Uma Babá Sem Noção escrita por Sáskya
Notas iniciais do capítulo
Olá amores! Voltei com mais um capítulo.
Boa Leitura!
Bella
À tarde de terça-feira estava maravilhosa, por simplesmente estar fazendo sol. Alegrei-me por já estarmos em maio, pois estava cada vez mais perto do verão.
Dois meses se passaram voando e eu ainda estou aqui, firme e forte trabalhando na mansão Cullen como babá de quatro crianças pestilentas – e que amo. Elas estavam se comportando até direitinho, mas de vez em quando faziam algumas traquinagens, como andar de patins pela casa, brincar no jardim e ficar parecendo um bando de porquinhos, só para deixar a pobre babá aqui de cabelos em pé.
Esme e Carlisle passaram um fim de semana aqui para visitar os netos e os filhos, porém o chefinho teve que viajar para Índia justamente nesse fim de semana, sobrando apenas Alice, essa que vem todo sábado visitar os sobrinhos e quando pode, arrasta Rose.
Tanya Denali mal aparece aqui agora, e quando vem, está acompanhada do Cullen, dificultando os planos diabólicos meus e das crianças. Mas não tem problema, um dia ela paga.
Amarrei meus cabelos em um coque frouxo e peguei minha bolsa. Estava pronta para levar as crianças para as suas aulas extras.
— Isa — chamou-me Lily da porta do quarto.
— Oi pequena. Entra — sorri.
Ela fechou a porta atrás de si e caminhou timidamente até mim.
— Estou bonita? — perguntou girando com sua roupinha de balé.
— Você sempre está bonita — a elogiei — Cadê a redinha para prender os seus cabelos?
Ela sorriu e me mostrou sua redinha rosa que estava em suas mãos. Lily virou de costas e eu penteei seus cabelos em um coque alto, colocando a redinha. Ela correu para se olhar no espelho.
— Ficou bom? — perguntei ansiosa.
Lily revirou os olhos.
— Sempre fica Isa — sorriu — Você vai me ver hoje? — perguntou um pouco tímida.
— Se você deixar, claro que sim.
— Então, eu deixo — ela correu para me abraçar.
— Vamos. Ainda tenho que levar os meninos no futsal e a Melanie na aula de violão.
— Vamos.
Lily segurou minha mão e nós saímos juntas.
[...]
— Vamos lá meninas. Temos que passar a coreografia, a apresentação está próxima — falava Ângela, a professora de balé.
Estava sentada no banco em que as mães ficavam vendo a aula. Era tão fofinho ver aquelas pequeninas dançando tão lindamente. Duvido que consiga fazer qualquer passo daquele. Lily era uma perfeita bailarina e já me contou que vai ser essa a sua profissão quando crescer.
As menininhas se alinharam na fila inicial do balé e começaram a fazer seus passos delicados e graciosos novamente.
— São lindas, não é? — comentou uma senhora ao meu lado.
— Muito — falei sem tirar os olhos do balé.
— Qual é a sua filha? — perguntou.
Olhei para ela com um sorriso amarelo. A jovem senhora deveria ter em média uns trinta anos, tinha os cabelos loiros, os olhos de um azul quase violeta e um singelo sorriso no rosto.
— Nenhuma delas. Sou a babá apenas de Lily, aquele menininha ali — apontei para a pequena.
— Oh, me desculpe — pediu um pouco constrangida — Como é seu nome mesmo, minha querida?
— Bella.
— Você é a babá de Lily? Pensei que fosse uma loirinha — disse pensativa.
— Sou babá dela e dos irmãos há dois meses.
— Ah, está explicado. Nós últimos tempos quem tem levado a Amy para o balé é a minha irmã — sorriu — Meu nome é Reese.
— Reese — repeti assentindo — A Amy é sua filha?
— Sim. Aquela garotinha ali — apontou para uma menina de cabelos loirinhos ao lado de Lily.
— Ela é muito bonita e dança bem — elogiei.
— Que nem a Lily. Conheço-a por ser amiguinha de Amy. Menininha adorável. Pena que tão novinha ainda, mal tem atenção do pai — suspirou.
— Como sabe sobre isso? — indaguei, unindo as sobrancelhas.
— A antiga babá comentou comigo. Disse que tinha que passar praticamente vinte e quatro horas por dia com as crianças, porque elas não tinham mãe e o pai era ausente demais. Ela também contou que escutou uma conversa onde o patrão dizia que a mãe da menina mais velha tinha morrido quando ela ainda era um bebê.
Abri a boca chocada com tal revelação. Eu nunca soube realmente o que tinha acontecido com as mães das crianças. Só sabia que a da Mel era uma e a do Peter e dos gêmeos era outra.
— Isa! — gritou Lily correndo em minha direção. Percebi que a outra garotinha, Amy, correu em direção à mulher do meu lado — Como eu fui? — perguntou.
— Você foi ótima princesa — sorri. O assunto que eu conversava com Reese esquecido temporariamente — Já acabou?
— Já sim.
— Então vamos buscar seus irmãos?
— Vamos.
Lily e eu nos despedimos de Reese e Amy e fomos buscar as outras crianças. O primeiro lugar foi à quadra de futsal do colégio. Os meninos estavam sujos e suados e queriam passar isso em Lily que deu gritinhos enojados. Depois buscamos Melanie, que andava com dificuldade por causa do violão um pouco grande para o corpo dela. Ajudei-a entrar no carro e segui para casa.
— Vamos fazer o que agora Isa? — perguntou Peter.
— Tomar um banho, fazer as atividades e jantar. Já sabem o roteiro.
— Eu sei, mas tipo, quem sabe não tenha mudado?
Revirei os olhos e sorri. Minutos depois o meu celular começou a tocar. Peguei-o dentro do porta-luvas e vi o nome Alice na tela.
— Atende aqui para mim? — pedi para Melanie que estava no banco do carona — É a tia Alice.
Ela pegou o celular da minha mão.
— Oi tia Alice — cumprimentou — To bem sim. Ela está dirigindo — Melanie tirou o celular da orelha e me olhou — Ela tá perguntando se podemos jantar com ela hoje, inclusive você.
— Acho que não tem problema.
— Pode sim tia. As sete? Tá certo. Beijo, tchau — desligou o telefone — As sete no restaurante Forn.
Assenti com a cabeça e estacionei o carro em frente à mansão. Rapidamente as crianças pularam no carro e saíram correndo.
— Sem correr. Vão todos para os quartos tomarem banho! — gritei para ver se eles ainda me ouviam.
— Porque estão tão animados? — perguntou Anne, quando coloquei o violão de Melanie em cima do sofá.
— Alice quer jantar conosco hoje.
— Ah! A menina Alice sabe como alegrar essas crianças — Anne sorriu amorosamente — Se não fosse por ela, nem sei o que seriam delas — suspirou.
Então, o que Reese falou me veio à cabeça, e antes mesmo que eu pudesse pensar, já estava falando.
— Anne, o que aconteceu com as mães dessas crianças? — sussurrei.
Antes que a governanta pudesse responder, ouvi os gritos dos pestinhas, chamando por mim.
— É melhor você ir — Anne disse simplesmente.
Assenti com a cabeça, vendo que ela não iria me responder.
— Cuidado com a bagunça que eu estou chegando! — falei alto o suficiente para que eles me escutassem. Eles gargalharam e eu sorri com isso
[...]
— Estão todos prontos? — perguntei para os irmãos, sentados comportadamente no sofá.
Eles me olharam de cima abaixo e começaram a rir.
— Que foi? — fiz um biquinho.
— Você não abandona mesmo essas meias né? — questionou Melanie.
Empinei o nariz: — Nunca!
— Ai, Isa! Eu acho fofo — disse Lily.
— Mas, eu estou feia?
— Ta gatona Isa — piscou Liam para mim.
— Nossa! Que menino mais cavalheiro.
Liam estufou o peito se achando o tal.
— Vocês estão lindos também — elogiei.
[...]
— Oi meus amores! — Alice saltitou indo abraçar os sobrinhos eufóricos.
Tínhamos acabado de chegar ao restaurante e Alice veio nos receber na porta. Aproximei-me da mesa e avistei Rose sentada na mesma.
— Rose? — perguntei surpresa.
— Bella! — ela sorriu, vindo me abraçar — Tudo bom? Faz um tempo que não nos vemos.
— Tudo e com você? Estava com saudades já — falei, desfazendo-me do abraço.
— Estou mais ou menos — ela suspirou.
— O que houve? — perguntei preocupada.
— Deixa Alice chegar que eu conto.
Sentamo-nos à mesa e minutos depois, Alice voltou sozinha.
— Cadê as crianças? — perguntei alarmada.
A nanica riu, dando-me um abraço.
— Calma Bella. Mandei irem brincar na área recreativa — ela se sentou à mesa — Acabei de fazer nossos pedidos. E não se preocupe, eu sei o gosto de cada — piscou.
— Pode falar agora porque nos reuniu? — perguntou Rose com tédio.
— Ah! Deixa de ser chata Rose. Queria bater um papo com as minhas amigas. Faz tempo que não faço isso — quicou na cadeira e Rose resmungou um ‘’até parece que não nos vemos todos os dias’’, mas Alice não escutou — Vamos começar com você, Rose. Porque anda tão tristonha ultimamente?
— Eu terminei com Royce — confessou — Não estava dando mais certo. Ele só pensa em trabalho, trabalho, trabalho... — suspirou — Quero alguém que me de atenção, pelo menos um pouquinho dela.
— Ow, amiga — Alice passou a mão no braço da loira — Essa foi à melhor escolha. Nunca fui com a cara do Royce.
Eu ri. Alice era dura na queda. Rose apenas revirou os olhos.
— Tenho que concordar com a Alice, Rose. Se não dava certo, essa foi à melhor escolha.
— E como anda a sua moradia com Emmett? — Alice passou para a próxima perguntou como quem não quer nada.
— Ah! O Emmett é um amor de pessoa. Ele é bem engraçado e dedicado ao trabalho. Somos ótimos amigos — sorriu.
— Amigos? Hm? — Alice ficou mexendo as sobrancelhas.
Chutei a baixinha por debaixo da mesa.
— Auw — gemeu, alisando a perna.
— Somos apenas amigos, Alice — Rose corou — E afinal, ele está saindo com uma garota.
— QUE? — gritei. Como consequência, arranquei alguns olhares indesejados.
Pigarreei e tentei de novo.
— Como assim? Aquela cabeça de vento não me falou nada.
— Emmett disse que eles não tinham nada, mas sei lá — Rose disse pensativa — Ela apareceu lá no apê umas duas vezes e me encarou com uma cara feia.
— Hmm. Preciso bater um papo com o meu irmãozinho — murmurei para mim mesma.
— Acho que não é nada — disse Alice sacando uma barra de chocolate da bolsa — Emm tinha contado Bells.
— Alice, essa já é a terceira barra que você come só esta noite — falou Rose, olhando incrédula para baixinha.
— Eu to morrendo de vontade de comer chocolate, Rose, me deixa — resmungou a baixinha, comendo mais um pedaço da sua barra.
— Pensei que evitasse chocolate — falei confusa — Eles não te deixam gorda?
— Deixavam. Agora me deixa feliz — disse com um biquinho — Você acha que estou gorda Bella? Eu perguntei pro Jazz hoje de manhã e ele disse que eu estava linda — fungou — Ele mentiu? Eu to gorda né? OMG! EU TO GORDA! — gritou e começou a chorar.
Rose e eu nos entreolhamos chocadas. Tudo bem que a baixinha é pirada, mas... O que foi isso?
— Calma Alice. Você não está gorda — ela fungou e voltou a comer a sua barra de chocolate — Só estranha... — murmurei para mim mesma.
— Mas, e então — falou enxugando as lágrimas — Quais são as novas? — sorriu entusiasmada.
Não era ela que estava chorando agora a pouco?
— Alice, você está bem? — perguntou Rose preocupada. Olhei com a testa vincada para a nanica.
— To ótima. Só estou com fome — deu de ombros.
O garçom trouxe o nosso jantar e eu chamei as crianças para comerem. Jantamos em meio de conversas e risos. Liam era um tremendo galanteador. Ele adorava cantar Rose, por achá-la parecida com a Rapunzel, e passou o jantar todo fazendo isso. Rose apenas se divertia com o garotinho. Alice deu mais alguns ataques bipolares, mas tudo ocorreu tranquilamente.
Às oito e meia, nós voltamos para a casa. As crianças não estavam com nenhum vestígio de sonho. Ficavam olhando a rua passar pela janela do carro enquanto conversavam.
— Olha Isa, um parque — disse Lily entusiasmada.
Olhei pela janela do carro e percebi o enorme parque montado com todas as suas luzes e pessoas se divertindo nos brinquedos.
— Legal.
— Vamos? — chamou Liam de repente — Vamos Isa, vamos.
Logo eles começaram a pedir insistentemente para irem ao parque.
— Vocês têm que estarem na cama as nove, meus amores. Fica para o outro dia.
Eles fizeram um bico enorme e expressões tristonhas, observando o parque desaparecer. Isso me torturou por dentro e eu acabei dando meia volta.
— Ah, que se dane! Vamos nos divertir!
— EEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEH — comemoram todos juntos quicando no banco do carro.
Rodei alguns minutos pelo estacionamento lotado até encontrar uma vaga para estacionar. Assim que o fiz, as crianças se desprenderam do cinto e saíram do carro.
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— Hey! Esperem-me — pedi, antes que eles saíssem do carro.
Peguei na mão dos gêmeos e eles pegaram na mão de Mel e Peter. Entramos no parque e eles olhavam tudo maravilhados. Seus olhinhos brilhavam de tanta felicidade. Aposto que nunca tinham ido a um lugar desses.
— Eu quero ir à montanha russa!
— Eu quero ir ao carrinho de bate-bate!
— Eu quero ir ao túnel do terror!
— Eu quero ir ao tiro ao alvo!
Pediram todos juntos, apontando para os brinquedos.
— Calminha — refreei — Vamos a todos que puder. Não se preocupem.
Lily, Liam e Peter sorriram e começaram a saltitar. Melanie apenas olhava tudo maravilhada, mas não demonstrava nada, além disso.
— Quem chegar por último na barraquinha do tiro ao alvo é a mulher do padre — agitei e eles correram na direção da barraquinha.
Corri atrás deles também, com um pouco de dificuldade por causa dos saltos.
— A Isa é a mulhé do padle! — zombou Liam, fazendo os irmãos rirem.
— Okay. Eu perdi — baixei a cabeça, mas logo levantei animada — Agora eu quero ver quem vai me derrotar no tiro ao alvo — desafiei.
Paguei ao homem da barraquinha e começamos a jogar. Eram cinco chances, uma para cada pessoa. No final os únicos que acertaram foi Melanie, que ficou com uma caveirinha de pelúcia, e eu, que peguei um ursinho rosa.
— Queria ter ganhado — Lily fez um bico, chateada.
Olhei para o ursinho em minha mão e entreguei a ela.
— É seu.
Ela sorriu e me deu um beijo estalado na bochecha.
– Obrigada Isa!
— Quem vai querer ir ao túnel do terror?
Rapidamente os quatro levantaram as mãos. Fomos ao túnel do terror e em todos os brinquedos que pudemos. Paramos para comer um algodão doce, quando Lily puxou meu vestido, querendo atenção.
— Oi?
— Olha — ela apontou para uma tenda de fantasias — Vamos lá? — pediu.
Dei de ombros e caminhei junto com as crianças até a tenda.
— Olá. Aqui vocês vão poder se fantasiar e tirar várias fotos divertidas — anunciou a mulher que ficava na entrada.
— Oba! Tem fantasia de princesa? — quicou Lily.
— Claro que tem meu amor. Entrem — ela abriu a cortina da tenda, revelando um vendaval de fantasias.
Lily, Peter e Liam correram para escolher as suas. Melanie ficou para trás com uma careta.
— Que foi? Não quer se fantasiar?
Ela negou com a cabeça.
— Por quê? — perguntei não compreendendo.
— É patético — bufou.
— É nada. Quer ver como é divertido? — ela arqueou uma sobrancelha — Vem.
Ela abaixou os ombros, mas me seguiu. Dentro da tenda, Lily, Peter e Liam já tinham escolhido suas fantasias e se trocavam dentro das cabines.
— Procura uma legal — falei para a Cullen diabólica, enquanto fuçava nas fantasias atrás de uma para mim. Ela revirou os olhos e foi procurar.
Encontrei uma perfeita e resolvi vestir. Com certeza, eles iam rir muito da minha cara, mas isso é o que estava valendo.
Minutos depois...
— Como estou? — dei uma voltinha.
Eles se entreolharam e caíram na gargalhada.
— Isa, você está de palhaça! — apontou Lily.
— Gatona né? — disse girando em frente ao espelho.
— Você é louca — afirmou Peter.
— Não vejo graça em ser normal — dei de ombros — Agora vamos tirar fotos? — eles assentiram e nós corremos para a cabine.
Primeiro nós tiramos uma juntas. Eu de palhaça, Lily de princesa, Melanie de caveira, Peter de Batman e Liam de super-homem. A foto saiu com todos fazendo careta. Tiramos várias outras juntas, com as nossas caras e bocas, as crianças tiraram sozinhas e cada uma tirou comigo. E como sou estrela, tirei uma foto vestida de princesa Cinderela mandando um beijinho para a câmera.
— Gostou? — sussurrei para Melanie, enquanto os outros tiravam fotos.
— Ok. Você venceu.
Dei um sorrisinho vitorioso.
[...]
— Eu amei o dia de hoje — murmurou Lily. Seus irmãos concordaram.
Estávamos caminhando juntos de volta para o carro. Já eram dez e meia da noite. Viemos embora porque parque já estava fechando, senão, ainda estaríamos lá.
— Fico feliz que tenham amado, porque eu também amei.
— Será que o papai vai brigar porque nós vamos chegar tarde? — disse Peter, pensativo.
— Duvido. Edward quando chega à casa só pensa em dormir — falou Melanie ranzinza.
— Acho que Anne pode estar preocupada — murmurou Lily.
— Eu também acho — concordei — Mas nós estamos bem e vivos, então...
Fui interrompida quando escutei gemidos de algum animalzinho.
— Vocês ouviram isso? — perguntei para eles que assentiram.
— Acho que veio dali — disse Melanie, apontando para uma caixa.
Andamos até lá e ficamos surpresos ao encontrar um filhote de cão abandonado.
— Oh! Que fofinho — Lily pegou o animalzinho no colo. Logo os irmãos se juntaram para ver.
— Lily! Deixei-o ai dentro. Ele pode está cheio de pulgas — alertei, querendo pegar o filhote. Ela não deixou — Lily...
— Olha aqui Isa. Ele está limpinho — passou a mão no pelo do cachorro que lambeu a mão dela, balançando o rabo freneticamente.
— Ele é fofo — comentou Peter.
— Podemos levar? — pediu Liam.
— Vocês não podem ter cachorro e nenhum outro tipo de animal. Regras da casa — avisei.
Os três fizeram uma carinha tristonha e o cachorro também. Olhei para o filhote e ele era fofinho. Devia ser um labrador e tinha o pelo caramelado.
— Mas tá frio. Ele vai morrer Isa — Lily tentou argumentar.
— Sinto muito.
Ela suspirou e deixou o cachorro de volta na caixa. Ele nos fitou com aqueles olhos grandes e pretos, como se pedisse: ´´me leve, me leve´´.
Não seja coração mole, não seja coração mole, não seja coração mole... Repeti para mim mesma.
Continuamos nosso caminho para o carro até que eu senti uma coisa pequena entre as minhas pernas.
— Auau! — latiu o cãozinho, abanando o rabo.
Olhei para as crianças que olhavam para mim com um olhar pidão e voltei olhar para o cachorro. Então, começou um ciclo vicioso de: Crianças, cachorro, crianças, cachorros, crianças...
— Oh merda! — resmunguei baixinho — Peguem esse pulguento — falei de forma não ofensiva.
Eles sorriram e começaram a paparicar o cachorro que ficou no colo de Lily. O que eu não faço por eles?
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Eu, particularmente, gosto desse capítulo c:
E vocês, o que me dizem?
Beijos e até a próxima!