, ao que parece.

— Sua esposa é louca. – rio sem dó.

Jasper suspira, mas tem um sorriso nos lábios. Encontro com o olhar Rose, Emmett, Esme e Carlisle conversando em uma pequena roda e a matriarca da família Cullen tinha a neta mais nova em seus braços. De longe já dava para ver a fantasia de palhaço da bebezinha.

PRESENTES!!!!— gritou Liam, passando correndo por mim com duas caixas embrulhadas em mãos.

Lily correu atrás dele, com mais duas em mãos, e eu os fitei, um tanto chocada. Não só pela correria, como pela segunda palavra certa do dia para Liam. Será que hoje era o dia do desentrave?

— Ele não falava palavras com r erradas? – pergunta um Jasper muito confuso ao meu lado.

— Acho que ele está começando a não falar mais. – dei de ombros, sem conseguir conter o sorriso orgulho em meus lábios.

Jasper ainda parece um pouco perdido quando Emmett e Edward se aproximam de nós. Ambos têm copos de refrigerante em mãos e riem de alguma coisa. Meu irmão tinha me contado que finalmente tinha dado uma chance ao Edward, fato que fez com que eu melasse sua bochecha de baba por conta do beijo exagerado que dei. E talvez tenha rolado um abraço sufocante, mas isso não importa. O que importa é ver que os meus dois rapazes estavam se dando bem.

— Cara, Edward é realmente perdido em festinhas. Precisamos levar esse cara para rodar um pouco. – comenta meu irmão, arqueando as sobrancelhas maliciosamente para o cunhado.

Jasper sorri, captando a malícia. Já eu semicerrei os olhos, batendo na testa do meu irmão.

— Au!

— Tire meu namorado das suas festinhas, Swan.

— Credo, Bella! Estou falando de sair com você e as meninas. Que humor do cão. – resmungou com um bico idiota nos lábios, exatamente como fazia quando éramos crianças e eu jogava a terra molhada de Forks em seu rosto.

— Sei. – resmunguei.

Jasper e Edward riem da expressão de Emmett e meu namorado aproveita para abraçar a minha cintura e beijar a minha têmpora.

— Já disse o quanto você está linda hoje? – ronronou Edward em meu ouvido.

Não posso conter o arrepio que corre por meu corpo dada a tanta proximidade.

— Não tente me comprar com elogios, Cullen. – resmunguei, mas um sorriso teima em escapar por meus lábios.

Ele soltou uma risada baixa em minha orelha e é impossível conter um suspiro. Maldito Cullen. Bendito Cullen.

— Hey, não é porque eu deixei de implicância com o cabelo de fogo que eu vou querer ficar vendo essa melosidade. – resmungou Emmett.

— Cabelo de fogo? – indaguei, rindo do apelido. Emmett e sua genialidade para apelidos.

— Cabelo de fogo parece ser uma boa. Porque nunca pensei nisso antes? – reflete Jasper, olhando para um ponto qualquer na festa.

— Porque eu sou demais. – pisca Emmett todo cheio de si.

Jasper revira os olhos, mas sua resposta é cortada quando Chase resmunga em seu colo, ameaçando chorar.

— Acho que tem alguém querendo comer e infelizmente eu não exerço essa função. – faz uma cara triste, o que causa risadinhas entre Emmett, Edward e eu – Volto já.

Segundos depois, Alice aparece como furacão, segurando Chase em seus braços e ordenando que Edward e eu fossemos recepcionar as pessoas junto com os gêmeos, já que os pais éramos nós e que tinha um bebê faminto para alimentar. Não vou negar que um sorriso bobo espalhou-se por meus lábios ao vê-la colocar a palavra pais, mas eu não fiz um estardalhaço em cima disso, apenas deixei Edward me guiar até a entrada.

O primeiro convidado que recebemos foi Jake, que trouxe duas caixas de tamanhos consideráveis, entregando-as aos gêmeos que sorriam de forma gigantesca. Ele deu um beijo em meu rosto e apertou a mão de Edward, sendo carregado logo em seguida por Rose, que piscara o olho para Edward e eu.

Aos poucos, o gramado foi ficando lotado de crianças, que corriam, se divertiam na piscina de bolinhas e tobogã infláveis, comiam e eventualmente choravam quando caiam (Melanie sempre fazia careta quando isso acontecia, e eu jurava que ela resmungava algo como ‘’pirralhos’’, achando-se muito velha) – ou quando o alimento caia, o que estava acontecendo com uma boa frequência. As fotos eram disparadas em flashs e poses espontâneas, fazendo-me questionar que tipos de poses eu sairia nessas fotos. Espero que nada de constrangedor.

Os adultos também se divertiam, conversando entre si e aproveitando a comida que circulava – que se resumiam em salgadinhos, refrigerantes, pipoca e algodão-doce – e gritando ordens de obediência para os filhos ou criança que cuidava (sim, tinha babás na festa). Inclusive, eu conversava com uma babá, que me contava o quanto estava sendo difícil lidar com os trigêmeos que cuidava, fazendo com que eu me lembrasse de quando cheguei aqui.

— Um pastel por um beijo. – Edward graceja, estendendo-me o salgadinho quando a moça se afastou para ver o que um dos trigêmeos estava aprontando.

Sorrio para meu namorado, pegando o pastelzinho de sua mão e plantando um beijo rápido em seus lábios. Ele faz bico, esperando por mais, entretanto eu me limito a morder minha comida, fitando-o com olhos divertidos.

 — Você é má, senhorita Swan. – murmurou, tomando o pastelzinho de minhas mãos e comendo o que restou.

Lanço um olhar irritado para ele, mas logo minha atenção é roubada por Alice. Ela anda em nossa direção com passos rápidos e o rosto mais branco que o normal. Franzo a testa, sentindo que algo bom não estava por vim. Edward, percebendo minha mudança de humor, olha para o mesmo ponto que eu.

— Edward. – murmurou Alice ao parar em frente a nós.

— Alice o que aconteceu? Parece que você viu uma assombração. – fez piada, tentando mudar a expressão da irmã.

Alice continuou do mesmo jeito.

— Angeline está aqui.


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Notas finais do capítulo

Se lembram da parte tensa que eu falei? Olha ela é :D. Últimas emoções, gente, últimas emoções. O que a Angeline quer com essa visita e o que sairá dela? Não perca os próximos capítulos de ''Uma Babá Sem Noção'' fghjkkkkk.
Enfim, olhando para o resto do capítulo... Tivemos um momento Beward bem fofo e Liam falando suas palavrinhas com ''r'' certa *-*.

Bom gente, chegamos a marca incrível de 500 leitores em UBSN, entretanto nem a metade dessa galera aparece nos rewiens, o que é uma pena muito grande, pois adoro ler cada comentário de vocês. Então, não se acanhem, joguem a preguiça de lado e deixei pelo menos alguma coisa na caixa abaixo sobre o capítulo. Estamos chegando no fim, nada mais bacana em que colaborar com uma fic né non? Para as pessoas que já comentam, continuem assim amorzinhos.
Eu vou está esperando por todos vocês!

Beijo e até a próxima, amores.



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